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  • g84 8/9 pp. 20-23
  • Vence o homem a guerra contra os insetos?

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  • Vence o homem a guerra contra os insetos?
  • Despertai! — 1984
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g84 8/9 pp. 20-23

Vence o homem a guerra contra os insetos?

GUERRA! A simples menção desta palavra nos deixa agitados. E, quando se pensa numa guerra contínua, sem fim, isso pode ser deveras angustiante. Todavia, diz-se-nos justamente que uma guerra assim está sendo travada. Eis a questão: A própria existência de ambas as partes — pois ela é travada por causa da preciosa reserva alimentar de que ambas necessitam para seu sustento. Os combatentes são: o homem versus os insetos.

Alguns a têm encarado como uma guerra de extermínio — que é uma questão de ou “eles” ou “nós” Mas não é realmente assim. Sem os insetos, este mundo seria um mundo triste, deveras, pois o homem precisa das abelhas, de certas moscas, borboletas, vespas, besouros, formigas e mariposas para a polinização das suas plantas. Há safras que dependem deles. Não haveria maçãs, uvas ou trevos, e haveria muito menor quantidade de outras frutas e hortaliças se não existissem insetos. Os insetos suprem o homem de mel, cera, seda, corante e goma-laca. Muitas aves canoras que deleitam o gênero humano se alimentam quase que exclusivamente de insetos. Há diversos insetos utilíssimos no controle das ervas daninhas. Os insetos também realizam tarefas necessárias como necrófagos, contribuindo para a aeração e fertilidade do solo, ao passo que eliminam os resíduos orgânicos. E, em muitos lugares, as pessoas dependem deles para alimentar-se. A Lei mosaica especificava alguns insetos como aceitáveis para o consumo humano, e João, o Batizador, obtinha seu sustento deles, enquanto no deserto (Levítico 11:22; Mateus 3:4) Todavia, é dentre suas fileiras que procedem os que, do ponto de vista humano, travam guerra com o homem para a posse de seu alimento.

Embora os insetos possam ser bem diminutos, deveras, em comparação com o homem, podem reunir impressivas forças. Coletivamente, ultrapassam o homem numa proporção de cerca de 250 milhões a 1. Também ultrapassam o homem quanto ao peso, na razão de 12 a 1. De acordo com certa estimativa, há 800.000 diferentes espécies de insetos na terra, atualmente. E astronômico o número total de insetos — está muito além de nossa compreensão. Felizmente, apenas reduzido número da população de insetos da terra — menos de 1 por cento — é considerado prejudicial ao homem e trava, com ele, uma guerra pela posse de suas colheitas de alimentos, de suas matas e de outros materiais.

As táticas bélicas que empregam causariam inveja a qualquer marechal-de-campo. Sendo mestres do elemento surpresa, invadem o local subitamente, e em grandes números, como que da noite para o dia. Fixam suas linhas de combate bem no meio das reservas alimentares que o homem visa proteger, obrigando-o a cair no dilema de como destruir um enquanto preserva o outro. Suas táticas secretas e de camuflagem, junto com seu tamanho, habilitam-nos a atacar sem ser percebidos, ao passo que infligem pesados danos.

Reproduzem-se prodigamente. Uma nova geração de combatentes, todos plenamente treinados e prontos para a batalha, pode ser produzida no espaço de somente uma semana. Os jovens combatem tão bem quanto os adultos, tanto os machos como as fêmeas participam na refrega. Algumas divisões se infiltram e entrincheiram-se na casa do próprio homem, lançando incursões para fustigá-lo e contaminá-la. Outros são peritos na guerra bacteriológica, disseminando temíveis doenças: malária, febre amarela, peste bubônica e a doença do sono, para citarmos apenas algumas. E, embora envenenados pelo homem, podem adaptar-se e até mesmo viver em tal ambiente. Assim, a guerra tem continuado no decorrer das eras.

De início, tudo que o homem podia fazer era aguardar os ataques, e esperar crias melhores. Faraó e os egípcios antigos simplesmente tiveram de suportar as pragas de mosquitos (borrachudos), moscões e locustas (gafanhotos) que Deus trouxe sobre eles. E que devastação devem ter causado, pois uma locusta adulta do deserto pode facilmente ingerir vegetação equivalente ao seu próprio peso, a cada dia! Uma nuvem pouco superior a 1.000 quilômetros quadrados continha, calculadamente, 40 bilhões de locustas. Eram suficientes para consumir, a cada dia, alimentos bastantes para alimentar 400.000 pessoas durante um ano! Todavia, reproduzindo com a profusão que lhes é peculiar, por que será que os insetos ainda não ganharam tal guerra?

A Guerra Interna

Felizmente para o homem, trava-se também entre os insetos uma guerra concomitante e incessante. Não fora assim, o homem talvez não pudesse nutrir qualquer esperança. Um afídio comum, por exemplo, pode produzir outros 6 bilhões num curto período de vida. Caso todos os afídios assim fizessem, irrestritamente, não demoraria muito até que tais pulgões das plantas destruíssem toda a vegetação da terra.

Mas a natureza mantém um equilíbrio. Há os predadores de insetos, os parasitos e as doenças dos insetos, para não se mencionar outros fatores naturais e climáticos que servem para manter sob controle a população dos insetos. Há plantas, também, que possuem mecanismos naturais de defesa. Os carvalhos-vermelhos, desfolhados por famintas limantrias (“lagarías do sobreiro”), reagem por meio de alterações químicas nas folhas substitutas que as tornam indigestas. No caso da praga das locustas, nos dias de Faraó Jeová Deus fez com que uma forte ventania levasse os gafanhotos para o mar Vermelho. — Êxodo 10:12-19.

O Homem Inclina-se Para o Autoderrotismo

Foi o próprio homem quem transtornou o equilíbrio na natureza e realizou a escalada da guerra. Ao abandonar sólidas práticas agrícolas de diversificação e rotação das safras, que impediam que as pragas se arraigassem firmemente e que conservava a resistência das plantas diante de pragas e doenças, ele preferiu recorrer a monoculturas maciças — o cultivo de uma única cultura numa grande área. Em busca de maiores safras, de aspecto mais atraente, ele criou “tipos” de plantas dotados de menor resistência natural às pragas. Novas safras, junto com novos insetos, foram introduzidos em países em que jamais tinham sido cultivados antes, mas sem seus inimigos naturais para controlá-los. Insetos que anteriormente eram mantidos sob controle passaram subitamente a dispor de condições que lhes permitiam multiplicar-se a taxas alarmantes. A batalha estava fugindo de controle, e os insetos a estavam ganhando!

O homem logo partiu em busca de novas armas. O alívio surgiu com um arsenal de pesticidas sintéticos. Aqueles matadores químicos de largo espectro, começando com o DDT, destruíram insetos em proporções prodigiosas. O homem pensou que, por fim, ganharia a guerra. Aumentaram dramaticamente as safras. Começaram a desaparecer as doenças veiculadas por insetos. A vitória parecia estar à vista e foi declarada como iminente.

Mas, em sua guerra de extermínio total, o homem matou tanto os inimigos como os amigos. Como se expressou certo cientista: “Quando matamos os inimigos naturais duma praga, herdamos o seu trabalho.” De súbito, livres de seus inimigos naturais, proliferaram em índices alarmantes. Outros insetos, previamente sem importância, juntaram-se às suas fileiras como pragas principais. Utilizaram-se substancial químicas mais potentes, porém. de novo. os insetos se rearrumaram e contra-atacaram. Verificou-se que alguns lavradores aspergiam suas safras até 50 vezes numa única época de crescimento, e, assim mesmo, ainda perdiam a metade da safra.

As substâncias químicas não só deixavam de erradicar os insetos, mas os insetos se tornavam imunes aos agentes químicos, e alguns até mesmo vicejaram com eles. Sua resistência aos pesticidas se tornou tão eficaz que os cientistas puderam nutrir moscas-domésticas com grandes doses de DDT sem elas sofrerem efeitos adversos aparentes. Ademais, as aves, tão úteis no controle dos insetos, estavam sendo mortas ao comerem os insetos, as sementes e as frutas envenenadas.

E estes venenos rapidamente ascenderam na cadeia alimentar, envenenando os peixes e impedindo que as aves se reproduzissem, transtornando a ecologia e apresentando-se, em crescentes dosagens, nos alimentos e na água do próprio homem. As armas químicas do homem voltavam-se contra ele próprio. “Superinsetos”, cerca de quatrocentas espécies de insetos resistentes a inseticidas, tornaram-se as tropas de choque de renovadas invasões entômicas, provocando avolumante disseminação de doenças para o homem. Os insetos ganhavam de novo a guerra.

A Nova Estratégia de Guerra do Homem

O homem teve de procurar celeremente uma segunda linha de defesa. Começou a discernir a importância do brado de guerra: “Conheça seu inimigo.” Era deveras difícil, levando-se em conta sua variedade, seu tamanho e seus hábitos, mas a inteligência superior foi então absolutamente necessária para mudar a inclinação da guerra. Ele, o homem, teve de tomar ciência da genética, biologia, ecologia e do comportamento das pragas. Precisou ir fundo para aprender os hábitos alimentares e reprodutivos delas, como seus ciclos reprodutivos se fundiam com a maturação das safras e com os ciclos de vida dos insetos inimigos, e como estes eram influenciados pelo clima e pelas épocas de plantio. Teve até mesmo de aprender com precisão quanto um inseto comia, a fim de determinar quantos poderiam ser tolerados antes de se sofrerem custosos danos. Teve de descobrir quando causavam maior dano, e como os tornar vulneráveis. O homem teve de restaurar o equilíbrio na natureza. Discerniu que não podia matá-los de forma indiscriminada, pois dependia dos insetos benéficos para a sua própria sobrevivência.

O homem também descobriu que conservar pequenas populações das pragas das safras talvez seja até mesmo o modo mais eficaz de reduzir as perdas de safras, assim garantindo uma reserva alimentar para seus inimigos naturais e impedindo-os de se extinguirem. Ficou a par que uma agricultura totalmente isenta de insetos não era nem sábia nem exeqüível, pois o homem pode ganhar a batalha, porém perder a guerra.

A coexistência e o controle, em vez de o extermínio, tornaram-se a nova estratégia bélica do homem. Criou-se um sistema denominado CIP (Controle Integrado das Pragas). Instalaram-se sistemas de alarme precoce para predizer ou detectar a presença duma praga muito antes de poder causar danos às safras, dando ao agricultor a oportunidade de tomar a ofensiva antes de o inimigo comparecer como força invasora. Poderia então empregar uma variedade de controles biológicos: predadores naturais e parasitos, doenças das pragas, machos esterilizados para reduzir as taxas de reprodução.

Estavam envolvidas também a volta, por parte do agricultor, à rotatividade e à diversificação das colheitas, práticas de cultivo que desencorajam a infiltração e a reprodução das pragas, a mudança dos calendários de plantio, culturas mais resistentes aos insetos, e até mesmo a utilização de safras falsas para desviar o fogo do inimigo da safra principal. Os pesticidas, as bombas atômicas do combate humano, poderiam ser então utilizados como último recurso — mas somente quando necessários, e em aplicações cuidadosas e limitadas. Lavradores que empregam tais métodos têm relatado boas safras, ao passo que reduziram drasticamente seu emprego operoso de fertilizantes e inseticidas.

Em Que Pé Está a Guerra Atualmente?

Mas, a guerra está longe de ser vencida. As pragas entômicas ainda consomem 40 por cento das safras de alimentos do mundo. “Jamais venceremos realmente”, diz o entomólogo David Pimentel, “porque os insetos são tão difundidos no mundo que é absolutamente impossível mantê-los longe das safras e dos alimentos”. Ainda há muito que fazer para controlar a mariposa-do-fumo, a lagarta-dos-cereais africana, o gorgulho-do-algodão, o escarabídeo daninho, a mosca aleurodídea (whitefly), o pulgão verde, a limantria, a formiga-de-fogo, a mariposa do espruce, a barata, o cupim, a mosca-doméstica e o mosquito — para citarmos apenas algumas das pragas agrícolas, ambientais e domésticas, que ainda afligem a humanidade.

Os cientistas ainda experimentam novas armas: hormônios que interferem no crescimento normal, feromônios (odores sexuais dos insetos) que perturbam seu acasalamento, agentes patogênicos que provocam moléstias e anoréxicos que eliminam o desejo do inseto de comer. Mas, ainda são necessários muitos testes antes que se comprove sua eficácia e inocuidade para com o homem. No ínterim, ainda se usa amplamente os pesticidas químicos, à medida que muitos optam pelo extermínio rápido, em vez de pelos mais lentos controles biológicos. Os cientistas, porém, temem que, devido ao aumento da resistência dos insetos, seu arsenal químico talvez se esgote logo.

A solução final reside, não no homem, mas na intervenção da parte de Deus para estabelecer uma trégua e fazer com que todas as coisas retornem ao seu equilíbrio perfeito. Em breve, na justa Nova Ordem de Deus, o homem nem mais pensará sequer em guerra.

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