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  • Menores abandonados — de quem é a culpa?
  • Despertai! — 1990
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g90 8/1 pp. 3-4

Menores abandonados — de quem é a culpa?

Do correspondente de Despertai! no Brasil

CERTA noite, Francisco leva a esposa e os filhos à pizzaria local. No estacionamento, um menino mal vestido oferece-se para guardar o carro de Francisco, enquanto a família saboreia a refeição. Quando Francisco e sua família saem do restaurante, o menino estica ansiosamente a mão para receber alguns trocados por seu serviço. Bem tarde da noite, pelas ruas da cidade, menores como ele lutam para ganhar seu sustento. Não têm pressa de ir embora, visto que a casa deles é a rua.

OS MENORES abandonados são considerados os párias da sociedade e têm sido chamados de “filhos de ninguém”, ou “crianças abandonadas”. Seu número é assustador e atemorizante — talvez 40 milhões. É difícil, porém, chegar ao total exato. Infelizmente, contudo, todos os peritos concordam que o problema está aumentando em todo o mundo, especialmente na América Latina. Ver menores abandonados todo enroscados nos vãos das portas, ou suplicando algum dinheiro dá tanta pena que a sociedade os transforma em frias estatísticas numa lista de vítimas, dá de ombros, e prossegue cuidando de sua vida. Mas a sociedade não pode mais continuar fazendo isso. De acordo com o UNICEF (Fundo das Nações Unidas Para a Infância), 60 por cento dos desabrigados entre 8 e 17 anos usam alucinógenos, 40 por cento tomam bebidas alcoólicas, 16 por cento são toxicômanos, e 92 por cento fumam. E, visto não possuírem quaisquer qualificações profissionais, não raro sobrevivem através de esmolas, roubos ou prostituição. Crescendo como “filhos de ninguém”, correm o perigo de se tornarem marginais, e os marginais são uma ameaça à segurança de qualquer comunidade.

O jornal brasileiro O Estado de S.Paulo noticiou a respeito duma gangue de menores abandonados: “Não têm famílias, parentes nem esperança no futuro. Vivem cada dia como se fosse o último de suas vidas. . . . As crianças. . . não perdem tempo: retiram, em segundos, o relógio de pulso de um adolescente, arrancam a corrente do pescoço de uma mulher, avançam no bolso de um idoso. E também não perdem tempo para sumir no meio da multidão. . . . As relações sexuais começam cedo entre os menores. . . Meninas com 11 anos e garotos com 12 unem-se e rompem o namoro em um, dois meses, com a mesma facilidade com que ele foi iniciado.”

Por Que Vivem nas Ruas

Não é fácil ajudar menores abandonados. Uma reportagem mostrava que 30 por cento dos meninos de rua tinham tanto medo que se recusaram a fornecer às autoridades quaisquer informações sobre sua formação, não dando sequer seus nomes. Mas por que vivem nas ruas? Poderia ser o desejo de serem independentes? Isto se dava com certo jovem brasileiro que disse que não voltaria para casa porque o pai dele não o deixava fazer o que ele queria. No entanto, segundo o jornal mexicano El Universal, a razão principal do alto número dos meninos de rua era o terem sido abandonados pelo pai. Assim, pode-se culpar o colapso matrimonial como uma das principais causas do aumento do número de meninos de rua.

Ademais, alguns pais mostram-se irresponsáveis ao cuidar dos filhos, espancando-os, cometendo abusos sexuais contra eles, lançando-os fora de casa, ou simplesmente ignorando-os. Em resultado disso, o menor que sofre abuso ou é abandonado muitas vezes acha que viverá melhor por si mesmo, mesmo que seja nas ruas.

Todavia, os menores precisam de cuidados amorosos e de orientação. Isto foi bem expresso por James Grant, diretor-executivo do UNICEF. Sendo citado em editorial no jornal Latin American Daily Post, intitulado “Os Garotos e o Amanhã”, ele declara: “Aos três ou quatro anos, 90 por cento das células cerebrais duma pessoa já estão conectadas, e o desenvolvimento físico já avançou ao ponto de se formar o padrão para o resto da vida da pessoa. Aqueles primeiros anos, portanto, clamam por proteção, tanto para se defender o direito da criança de desenvolver seu pleno potencial, como para investir no desenvolvimento de pessoas, de modo que possam contribuir mais plenamente para o bem-estar de suas famílias e de suas nações.”

Assim, os observadores estão preocupados, lançando a culpa pela existência dos menores abandonados sobre a economia, os governos ou o público. O mesmo editorial prosseguia: “Nem o aspecto humanitário nem o econômico para se ‘investir nas crianças’ tem feito grande progresso. . . . ‘Os ajustes econômicos’ não raro significaram que foram reduzidos os subsídios para os alimentos e as necessidades diárias. . . . Vindo em adição ao crescente desemprego e à diminuição do valor real dos salários, tais cortes significaram que a carga mais pesada da recessão tem sido repassada para aqueles que têm menos capacidade de suportá-la — as famílias mais pobres e seus filhos.”

Sem dúvida, a economia ruim de muitos países é outro motivo de haver um crescente número de meninos de rua. Os pais mandam seus filhos para as ruas, para ganharem o que puderem, de qualquer modo que puderem. Por que, porém, é tão difícil solucionar o problema dos menores abandonados?

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