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  • Despertai! — 1988
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Despertai! — 1988
g88 22/6 pp. 14-15

Gerenuk — a gazela parecida com a girafa

Do correspondente de Despertai! no Quênia

ACABAMOS de entrar no Parque Nacional Samburu, no norte do Quênia. Nossos olhos se movem rapidamente de um lado para o outro, observando uma grande série de animais silvestres, até que se focalizam no encantador objeto que parece ser um filhote de girafa, mordiscando com fome as folhas duma árvore. Mas, num exame mais de perto, concluímos que não se trata duma girafa.

“Que é aquilo?”, perguntamos a nosso sorridente guia.

“É um gerenuk”, afirma ele. O termo gerenuk, segundo ficamos sabendo, provém da língua somali e significa “pescoço de girafa”. O animal é chamado de swala twiga em suaíli, que significa “gazela-girafa”. Trata-se dum animal de cerca do tamanho dum antílope, e que tem dois graciosos chifres em forma de lira, com a ponta virada para a frente.

Ficamos observando à medida que o gerenuk, ao se alimentar, ergue-se em suas patas traseiras, apoiando-se sobre um ramo de árvore com suas patas dianteiras. Certamente se parece deveras com uma girafa, à medida que estica seu pescoço excepcionalmente longo, o que permite que ele se alimente de algo situado a uma altura de 1,80 a 2,40 metros. Que deleite é simplesmente observar este animal, com sua cabeça em forma de coração, olhos expressivos e enormes orelhas! Apenas os machos, contudo, têm chifres.

Um “Gourmet” de Pescoço Comprido

Esta graciosa gazela muitas vezes habita em ambientes próximos ao deserto. Por certo, ela tem de ficar com insaciável sede. Todavia, o surpreendente é que o gerenuk raramente bebe água, se é que bebe. Consegue extrair toda a umidade de que necessita das folhas, das vergônteas e dos raminhos que come. E, visto que o gerenuk se dispõe a comer tais itens de cerca de 80 diferentes tipos de arbustos e árvores — incluindo as sempre-verdes que poucos animais comem — ele consegue prosperar nas mais áridas regiões.

Ao seu próprio modo, o gerenuk é um comedor um tanto seletivo, uma vez que escolhe apenas as melhores partes da planta, as partes de elevado valor nutritivo. É interessante, porém, que o gerenuk se alimenta dos mesmos tipos de vergônteas e raminhos que a girafa e o dik-dik (ou antílope-seixa), que é um membro menor da família dos antílopes, tendo cerca do tamanho duma lebre. Todavia, eles não competem na questão de alimentos. Por quê? Por causa das variadas alturas em que se alimentam: as girafas entre 4,60 e 5,50 metros, os gerenuks por volta de 1,80 metro, e o pequenino dik-dik em torno de 60 centímetros.

“Entrada Proibida”

Diferentes dos humanos, que muitas vezes brigam por causa de territórios, os gerenuks em geral mantêm a paz entre si por respeitarem a propriedade uns dos outros. Cada um define seus limites por usar sua glândula pré-orbital, no canto de cada olho. Ele seleciona uma área de pouco mais de um quilômetro quadrado, e, por meio desta glândula, impregna nos ramos e raminhos das árvores dali uma substância parecida com alcatrão. Esta substância exala um cheiro forte, e, deste modo, o território do gerenuk é delimitado para qualquer gerenuk vizinho.

Mas, o que dizer de intrusos indesejados, tais como o chita (gato-pardo), o leopardo, ou o leão, que demonstram pouco respeito pelos letreiros de “Entrada Proibida”? O gerenuk tem de recorrer a seus segredos para a sobrevivência. Por exemplo, ele possui surpreendente habilidade de ficar imóvel e com olhar fixo, baixando suas enormes orelhas até o pescoço. Com suas lindas tonalidades castanhas, funde-se muito bem com seu ambiente natural. Ele permanece imóvel, deste modo, até que os visitantes indesejáveis se retirem.

Caso seja detectado, contudo, o gerenuk recorrerá à fuga para evitar os predadores. Seu conhecimento das pastagens naturais, bem como sua capacidade de escapar em ziguezague pelos matagais e áreas arbustivas espinhentas, torna muito difícil que a maioria dos predadores o persigam. Depois de observar este animal rápido e gracioso, facilmente vemos porque a Bíblia exorta a pessoa a livrar-se dum acordo insensato com a rapidez duma gazela. — Provérbios 6:5.

Cuidados Maternos

Ao nascer, o gerenuk não dispõe de habilidades de sobrevivência. A mãe dele, portanto, protege bem sua cria nos primeiros dias de vida. Quando chega o tempo de a fêmea do gerenuk dar à luz, ela procura um lugar isolado. A maioria das crias nasce nas primeiras horas da manhã, o que lhes concede tempo para acumular forças antes de vir a perigosa noite. Surpreendentemente, passados apenas dez minutos, o filhote de gerenuk está de pé naquelas patas trêmulas e magrinhas! Já ao anoitecer, está bem ativo, até mesmo divertindo a mãe com suas brincadeiras engraçadas.

Neste estágio inicial, o filhote de gerenuk é uma presa bem fácil. A mãe, assim, limpa cabalmente o filhote, de modo que este fique livre de quaisquer odores reveladores. E sua camuflagem natural permite que ele se oculte em segurança, enquanto a mãe sai em busca de alimento. Ocasionalmente, porém, a jovem gazelinha muda de local. Visto que a mãe não pode depender do cheiro para rastreá-la, ela recorre à linguagem dos gerenuks — um balido baixo, que consegue ir bem longe, embora seja suave aos ouvidos humanos. O filhote responderá a este balido por ficar em pé ou por responder à chamada, indicando onde se encontra. Depois de duas semanas, o gerenuk jovem não mais precisa ser escondido, mas pode juntar-se à família em mordiscar raminhos e folhas.

O gerenuk tem sido chamado de “um dos animais mais estranhos da África Oriental”. E, admitidamente, à base apenas de seu aspecto, é bastante estranho. Mas nossa amiga, a gazela-girafa, também é graciosa, engenhosa e, ao seu próprio modo, linda — mais um testemunho da sabedoria de nosso Grandioso Criador.

[Crédito da foto na página 15]

Foto de Dino Sassi/Copyright — “Kenya Stationers Limited”

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