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  • Tem Deus uma mãe?
  • Despertai! — 1983
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Despertai! — 1983
g83 22/10 pp. 22-24

Tem Deus uma mãe?

ENQUANTO a ambulância o levava velozmente ao Hospital Gemelli, Roma, “João Paulo, sangrando profusamente, murmurava baixinho: ‘Nossa Senhora, Nossa Senhora’, em polonês”. Assim dizia uma notícia sobre o atentado do pistoleiro turco para assassinar o papa João Paulo II, em maio de 1981.

Por apelar a Maria numa crise terrível, o papa realçou a veneração dirigida a divinamente escolhida, altamente privilegiada mulher que deu à luz a Jesus e que amiúde é chamada de Mãe de Deus. Essa reverência por Maria é muitíssimo difundida e assume muitas formas diferentes, que levam as pessoas a se perguntar: ‘Como se desenvolveu?’

Aproximadamente 2.000 anos atrás, Maria, uma virgem jovem que morava em Nazaré da Galiléia, teve uma experiência sublime: um mensageiro celestial disse-lhe que ela teria um filho a quem daria o nome de Jesus. Maria perguntou como seria possível, visto que era virgem. “‘O Espírito Santo virá sobre ti’, respondeu o anjo, ‘e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus’.” — Lucas 1:26-36, A Bíblia de Jerusalém.

Trinta anos depois, esse “Filho de Deus” comandou uma dinâmica campanha de pregação e formou a congregação cristã. Nos seguintes poucos séculos o cristianismo atravessou grandes tribulações e também transformações. Com o tempo se tornou a religião oficial do Império Romano. Desenvolveram-se também diferenças de opinião, incluindo uma relacionada com Cristo: Era ele Deus, o Filho, ou o Filho de Deus?

O imperador romano, Constantino, cristão professo, porém não batizado, convocou um concílio especial de bispos da Igreja, em Nicéia, no ano 325, para examinar a questão. Em resultado, a doutrina da Trindade se tornou dogma oficial, definindo Jesus qual coigual, coeterno e “de uma mesma substância” com Deus. Contudo, no Credo Niceniano original, formulado naquele Concílio, não se fez menção alguma à virgem Maria.

Visto que Jesus havia sido oficialmente proclamado “Deus”, o passo lógico seguinte, do ponto de vista da Igreja, era proclamar Maria a “Mãe de Deus”. Isso foi feito em 431 no Concílio de Éfeso, onde ela foi definida como “Theotokos”, que significa “genitora de Deus”, ou, “mãe de Deus”. Contudo, levou séculos até que o culto a Mariaa se tornasse realmente muito difundido. O dr. F. Van Der Meer, em seu livro Agostinho, o Bispo, em inglês, mostra que nos dias de Agostinho (quinto século), e na região do norte da África, “Maria . . . não ocupava lugar na devoção popular”. No entanto, por volta do ano 1000 o culto a Maria era popular em toda a Europa, sendo que muitas igrejas, tais como a famosa Notre Dame (Nossa Senhora), de Paris, levaram seu nome.

Em 1854 a doutrina da “Imaculada Conceição” tornou-se dogma, ditando que Maria era livre do pecado a partir do momento da concepção. Em 1950, a crença de que Maria foi levada corporalmente ao céu (A Assunção Corporal) foi definida pelo papa Pio XII. Tudo isso era muito gratificante para o movimento mariano ou para os devotados especialmente ao culto de Maria.

O autor católico Zsolt Aradi escreveu em seu livro Santuários Para Nossa Senhora ao Redor do Mundo, em inglês: “Maria vigia as nações . . . de magníficas catedrais e de pequenos santuários à beira de estradas; dos cumes das montanhas e das praias do oceano . . . A veneração de Maria . . . se tornou parte da paisagem. Milhares de igrejas, principalmente católicas e ortodoxas, mas também protestantes, indicam no nome que são devotadas à Maria ou à Sta. Maria.”

Em Saragoça, Espanha, existe uma imagem famosa de Maria conhecida como La Virgen del Pilar. Uma lenda local diz que Maria foi transportada por anjos de Jerusalém para Saragoça, encontrou-se ali com Tiago, o apóstolo, e deixou para trás “uma pequena coluna de jaspe, sobre a qual havia uma bela pequena estátua dela”. Diz o livro Santuários Para Nossa Senhora ao Redor do Mundo: “Os sentimentos dos saragocenses para com sua amada Virgen del Pilar . . . se misturam com seu patriotismo, com sua nacionalidade, . . . eles a aclamam qual líder de sua nação.”

Na América do Sul, em 1930, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai reconheceram uma imagem local, Nossa Senhora de Lujan, qual sua protetora. Aradi acrescenta: “Recentemente o Exército Argentino escolheu a Virgem de Lujan qual padroeira. E segundo um velho costume, um regimento do exército foi dedicado a serviço dela. Este regimento se tornou ‘propriedade’ dela e os membros do regimento a chamam de ‘La generala del Lujan’ [general de Lujan].”

Líder nacional, comandante militar, co-redentora da humanidade, mãe de todos os homens, mediadora de todas as graças, rainha de toda a criação, mãe de Deus, rainha do céu — todos esses títulos e honrarias são atribuídos a Maria. Em resultado, muitos católicos refletidos se perguntam se tudo isso não está indo longe demais. Um professor-adjunto de teologia, do Seminário de Princeton, EUA, escreveu: “Nossas violações de Maria são muitíssimas. . . . Fizemos dela a Rainha do Céu.”

Mas o Que Diz a Bíblia?

Estudantes sinceros da Bíblia têm grande respeito e caloroso amor por Maria qual fiel serva de Deus, escolhida por ele para desempenhar um papel vital qual mãe do Messias. Apreciam profundamente seu exemplo de humilde e devota seguidora de Jesus Cristo. Mas não a consideram como sendo a mãe de Deus. Por que não? Simplesmente porque a Palavra de Deus nunca se refere à Maria qual “mãe de Deus”.

Note o exemplo do próprio Jesus ao se dirigir à sua mãe, na festa de casamento em Caná. O relato diz: “Faltando o vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: Não tem vinho. Jesus disse-lhe: Mulher, que nos importa a mim e a ti isso?” (João 2:3, 4, Soares) Certa vez, ao falar em público, uma mulher da multidão disse-lhe: “Felizes as entranhas que te trouxeram e os seios que te amamentaram!” — obviamente uma excelente oportunidade para render honra especial à sua mãe. Mas, em vez disso, Jesus disse: “Felizes, antes, os que ouvem a palavra de Deus e a observam.” (Lucas 11:27, 28, BJ) Pouco antes de morrer Jesus falou com sua mãe e com seu amado discípulo João e disse: “Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí a tua Mãe.” — João 19:26, 27, So.

Para os cristãos sinceros essas referências à Maria na Bíblia ensinam claramente que Jesus tomou grande cuidado em não dar honra especial à sua mãe ou permitir que o seu relacionamento com ela o influenciasse. Os apóstolos seguiram seu exemplo. Examinemos a seguir a questão crucial . . .

É Jesus Deus?

Permitamos de novo que a Palavra de Deus ilumine o assunto. Quando o anjo anunciou à Maria o nascimento de Jesus, ele disse: “O Santo que há de nascer de ti, será chamado Filho de Deus.” (Lucas 1:35, So) Jesus nunca afirmou ser Deus. Contudo, os judeus o acusaram de se passar por Deus, mas ele os corrigiu e disse: “Sou Filho de Deus.” — João 10:33-36, So.

Pouco antes de morrer, Jesus bradou: “Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?” (Mateus 27:46, So) Após sua ressurreição ele disse: “Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.” (João 20:17, So) Noutra ocasião disse: “O Pai é maior do que eu.” (João 14:28, So) Obviamente Deus, Jeová (ou Iahweh), não precisa orar a ninguém. Mas Jesus muitas vezes orou a seu Pai no céu, às vezes “com grande brado e com lágrimas . . . e, embora fosse Filho de Deus, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu”. (Hebreus 5:7, 8, So) O Deus Todo-poderoso, o Pai, jamais poderia morrer. Mas nossa esperança de salvação reside no fato de que Jesus morreu.

Por essas e muitas outras razões muito convincentes, os verdadeiros cristãos sustentam que Jesus não é Deus, mas, antes, seu Filho, e que, portanto, Maria não é “Mãe de Deus”. Ademais, Jesus certa vez disse: “Deus é espírito e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade.” (João 4:24, BJ) Por outro lado, o culto de Maria tem desviado a devoção e a adoração de milhões de pessoas sinceras do Criador para uma criatura. Isso é trágico em vista da condenação da Bíblia dos “que trocaram a verdade de Deus pela mentira e que adoraram e serviram a criatura de preferência ao Criador”. — Romanos 1:25, So.

Lech Walesa, o popular líder polonês, foi citado como tendo dito quando sob forte pressão: “Não, não. Não estou com medo. Tenho sempre o apoio da Mãe Maria.” Mas, recorre ele à verdadeira fonte de proteção? Os estudantes da Bíblia, quando sob pressão, seguirão este conselho inspirado: “Não estejais ansiosos de coisa alguma, mas em tudo, por oração e súplica, junto com agradecimento, fazei conhecer as vossas petições a Deus; e a paz de Deus, que excede todo pensamento, guardará os vossos corações e as vossas faculdades mentais por meio de Cristo Jesus.” — Filipenses 4:6, 7.

[Nota(s) de rodapé]

a “No uso popular, ‘devoção a Maria’ é sinônimo de ‘culto a Maria’.” — New Catholic Encyclopedia, Volume 9, página 364, parágrafo 4.

[Foto na página 23]

Virgen del Pilar

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