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  • A teologia da libertação — ajudará mesmo os pobres?

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  • A teologia da libertação — ajudará mesmo os pobres?
  • Despertai! — 1987
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Despertai! — 1987
g87 8/11 pp. 4-6

A teologia da libertação — ajudará mesmo os pobres?

Milhões de pessoas ‘que moram em casas de pau-a-pique, com chão de terra, trabalham de forma incrivelmente árdua para obter apenas as necessidades básicas: carregam água; viajam a pé, a cavalo, ou de carro de boi; comem arroz, feijão e bananas. Embora a terra ao seu redor seja rica, elas sabem que, provavelmente, serão sempre pobres. E assim, da pobreza, da luta pela vida, do pior tipo de opressão, uma nova forma da “antiga igreja” está nascendo’. — The Christian Century.

“O FUTURO da Igreja parece estar nas mãos do povo.” Assim noticia a revista Newsweek. Alguns crêem que esta “nova igreja”, que trabalha a favor da libertação, pode ser “por si só, a melhor esperança” para os pobres e para trazer uma mudança pacífica em seus países. Será mesmo?

Primeiro, vamos examinar a teologia da libertação, no conceito dos seus apoiadores. Por que, às vezes, a luta armada é considerada necessária para libertar os pobres? Que condições, segundo se afirma, justificam a teologia da libertação?

Pobreza e Opressão

Dois terços da população do mundo — notadamente na América Latina, na África e na Ásia — vivem em degradante pobreza, sendo comuns as notícias de violência política oriunda destes continentes. Para “este povo pisoteado”, a pobreza, o sofrimento e o cativeiro sempre foram um modo de vida. Eis aqui alguns informes:

◻ Leonardo Boff, teólogo da libertação brasileiro, afirma que, em seu país, “mata-se um trabalhador rural a cada 22 horas”.

◻ “A Nicarágua está tentando organizar uma nação nos interesses daqueles que têm sido oprimidos durante gerações — 80 por cento do povo.” Todavia, mais de 40 por cento da economia daquele país, segundo se afirma, são gastos na defesa militar.

◻ De acordo com o diário El Universal, da Cidade do México, diz-se que 40 milhões de pessoas vivem em pobreza, devido à “injustiça social”. Quarenta por cento da população, segundo se afirma, só consegue atingir “níveis mínimos de subsistência”, ao passo que apenas 18 por cento possuem uma “dieta alimentar equilibrada”.

◻ Uma notícia declara que, na Guatemala 80 por cento da terra cultivável pertence a apenas 2 por cento da população. Das crianças com menos de cinco anos, 81 por cento sofrem de desnutrição. Nos últimos 30 anos, houve 100.000 atos de violência política e 38.000 seqüestros.

◻ Nas Filipinas, 2 por cento da população possui 75 por cento das riquezas. “Se não solucionarmos isso”, afirma a freira filipina Mary John Mananzan, “não solucionaremos coisa alguma!”.

Diz-se que as pessoas em muitas terras vivem em constante temor das autoridades, dos exércitos não-oficiais, e de grupos de “justiceiros”. Milhares de pessoas se refugiaram, em países vizinhos.

É por isso que alguns prelados católicos estão “tomando o lado dos pobres”. “Ouvimos muita coisa sobre confessores, virgens, e profetas”, diz Boff, mas “que dizer dos lavradores e dos operários?” Todavia, o que prescrevem os teólogos da libertação para solucionar esta situação? O que significa ‘tomar o lado dos pobres’?

A Luta no Terceiro Mundo

“A pobreza é uma injustiça”, argumentam os teólogos da libertação. Assim, a “opção preferencial pelos pobres” visa “ajudá-los a ter uma vida digna, a que eles têm direito”.

Em seu livro The Power of the Poor in History (O Poder dos Pobres na História), o peruano Gustavo Gutiérrez, considerado o pai da teologia da libertação, afirma que “hoje em dia, mais do que nunca, é importante pertencer àqueles que resistem, que lutam, que crêem e que têm esperança”. Mas, segundo os teólogos da libertação, isto somente é possível por se “conseguir a justiça social, através de profundas transformações estruturais da sociedade”. Como isto está sendo feito em algumas partes do mundo?

◻ No Haiti, diz-se que a Igreja Católica ajudou a derrubar a “tirania” de Duvalier.

◻ Informa-se que o Cardeal Jaime Sin, de Manila, fez “mais do que qualquer outra pessoa, nas Filipinas, para derrubar a ditadura de Ferdinand Marcos”.

◻ Explica Bonganjalo Goba, da África do Sul: ‘Nossa experiência é de pessoas que chegam com a Bíblia em uma das mãos e um revólver na outra, prometendo construir uma igreja para Deus, caso ele nos conceda a terra’.

Mas a pobreza é apenas um dos problemas. O analfabetismo, o desemprego, a fome e a doença também são os resultados de um deficiente sistema socioeconômico em muitos países. Como conseqüência disso, os pobres e os oprimidos estão contra-atacando.

Todavia, como é que os teólogos da libertação, tais como Gutiérrez e Boff, arrazoam sobre a questão usando a Bíblia?

Os Teólogos da Libertação e a Bíblia

“A libertação é parte essencial da Bíblia”, explica o sacerdote católico sul-coreano, Augustine Ham Sei Ung. Mas, a fim de explicar isto, Gutiérrez afirma que “a história . . . precisa ser relida do ponto de vista dos pobres”.

Assim, os teólogos da libertação afirmam que certos relatos bíblicos, tais como o da “libertação de Israel”, são ações políticas. “Deus . . . se revela através . . . dos ‘pobres’ e dos ‘pequeninos’”, afirma Gutiérrez. “Se a igreja deseja ser fiel a . . . Deus . . ., ela tem de conscientizar-se de baixo para cima, de entre os pobres do mundo.” Portanto, “o amor de Deus por seu povo”, arrazoam, “poderia ser manifesto politicamente” hoje em dia também.

O que pensam os teólogos da libertação sobre a relação entre a Bíblia e a política? Leonardo Boff explicou a Despertai! que “a função da Bíblia não é ser um livro de inspiração de métodos políticos e de alternativas políticas; antes, a Bíblia é uma fonte de inspiração na busca de relacionamentos humanos mais justos”. Todavia, quais são os resultados da participação dos clérigos nas reformas sociais?

A violência muitas vezes conduz à morte. Não se deve desperceber a realidade de que, durante séculos, o clero pôs e dispôs quanto à política do mundo. Alinhou-se com os reis da Terra e com ditadores, ou com as classes elitistas dominantes que esmagavam os pobres. Como resultado, ceifaram-se muitas vidas.

Uma “Opção Pereferencial”?

“Os modernos “movimentos de libertação” não constituem exceção. Eles, também, levam a muitas mortes. Como Gustavo Gutiérrez admite: “Hoje em dia, a fome e a exploração que se agravam, bem como o exílio e o encarceramento . . ., a tortura e a morte . . ., são o preço a ser pago por se ter rebelado contra uma opressão secular.”

Assim, na realidade, nenhuma teologia humana consegue remover a angústia da humanidade. Enquanto existirem a ganância e o ódio, haverá necessidade de algo melhor. Mas existe uma opção melhor para os pobres?

[Foto na página 6]

“É importante pertencer àqueles que resistem, que lutam, que crêem e que têm esperança.” − Gustavo Gutiérrez.

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