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  • Que há de tão horrível nos filmes de terror?

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  • Que há de tão horrível nos filmes de terror?
  • Despertai! — 1988
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  • Por Que Outros Assistem a Eles
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Despertai! — 1988
g88 8/5 pp. 18-20

Os Jovens Perguntam . . .

Que há de tão horrível nos filmes de terror?

DENUNCIADOS pelos críticos, atacados pelos pais, e, muitas vezes, censurados pelos diretores das redes de TV, os filmes de terror ainda vicejam. Se medidos pela capacidade de fazer dinheiro, os filmes de terror são enormes sucessos, alguns deles até mesmo alcançando recordes de bilheteria. Diretores de cinema empreendedores, ansiosos de obter mais lucros, recorrem a seqüências dos filmes originais. Cobiçando tais lucros, outros diretores de cinema apressadamente criam imitações.

E qual é o público visado por estes filmes aterrorizantes? Os jovens. Não é incomum ver adolescentes enfrentando longas filas e tempo inclemente para assistir à primeira exibição do mais recente filme de terror. Quais, porém, são os atrativos destes filmes? Existe qualquer motivo para que os jovens fiquem de sobreaviso?

Os Novos Filmes de Terror

Os filmes que assustaram o público, há algumas décadas, deram lugar a um novo gênero. Os filmes de terror da atualidade não provocam calafrios e emoções por meio duma história bem-contada, de tramas de suspense, nem estimulam a imaginação de quem os assiste, mas dependem principalmente da violência de pormenores sinistros para conseguir tais efeitos. Como informou o jornal New York Post: “Os monstros tradicionais foram substituídos por maníacos sedentos de sangue.”

Por exemplo, um crítico literário do filme “Friday, the 13th” (Sexta-Feira Treze), comentava sobre a quarta seqüência: “O filme de 91 minutos não consiste em nada mais do que lesões físicas sangrentas e nudez de adolescentes. . . inclusive breves cenas de decapitação e de estrangulamento.” O personagem central da história é um “assassino demente, chamado Jason, que usa uma máscara de hóquei, retalhando em pedaços e espetando a carne de uma variedade de rapazes e moças adolescentes”.

Doses maciças de sangue derramado e coagulado são, assim, o ingrediente básico dos novos filmes de terror. Não é de admirar, então, que sejam chamados de filmes de “facadas”, de “sangue salpicado” e de “sangue coagulado”.

A Atração dos Filmes de Terror

Incrivelmente, porém, é esta carnificina e estas “lesões físicas sangrentas” que fazem com que muitos jovens corram para a bilheteria. Quando perguntaram a Melissa, de 16 anos, por que assistia com freqüência a filmes de terror, ela admitiu bem candidamente: “Eu gosto, eu gosto de ver entranhas de fora. Não gosto de ir ver um filme em que tudo é como Goldilocks [tradução livre: A Menina dos Cachinhos Dourados]. Gosto de assistir a um filme como Nightmare on Elm Street (Pesadelo na Rua Elm).” Ela acrescenta: “Gosto de ver as pessoas serem rasgadas em pedaços.”

Deveras, para muitos jovens, a pedra de toque para julgarem um filme é quão “criativamente” são cometidos os assassinatos. Uma adolescente escreveu: “Já vi freqüentadores de cinema baterem palmas e assobiarem diante de pavorosos assassinatos.” Acrescenta Sandra, de 17 anos: “Se as cenas realmente me deixaram assustada, foi um bom filme. Se não — se foram apenas mortes de rotina — o filme foi mais ou menos.”

Por Que Outros Assistem a Eles

Deve-se admitir que nem todos os que apreciam ver filmes de terror sentem uma ânsia de violência, ou curiosidade mórbida. No caso de alguns adolescentes, os filmes de terror são simplesmente uma fuga, um alívio de uma vida repleta de ansiedades. A psicóloga Joyce Brothers comentou: “Quando a sua própria vida se torna muito complexa e assustadora. . . é mais fácil escapar através duma história aterrorizante.”

Outros jovens são atraídos pela perspectiva de suspense e de excitação. Declara Robertinho, de 14 anos: “O suspense mantém a gente sentado na beirinha da poltrona. Você está como que andando numa montanha-russa, cheia de calafrios e de emoções, havendo poucos vales ou trechos suaves entre eles.”

Alguns varões adolescentes acham que sua masculinidade é confirmada por sua capacidade de ver cenas macabras e sangria vividamente representada e ficarem impassíveis. Reginaldo, freqüentador assíduo de filmes de terror, afirma: “Se você consegue suportar o sangue e as tripas, você é homem. Se não consegue, seus amigos o julgam um maricas.”

Muitos jovens, contudo, assistem a filmes de terror devido às possibilidades “românticas” que estes apresentam para o namoro. Cândida, de 20 anos, relembra: “Quando eu ia ver filmes de terror, e uma cena se tornava horrorosa, eu me agarrava ao meu namorado.” Acrescenta ela: “Acho que ele esperava e queria que eu reagisse assim.” Sabe-se de moças em plena adolescência que fingem sentir medo de modo a agarrar-se a seus namorados. Seus acompanhantes, esperando tal reação, reagem prestimosamente com carícias protetoras.”a

Emoções, excitação, fuga, romances — muitos jovens acham que, visto que os filmes de terror fornecem todas essas aparentes vantagens, não podem causar grandes danos. Mas acontece realmente isso?

Filmes de Terror — O Que Ensinam

Na verdade, há psicólogos que acham que os filmes de terror são inofensivos, não causando nada mais do que uma ocasional noite de insônia. Todavia, há diversas autoridades respeitáveis que sustentam haver perigos.

O Dr. Leonard Berkowitz, professor de psicologia da Universidade de Wisconsin, assevera que a violência dos filmes de terror possui um efeito triplo sobre seu público. “Primeiro”, declara ele, “faz com que o público em geral fique menos horrorizado com a violência, tornando-se mais indiferente a ela. Em segundo lugar, o público pode aprender a lição de que a violência é um comportamento aprovado. Em terceiro lugar”, prossegue, “alguns podem ser estimulados por ela”.

Realmente, o que distingue o homem dos animais não é a capacidade de condoer-se e de mostrar empatia diante dos sofrimentos dos outros? A violência desenfreada nos filmes de terror, porém, só pode minar tal condolência. Faz-nos lembrar de como o apóstolo Paulo condenou aqueles que “por causa da insensibilidade [literalmente, “endurecimento”] dos seus corações” vieram a ficar “além de todo o senso moral”. Incentivou os cristãos, porém, a ‘tornarem-se benignos uns para com os outros, ternamente compassivos’. (Efésios 4:18, 19, 32, Kingdom Interlinear Translation, grego-inglês) Pode a exposição a grandes doses de derramamento de sangue, sem sentido algum, ajudar uma pessoa a cultivar tais qualidades?

O Conceito de Deus Sobre a Violência

Se os potenciais efeitos de dessensibilização exercidos por tais filmes fossem o único perigo, apenas isso já seria motivo de grave preocupação. Para os cristãos, contudo, a principal preocupação é manter a amizade com Deus. Isto inclui aceitar o Seu conceito sobre a violência, que se tornou claro quando ele destruiu o mundo antigo dos dias de Noé. A Bíblia declara: “A violência dominava a terra. Aos olhos de Deus, a terra estava completamente corrompida. Vendo Deus como estava ruim a situação, e que os homens estavam cheios de vícios e depravados, disse a Noé: ‘Resolvi destruir todas as criaturas da terra, porque o mundo está cheio de crimes, por culpa dos homens. Vou destruir a humanidade toda.’” — Gênesis 6:11-13; A Bíblia Viva.

O salmista disse o seguinte sobre Jeová: “Sua alma certamente odeia a quem ama a violência.” (Salmo 11:5) Por isso, os cristãos primitivos recusavam-se a assistir às populares lutas de gladiadores, que lançavam um homem contra outro homem, ou um homem contra um animal, numa luta de morte. Na verdade, esta era uma forma aceita de entretenimento, naquela época. Mas um escritor cristão do segundo século, chamado Atenágoras, disse: “Nós, considerando que ver um homem ser morto é quase que o mesmo que matá-lo, abjuramos [renunciamos solenemente a] tais espetáculos.”

Não se deve desperceber que há reflexos espíritas e demoníacos em muitos filmes de terror. Estaria um jovem cristão ‘mantendo-se firme contra as maquinações do Diabo’, se ele se nutrisse de filmes que destacam o espiritismo? — Efésios 6:11; Revelação 21:8.

Devido ao seu desejo de conservar a amizade de Deus, alguns dos jovens mencionados anteriormente — Reginaldo, Cândida, Sandra e Robertinho — pararam de ver filmes de terror. Não, eles não se tornaram ascetas, negando-se toda forma de prazer. Mas, através do estudo da Bíblia, eles vieram a avaliar que é mister evitar a diversão desmoralizadora. Reconhecendo a necessidade da conduta correta entre os sexos, eles não utilizam tais filmes qual desculpa para demonstrações impróprias de afeto. (1 Tessalonicenses 4:3, 4) Não mais aceitando a violência como divertimento, eles se esforçam em ser seletivos naquilo que vêem.

Eles vieram a achar que os filmes de terror se tornaram apenas aquilo que o seu nome subentende — um horror!

[Nota(s) de rodapé]

a Foi feito um estudo, em que 36 pares de estudantes universitários, de ambos os sexos, ofereceram-se para assistir a filmes de terror. O estudo revelou que, quanto mais a moça demonstrava angústia e melindres, tanto mais atraente seu acompanhante masculino a julgava. Inversamente, quanto mais o par dela mostrasse destemor e estoicismo, tanto maiores eram seus encantos e atrativos. Tal estudo concluía que os filmes de terror fornecem um fórum para que os rapazes adolescentes pareçam destemidos e machões, ao passo que propicia às adolescentes a oportunidade de apreciar o “conforto” subentendido nas demonstrações de seu acompanhante masculino.

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