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  • “Censura: 500 anos de conflito”

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  • “Censura: 500 anos de conflito”
  • Despertai! — 1986
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g86 8/8 pp. 13-14

“Censura: 500 anos de conflito”

NO SEGUNDO semestre de 1984, a Biblioteca Pública de Nova Iorque apresentou uma mostra educativa sobre o tema acima: “Censura: 500 Anos de Conflito.” Em horários predeterminados, um guia levava os visitantes e tecia comentários interessantes. Visitei a mundialmente famosa biblioteca de Nova Iorque, situada na confluência da 5.ª Avenida com a Rua 42, em julho de 1984, e fiz uma dessas excursões guiadas.

A visita começava numa grande e majestosa sala. Perfilados sob os tetos esculpidos de carvalho, de estilo renascentista, da sala de exposição, estavam livros e impressos raros, que datavam do século 15 até o tempo atual. As publicações tinham todas uma coisa em comum — a infelicidade de terem sido censuradas em uma época ou em outra.

No início da visita, nosso guia convidou-nos: ‘Imaginem-se sentados confortavelmente na quietude de sua sala de estar, lendo um livro favorito, quando subitamente a polícia rompe porta adentro, arranca tal livro de suas mãos e o rasga em pedacinhos. Por quê? Simplesmente porque os poderes governantes julgam tal livro inapropriado para o bem público. Acabou de provar o terror da censura.’

Todavia, a censura já existia muito antes de os livros da mostra serem publicados. O frontispício de um dos livros que vimos ilustrava este fato. O livro é Alle Propheten Teustch (Todos os Profetas em Alemão), traduzido para o alemão por Martinho Lutero, em 1534. Seu frontispício se divide em nove painéis, cada um ilustrado por uma cena bíblica. Uma das cenas é a do livro sendo queimado pelo rei israelita, Jeoiaquim, uns 2.500 anos atrás. Jeoiaquim ficou furioso com a profecia de destruição, escrita por Jeremias, e assim tentou censurar a mensagem por queimá-la. — Jeremias 36:9-27.

Essa cena de queima de livros fez com que Alle Propheten Teutsch fosse incluído no índex de livros proibidos pela Igreja Católica. Por quê? Bem, os reformadores protestantes freqüentemente ilustravam textos bíblicos que descreviam a queda de governantes orgulhosos e opulentos. E, como nosso guia observou: ‘Os artistas protestantes viam em tais trechos bíblicos um aviso para o papado.’

A Nêmesis da Censura

A parte final dos séculos 15 e 16 viram a Igreja Católica ser atacada pelos reformadores. E as prensas impressoras, introduzidas por João Gutenberg por volta de 1440, tornaram-se uma grande arma dos reformadores. O foco da mostra era a luta pela liberdade da página impressa e da imagem, desde a introdução da impressão com tipos móveis.

Nosso guia explicou: ‘Martinho Lutero teve êxito notadamente por causa de seu emprego brilhante da prensa tipográfica, a fim de disseminar com rapidez sua mensagem, ao passo que reformadores tais como João Wycliffe e João Huss, que viveram antes da prensa tipográfica, foram derrotados pela Igreja Católica.’

Impressos, ou volantes, contra as doutrinas religiosas da Igreja, espalharam-se por toda a Europa em questão de meses desde que Lutero rompeu com a Igreja. Por exemplo, pelo nosso exame de Gnade unde Frede in Christo (A Graça e a Paz em Cristo), de Lutero, de 1523, pudemos ver facilmente por que suscitou a ira da Igreja. Lutero instava com o povo a que vivesse de acordo com as normas morais cristãs, segundo reveladas na Bíblia, em vez de tentar ajustar-se aos códigos de conduta estabelecidos pela Igreja. ‘Era difícil para os censores impedir a circulação de tais volantes’, comentou nosso guia.

Nossos olhos se voltaram em seguida para o Novo Testamento, em inglês, editado por Tyndale, zeloso contemporâneo de Lutero. Foi condenado pela Igreja por volta de 1525, e teve de ser impresso na Alemanha e contrabandeado para a Inglaterra. Por que foi condenado? Por um lado, a tradução de Tyndale, de Colossenses 1:24, diferia do dogma católico. Ele traduziu corretamente a palavra grega ekklesia, encontrada neste versículo, por “congregação”, em vez de “igreja”. Desta forma, Tyndale evitou identificar o conjunto de crentes cristãos com a Igreja Católica. Com que resultado? Censura!

Outros objetos expostos mostravam que as autoridades católicas não foram as únicas a fazer censura. Quando os protestantes assumiram o poder, eles, também, empregaram sua autoridade policial para banir publicações dos católicos e de outros protestantes.

Omitiu-se um exemplo moderno de censura que teria sido de interesse especial para os estudiosos da Bíblia — a proscrição, nos Estados Unidos e no Canadá, em 1918, do compêndio religioso O Mistério Consumado, editado em inglês pelos Estudantes Internacionais da Bíblia [Testemunhas de Jeová]. Esse livro expunha os falsos ensinos das religiões principais. Essa mensagem melindrou os clérigos; eles retaliaram. Ocultando-se sob o manto do nacionalismo durante meados da I Guerra Mundial, os clérigos pressionaram os governos para banir tal livro. Tiveram êxito, mas apenas temporariamente. A proscrição cessou em 1920.

Não importa quão arduamente o homem tenha tentado suprimir as idéias dos outros, a realidade é que jamais se teve êxito em censurar a verdade, especialmente a verdade bíblica. Quando os líderes religiosos tentaram tapar a boca dos discípulos de Jesus, ele disse: “Se estes permanecessem calados, as pedras clamariam.” (Lucas 19:40) — Contribuído.

[Foto na página 13]

A tipografia, introduzida por João Gutenberg, provou ser uma grande arma dos reformadores.

[Foto na página 14]

Tyndale, cujos escritos foram censurados pela Igreja, foi estrangulado e queimado na fogueira.

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