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  • g90 8/12 pp. 14-16
  • Devo trabalhar depois das aulas?

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  • Devo trabalhar depois das aulas?
  • Despertai! — 1990
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Despertai! — 1990
g90 8/12 pp. 14-16

Os Jovens Perguntam . . .

Devo trabalhar depois das aulas?

“Despertai!”: O que o moveu a trabalhar depois das aulas?

Eric: Eu morava em casa e queria ajudar meus pais financeiramente.

Olga: Independência. Queria ter meu próprio dinheiro.

Michele: Eu já recebia uma mesada, mas queria ganhar experiência em trabalhar fora.

Dario: Não fui trabalhar por causa do dinheiro. Fui trabalhar para ajudar meu tio, ele tinha um negócio de pintor, pedreiro, e assim por diante.

Antônio: Eu fui trabalhar porque queria poder comprar roupas.

“Despertai!”: Sua mãe não lhe comprava bastantes roupas?

Antônio: Não as roupas do tipo que eu queria.

ESTÁ pensando em trabalhar depois das aulas? Talvez você simplesmente gostaria de ter mais algum dinheirinho disponível, e um emprego parece ser o modo mais rápido de conseguir isso.

Um emprego pode ter suas vantagens.a Poderá ensinar um jovem a assumir responsabilidades. Poderá propiciar-lhe valiosa experiência e permitir que adquira algumas habilidades úteis. Todavia, nem todos os aspectos do trabalho são vantajosos, e, antes de assumir um emprego, você deve considerar cuidadosamente os custos. Compare com Lucas 14:28; 1 Coríntios 10:23.

O Que Farei com o Dinheiro?

Muitos jovens trabalham fora para dar a seus pais a necessária ajuda financeira. O professor do segundo grau, David L. Manning, comenta, contudo, que “o motivo primário dum emprego de tempo parcial parece ser o indulgente interesse próprio”. Deveras, grande parte do que os adolescentes ganham é devotado, não à poupança ou às despesas familiares, mas a itens de luxo, que vão desde conjuntos estereofônicos e entradas para shows até caríssimos tênis. No fim das contas, o dinheiro ganho é muitas vezes desperdiçado.

“O que fiz com meu dinheiro?”, respondeu a jovem Michele quando um repórter de Despertai! indagou a um grupo de jovens o que eles faziam com o dinheiro que ganhavam em seus empregos. “Sei lá”, admitiu ela. “Não investi nada. Acho que eu gastei em passeios. Em filmes — eu ia ao cinema todo fim de semana. E em sapatos. Minha paixão são os sapatos. Paguei até US$ 250 [Cr$ 22.500,00] o par.” A jovem Olga respondeu similarmente: “Acho que gastei todo o meu dinheiro. Quanto mais se ganha, mais se gasta. Mas não tenho a menor idéia de para onde foi.”

“Que proveito tem o homem de toda a sua labuta em que trabalha arduamente debaixo do sol?”, perguntou Salomão. (Eclesiastes 1:3) E, sem um motivo específico para trabalhar, sem um plano definido quanto a como empregar — ou poupar — o dinheiro ganho, seu trabalho árduo poderia ser similarmente infrutífero, fútil.b ‘Mas que mal há em gastá-lo com coisas que desejo?’, poderia perguntar.

Uma coisa é trabalhar para obter necessidades legítimas. Mas trabalhar longas horas e duramente por desejos frívolos é um laço. Pode criar um apetite nada salutar por coisas materiais. (Compare com 1 Timóteo 6:8, 9.) Pode alimentar um espírito egotista, do “primeiro eu”, que se choca com o espírito cristão de dar. (Atos 20:35) Assim, antes de obter um emprego, não seria melhor determinar se tem genuína necessidade disso?

A Escola e o Emprego

Outra coisa a considerar é o efeito que trabalhar poderia ter sobre sua escolaridade. “Ninguém pode trabalhar como escravo para dois amos”, disse Jesus. (Mateus 6:24) Este princípio se aplica a muitos estudantes que se vêem envolvidos num conflito entre a escola e o emprego.

Há estudos que indicam que os jovens que trabalham fora têm maior probabilidade de faltar à escola do que os que não trabalham fora. E, quando estão presentes, muitas vezes mostram-se desatentos. “Eu saía da escola ao meio-dia e trabalhava como secretária das treze às dezessete horas”, explica a jovem Olga. Com que efeito? “Eu ficava cansada. Estudar e trabalhar deixam a pessoa esgotada.” Não é de admirar, então, que as notas de muitos alunos caiam muito depois de começarem a trabalhar. Alguns até mesmo são reprovados.

“Eu tinha de freqüentar um curso de recuperação”, relembra o Antônio, que fora reprovado nos exames quando trabalhava numa fábrica, depois das aulas. No entanto, Antônio continuou trabalhando por todo o verão. Com que resultado? “Eu também fui reprovado no curso de recuperação, e tive de repetir o ano.” Na verdade, alguns alunos brilhantes conseguem tirar boas notas. Relembra Michele: “Eu simplesmente ficava ouvindo minha professora, captava o que ela dizia, e passava de ano. Nunca precisei estudar.” Existe um mundo de diferença, contudo, entre simplesmente passar raspando de ano e ficar absorto em realmente aprender. — Compare com 1 Timóteo 4:15.

Assim, se estiver pensando em arranjar um emprego, pergunte a si mesmo: ‘Será que conseguirei dar razoável atenção aos deveres escolares? Conseguirei o descanso e o sono necessários?’ (Eclesiastes 4:6) Muito dependerá da natureza de seu trabalho e do horário. Mas se um emprego prejudica sua escolaridade, será que realmente vale a pena?

O Emprego e a Família

Também preocupante é o efeito que o emprego possa ter no relacionamento com os membros de sua família. “Nossos próprios estudos indicam. . . que os adolescentes que trabalham fora gastam deveras menos tempo nas atividades familiares do que seus colegas que não trabalham fora”, afirmam os pesquisadores Laurence Steinberg e Ellen Greenberger. À guisa de exemplo, “muitos jovens que trabalham informam que costumam jantar com sua família com menos freqüência (assim perdendo uma das poucas ocasiões do dia em que os pais e os filhos podem ‘ficar a par’ das atividades uns dos outros)”.

As refeições eram uma importante modalidade da vida familiar nos tempos bíblicos e continuam a ser entre o povo de Deus, atualmente. (Compare com Provérbios 15:17.) Entre as Testemunhas de Jeová, muitas famílias utilizam o café da manhã ou o jantar como ocasião para considerarem assuntos espirituais. Será que um emprego depois das aulas o impedirá de participar nisso?

Os jovens que trabalham fora talvez também comecem a se sentir bem independentes dos pais. Alguns até mesmo raciocinam que, visto que dispõem de seu próprio dinheiro, estão menos sujeitos à autoridade dos pais. Um cheque de pagamento, contudo, não libera você da sua obrigação bíblica de ‘escutar a disciplina do pai’, ou de obedecer à ‘lei de sua mãe’. (Provérbios 1:8) Seus pais têm todo direito, por exemplo, de determinar quanto de seu dinheiro duramente ganho, deve ser usado para cobrir as despesas da família. Afinal de contas, quase todo o dinheiro deles é assim usado.

Caso decida trabalhar, por que não demonstra madureza e interesse no bem-estar da família por perguntar a seus pais quanto poderá contribuir para as finanças da família?

Seu Emprego e Sua Espiritualidade

A coisa mais importante a considerar é o efeito que trabalhar fora poderá ter sobre sua espiritualidade. Steinberg e Greenberger relatam que a exposição ao local de trabalho não raro resulta em formas de ‘desvio de comportamento’ juvenil, tais como furtar no emprego ou colar na escola. Alguns jovens até mesmo se curvam diante da pressão dos colegas e dão descontos não-autorizados a amigos — ou até mesmo furtam para eles. As pressões do trabalho (e de ter dinheiro disponível) levam muitos jovens ao abuso do álcool e à toxicomania.

É verdade que você, por ter princípios cristãos, nem sequer pensaria em praticar tais coisas. No entanto, ter um emprego pode expor um jovem, em intenso grau, a “más associações”. (1 Coríntios 15:33) Está preparado para lidar com tal pressão? Quando está na escola, será que você ‘anda sabiamente para com os de fora’ por evitar companhias não salutares? (Colossenses 4:5) Caso já tenha demonstrado alguma fraqueza neste sentido, está realmente preparado para enfrentar as pressões maiores do seu local de trabalho?

Um cansativo horário de trabalho talvez também torne difícil que você siga a rotina cristã de reuniões, estudo pessoal da Bíblia e participação no ministério cristão. “Tenho faltado às reuniões por estar cansada, depois de um dia estudando e trabalhando”, diz Michele.

A decisão de trabalhar depois das aulas é, assim, algo sério. É preciso cuidadosa reflexão sobre todos os fatores envolvidos. Converse sobre tal assunto com seus pais, ou com um cristão maduro. Caso julgue precisar dum emprego, empenhe-se arduamente em manter seu equilíbrio. Elabore um programa que lhe permita dar adequada atenção à sua escolaridade e a seu desenvolvimento espiritual. Se isso não for possível, considere outras formas de ganhar dinheiro. Talvez existam grandes projetos domésticos que seus pais estariam dispostos a lhe pagar para executar. Alguns jovens iniciam pequenos negócios, tais como aparar a grama ou trabalhar como babás, que lhes permitam ganhar dinheiro conforme sua própria conveniência.

Mas que dizer dos jovens nos países mais pobres, que não têm outra escolha, senão a de trabalhar fora? Um artigo futuro considerará a situação deles.

[Nota(s) de rodapé]

a Veja o artigo “Trabalhar Depois das Aulas — Fará de Mim Logo um Adulto?”, em nossa edição anterior.

b Veja as edições de Despertai! de 22 de dezembro de 1988 e de 22 de Janeiro de 1989, para obter sugestões sobre o manejo do dinheiro.

[Destaque na página 16]

“O motivo primário dum emprego de tempo parcial parece ser o indulgente interesse próprio.”

[Foto na página 15]

Está trabalhando para cobrir suas legítimas despesas ou para satisfazer um amor pelas coisas materiais?

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