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  • g85 8/10 pp. 4-7
  • A visão em prol da paz

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  • A visão em prol da paz
  • Despertai! — 1985
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Despertai! — 1985
g85 8/10 pp. 4-7

A visão em prol da paz

EM 1916, antes mesmo de os Estados Unidos entrarem na guerra, Wilson começou a promover sua visão de um arranjo permanente que garantisse a paz na Terra. Segundo o biógrafo Gene Smith, sua visão era do “estabelecimento duma Liga das Nações que fosse um foro de dispensação de justiça para todos os homens, e que extirpasse para sempre a ameaça de guerra”. Daí, em 1917, com os Estados Unidos já em guerra, tornou-se o grande cruzado a favor do que esperava fosse uma paz perpétua e o glorioso ápice de sua carreira.

Devotou então suas energias a espalhar o evangelho da Liga das Nações, conforme o concebia. Visava uma “Paz sem Vitória”, em que não haveria um vencido povo alemão, mas, antes, a derrubada de governantes militaristas e autocráticos.

Como base para as negociações de paz, fixou seus famosos Quatorze Pontos. Estes consistiam em cinco ideais gerais que todas as nações beligerantes deviam respeitar, além de oito pontos que tratavam especificamente de problemas políticos e territoriais. O ponto 14 era o mais vital, uma vez que representava o próprio âmago da cruzada de Wilson — o estabelecimento de uma Liga das Nações.

“O Maior dos Êxitos ou a Suprema Tragédia”

Ele estava tão convicto de ter o apoio de Deus sobre seu projeto que insistiu em comparecer à Conferência de Paz de Paris em 1919 — isto apesar de muitos amigos políticos julgarem que o presidente dos Estados Unidos deveria permanecer independente das negociações de paz. Cria que contava com o apoio dos povos do mundo, mesmo que não tivesse o de todos os políticos. Estava convicto de que era o instrumento de Deus a favor da paz. Ele, mais do que ninguém, tinha de ir a Paris.

Confidenciou a seu secretário particular, Tumulty: “Esta viagem será ou o maior dos êxitos ou a suprema tragédia de toda a História; mas creio numa Providência Divina . . . Tenho fé que nenhum grupo de homens, não importa quanto combinem seu poder ou sua influência, pode derrotar este grande empreendimento mundial.” (O grifo é nosso.) Como declara certa autoridade: “O Presidente estava determinado a utilizar seu poder e seu prestígio para que o acordo final de paz incluísse um plano a favor duma Liga das Nações.”

Lá por volta de novembro de 1918, os exércitos alemães estavam à beira da derrota. Ofereceu-se-lhes um armistício que poria fim à guerra. Iniciaram-se negociações que envolviam o primeiro-ministro galês da Grã-Bretanha, Lloyd George, o austero primeiro-ministro francês, Georges Clemenceau, o culto primeiro-ministro italiano, Vittorio Orlando, e o inescrutável representante nipônico, conde Nobuaki Makino. Wilson estava determinado a convencê-los de que a Liga era a única solução para os problemas da Europa, bem como os do mundo.

“A Estrela de Belém Ressurgindo”

Wilson tornou-se o herói do povo ao excursionar pela Europa, antes da Conferência de Paz de Paris. Conforme Herbert Hoover depois escreveu: “Ele foi recebido em toda a parte com um fervor quase que religioso . . . As ovações eram maiores do que as concedidas a qualquer outro mortal.” Sua iniciativa e visão de paz tinham entusiasmado as massas. Em sua excursão pela Itália, as multidões bradavam: “Viva Wilson, Deus de Paz.” Foram atribuídos a ele poderes quase que sobrenaturais. Hoover acrescenta: “Para eles, nenhum homem dotado de tamanhos poderes morais e políticos, e nenhum evangelho de paz igual tinham surgido desde que Cristo pregou o Sermão do Monte. . . . Era a estrela de Belém ressurgindo.”

Evidentemente, Wilson cria, com fervor evangélico, em sua missão de estabelecer a paz na Terra. Declara o escritor Charles L. Mee: “Em determinado ponto, surpreendeu Lloyd George e Clemenceau ao explicar como a liga estabeleceria uma fraternidade do homem, quando o Cristianismo não conseguira fazê-lo. ‘Por que’, Lloyd George lembrava-se de Wilson ter dito, ‘Jesus Cristo até agora não logrou êxito em induzir o mundo a seguir Seus ensinos nestas questões? É porque ele ensinou o ideal sem delinear qualquer meio prático de atingi-lo. Essa é a razão pela qual proponho um esquema prático para cumprir Seus objetivos.’” — The End of the Order, Versailles 1919 (O Fim da Ordem, Versalhes 1919).

Certamente Wilson recebeu incentivos de muitas partes. O secretário da Marinha dos EUA, Josephus Daniels, saudou a publicação do esboço do Pacto da Liga das Nações com os seguintes encômios: “O esboço da Liga de Paz é quase tão simples como uma das Parábolas de Jesus, e quase tão esclarecedor e edificante. É tempo de os sinos das igrejas repicarem, de os pregadores se porem de joelhos, de os estadistas se regozijarem, e de os anjos cantarem: ‘Glória a Deus nas alturas!’”

A Liga e a Igreja Católica

Será que os pregadores se puseram de joelhos? Alguns certamente mostraram-se prontos a saudar a Liga como a solução de Deus para os problemas da humanidade. O papa Benedito XV quase ofuscara Wilson em agosto de 1917, quando, segundo o escritor John Dos Passos, apelou para as nações em guerra que “negociassem uma paz sem vitória, aproximadamente nos termos delineados nos discursos de Woodrow Wilson antes de a entrada dos Estados Unidos na guerra”. No entanto, Wilson julgou-se ocupado demais em travar guerra para prestar atenção ao Papa — isto é, até ele receber uma carta significativa do coronel House, seu ajudante-de-ordens. Esta declarava:

“Estou tão impressionado com a importância da situação que volto a incomodá-lo . . . Creio que V. Ex.ª tem uma oportunidade de retirar as negociações de paz das mãos do Papa e tê-las em suas próprias mãos.”

Wilson agiu rapidamente para certificar-se de que tal iniciativa não lhe fugisse. A visão da Liga das Nações era dele, e não do Papa. E ele era o homem indicado para vê-la executada.

Todavia, a Igreja Católica apoiou a Liga. O cardeal Bourne, arcebispo católico de Westminster até fins de 1934, declarou: “Lembrem-se de que a Liga das Nações, não importa que imperfeições contenha, está cumprindo o desejo da Igreja Católica quanto à Paz, e cumprindo os desejos do Santo Padre, o Papa.”

“A Liga das Nações Está Arraigada no Evangelho”

O clero protestante tampouco se mostrou reticente em apoiar a Liga. O jornal The New York Times, de 11 de janeiro de 1920, veiculou: “Os sinos das igrejas de Londres repicam esta noite em celebração da paz com a Alemanha e do estabelecimento oficial da Liga das Nações.”

Um opúsculo publicado na Inglaterra, intitulado The Christian Church and the League of Nations (A Igreja Cristã e a Liga das Nações), declarava: “A Igreja Cristã na Grã-Bretanha apóia a Liga das Nações. Eis aqui a Afirmação feita pelos Arcebispos de Cantuária e York, trinta e cinco bispos diocesanos ingleses, o Moderador da Igreja da Escócia, e os representantes oficiais de todas as Igrejas Livres na Inglaterra:

“Estamos convictos:

“(1) De que Deus, neste momento, está convocando as nações do mundo para aprenderem a viver como uma só família;

“(2) De que o mecanismo de cooperação internacional provido pela Liga das Nações . . . fornece os melhores meios disponíveis de aplicar-se os princípios do Evangelho de Cristo para findar a guerra, prover justiça e organizar a paz.”

Antes disto, em dezembro de 1918, o Conselho Federal das Igrejas de Cristo nos Estados Unidos expediram uma declaração que dizia, em parte: “Como cristãos, instamos pelo estabelecimento de uma Liga de Nações Livres na vindoura Conferência de Paz. Tal Liga não é um simples expediente político; é antes a expressão política do Reino de Deus na Terra.” (O grifo é nosso.) Prosseguia dizendo: “A Igreja tem muito a dar e muito a receber. Pode fornecer poderosa sanção por conceder à nova ordem internacional uma parte da glória profética do Reino de Deus. . . . A Liga das Nações está arraigada no Evangelho.”

Se a Liga estivesse deveras “arraigada no Evangelho” e fosse verdadeiramente uma “expressão do Reino de Deus”, então a sorte da Liga refletiria, tanto sobre o Evangelho como sobre o Reino. Estava Wilson sendo presunçoso ao crer que era o instrumento de Deus para trazer paz permanente às nações? E, uma pergunta muito mais fundamental é: Será que a Liga das Nações realmente tinha o apoio de Deus?

[Foto na página 5]

Wilson era especialmente popular na Europa

[Crédito da foto]

Arquivos Nacionais dos EUA

[Quadro na página 6]

Lados Oponentes na Europa — I Guerra Mundial (1914-18)

Potências Centrais Potências Aliadas

Alemanha Grã-Bretanha

Áustria-Hungria França

Bulgária Rússia (até 1917)

Turquia Itália, Romênia, Grécia,

Sérvia, Polônia, Bélgica,

Portugal, Albânia, Finlândia.

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