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  • A igreja grega ameaça causar violência e impede um congresso

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  • A igreja grega ameaça causar violência e impede um congresso
  • Despertai! — 1988
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  • Impedido o Congresso
  • ‘Uma Religião Cristã, Conhecida’
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Despertai! — 1988
g88 22/11 pp. 9-11

A igreja grega ameaça causar violência e impede um congresso

LOCALIZADO perto de Pireu, a cidade portuária de Atenas, na Grécia, acha-se o “Estádio da Paz e da Amizade”. Todavia, disse Ta Nea, um jornal de Atenas: “Uma atmosfera de guerra predominava ontem em Pireu, onde o bem-conhecido bispo Callinicos. . . deu ordens para se tocar todos os sinos das igrejas. Havia tamanho caos que muitos cidadãos dessa cidade portuária supunham que algo de ruim tinha acontecido; chegaram até a pensar que poderia ser uma guerra!”

Por que isto aconteceu em relação a um estádio que se diz estar dedicado à ‘Paz e à Amizade’? Toda aquela comoção foi causada por um rompante de violência da parte de clérigos da Igreja Ortodoxa Grega. Um bispo liderou em ameaçar juntar todos seus paroquianos e avançar sobre o estádio, tomando-o pela força a fim de impedir que outros o usassem.

O bispo supostamente representa o Príncipe da Paz, Jesus Cristo. Todavia, ameaçou causar um tumulto violento, desafiando a lei e a ordem, em direta oposição aos ensinos de Cristo. Por quê? Porque os responsáveis pelo estádio deram permissão para que as Testemunhas de Jeová, cristãos pacíficos e obedientes às leis, realizassem um congresso nele, no fim do último verão setentrional. Tinham sido assinados contratos, e as Testemunhas de Jeová já tinham gasto cerca de 6.000 horas limpando o estádio, em preparação para seu congresso.

Como comentou um editor, em Ta Nea: “Callinicos ameaça até mesmo apossar-se do Estádio, caso tal permissão não seja cancelada; ele planeja realizar Missas, sermões, litanias, e coisas semelhantes, ao passo que tenho de admitir que não consigo entender muito disso. . . . Só fico admirado diante da situação, porque estamos em 1988, faltando apenas 12 anos para o século 21, e a Constituição do país garante a tolerância religiosa.”

Impedido o Congresso

Apesar dos dispositivos constitucionais que garantem a liberdade de adoração e de reunião, os clérigos exigiram o cancelamento dessa permissão. As autoridades cederam diante das ameaças. Optaram por não garantir a lei e a ordem, e não sustentaram a Constituição da Grécia. Em resultado disso, o contrato de aluguel não foi respeitado.

Assim, apenas três dias antes do congresso, o direito de as Testemunhas se reunirem no estádio lhes foi negado. Os inocentes tornaram-se as vítimas, ao passo que os culpados, que ameaçaram violar a lei e provocar um tumulto, foram premiados. Deveras, houve uma perversão da justiça!

Tal oposição não é nova. Durante décadas, a Igreja Ortodoxa, na Grécia, opõe-se fanaticamente às Testemunhas de Jeová, que jamais retaliaram com quaisquer medidas ilícitas. Mesmo em épocas recentes, turbas conduzidas por sacerdotes atacaram as Testemunhas de Jeová, enquanto estas se reuniam pacificamente. Clérigos e membros de suas igrejas têm vituperado, fustigado e agredido as Testemunhas de Jeová, e têm pressionado os tribunais para prendê-las e encarcerá-las por suas atividades de pregação. Todavia, a Grécia é uma democracia, e a Constituição grega garante a liberdade de adoração.

‘Uma Religião Cristã, Conhecida’

Os tribunais na Grécia têm decidido que as Testemunhas de Jeová são uma ‘religião cristã, bem-conhecida’, que têm direito à proteção garantida pela Constituição da Grécia. Por exemplo, em 1987, o Tribunal dos Magistrados, em Hania, Creta (província da Grécia), declarou: “As Testemunhas de Jeová. . . constituem uma religião conhecida e uma seita aprovada.” Também dizia que suas atividades de pregação não são o tipo de proselitismo proibido pela Constituição. Como disse o tribunal: “O proselitismo não é a simples venda de publicações [das Testemunhas] de casa em casa, ou um convite para uma discussão teológica.”

O tribunal reconhecia que as Testemunhas de Jeová estavam incluídas nos dispositivos do Artigo 13, parágrafo 1, da Constituição grega. Esse artigo promete liberdade de consciência religiosa a todos na Grécia. O tribunal observou que isto inclui, para o indivíduo, a “liberdade de crer na religião de sua preferência”, bem como “o direito de mudar, até repetidas vezes”, de religião. O tribunal também trouxe à lembrança que “a liberdade de a pessoa expressar suas crenças religiosas é mais especialmente salvaguardada pelo Artigo 9, parágrafo 2, do Tratado de Roma, datado de 11 de abril de 1950, ‘sobre a proteção dos direitos humanos’”.

O Tribunal de Hania acrescentou: “A liberdade de a pessoa expressar suas crenças religiosas também é garantida pelo Artigo 14, parágrafo 1, da Constituição de 1975: ‘Todos podem expressar e disseminar, pela palavra oral, por escrito, e de forma impressa, suas meditações.’” O tribunal então concluiu: “A questão da preservação da fé Ortodoxa Cristã não é apenas da alçada do clérigo e do teólogo, mas sim de qualquer crente consciencioso.” E comentou que as “revistas A Sentinela e Despertai! estão sendo legalmente distribuídas”.

Similarmente, um tribunal de recursos grego declarou, em sua sentença 354/1987, que as Testemunhas de Jeová “constituem uma ‘religião conhecida’ no sentido do Artigo 13, parágrafo 2, da Constituição”. O tribunal observou que o “contraste das doutrinas das Testemunhas de Jeová com os princípios fundamentais. . . do credo Ortodoxo [Grego] não é suficiente para fazer a pessoa considerar os ensinos [das Testemunhas] contrários à ordem pública”. Também comentou que as Testemunhas de Jeová são cristãs, “uma vez que Jesus Cristo constitui a figura central de suas doutrinas”.

Mentalidade Obscurantista

Todavia, apesar de todas essas sentenças dos tribunais, de todas as garantias supostamente providas pela Constituição, a liberdade do povo grego mais uma vez foi pisoteada, graças à mentalidade obscurantista dos clérigos. Pior ainda, as autoridades, que deviam sustentar a lei, capitularam diante desta tendência inquisitorial da hierarquia da Igreja Ortodoxa Grega. Quão triste é ver tal desprezo pela democracia ser praticado no “berço da democracia”.

Entretanto, o jornal The New York Times informou que, em outro assunto, “o Governo [da Grécia]. . . rejeitou uma exigência, feita pela Igreja Ortodoxa Grega, para que o filme ‘A Última Tentação de Cristo’, de Martin Scorsese, fosse proibido na Grécia. Fazer isso, disse o Governo, seria contrário aos princípios do Socialismo e da liberdade das artes”. Este filme é considerado, por muitos, como altamente insultante a Jesus, todavia, o Governo resistiu firme à exigência da Igreja de proibir tal filme. Mas não resistiram às exigências da Igreja para denegar às Testemunhas de Jeová o direito legal de utilizar um estádio público para uma reunião cristã.

É irônico que esta arena seja chamada de Estádio da Paz e da Amizade! As Testemunhas de Jeová gozam de reputação internacional de serem promotores da paz e da amizade entre os povos de todas as raças e nacionalidades. Mas no último instante, só porque os clérigos objetaram, foi-lhes impedido de exercer seu direito constitucional de reunião.

Testemunhas Encontram Solução

Tal recusa, porém, não impediu as Testemunhas de Jeová de realizar seu congresso. Apesar das muitas complicações, fizeram-se arranjos imediatos para transferi-lo para uma colina disposta em terraços em Malakasa, fora de Atenas, atrás do Salão de Assembléias das Testemunhas de Jeová.

As reuniões foram realizadas segundo planejadas, e com excelentes resultados. No entanto, muitos que estavam na ampla assistência tiveram de sentar-se sob o sol forte do verão, em vez de num estádio coberto, dotado de ar-condicionado.

O evento recebeu ampla divulgação por toda a Grécia. Muitos expressaram-se consternados diante das medidas tomadas pelos clérigos, e os censuraram por seus atos iníquos e traiçoeiros. Por certo, para dizer o mínimo, as ameaças deles de provocar violentos tumultos nada tinham de cristãs.

O congresso de quatro dias, em Malakasa, estava ligado por telefone a assistências em Tessalônica, Chipre e Creta, e mais de 30.000 gregos entusiásticos, bem como outros delegados de diferentes terras, ficaram supercontentes e incentivados com o que viram e ouviram.

Perguntas Suscitadas

As medidas adotadas pelos clérigos e por certas autoridades suscitaram muitas perguntas. Por exemplo, um editorial do jornal Athens News comentou: “A Grécia está fazendo todo esforço possível para que seja aceita sua oferta de sediar os Jogos Olímpicos de 1996 em Atenas.” Prosseguia então dizendo: “As implicações de que a igreja possa influenciar [a Secretaria de Esportes do Ministério da Cultura] a fim de cancelar eventos deste tipo suscita algumas dúvidas que o Governo terá de remover, especialmente em vista de sua campanha de sediar as Olimpíadas de 1996.”

O editorial também comentava: “‘Para os Jogos, haverá atletas e visitantes de todas as fés − muçulmanos, budistas, protestantes, católicos e outros − e haverá os ateus do Bloco Oriental. Se as instalações esportivas não estão disponíveis aos membros de uma seita específica, será que os outros serão bem recebidos?’, um observador perguntou ontem. Acrescentou ele: ‘A menos que se preste algum esclarecimento, este caso parece ser mesmo um caso de extrema intolerância e fanatismo − uma imagem que a Grécia dificilmente pode se dar ao luxo de passar.’” Todas as pessoas decentes, que amam a liberdade, concordam.

[Destaque na página 10]

O tribunal declara que todo indivíduo é ‘livre para crer na religião de sua escolha, e tem o direito de mudar de religião’.

[Destaque na página 11]

Quão triste é ver tal desprezo pela democracia ser praticado no “berço da democracia”.

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