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  • Veleiros de mastro alto cativam Sídnei
  • Despertai! — 1988
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  • A Viagem Original Foi um Triunfo da Navegação
  • Início da Reconstituição
  • Similar, Porém Diferente
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Despertai! — 1988
g88 8/9 pp. 16-18

Veleiros de mastro alto cativam Sídnei

“Fazer-me ao mar outra vez quanto eu queria,

ao céu, ao solitário mar,

Um veleiro de mastro alto e uma estrela-guia

é tudo o que vou precisar.”

[Em tradução livre.]

QUANDO John Masefield, laureado poeta do século 20, da Inglaterra, escreveu essas palavras em sua balada “Sea-Fever” (Febre do Mar), ele talvez não tenha visualizado o efeito emocionante que veleiros de mastro alto podem ter sobre os espectadores. Mas, a vista de veleiros certamente impressionou além do esperado os habitantes locais de Sídnei e a multidão de visitantes. Era o Dia da Austrália, 26 de janeiro de 1988, e o porto de Sídnei estava vibrando com velas para anunciar o início das celebrações do bicentenário da Austrália.

Embarcações para espectadores congestionavam as passagens navegáveis, e calculadamente dois milhões de pedestres se enfileiravam ao longo do porto. Mas, por que tal interesse excepcional num grupo de grandes veleiros? Porque isso fazia parte duma reconstituição da viagem à Austrália feita pela Primeira Frota, partindo de Portsmouth, na Inglaterra, 200 anos atrás. Os 11 veleiros daquela frota zarparam da Inglaterra em 13 de maio de 1787, e chegaram à enseada de Sídnei em 26 de janeiro de 1788.

A Viagem Original Foi um Triunfo da Navegação

Em seu livro Australian Discovery and Colonisation (Descoberta e Colonização da Austrália), Samuel Bennett fornece detalhes fascinantes sobre aquela Primeira Frota. Escreveu: “A ilha de Wight [na Inglaterra] foi designada ponto de encontro para a frota, constituída de onze veleiros. . . . A guarnição era constituída de 200 marujos,. . . quarenta dos quais tiveram permissão de levar esposa e família, 81 pessoas livres e 696 condenados. Os fundadores da colônia consistiam, portanto, de uma pessoa livre para cada dois prisioneiros. . . . Os prisioneiros eram na maioria jovens dos distritos agrícolas da Inglaterra. . . . Muito poucos haviam sido condenados por crimes graves. Dos seiscentos e noventa e seis, apenas cinqüenta e cinco eram sentenciados a períodos maiores do que sete anos, e a sentença de grande número expiraria dentro de dois ou três anos após o desembarque.”

Não se sabe com precisão quantos perderam a vida na longa viagem da Inglaterra à Austrália. Os dados variam desde o reduzido número de 14 até cerca de 50. Certo escritor reflete que para mais de mil pessoas, apinhadas em 11 pequenos navios, velejarem meio mundo numa viagem de mais de oito meses, com tão poucas mortes e sem perder sequer um navio, foi uma façanha heróica de navegação e organização.

Início da Reconstituição

Assim, em 13 de maio de 1987, 11 veleiros zarparam novamente de Portsmouth, na Inglaterra, exatamente como fez a Primeira Frota 200 anos antes. Quatro navios haviam sido fretados para o dia, a fim de manter o total exato de 11 navios para o início oficial da reconstituição. Em Tenerife, nas Ilhas Canárias, mais dois navios uniram-se aos sete que velejaram em direção ao sul, rumo à Austrália, e os últimos dois se uniram à frota em Sídnei. Isso significava que haveria o total de 11 navios de vela redonda para a entrada no porto de Sídnei.

A rota marítima escolhida duplicou a viagem original de oito meses: Tenerife, Rio de Janeiro, Cidade do Cabo, e depois rumo a Sídnei. Desta vez, porém, fizeram duas paradas adicionais, uma em Port Louis, Maurício, e uma em Fremantle, na Austrália Ocidental. O ponto de encontro final foi a baía de Botany, logo ao sul do porto de Sídnei. Dali, a frota reagrupada velejou em comboio para o resplandecente porto na manhã de terça-feira, 26 de janeiro de 1988.

Similar, Porém Diferente

Embora a aparência e o tamanho dos navios usados na reconstituição fossem o mais aproximado possível dos originais, houve em muitos sentidos diferenças dramáticas. As réplicas do século 20 eram extremamente confortáveis, algumas até mesmo luxuosas. Tinham tanto motores como velas, para entrar e sair dos portos, e estavam bem equipadas com geradores, freezers, máquinas de lavar, secadoras, chuveiros, e até mesmo aparelhos de dessalinização.

Como isso se contrastava com a condição dos condenados, apinhados em instalações escuras e fétidas dois séculos antes! A maioria estava acorrentada e se lhes permitia ficar no convés somente durante as horas claras do dia, quando fazia tempo bom. No restante do tempo, ficavam confinados aos porões que eram iguais a prisões. Os beliches eram estrados de madeira dispostos em níveis de 90 centímetros; mediam 2,3 metros de comprimento por 1,8 metro de largura. Cada beliche era partilhado por cinco pessoas!

Outros Veleiros de Mastro Alto Aumentam o Espetáculo

As velas redondas da frota de reconstituição eram relativamente pequenas. A maior tinha apenas 48 metros de comprimento e deslocava apenas 530 toneladas. Assim, para aumentar o espetáculo, outros países foram convidados a enviar veleiros de mastro alto para participar das celebrações. A reação foi surpreendente. Uns 200 de tais navios vieram a Sídnei, desde um modesto de 13 toneladas até a gigante barca Nippon Maru, do Japão, de 110 metros de comprimento, com um mastro de 50 metros de altura, deslocando 4.729 toneladas. Os fantásticos veleiros vieram de países tão variados como Polônia, Omã, Índia, Uruguai, Espanha, Estados Unidos e Países-Baixos.

Muitas das embarcações visitantes se reuniram em Hobart, na ilha-estado da Tasmânia, para a corrida oceânica das 620 milhas náuticas até Sídnei, onde estariam então a postos para enfileirar-se no porto e receber o comboio de 11 navios da reconstituição da Primeira Frota, ao velejarem da vizinha baía de Botany.

Esse foi, então, o emocionante espetáculo que saudou os milhares de observadores entusiásticos naquele brilhante dia 26 de janeiro de 1988. Este anunciava os primeiros 200 anos do estabelecimento europeu no amplo e moreno país, queimado pelo sol, da Austrália — agora lar de uns 16 milhões de pessoas.

[Gravura de página inteira na página 17]

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