BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g84 22/9 pp. 20-24
  • Já se ‘maquilou’ hoje?

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Já se ‘maquilou’ hoje?
  • Despertai! — 1984
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • Publicidade É o Nome do Jogo
  • Será que Preços Maiores Significam Melhor Qualidade?
  • Definições Imprecisas
  • Quão Seguros São os Batons, Lápis e Rímel?
  • Maquilagem ou Máscara?
  • Como usar a maquiagem apropriada?
    Despertai! — 1990
  • Perguntas dos Leitores
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1991
  • Os cosméticos nos tempos bíblicos
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 2012
  • Quando é que meus pais me deixarão usar maquiagem?
    Despertai! — 1990
Veja mais
Despertai! — 1984
g84 22/9 pp. 20-24

Já se ‘maquilou’ hoje?

Por Trás do Balcão de Cosméticos — Através dos Olhos duma Mulher

CASO já o tenha feito, essa linda imagem que refletiu seu sorriso no espelho era, provavelmente, uma criação da cera de abelha, de óleo de rícino, da goma-laca, e dos cadáveres de insetos fêmeas similares aos piolhos-farinhentos!

Uma criatura exótica? Quiçá. Na maior parte, talvez, trata-se da mulher mediana que acabou de colocar sua maquilagem — seu “rosto” — e, em resultado disso, está pronta a enfrentar o mundo!

‘Simplesmente não me sinto arrumada sem pôr batom’ é um sentimento partilhado por muitas mulheres, que consideram os cosméticos tão importantes quanto usar roupas. Mas, por que são tão necessários para algumas mulheres, e, ainda assim, desnecessários para outras? Será que a maquilagem a ajuda ou impede de alcançar o alvo final da beleza? Pode acreditar em todos os anúncios que lê, e, se não, como pode diferençar os fatos da ficção? Exploremos este assunto tão fascinante (e às vezes frustrador) para milhões de mulheres.

Publicidade É o Nome do Jogo

Através da História, variaram amplamente as atitudes para com os cosméticos e sua adequabilidade, segundo os caprichos do regente ou do governo no poder. A maquilagem continuou sendo usada ou retirada até por volta da Primeira Guerra Mundial, após a qual nasceu a indústria de cosméticos — como grande negócio. De uma renda bruta de cerca de US$ 40 milhões, em 1914, para mais de US$ 13 bilhões em 1982, a indústria de cosméticos pode atribuir grande parte de sua fenomenal expansão à publicidade.

Uma linda mulher balbucia na tela de TV: “É caro, mas eu mereço!” A balconista pergunta: “A sra. vai levar o gel? Bem, não dá resultado sem o ungüento. Precisa aplicar um de manhã e o outro à noite.” O produto X “age . . . sobre a epiderme para acelerar a regeneração natural da pele . . . A pele fica parecendo . . . mais jovem”, promete a brochura.

Examinemos aquilo que lhe venderam. No primeiro caso, pagou extra pelo item, mas “comprou” o subjacente lisonjeador do ego, “seja boazinha consigo mesma”. No segundo caso, procurava certo produto desejado, mas comprou “a linha completa”, visto que ‘um não funciona sem o outro’. E, por fim, visto que a renovação celular acelera a regeneração da pele ferida ou maltratada, sua terceira compra, conforme explicado pela revista Money (Dinheiro), “provoca uma reação inflamatória invisível e inócua que acelera a produção de novas células. Embora as novas células na camada córnea da epiderme [camada superior da pele] possam ser jovens e frescas, aquela velha derme decadente ainda está por baixo, encolhendo-se e enrugando-se”. Comprou esperança, e não algo substancial, a mais de Cr$ 2 mil o grama.

Outro poderoso meio de publicidade são as revistas femininas. “‘Desde muito cedo, as inseguranças normais das mulheres são tremendamente realçadas’ pela perfeição pré-embalada que as revistas femininas ilustram”, afirma Ellen McCracken, Ph. D., e pesquisadora do efeito das revistas femininas. Exatamente quanta publicidade é feita? Segundo a revista Advertising Age (Era da Publicidade), McCracken afirma que “as revistas femininas sempre iniciam a lista”. Apenas em uma edição havia 610 páginas de anúncios, ou 76 por cento de toda a revista! “Se contar o que se acha embutido na matéria editorial, perto de 95 por cento da revista se refere a anúncios”, afirma ela. A que preço saem tais anúncios? O anúncio na capa de trás era vendido por US$ 99.000 cada mês. É um montão de batom!

Será que Preços Maiores Significam Melhor Qualidade?

Existe alguma diferença entre um estojo de batom, dum supermercado, de Cr$ 1.500 e o estojo de Cr$ 7.500 duma loja de departamentos? Depende de a quem perguntar. Sim, afirmam as gigantescas indústrias de cosméticos; não, respondem os fabricantes dos itens de menor preço. As empresas de preços baixos afirmam que as diferenças de preços estão nas embalagens e na comercialização, ao passo que as grandes companhias de cosméticos citam a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos, maior variedade nos tons e nas cores, e maiores custos de publicidade como os motivos para seus preços mais elevados.

Conforme declarou Margaret Morrison, redatora para a FDA (sigla, em inglês, do Escritório de Assuntos Públicos da Administração de Alimentos e Remédios dos EUA): “Embora os anúncios de cosméticos às vezes sugiram ingredientes mágicos, as análises químicas mostram que os produtos de qualquer categoria — batons, cremes faciais, desodorantes — são basicamente similares em sua composição”

É interessante que não raro as firmas de cosméticos consignam a fabricação de seus produtos às mesmas fábricas externas, realizando depois elas mesmas a comercialização, o que significa que apenas os nomes e as embalagens mudam, uma vez que muitos cosméticos que competem são idênticos. Tal prática não prejudicará sua saúde, apenas seu bolso.

Definições Imprecisas

Fique alerta, então, pois muitos termos empregados na promoção e na rotulagem dos cosméticos não são bem definidos. Um anúncio talvez afirma que o produto é um “rico emoliente”. Rico em quê? O que dizer dos cosméticos “medicamentosos”? Não existe definição legal para “medicamentoso”, e, na atualidade, significa qualquer coisa que o fabricante deseje. E que dizer daqueles produtos que “limpam profundamente”? Responde The Medically Based No-Nonsense Beauty Book (O Livro Sério de Beleza com Base na Medicina): “Não existe, absolutamente, nenhuma substância disponível que penetre nos poros obstruídos e os limpe. Não creia em nenhum anúncio que afirme que seu produto consegue fazer isto.” A FDA dos EUA sugere que, se considere tais termos “com uma pitada de sal”.

Que dizer dos cosméticos hipoalergênicos? O prefixo “hipo” significa “menos”, assim hipoalergênicos significa simplesmente menos alérgicos. A Consumer’s Research Magazine (Revista de Pesquisas do Consumidor) veiculou que a FDA informava: “Não existe agora nenhuma regulamentação que defina ou governe especificamente o emprego de termos como ‘hipoalergênico’ ou outros similares. As consumidoras preocupadas com reações alérgicas de cosméticos devem entender este fato básico: Não existe algo como um cosmético ‘não-alérgico’ — isto é, um cosmético que possa ser garantido como jamais produzindo uma reação alérgica.”

Outros termos são cuidadosamente escolhidos para que a publicidade seja verídica. Segundo a revista Money, poderá ver termos tais como “amenizador” das linhas ou “algo que evita” as rugas, mas não verá “removedores” de rugas. Produtos que contém filtro solar possuem uma substância química que absorve os raios ultravioletas e que pode “evitar” as rugas prematuras devido à exposição ao sol. As rugas já existentes podem ser ‘amenizadas’ — tornando-se menos conspícuas — pelos cremes que contenham vaselina ou colágeno. A vaselina reveste a pele, de modo que os reflexos da luz tornem menos óbvias as pequenas rugas. O colágeno faz o mesmo, quando se seca na superfície da pele, dando firmeza à pele e, temporariamente, “atenuando” as rugas — mas isso é tudo. Outros cremes afirmam que operam pela dilatação das células da pele, deixando-a com uma aparência mais macia. Assim, quer opte pela prevenção, pela dilatação ou pelo polimento daquelas rugas, o único “removedor” legítimo de rugas é um cirurgião plástico!

Quão Seguros São os Batons, Lápis e Rímel?

A FDA controla a segurança dos cosméticos, incluindo os ingredientes, a embalagem, as instalações fabris e a devida rotulagem. Conforme definidos pela Lei de Alimentos, Remédios e Cosméticos, de 1938, os cosméticos são “para a limpeza, o embelezamento, e a promoção da atratividade”. Visto que os cosméticos visam unicamente melhorar a aparência das pessoas, a FDA os considera um remédio apenas se alterarem uma função do corpo. O batom é classificado como cosmético; os antiperspirantes são classificados como remédios, uma vez que os fabricantes afirmam que bloqueiam a perspiração, ou alteram uma função natural do corpo. Os remédios sofrem uma regulamentação mais estrita do que os cosméticos.

De acordo com um opúsculo editado pela FDA, “com a exceção de aditivos de cor [que precisam ser testados para se assegurar sua segurança e pureza], um fabricante de cosméticos poderá, sob sua própria responsabilidade, utilizar essencialmente qualquer ingrediente ou comercializar qualquer cosmético até que a FDA possa demonstrar que pode ser prejudicial aos consumidores sob condições costumeiras de utilização”. A agência declara ainda mais: “Portanto, não podemos afirmar que qualquer cosmético é absolutamente seguro, uma vez que não nos foram fornecidos dados sobre a segurança de todos os ingredientes de per si, ou no produto acabado.”

Mas, se um fabricante de cosméticos não pode comprovar a segurança de seus produtos, a lei nos EUA exige que coloque um aviso no rótulo, que reze: “AVISO — A segurança deste produto não foi comprovada.” Muitas firmas de cosméticos, contudo, fornecem voluntariamente fórmulas e dados de segurança, porque desejam oferecer um bom produto, e porque se trata dum bom modo de negociar.

É a lei que determina que todos os ingredientes sejam alistados nos cosméticos, em ordem decrescente de proporção. As razões são (1) o consumidor tem direito de saber o que está comprando, e, (2) tal exigência promoverá a veracidade da publicidade. Uma vantagem desta lei é que habilita o consumidor a determinar com mais prontidão a causa duma reação alérgica. Outra vantagem é que permite uma compra com comparação de preços. E o consumidor pode familiarizar-se com os ingredientes de modo a adquirir um bom produto, e não apenas um bom anúncio. Esta lista, contudo, não inclui as fragrâncias singulares, os sabores de cosméticos, ou quaisquer ingredientes que a FDA aceite como segredos comerciais do fabricante.

Quando os ingredientes dos cosméticos são testados quanto à segurança, como isto é feito? A “Humane Society” [uma sociedade de proteção aos animais] dos Estados Unidos afirma que “todo ano, entre 60 a 100 milhões de animais são utilizados em programas biomédicos”, inclusive os testes de cosméticos. Utiliza-se o teste Draize, “para determinar a irritação ocular das substâncias. Gotas de sabão, perfume, e outros produtos comuns, são pingados nos olhos de coelhos albinos para verificar se estas coisas são prejudiciais aos olhos humanos”. Alternativas sugeridas para este tipo doloroso de testes são as culturas de tecidos, modelos computadorizados e bactérias. A revista Discover (Descoberta) afirma que muitos cientistas reputam que “o número de experimentos com animais pode, por fim, ser reduzido a uma fração de seu total atual, e que o computador, algum dia, pode ser excelente substituto de tais testes, como o de Draize, que não envolvam questões de vida e morte”.

Maquilagem ou Máscara?

Quando lhe perguntaram por que se maquilava, certa mulher respondeu que, sem ela, ela se parecia com a “Morte”. Outra pensava: “Até pintar meus olhos, sinto-me invisível. As pessoas dizem: ‘Ali vai aquela bondosa mulher sem rosto.’” Ainda outras pensam da mesma forma que certa mulher: “Detesto maquilagem. Me dá calafrios — tudo vira verde para mim.”

Se a pessoa vai ou não usar maquilagem é, naturalmente, uma decisão pessoal. Para as que usam, é de ajuda lembrar-se da definição de cosméticos, a saber: Para “embelezar, promover a atratividade”. Deseja ser lembrada como a linda jovem dos formosos olhos azuis, ou como a jovem com sombra azul nos olhos?

Ou que dizer da situação em que o marido se inclinou na direção da esposa, sussurrando: “Por que aquela mulher fez isso no seu rosto?” A mulher tinha traços marrons borrados sob as bochechas, e ao longo das laterais do nariz. Tinha faixas branco-róseas nas maçãs do rosto e nas têmporas. As suas bochechas eram um rosa-vivo, os cílios sendo carregados de máscara, e brilho purpúreo recobria seus lábios, realçados com lápis escuro. “Ela fez uma maquilagem de contorno”, respondeu a esposa, reconhecendo que aquela senhora seguira fielmente o procedimento, passo a passo, dos modelos, para afinar o nariz, realçar os olhos etc. Mas o que parecia ser o resultado final — uma maquilagem ou uma máscara (disfarce)?

A mulher feminina é encantadora, graciosa. Se não usar maquilagem, sente-se confiante sem ela. Se usar deveras maquilagem, ela se mostra confiante pois a usa com dignidade — adicionando apenas um toque de definição, um pouquinho de cor para realçar suas linhas naturais. Assim como sua linguagem e suas roupas expressam o que ela é, assim, também o faz sua maquilagem. É tal expressão uma força bondosa, gentil, dignificada; ou é dura, petulante, dominadora? Jamais se deve ver a maquilagem, em vez da pessoa. Se isso acontecer, então a única “promoção” conseguida foi a publicidade esperta, e não a atratividade.

Para você que é curiosa, a linda jovem mencionada no início deste artigo estava usando batom (óleo de rícino e cera de abelha), máscara (goma-laca) e sombra (carmine N.F. — derivado dos corpos ressecados da cochinilha fêmea, um inseto vermelho-brilhante que é aparentado com o piolho-farinhento).

Assim, quer decida ‘maquilar-se’ ou aparecer ao natural, mostre um rosto feliz e sorria!

[Destaque na página 21]

“Que diferença há entre um estojo de Cr$ 1.500,00 e um de Cr$ 7.500,00? “São basicamente similares”, afirma uma agência governamental.

[Quadro na página 23]

Dicas Sobre Cosméticos Seguros

1. Toda maquilagem pode abrigar bactérias prejudiciais, assim, renove seu suprimento a cada quatro meses, mais ou menos.

2. Ao comprar nova máscara, sempre jogue fora a escovinha velha.

3. Lave as mãos antes de aplicar qualquer maquilagem.

4. Se a maquilagem exige água, use água mesmo — e não saliva.

5. Limpe suas escovinhas e itens de maquilagem uma vez por semana.

6. Mantenha apontados seus lápis para os olhos para remover as bactérias. Limpe os apontadores de lápis com um cotonete mergulhado no álcool.

7. Conserve bem tampadas as embalagens, para impedir a contaminação ou decomposição do produto.

8. Não use cosméticos de outras; podem estar contaminados.

9. Não use cosméticos sobre a pele irritada ou ferida.

10. Mantenha os cosméticos inacessíveis às crianças.

11. Ao ocorrer uma reação adversa, pare de usar tal produto. Caso persista esse problema, consulte um médico, dando-lhe a embalagem do cosmético, o rótulo e as orientações que vieram com ele.

12. Nos EUA, comunique ao fabricante ou ao distribuidor indicado no rótulo, e ao mais próximo escritório da FDA, qualquer reação adversa dos cosméticos. No Brasil, à qualquer organização de defesa do consumidor mais próxima.

[Quadro na página 24]

O Que a Palavra de Deus Diz Sobre Adorno e Encanto

“Quero que as mulheres sejam sensatas e se vistam com decência e simplicidade.” — 1 Timóteo 2:9, A Bíblia na Linguagem de Hoje.

“A beleza de vocês deve estar no coração, pois esta é uma beleza que não se perde, a beleza de um espírito calmo e delicado. Isto é de grande valor diante de Deus.” — 1 Pedro 3:4, BLH.

“Enganosa é a graça, fulgaz a formosura; a mulher que teme ao Senhor merece ser louvada.” — Provérbios 31:30, Bíblia Vozes.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar