BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g85 22/8 pp. 12-13
  • O “caminho dos deuses” — para onde conduziu o Japão?

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • O “caminho dos deuses” — para onde conduziu o Japão?
  • Despertai! — 1985
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • A Senda da Superstição e do Temor
  • ‘Uma Arma Espiritual’
  • Xintoísmo — o Japão em busca de Deus
    O Homem em Busca de Deus
  • A Bíblia Muda a Vida das Pessoas
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 2011
  • Parte 9: 551 AEC em diante — a busca oriental do caminho certo
    Despertai! — 1989
  • Religião — Por que a falta de interesse?
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1991
Veja mais
Despertai! — 1985
g85 22/8 pp. 12-13

O “caminho dos deuses” — para onde conduziu o Japão?

Do correspondente de Despertai! no Japão

NÃO possui fundador conhecido. Não possui nenhum credo ou doutrina oficial. Não possui igrejas, nem ofícios do tipo eclesial. Não possui hierarquia religiosa, nem possui sequer um livro religioso comparável com a Bíblia. Todavia, trata-se dum modo de vida transmitido de geração em geração, e professado atualmente por cerca de 78 milhões de japoneses. É chamado de xintoísmo.

A origem do xintó está envolta em mitologia. ‘No princípio’, diz a lenda, o deus Izanagui e a deusa Izanami tiveram relações sexuais. Isto fez nascer não só as árvores, os montes e o solo, mas também cerca de oito milhões de outros deuses e deuses! Julga-se que Jimu Tennō, o primeiro imperador do Japão, é descendente direto de uma dessas deusas — Amaterásu-o-Micami (Amateras), a deusa-sol. O respeito por estes deuses e a veneração a eles, constitui a base do xintó que significa “caminho dos deuses”.

Mas, para onde o “caminho dos deuses” conduziu o Japão? Provou-se adequado às necessidades do povo ali?

A Senda da Superstição e do Temor

O xintoísmo não tem uma definição precisa do que acontece por ocasião da morte. (Não existe o equivalente ao “céu” e “inferno” da cristandade.) Embora a morte seja considerada “uma maldição, uma tragédia, um infortúnio”, a idéia predominante é a de que o morto se torna um espírito que pode conceder bênçãos a uma família. Afirma certo livro xintoísta: “Os homens deste mundo continuam a viver após a morte, e continuam a receber as bênçãos dos deuses, isto é, os espíritos do céu e da terra. Nós também, com nossas almas incorpóreas, vivemos juntos esta vida de homem.”

Que efeito sobre os nipônicos tem tido a crença em espíritos que partiram? Em vez de enchê-los de esperança, deu origem a numerosas práticas supersticiosas. Por exemplo, caso ocorra um infortúnio na família de crentes xintoístas, talvez passem a crer que não estão dando suficiente atenção a alguns ancestrais falecidos. Caso se compre uma casa nova ou um carro novo, não raro se executam rituais exorcistas para eliminar os ‘espíritos iníquos’. Antes de uma construção começar, um sacerdote xintoísta vem, com um altar portátil, invocar a proteção dos deuses ancestrais.

Assim, em vez de esclarecer seus adeptos, o xintó simplesmente conduziu os crentes pela senda da superstição e do temor, a mesma senda trilhada pelas religiões da antiga Babilônia. Em seu livro The Religion of Babylonia and Assyria (A Religião de Babilônia e Assíria), Morris Jastrow mostrou que, para os antigos babilônios, “a morte era uma passagem para outro tipo de vida”. Também, o xintoísmo dá realce ao relacionamento entre a deusa-sol e sua prole humana masculina. Há rituais em que o imperador se dirige a Ise, onde se acha o santuário da deusa-sol, e apresenta seus “relatórios” a ela. Isto nos faz lembrar o relacionamento entre Ninrode e sua mãe, a chamada Semíramis. E ao passo que Semíramis é, supostamente, filha da deusa-peixe, Atárgatis, a mãe do imperador Jimu era filha do “Rei do Mar”.

‘Uma Arma Espiritual’

Em épocas passadas, o xintoísmo muito contribuiu em ajudar os nipônicos a apegar-se a elevadas normas morais. Fortaleceu os vínculos familiares. E, por instilar poderoso respeito pelo imperador, a um só tempo soberano e líder religioso, ajudou a manter a unidade nacional. No entanto, quase levou à ruína nacional.

Afirma a Encyclopœdia Britannica (edição de 1966): “A partir da guerra sino-nipônica (1894-95), o Japão seguiu uma política expansionista, e, desde aquela época até o período da Segunda Guerra Mundial, o xintoísmo foi manipulado pelos militaristas e pelos nacionalistas jingoístas como a arma espiritual capaz de mobilizar a nação para preservar a prosperidade do trono.” O xintoísmo tornou-se assim um instrumento que ajudou a conduzir o Japão para a Segunda Guerra Mundial.

Depois da completa derrota do Japão nessa guerra, os Aliados vencedores ordenaram a dissolução do xintoísmo estatal. Privados do apoio ou dos controles governamentais, os santuários xintoístas tornaram-se assim independentes. O próprio imperador chocou a nação por renunciar às suas pretensões de divindade, dizendo: “Os vínculos entre Nós e o Nosso povo sempre se basearam na confiança e na afeição mútuas. Não dependem de simples lendas e mitos. Não se respaldam na falsa concepção de que o imperador é divino e que o povo nipônico é superior a outras raças e está predestinado a governar o mundo.”

Isto, porém, não foi o fim do xintoísmo. O desmantelado xintoísmo estatal reagrupou-se numa organização chamada Jinja Honcho (Associação dos Santuários Xintoístas). Representa cerca de 80.000 santuários do xintó. Embora o presidente desta associação seja supostamente o cabeça da religião xintoísta, na realidade, o imperador ainda é reconhecido pela maioria das pessoas como detendo tal posição.

O xintoísmo, contudo, não resultou eficaz em enfrentar os problemas modernos. Não equacionou o enorme problema da discriminação contra a segunda e a terceira geração de coreanos e de chineses nascidos e criados no Japão. O xintoísmo não possui quaisquer linhas-mestras a oferecer, a fim de deter a delinqüência juvenil, e solucionar os problemas da violência nas escolas. Não demonstra ter qualquer posição quanto ao aborto e ao sexo permissivo que agora varrem o Japão. O “Esboço dos Ensinos Xintoístas”, da Jinja Honcho, fornece uma razão para isto, dizendo: “O xintoísmo não é restrito por textos ou dogmas definidos.”

O xintoísmo também falha em dar a seus adeptos uma esperança quanto ao futuro. Preocupa-se apenas com o “hoje”. Assim, não é de admirar que milhares de nipônicos tenham rompido com o xintoísmo e se interessado pela Bíblia. Diferente do xintó a Bíblia explica por que o homem se acha na Terra, e o que o futuro nos reserva. A Bíblia provê orientação moral e uma sólida base para a fé — não histórias mitológicas. Assim, ao passo que o xintoísmo talvez seja o “caminho dos deuses”, a Bíblia diz que “embora haja os que se chamem ‘deuses’, quer no céu, quer na terra, assim como há muitos ‘deuses’ e muitos ‘senhores’, para nós há realmente um só Deus, o Pai”. (1 Coríntios 8:5, 6) As Testemunhas de Jeová estão ajudando milhares de pessoas, no Japão, a conhecer nominalmente esse “um só Deus”.

[Foto na página 13]

Um santuário xintoísta, onde as pessoas vão orar.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar