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  • Glaucoma — insidioso privador da visão!

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  • Glaucoma — insidioso privador da visão!
  • Despertai! — 1988
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  • Seus Notáveis Olhos
  • Amplo — E Despercebido
  • O Mais Importante — Um Diagnóstico Precoce
  • Avanços no Tratamento
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Glaucoma — insidioso privador da visão!

ELA é uma mulher arguta e ativa, com seus 60 e poucos anos. Tem-se sentido feliz de trabalhar em sua cozinha por mais de 20 anos, e conhece perfeitamente cada milímetro dela.

Mas, nesse dia, quando trabalhava no balcão, ela vira a cabeça e a bate na porta aberta do armário. Ela lamenta consigo mesma os perigos da distração. Minutos depois, ela tropeça num par de sapatos deixados perto da porta dos fundos.

Não se trata de distração, nem de súbita falta de coordenação motora. Trata-se dum furtador insidioso — o glaucoma — que lentamente está privando esta senhora de sua visão! Se não for tratado, vai privá-la de toda ela. Mas o glaucoma pode ser impedido, e até mesmo prevenido. Como?

Seus Notáveis Olhos

Para começar, precisa entender algo sobre o design de seus olhos. Seu olho é um globo de tecido fibroso, cheio de um líquido claro. A parte branca e opaca deste globo chama-se esclerótica. Através da parte clara, a córnea, pode ver o tecido de aspecto delicado que fornece a cor de seus olhos — a íris. A luz penetra em seu olho através da pupila, aquele orifício escuro, no centro da íris.

Logo atrás da pupila acha-se o cristalino. Diminutos músculos modificam seu formato, para focar aquilo que você vê numa membrana de células sensíveis à luz no fundo de seu olho — a retina. Para funcionar, seus olhos precisam estar límpidos por dentro e inflados, para manter sua curvatura.

Seus olhos não são vazios. O Criador proveu-lhes substâncias claras que se substituem constantemente. A maior parte do olho — a cavidade por trás do cristalino — está cheia do humor vítreo, uma substância clara, gelatinosa. A parte da frente de seu olho, entre o humor vítreo e a córnea, contém o humor aquoso — um líquido aquoso, como seu nome sugere. Sua íris divide esta parte aquosa de seu olho em duas porções: a câmara frontal, ou anterior, e a câmara do fundo, ou posterior.

Por trás da íris, o corpo ciliar secreta constantemente este líquido aquoso. O líquido permanece sob leve pressão, que varia um tanto de acordo com as mudanças normais que ocorrem em seu corpo. O líquido flui gradualmente através da pupila para a câmara anterior, e então para a extremidade da íris. Dali, flui através de malhas tissulares para um canal de drenagem.

Que acontece, porém, se algum quadro clínico bloqueia a pupila, as malhas tissulares ou o canal? Quando o influxo sobrepuja o efluxo, a pressão começa a aumentar. O humor aquoso começa a pressionar o humor vítreo. O humor vítreo, por sua vez, pressiona com crescente força os vasos sanguíneos e as células fotossensíveis da retina.

As fibras nervosas provenientes destas células se juntam, na parte de trás do olho, formando o cabeçote caliciforme do nervo óptico, geralmente mencionado como o disco óptico ou papila. Visto não existirem células de visão neste disco, tem-se ali um diminuto ponto cego. À medida que a pressão aumenta, o fluxo sanguíneo torna-se restrito. Este disco óptico liso e róseo se torna pálido e irregular. Seu centro caliciforme se aprofunda e alarga. Privado de sangue, as células da visão perdem sua sensibilidade e morrem. O ponto cego aumenta, e o campo visual de reduz. Durante anos, este dano irreversível progride lentamente.

Amplo — E Despercebido

O glaucoma crônico do tipo de ângulo aberto, causado pelas dificuldades de drenagem do líquido, é responsável por de 70 a 95 por cento de todos os glaucomas. As vítimas ainda conseguem ver e ler bem, porque as células no centro de seus olhos são as últimas a serem atacadas. Geralmente não aparecem quaisquer sintomas nos estágios iniciais.

À medida que o glaucoma crônico avança continuamente, algumas pessoas podem queixar-se vagamente de vista cansada ou cheia d‘água, ou achar que precisam de novos óculos. Mais tarde, talvez observem um halo em torno das luzes e sintam dor em torno dos olhos. Mas, no caso de muitos, não surge nenhum aviso até que a perda da visão periférica provoque inexplicável “condição desajeitada”. Por fim, até mesmo a visão central torna-se notadamente mais deficiente. Já então, o glaucoma privou a vítima da maior parte da visão.

O glaucoma agudo, ou de ângulo estreito é responsável por cerca de 10 por cento dos casos referidos nos Estados Unidos. Trata-se primariamente de uma doença das pessoas idosas, porque nossos cristalinos se ampliam com a idade, especialmente quando existem cataratas. Em olhos que possuem uma câmara anterior rasa, e um ângulo estreito entre a córnea e a íris, os cristalinos ampliados gradualmente se movem para a frente, para bloquear o fluxo do humor aquoso através da pupila. Aumenta a pressão por trás da íris. Ela se verga para a frente, fechando a malha de ductos de saída que se acham no ângulo iridocorneano e o canal.

O glaucoma de ângulo estreito geralmente não é crônico, e sim agudo. Em vez de um acúmulo lento de pressão, existe um surto de dor crescente, às vezes acompanhado de visão turva, náusea, e vômito. Trata-se verdadeiramente de uma emergência médica! Caso não se alivie a pressão em questão de 48 a 72 horas, talvez haja danos permanentes à malha trabecular (ductos de saída), e isso levará ao dano irreparável do nervo óptico.

Em outros tipos de glaucoma, as trabéculas podem ser bloqueadas por uma inflamação, ou doença, ou por pigmentação que se soltou da íris. Um traumatismo, tal como um golpe no olho, pode provocar o glaucoma. Algumas crianças já nascem com glaucoma congênito, e têm de ser tratadas na infância. Por não poderem ver nem ler tão bem quanto outras, elas têm sido erroneamente consideradas como sofrendo deficiência de aprendizagem.

O Mais Importante — Um Diagnóstico Precoce

A boa notícia sobre o glaucoma é que, na maioria dos casos, ele pode ser tratado se for diagnosticado precocemente. É vital fazer um exame regular da vista, especialmente no caso de alguém de mais de 40 anos.

Em certo método para medir a pressão intra-ocular, o médico anestesia seus olhos com algumas gotas de colírio, e então pressiona sua córnea com um instrumento chamado tonômetro. O tonômetro mede a pressão intra-ocular por aplicar uma força branda sobre a córnea. Este é o exame básico para o glaucoma. Mas, nem sempre basta para garantir que não haja glaucoma.

“Pensei ter algo no meu olho”, disse uma senhora de meia-idade. “Eu estava arrancando os cílios, julgando que me estavam irritando o olho. Daí, comecei a sentir uma sensação de formigamento no couro cabeludo, e meu olhos começaram a doer.” Ela foi examinada pelo médico de família, por um oftalmologista que mediu sua pressão intra-ocular, e por um neurologista. Eles atribuíram os sintomas a um estado de nervos.

Ela e o marido fizeram uma segunda consulta, com outro oftalmologista, que a submeteu a uma batelada de exames. Um teste de provocação — ter de beber um litro de água de uma vez só — fez com que a pressão intra-ocular subisse o bastante para reproduzir seus sintomas. O diagnóstico dela foi de glaucoma crônico de ângulo estreito. Sua vista foi salva.

Por que o primeiro oftalmologista não conseguiu diagnosticar o glaucoma? Por um lado, a pressão intra-ocular pode variar no decorrer do dia, e do mês. Por outro lado, algumas pessoas podem estar sofrendo os efeitos do glaucoma, mesmo apresentando pressões intra-oculares normais. Apenas uma série de exames pode confirmar definitivamente que não existe glaucoma.

“Há três áreas de principal preocupação no diagnóstico do glaucoma”, afirma um cirurgião-oftalmologista. “São a pressão intra-ocular, o aspecto do nervo óptico, e o campo visual. Se todos estes três forem anormais, podemos começar então a perguntar: ‘Que espécie de glaucoma este é?’”

Caso se diagnostique o glaucoma, o oftalmologista poderá examinar as extremidades de sua íris, e medir a profundeza de suas câmaras anteriores. Ele também fará perguntas sobre sua saúde geral, que grandemente influi sobre seus olhos. Um exemplo disso é a pressão arterial alta. “Qualquer pessoa com um histórico familiar de glaucoma deve fazer um exame de vista antes de realizar um tratamento para baixar a pressão arterial”, afirma um médico. A razão disto é: A pressão arterial alta eleva a pressão intra-ocular. A irritação nos olhos transtorna o paciente, e a pressão arterial e a pressão intra-ocular percorrem um ciclo contínuo.

“Conheço uma senhora que baixou ao hospital devido a uma crise hipertensiva [pressão arterial alta]”, prossegue o médico. “Os olhos dela doíam, de modo que chamaram um oftalmologista. Ele tratou rapidamente o glaucoma com cirurgia a laser. A pressão dos olhos dela baixou de imediato — e também sua pressão arterial.” Caso os médicos tivessem baixado primeiro a pressão arterial dela, ela poderia ter ficado cega. A alta pressão dos humores nos olhos dela poderiam ter impedido que seus nervos ópticos recebessem o fluxo de sangue.

Avanços no Tratamento

Todo o tratamento do glaucoma visa reduzir a pressão intra-ocular, para impedir que o nervo óptico sofra danos. Nos anos recentes, fez-se grande progresso em tal tratamento. Para o glaucoma de ângulo aberto, o tratamento consiste em pingar diariamente nos olhos algumas gotas de colírio medicinal. Talvez se prescrevam também alguns remédios a ser tomados por via oral a fim de reduzir a produção do humor aquoso, ou para aumentar seu fluxo. Às vezes é necessária uma cirurgia. Um tipo de tratamento com laser, num paciente externo, aumenta tremendamente a drenagem, reduzindo a pressão em até 25 por cento, na maioria dos casos.

Para o glaucoma de ângulo estreito, a medicação fornece alívio temporário. A pressão pode ser, em geral, reduzida de forma permanente através de iridotomias — incisões na íris. Atualmente, podem ser feitas em questão de minutos. O cirurgião-oftalmologista anestesia cada olho com algumas gotas de colírio, daí, com um laser, realiza pequeninas, porém visíveis, perfurações na íris. Não raro, o cirurgião pode observar o humor escorrer com força pela primeira abertura, ou fístula, feita.

Foram desenvolvidas técnicas cirúrgicas especiais para tratar as formas mais raras de glaucoma. No glaucoma neovascular, um excesso de vasos sanguíneos bloqueia a malha de ductos de saída. O cirurgião-oftalmologista poderá empregar um laser para destruir parte do tecido que produz o líquido, ou poderá implantar diminutos tubinhos que permitam que o humor contorne a malha de ductos de saída. Ele poderá também usar o ultra-som, a criocirurgia (congelamento), ou algumas técnicas com laser para destruir a retina periférica. Aumentará o fluxo de sangue para aquela área, de modo que os vasos sanguíneos bloqueadores se encolham. Só não existe tratamento para uma pequena porcentagem dos casos de glaucoma.

Como Poderá Proteger Sua Vista

É vital o cuidado preventivo. Faça um exame de vista a cada dois anos. Se já tiver mais de 40 anos e apresentar qualquer fator de risco em seu passado, inclusive o diabetes, cataratas, inflamação dos olhos, extrema miopia, doenças coronarianas, ou um histórico familiar de glaucoma, faça um exame pelo menos uma vez por ano.

Não desconsidere os sintomas. Consulte um oftalmologista imediatamente.

Consulte um segundo médico, caso tenha dúvidas. Pergunte aos amigos quais são os oftalmologistas que eles conhecem, e se tais médicos possuem uma variedade de equipamentos atualizados. Fizeram exames cabais?

Foi diagnosticado como tendo glaucoma? Siga de perto as recomendações médicas. Uma revista médica declara que a falha do paciente em seguir tais orientações é a causa número um do fracasso no controle do glaucoma.

Jamais deixe de comparecer a uma consulta marcada. A maioria dos médicos marcam exames para pacientes com glaucoma de cada três a seis meses, porque os olhos deles podem sofrer substanciais mudanças nesse período. Também, a maioria das pessoas criam tolerância aos colírios oftálmicos depois de mais ou menos um ano, e, com freqüência, precisam de uma nova receita.

Seja fiel em tomar a medicação. Não utilize a que tiver data de validez expirada. Certifique-se de informar outros médicos que o tratam sobre a medicação que está tomando, especialmente se tiver problemas cardíacos. Porte sempre um cartão que declare que tem glaucoma, que forneça o nome do seu oftalmologista, e o nome do remédio que está tomando, bem como sua dosagem.

Lembre-se: O glaucoma poderá quase sempre ser derrotado — se soubermos como lidar com ele, e se formos diligentes em proteger-nos.

[Diagrama do olho humano na página 15]

(Para o texto formatado, veja a publicação)

Humor vítreo

Humor aquoso

Pupila

Córnea

Íris

Cristalino

Corpo ciliar

Disco óptico

Retina

Esclerótica

[Foto na página 17]

Optometrista num exame de glaucoma.

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