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  • Maridos espancadores — examinados mais de perto
  • Despertai! — 1988
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Despertai! — 1988
g88 22/11 pp. 5-7

Maridos espancadores — examinados mais de perto

OS PERITOS são unânimes em afirmar que os espancadores de esposas têm basicamente o mesmo perfil. Médicos, advogados, policiais, serventuários da justiça e assistentes sociais − cujas tarefas os põem em contato diário com a violência familiar − concordam com isto. Disse um alto membro do poder judiciário: “O narcisismo − essa é a característica dominante. É assombrosa a analogia entre o espancador e a criança pequena. Histórias de acessos de birra me são contadas por toda mulher com quem eu lido. O espancador só consegue se relacionar com o mundo em termos de como este deve cuidar das necessidades dele.” Esta alta autoridade rotula o espancador de “sociopata”, significando que ele é incapaz de medir as conseqüências de suas ações.

“É bastante interessante”, disse um escritor, “que os varões espancadores sofram, em geral, de uma auto-imagem depreciativa, a mesma característica que procuram impor às suas vítimas”. “Senso exagerado de posse e ciúme, bem como inadequado desempenho sexual, e pouca auto-estima, são características comuns dos homens que espancam mulheres”, dizia um informe noticioso. Concordando com este perfil traçado do agressor da esposa, famoso psiquiatra acrescentou sua voz: “Espancar [a mulher] é um modo pelo qual o homem inadequado tenta provar sua masculinidade.”

Torna-se evidente que o espancador utiliza a violência qual instrumento de controle e para demonstrar seu poder sobre o cônjuge. Declarou um homem que surrava a esposa: “Se pararmos de surrá-la, perdemos o controle. E isso é inimaginável, intolerável.”

Muitas vezes, sem motivos, o marido espancador se mostra irracionalmente possessivo e ciumento. Ele talvez imagine haver um elo romântico entre a esposa e o carteiro, o leiteiro, um amigo íntimo da família, ou qualquer um com quem ela se comunique. Embora trate muito mal a esposa, infligindo-lhe dor física, ele sente intenso medo da separação, ou de perdê-la. Caso a esposa surrada ameace deixá-lo, ele, por sua vez, talvez ameace matá-la, bem como a si mesmo.

O ciúme muitas vezes pode erguer sua cabeça feia quando a esposa fica grávida. O marido pode sentir-se ameaçado com a possibilidade de a afeição da esposa ser então desviada dele para o bebê, de o bebê se tornar então o centro das atenções. Muitas esposas espancadas informam que o primeiro sinal de maus-tratos por parte do marido foi quando, na primeira gravidez, elas foram violentamente socadas na barriga. “O narcisismo de que ele padece pode colocá-lo em uma situação em que realmente tente matar o feto”, disse um alto membro do poder judiciário.

Um Ciclo de Violência

Outra característica do perfil do espancador da esposa é o ciclo de violência percorrido, conforme confirmam numerosas esposas surradas. No estágio inicial, o marido talvez só recorra a chamá-la de nomes feios, utilizando linguagem abusiva. Talvez ameace levar os filhos para longe dela, dizendo-lhe que ela jamais os verá de novo. Sentindo-se ameaçada, ela talvez admita que tudo acontece por culpa dela, aceitando a responsabilidade pelo comportamento brutal dele. Ela se coloca então totalmente nas mãos dele. Ele está conseguindo obter o controle. Mas, ele tem de ter maior domínio. Este primeiro estágio pode ocorrer a qualquer momento depois de casados − às vezes numa questão de semanas.

O estágio dois pode surgir com um rompante violento − chutes, socos, mordidas, puxar os cabelos dela, jogá-la no chão, cometer atos sexuais de modo violento. Pela primeira vez, a esposa talvez reconheça que a culpa não é dela. Ela raciocina que a causa talvez seja uma fonte externa — stress no local de trabalho ou incompatibilidade com colegas de serviço.

Logo depois do rompante violento, a esposa se sente confortada pelo remorso demonstrado pelo marido. Ele se acha agora no terceiro estágio do ciclo. Ele a cobre de presentes. Ele suplica o seu perdão. Ele lhe promete que isso jamais ocorrerá de novo.

Mas, acontece de novo, e vez após vez. Não existe mais remorso. Tornou-se um modo de vida. A ameaça de matá-la é constante, caso ela ameace abandoná-lo. Ela agora se acha sob seu completo domínio. Lembre-se das palavras anteriormente citadas de um espancador da esposa: “Se pararmos de surrá-la, perdemos o controle. E isso é inimaginável.”

Outra Similaridade

Invariavelmente, os que agridem a esposa culparão o cônjuge de provocar tal espancamento. Informa o diretor de programação dum serviço de assistência à mulher espancada: “O espancador diz à sua parceira: ‘Você não faz isto direito, é por isso que lhe bato.’ Ou: ‘O jantar está atrasado, é por isso que lhe bato.’ A culpa é sempre dela. E, quando esse tipo de maus-tratos emocionais prossegue por anos a fio, a mulher é forçosamente levada a acreditar nisso.”

Um marido disse à esposa que ela provocava as agressões pelas coisas que fizera de errado. “À medida que a violência aumentava, também aumentavam as desculpas. E sempre eram: ‘Veja o que você me obriga a fazer. Por que você quer me obrigar a fazer coisas assim?’”

Disse um ex-espancador da esposa, cujo pai era também alguém que surrava sua esposa: “Meu pai nunca admitiria que estava errado. Nunca pedia desculpas nem aceitava qualquer responsabilidade por suas ações. Ele sempre culpava a vítima.” O filho também admite: “Eu culpava minha esposa de trazer sobre si os maus-tratos.” “Durante 15 anos”, disse outro, “submeti minha esposa a maus-tratos porque ela era Testemunha de Jeová. Culpava minha esposa por tudo. Antes de começar a estudar a Bíblia, eu não compreendia que aquilo que eu fazia era tão ruim assim. Agora, isso é uma triste lembrança em minha vida. Tento esquecer isso, mas está sempre ali.”

O relato do pai e do filho, ambos espancadores da esposa, não é ímpar. É, antes, o perfil geral dos maridos espancadores. O filho admitiu que espancar a esposa era algo que remontava a 150 anos em sua família, sendo transmitido de pai para filho, por assim dizer. De acordo com a Coalizão Nacional Contra a Violência Doméstica, nos EUA, “dentre os filhos que testemunham a violência doméstica, 60 por cento dos meninos por fim se tornam espancadores, e 50 por cento das meninas se tornam vítimas”.

Disse um redator de jornal: “Estas crianças, mesmo quando poupadas do espancamento, e quando não demonstram nenhum dano externo, aprenderam algo que, provavelmente, jamais esquecerão: que é aceitável enfrentar os problemas e o stress de modos violentos.”

Aqueles que dirigem abrigos para mulheres espancadas afirmam que os meninos que viram suas mães serem espancadas pelos seus pais muitas vezes se voltam contra suas próprias mães de forma violenta, ou ameaçam matar suas irmãs. “Isto não é uma simples brincadeira de criancinhas”, disse um deles. “É deveras intencional.” Tendo observado seus pais usarem de violência para lidar com a ira, essas crianças a encaram como sua única opção.

Uma rima infantil inglesa diz que as menininhas são feitas “de açúcar e afeto, e tudo é muito certo” [em tradução livre]. Estas menininhas crescem e se tornam nossas mães e esposas, sem as quais − afirmam seus maridos − eles não conseguem viver. Por certo, então, a justiça é contra submeter a esposa a maus-tratos, mas a justiça de quem − a do homem ou a de Deus?

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