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  • g85 8/2 pp. 7-10
  • O herpes e a Aids em foco

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  • O herpes e a Aids em foco
  • Despertai! — 1985
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Despertai! — 1985
g85 8/2 pp. 7-10

O herpes e a Aids em foco

“SINTO-ME como se fosse leprosa. Quem iria me querer se eu lhe contasse que tenho uma doença incurável que pode ser sexualmente transmitida?” Foi assim que se expressou uma portadora do muito divulgado herpes genital. Grassa no Brasil, Estados Unidos, Canadá, Europa e Japão. Somente nos Estados Unidos relatam-se calculadamente de 200.000 a 500.000 indivíduos assim afligidos cada ano. Certo médico calculou que “cada ano se diagnosticam de 20.000 a 50.000 casos novos de herpes genital no Canadá”.

Qual é a causa de todo este infortúnio? A ciência médica afirma que é uma diminuta partícula, um vírus, que é apenas um membro duma grande “família” de herpes. A catapora e o herpes-zóster (cobreiro) são doenças comuns provocadas por vírus herpéticos. Aquele que causa o herpes genital é similar (por vezes idêntico) ao vírus causador das feridinhas comuns que as pessoas apresentam nos lábios (herpes labial). Mas, quando o herpes aflige a genitália, o portador dele usualmente (mas nem semprea) contraiu o vírus por via específica: por contato sexual com outra vítima do herpes.

Passados de três a sete dias depois de ficar exposta ao herpes, a pessoa infectada nota uma ardência prurido na área genital — prenúncio de dolorosas e bolhosas ulcerações. As vesículas a atormentam de duas a seis semanas antes de sararem. Mas o herpes não desaparece. Os médicos afirmam que simplesmente recolhe, pelas vias nervosas, para os feixes de nervos na base da espinha. Ali fica latente até que algo (como o stress) acione uma reativação do vírus. Despertado, percorre as vias nervosas de novo até a pele, e reinicia todo o ciclo de sofrimento.

Talvez o efeito mais insidioso do herpes seja sobre as emoções do portador. Observa o dr. Oscar Gillespie: “O principal problema do herpes não é tanto o próprio vírus, mas as formas como sua presença pode gerar medos, dúvidas e perturbações da vida diária.” Declarou uma vítima: “É dificílimo descrever as sensações de ira, de culpa, e da perda de controle que se experimenta quando se tem herpes. É algo que creio que apenas outras vítimas de herpes podem compartilhar e entender.” Todavia, tal distúrbio emocional simplesmente prolonga o ciclo de sofrimento, não raro por provocar outras recidivas da doença.

Por Que É Chamado de Incurável?

Por que o sistema imunológica do corpo não esmaga simplesmente o irritante herpesvírus? Os médicos afirmam que o herpes escapa de tal sorte por ligar-se a uma célula, penetrando a sua membrana exterior e ocultando-se lá dentro. Uma vez seguro no interior, rapidamente obtém o controle do “cérebro” da célula, tornando a célula verdadeira fábrica de herpes! Dentro de três a cinco horas são criados de 80.000 a 120.000 novos vírus. A parede celular então se rompe, permitindo que um exército de perigosas partículas fluam para a corrente sanguínea e infetem ainda outras células.

Pode-se então depreender por que os médicos afirmam que o herpes é tão difícil de eliminar. A cura envolveria penetrar de algum modo nas células infetadas para matar o vírus. Ou ter-se-ia de matar as células infetadas sem destruir as saudáveis. Pouco é de admirar que a ciência médica no ínterim, se sinta aturdida. (Veja encaixe.) Recentes informes de que estão sendo testadas vacinas contra o herpes talvez projetem alguns raios de esperança. Mas, apesar de que essa atitude de “mais vale prevenir” possa ajudar a milhões de pessoas, que dizer dos já afligidos?

AIDS — Nova DST?

“Em minha carreira profissional, jamais encontrei uma situação mais frustradora e deprimente”, citou a revista Newsweek como declarações do dr. Peter Mansell. Referia-se à doença que captou as atenções mundiais: a AIDS (Síndrome da Deficiência Imunológica Adquirida). O termo descreve uma paralisação do sistema imunológico do corpo. Suas vítimas sucumbem assim a raras formas de câncer e pneumonia.

A que ponto se disseminou a AIDS? Até agora, há mais de 4.000 casosb apenas nos EUA, e uns 200 no Brasil. Pelo menos 31 outros países também relataram incidências da doença. Países até agora relativamente imunes, tais como o Japão, se prepararam para enfrentá-la — só como precaução.

As vítimas da AIDS parecem apresentar estonteante taxa de mortalidade. Mais de 60 por cento daqueles inicialmente diagnosticados como portadores dela morreram em questão de um ano. Alguns, contudo, receiam que todas as vítimas da AIDS por fim morrerão devido a essa doença. Todavia, a síndrome começa de forma bastante inocente, com sintomas parecidos com a gripe, a fadiga e a perda de peso. Infelizmente, como observa o dr. Frederick P. Siegal: “Quando a maioria dos médicos examina os pacientes com AIDS, a festa já acabou.”

De acordo com os CDC (Centros de Controle das Doenças), os homossexuais ativos (com múltiplos parceiros) correm o maior risco de contraírem a AIDS. Também correm risco os hemofílicos e os que abusam de drogas intravenosas.c Mas, visto que mais ou menos 70 por cento das vítimas da AIDS eram homossexuais, suspeita-se fortemente que tal doença seja, na maioria dos casos, transmitida por contato sexual.

Pânico Causado Pela AIDS

“O medo se espalha muito mais rápido do que a doença”, disse a revista Discover (Descobrir). Sem dúvida, manchetes tais como “Simples Contato Pode Transmitir a AIDS” têm promovido este temor.

● Funcionários de hospitais têm-se recusado a tratar pacientes com AIDS.d

● Agentes funerários têm-se recusado a embalsamar os corpos das vítimas da AIDS [como é costumeiro em alguns países]

● A Polícia de São Francisco, Califórnia, EUA, recebeu aparelhos de ressuscitação e luvas de borracha para evitar a infecção pela AIDS ao prestar os primeiros socorros.

● Técnicos recusaram-se a instalar um microfone para uma vítima da AIDS que seria entrevistada num programa de entrevistas da TV. Qual o objetivo do programa? Aquietar os temores sobre a AIDS.

● Serviços de atendimento telefônico para as vítimas da AIDS “foram inundados com chamadas perguntando se a doença podia ser contraída por se segurar as alças do metrô ou utilizar os assentos dos vasos sanitários antes usados por gays”.

A comunidade gay, contudo, sentiu o maior impacto. Bares e saunas gays relataram uma redução dos negócios devido ao medo das pessoas de contraírem a AIDS. E, visto que os homossexuais com parceiros múltiplos são os de maior risco, alguns até mesmo fizeram mudanças drásticas em seu estilo de vida. Poucos, se é que alguns, ficaram tão assustados que ‘se endireitaram’ (voltaram a ser heterossexuais). Mas alguns têm evitado o contato sexual anônimo e se fixaram em relacionamentos “monogâmicos”.

É a vítima da AIDS, contudo, que sofre a verdadeira angústia. Tratadas como pária, por seus vizinhos e colegas de trabalho, desprezadas pelos amantes, as vítimas da AIDS têm também de suportar a carga duma doença incurável. “Paira sobre sua cabeça”, disse uma vítima da AIDS. “Há sempre a incerteza dominante de que, a qualquer dia, a gente apresente algo que nosso sistema imunológico suprimido não conseguirá repelir.”

Assim, ao passo que a reação do público pode, em certo sentido, ser exagerada, o medo da AIDS não é infundado. A AIDS é insidiosa assassina. E informes de que pode espalhar-se para o público em geral, por meio de transfusões de sangue, provocam adicionais temores e ressentimentos. (Veja encaixe na página 9.)e Assim, os homossexuais verificam ser vítimas, não só da hostilidade, mas de um estilo de vida repleto de perigo.

[Nota(s) de rodapé]

a Por exemplo, algumas pessoas às vezes contraem herpes nos dedos por tocarem em vesículas herpéticas. Assim, podem espalhar acidentalmente a doença para outras partes do corpo, tais como a genitália, por tocar nelas.

b É possível que nem todos os casos notificados realmente envolvam a mesma síndrome, uma vez que a AIDS abrange um amplo leque de sintomas. Por outro lado, casos de AIDS podem crassamente deixar de ser notificados, uma vez que muitas de suas vítimas talvez ainda sintam o estigma relacionado com a AIDS.

c Os CDC informaram a Despertai! que carecem de provas as anteriores teorias que ligavam os haitianos à AIDS através de “ritos de vodu”.

d Os CDC determinaram precauções a serem tomadas pelas equipes clínicas e laboratoriais, embora afirmem que “não parece provável” poder-se contrair a AIDS “por meio de contato casual”. Tais precauções incluem o uso de luvas ao se lidar com amostras de sangue de pacientes com AIDS, jogar fora as agulhas utilizadas em pacientes com AIDS, e usar aventais cirúrgicos.

e Em 23 de abril de 1984, os pesquisadores anunciaram ter isolado o vírus que se crê cause a AIDS. Com o tempo, talvez seja anunciado, um teste eficaz para detectar o sangue contaminado pela AIDS. Isto, contudo, ainda está muito longe de ser uma cura para tal moléstia.

[Destaque na página 10]

O dr. Frederick P. Siegal observa: “Quando a maioria dos médicos examina os pacientes com AIDS, a festa já acabou.”

[Destaque na página 10]

O choque de se contrair uma doença sexualmente transmissível tem movido muitos a encarar a promiscuidade sob uma nova luz.

[Diagrama na página 7]

(Para o texto formatado veja a publicação)

Primeiro passo: O herpesvírus liga-se à célula e penetra a sua membrana exterior.

PAREDE CELULAR

NÚCLEO DA CÉLULA

ADN DA CÉLULA

HERPESVÍRUS

ADN VIRAL

Segundo passo: O vírus apodera-se do núcleo da célula a fim de reproduzir os herpevírus aos milhares.

DESTITUÍDO O NÚCLEO DA CÉLULA

NÚCLEO VIRAL

ADN VIRAL

NOVO VÍRUS

Terceiro passo: A parede celular se rompe, liberando dezenas de milhares de vírus.

PAREDE CELULAR

[Quadro na página 8]

A Cura do Herpes?

Pretensas curas do herpes, afirmam os médicos, não só suscitaram falsas esperanças, mas, em alguns casos, simplesmente agravaram uma situação já ruim. Entre alguns tratamentos que os CDC chamam de ineficazes acham-se as vacinas, os estimulantes imunológicos, as vitaminas C, E e B12., dietas especiais, zinco, pastilhas de lactobacilos (acidófilos), cremes asteróides e terapia do corante-luz.

Mas, por que tantos afirmam sentir-se aliviados por tais “curas”? Os médicos nos lembram aquilo que parece provocar as recidivas do herpes — o stress e a ansiedade. Praticamente qualquer coisa que simplesmente acalme a pessoa e a torne menos ansiosa poderia, pelo visto, curar a moléstia — temporariamente. Contudo, é, em geral, apenas uma questão de tempo, até que os latentes herpesvírus, ainda aninhados nas células, decidam atacar de novo. Naturalmente, ainda existe controvérsia sobre alguns destes tratamentos, mas sábio é aquele que pesquisa cabalmente um tratamento, antes de submeter-se a ele.

Por enquanto, o melhor que a ciência médica tem a oferecer é o alívio dos sintomas. O fármaco aciclovir, por exemplo, tem sido aprovado para utilização nos Estados Unidos, e parece acelerar a cura das vesículas do herpes. Mas, infelizmente, não impede as recidivas!

Os médicos dão alguns conselhos de bom senso para os portadores do herpes, conselhos que podem também resultar em certo alívio. O descanso, banhos mornos, compressas quentes e de gelo, e manter secas, as lesões, são consideradas medidas úteis, embora estejam longe de ser curas.

[Quadro na página 9]

A AIDS e o Sangue

Primeiro foram os hemofílicos. O tratamento de sua moléstia (o fator VIII, ou fator plasmático de coagulação) deriva-se do sangue de centenas de doadores. Assim, quando alguns hemofílicos contraíram a AIDS, suspeitou-se de imediato do sangue. Daí, um bebê que tinha recebido uma transfusão duma vítima da AIDS também contraiu a doença. Embora as probabilidades de contrair a AIDS mediante uma transfusão parecessem mínimas, os CDC (nos EUA) todavia avisaram que “os membros de grupos de maior risco de AIDS [primariamente homossexuais] devem refrear-se de doar plasma e/ou sangue total”.

Conseguir a concordância voluntária dos doadores de sangue, contudo, é mais fácil de dizer do que fazer. E a comunidade homossexual clamou: “discriminação!”, diante das sugestões para que fossem proibidos de doar sangue. Médicos europeus, assim, mencionaram que devia ser proscrita a importação de produtos de sangue dos EUA, e alguns pacientes recusaram transfusões de sangue!

O medo de que se possa contrair a AIDS através da reutilização das agulhas até mesmo causou pânico temporário entre os doadores de sangue. Um porta-voz do Programa Hematológico da Grande Nova Iorque disse a Despertai! que as doações de sangue baixaram 25 por cento durante o mês de julho de 1983. E isto apesar de que as agulhas utilizadas são esterilizadas e hermeticamente vedadas antes de serem reusadas, e daí, são quebradas e jogadas fora.

Ao passo que o teste recém-anunciado para detectar o sangue contaminado possa proteger o fornecimento de sangue da contaminação pela AIDS, o medo da AIDS tem servido para recordar ao público que a transfusão de sangue é uma medida que traz, em si mesma, graves riscos.

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