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  • Estão despontando as possibilidades de paz?

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  • Estão despontando as possibilidades de paz?
  • Despertai! — 1984
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Despertai! — 1984
g84 22/2 pp. 3-5

Estão despontando as possibilidades de paz?

A BUSCA de paz pelo homem é tão antiga como a própria guerra. Os nossos tempos, pois, não são exceção. Contudo, recentemente certo jornalista foi induzido a referir-se aos atuais esforços pela paz como “um ideal cujo momento talvez tenha chegado”. Por quê? São as possibilidades de paz mundial realmente maiores hoje do que eram no passado? Que há de tão incomum no moderno movimento pela paz?

O Que Levou ao Moderno Movimento Pela Paz

Duas bombas atômicas lançadas sobre o Japão em agosto de 1945 terminaram a Segunda Guerra Mundial com inesperada repentinidade. Nos anos pós-guerra, os horrores da guerra atômica impediram que a guerra fria entre as superpotências se convertesse em holocausto ardente. À medida que as relações políticas e econômicas entre elas e seus aliados melhoravam, a tensão diminuía. Palavras como “détente” alimentavam esperança de uma paz duradoura. Parecia que o “equilíbrio do terror” estava dando certo.

Daí, quase sem aviso prévio, a détente sofreu um retrocesso. Os Estados Unidos não conseguiram ratificar o tratado SALT II. A União Soviética ocupou o Afeganistão. Problemas na Polônia complicaram as coisas. Surgiram controvérsias sobre a construção da bomba de nêutrons — a chamada bomba limpa — projetada para destruir pessoas, mas não propriedades. Os Estados Unidos lançaram um maciço programa de desenvolvimento militar. A OTAN anunciou planos para instalar 572 mísseis Pershing II e cruise em solo europeu. Falou-se sobre a possibilidade de uma guerra nuclear “limitada”. O inimaginável — que um conflito nuclear pudesse ser vencido — começou a ganhar aceitação entre certas autoridades.

Alguns alemães-ocidentais, que vivem numa nação saturada de mais armas nucleares por quilômetro quadrado do que qualquer outra no mundo, ficaram horrorizados de saber que mais delas estavam a caminho. Aterrorizados com a idéia de serem encurralados num campo de batalha nuclear entre o Leste e o Oeste, eles e seus vizinhos europeus passaram do medo à ira. E a ira se traduziu em ação. Nascia um novo movimento pela paz.

Algo Diferente

O moderno movimento pela paz é diferente dos anteriores em diversos sentidos. Durante o envolvimento dos EUA no Vietnã, também houve manifestações antiguerra, tanto na Europa como nos Estados Unidos. Alguns americanos até mesmo queimaram seus papéis de recrutamento, em protesto. Mas, sua ira se dirigia principalmente contra aquela guerra específica, em vez de contra a guerra em geral. O moderno movimento pela paz, todavia, nasceu de um temor quase histérico de uma guerra nuclear, partindo do princípio de que, por ameaçar aniquilar a família humana, a própria existência de armas nucleares já é errada e imoral.

Outra diferença é quanto às suas dimensões. Centenas de organizações surgiram na Europa e na América do Norte, de diferentes constituições e conceitos, mas unânimes na opinião de que o arsenal de armas nucleares precisa ser reduzido. Como passo preliminar rumo ao desarmamento, a idéia de um congelamento nuclear tem granjeado considerável apoio. Este seria uma suspensão bilateral — alguns defendem até mesmo uma suspensão unilateral — dos testes, da produção e da instalação adicional de armas nucleares pelos Estados Unidos e União Soviética. Diz-se que muitos americanos, influenciados por políticos importantes, estão a favor. Cidades grandes e pequenas em todo o país — sim, até mesmo alguns estados — têm apoiado esmagadoramente resoluções de congelamento nuclear.a

Este generalizado clamor internacional pela paz finalmente chegou ao plenário da Assembléia Geral das Nações Unidas. Como resultado, a Associated Press informou que há pouco mais de seis meses várias resoluções foram esmagadoramente adotadas por aquele respeitável organismo. Essas declarações reclamavam um congelamento no desenvolvimento e na instalação adicional tanto de armas nucleares como químicas.

O movimento moderno também é diferente no sentido de que tem uma base ampla. Foi-se o tempo em que todos os manifestantes usavam jeans. Estão envolvidas pessoas de todas as idades, de variadas tendências políticas e religiosas e posições sociais. Em Bonn mais de 250.000 saíram às ruas, em Amsterdã mais de 300.000 e, para coincidir com a Segunda Conferência da ONU em prol do Desarmamento, umas 700.000 em Nova Iorque em junho de 1982. E, além das “que vão às ruas”, diz George Ball, ex-subsecretário de estado dos EUA, “há um número enorme de pessoas em casa que pensam exatamente o mesmo”.

Notável também é a espontaneidade e a rápida expansão do movimento. A revista Der Spiegel, da Alemanha, classificou a popularidade do movimento nos Estados Unidos de “a surpresa, talvez mesmo a sensação da primavera de 1982”. Falou de americanos “que marcham pela paz, até mesmo prestes a ultrapassar os lutadores pela paz na Europa”.

Livros e panfletos têm contribuído para esse apoio, como o The Fate of the Earth (O Destino da Terra), de Jonathan Schell, um dos livros mais vendidos do mundo, que tem alertado pessoas aos horrores da guerra nuclear. Na Grã-Bretanha a BBC exibiu na TV A Guide to Armageddon (Guia Para o Armagedom) que mostra os estragos que uma só bomba de um megaton que explodisse sobre a Catedral de São Paulo causaria a Londres. Roger Molander, criador da Semana do Marco Zero nos Estados Unidos, disse sobre a ameaça nuclear: “Quero que as pessoas saibam exatamente a dimensão do perigo, pois ficarão estupefatas de que ninguém está fazendo algo a respeito, e serão induzidas a agir.”

E estão agindo — e com resultados. Sua eficácia foi observada por um membro canadense do Parlamento, que disse: “Os especialistas perderam para a vontade do público o controle dessa questão.” E o Times de Londres, concordando, diz ser “muito óbvio que os movimentos pela paz têm tido um grande efeito, embora tardio, sobre os governos ocidentais”.

Envolvimento Religioso

Todo tipo de justificativas — políticas, sociais e religiosas — são fornecidas pelos envolvidos no movimento pela paz. O papa João Paulo II, na sua visita à Grã-Bretanha em 1982 disse: “Hoje em dia, a escala e o horror da guerra moderna, quer seja nuclear, quer não, torna-a totalmente inaceitável como meio de resolver disputas entre nações.” Embora nem todas as igrejas tenham falado tão veementemente, “os protestos patrocinados pelas igrejas têm desempenhado um papel importante em despertar a opinião pública”, disse a revista Time.

Em maio de 1982, realizou-se em Moscou a “Conferência Mundial de Trabalhadores Religiosos em Favor da Salvação do Sagrado Dom da Vida da Catástrofe Nuclear”, patrocinado pelos soviéticos. Compareceram aproximadamente 600 delegados religiosos de 90 países, representando os budistas, parses, hindus, judeus, muçulmanos, siques, xintoístas e cristãos. Um destacado participante foi o evangelista americano Billy Graham, classificado por um jornal alemão de “uma espécie de emissário do novo movimento americano pela paz”.

Considerando a indiscutível e crescente popularidade do movimento pela paz, e entendendo a pressão que pode exercer sobre líderes mundiais, não parece realmente que as possibilidades de paz estão despontando?

[Nota(s) de rodapé]

a Algumas resoluções têm sido rejeitadas, principalmente porque os oponentes argumentam que um congelamento imediato daria aos soviéticos uma indevida vantagem militar.

[Destaque na página 4]

O moderno movimento pela paz nasceu de um temor quase histérico de uma guerra nuclear.

[Quadro na página 5]

APOIO RELIGIOSO INTERNACIONAL

● Nos Estados Unidos, “grupos religiosos da maioria das denominações têm dado força moral e política [ao movimento de congelamento]”. — Maclean’s

● “A carta [dos bispos americanos] conclamou os católicos-romanos e ‘todos os homens e mulheres de boa vontade’ a fazerem da promoção da paz seu mais importante alvo espiritual e temporal.” — New York Times

● “Os bispos católicos da República Federal da Alemanha e da França lançaram um poderoso apelo aos blocos militares para que entrem na discussão do desarmamento.” — Süddeutsche Zeitung

● Na Alemanha “a Igreja luterana lançou sua considerável influência por trás do protesto antimíssil . . . Protestos patrocinados por igrejas têm desempenhado um papel importante em insuflar a opinião pública.” — Time

● Na República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) “milhares e milhares de cristãos majoritariamente jovens têm abertamente tomado posição em prol da paz . . . usando como expressão de sua confissão cristã em prol da paz o lema ‘Espadas em Relhas de Arado’”. — Bonner General-Anseiger

● “O Conselho Interconfessional de Paz . . . é uma organização oficial que congrega as mais importantes igrejas holandesas. Seu lema é: ‘Livrar o mundo das armas nucleares; começar pela Holanda.’” — The Economist

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