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  • Hospitais — quando se é paciente
  • Despertai! — 1991
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  • Como Preencher Formulários e Declarações
  • Conversar com a Equipe Médica
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Despertai! — 1991
g91 8/3 pp. 3-8

Hospitais — quando se é paciente

“Quando fui hospitalizada pela primeira vez, subitamente senti como se tivesse perdido o controle sobre minha vida, como se eu fosse apenas mais uma estatística.” — Marie G.

“Lembro-me de minha primeira visita como paciente. Eu me senti muito vulnerável e desprotegida.” — Paula L.

JÁ FOI alguma vez um paciente hospitalar que sentiu as reações acima-mencionadas? Quer tenha sido, quer não, tem de reconhecer que a maioria das pessoas pensa muito pouco em se tornar um paciente. Todavia, essa perspectiva, algum dia, pode tornar-se realidade para o leitor. Em 1987, por exemplo, os informes mostram 1 hospitalização para cada 7 pessoas, nos Estados Unidos. Tais estatísticas variam através do mundo. Todavia, como alguém prudente, que preparativos deve fazer para tal eventualidade?

“O modo mais importante, de per si, de proteger sua saúde é certificar-se de que a hospitalização seja mesmo necessária”, comenta o Dr. Sidney Wolfe, diretor do Grupo de Pesquisas da Saúde Pública dos Cidadãos, dos EUA. Não importa onde viva, se ficar doente, tem o direito e a obrigação de ser informado dos fatos sobre seu problema de saúde. Não raro, o seu próprio médico talvez lhe possa fornecer respostas satisfatórias.

Mas, caso tenha dúvidas, recomenda-se fazer uma segunda consulta médica independente. Em alguns países, as companhias de seguro até mesmo exigem um segundo diagnóstico, antes de pagarem certos tipos de grandes cirurgias. E, não é incomum fazer-se uma terceira consulta médica para resolver diferenças de opinião quanto ao diagnóstico e ao tratamento. O ponto fundamental é: Quer haja um diagnóstico, ou dois, quer mais, o paciente sábio tomará o tempo que for preciso para determinar, por si mesmo, a necessidade e a sabedoria de seguir o tratamento proposto.

Hospitalização de Emergência

Naturalmente, numa emergência, não há tempo para consultar vários médicos. O paciente pode até mesmo estar inconsciente, não podendo falar nem escrever, quando levado ao hospital. Às vezes os médicos têm de agir imediatamente, mesmo antes que os parentes possam ser localizados para determinar qual o desejo ou as preferências do paciente. Tais situações sublinham a razão pela qual ser previdente e planejar de antemão são de máxima importância.a

No caso do paciente que é Testemunha de Jeová, isto envolve levar sempre com ele um completo e atualizado Documento de Instrução/Isenção a Médicos. Neste cartão, o paciente expressa de antemão seu desejo quanto aos cuidados médicos, e fornece informações vitais, de modo que as equipes médicas possam contatar parentes ou outros que saibam seus desejos. Ao passo que não pode abranger todas as situações possíveis, este importante cartão serve como um documento legal que se expressa quando você, leitor, não pode expressar-se.

Será também muito útil se, numa emergência, um amigo íntimo ou um parente, que esteja a par de suas preferências quanto a tratamentos médicos e de suas convicções, possa ir até o hospital, a fim de apoiá-lo. Quer isso seja imediatamente possível, quer não, um atualizado Documento de Instrução/Isenção a Médicos poderá, algum dia, ser a chave para a proteção de seus direitos.

Mesmo que a pessoa não seja um ministro batizado das Testemunhas de Jeová e não possua este documento, ela pode preparar uma declaração escrita de modo similar (de preferência datilografada). Esta deve delinear seus desejos quanto a tratamentos médicos, declarar quaisquer restrições e indicar quem deve ser contatado em caso de emergência.

Como Preencher Formulários e Declarações

Os direitos do paciente variam amplamente através do mundo. (Veja quadro, página 7.) Em alguns países, tais direitos aumentaram tremendamente nos anos recentes; não se permite que o médico empregue nenhum tratamento sem o consentimento do paciente, geralmente dado por escrito. Esta é uma das razões de os hospitais disporem de seus próprios formulários, que desejam que a pessoa assine. Se esse for o caso no local em que vive, o que segue deve ser de ajuda para o leitor.

Deve ler cuidadosamente todos os formulários antes de assiná-los, porque sua assinatura significa que concorda, ou consente, com tudo que o formulário diz. Não deixe que ninguém o apresse a assinar um formulário de hospitalização, ou formulário de consentimento de tratamentos, sem que o tenha lido cuidadosamente. Caso não concorde com parte do formulário-padrão, risque nitidamente aquela parte. Mesmo que alguém proteste, alegando que se trata de um formulário hospitalar e que não pode ser alterado, trata-se, no entanto, de um contrato legal, e não se pode exigir que assine algo com o qual não concorda. Embora não deseje parecer desarrazoado, é importante que não transija quanto a esse assunto — tem o direito de recusar aprovar qualquer parte de um formulário.

Especialmente, no que se refere ao consentimento para uma cirurgia ou qualquer aplicação de sangue, verifique cuidadosamente cada parágrafo. Algumas Testemunhas de Jeová ficaram chocadas com o que descobriram num formulário hospitalar que, supostamente, fora preparado exatamente para elas. Embora, de início, declarasse que os desejos do paciente quanto ao sangue tinham de ser respeitados, um parágrafo posterior rezava mais ou menos assim: ‘Numa emergência, ou se o médico achar que é necessário, ele retém o direito de transfundir sangue.’ Ademais, visto que a Palavra de Deus ordena aos cristãos que se abstenham de sangue, é boa norma escrever “Não Aceito Transfusões de Sangue” em todos os documentos que lhe forem apresentados. (Atos 15:28, 29) Isso tornará clara a sua posição diante de toda a equipe hospitalar. A realidade é que um crescente número de pacientes estão recusando o sangue porque desejam evitar o risco de contrair hepatite, AIDS, ou outras doenças letais.b

Há países em que os pacientes têm menos direitos do que os delineados acima. Há localidades em que o médico é a lei, e os pacientes são mais ou menos considerados como estando à sua mercê. Comentou um médico dum país ocidental que visitou certa nação africana: “Eu tampouco estava preparado para o modo como os médicos e os pacientes interagiam . . . Os próprios pacientes nunca falavam, a menos que eles, médicos, se dirigissem a eles. Não questionavam os seus médicos.” Embora tal costume pudesse tornar as coisas mais difíceis para o paciente, o cristão sábio ainda poderia —respeitosa, porém firmemente — insistir que fosse respeitado o seu direito humano básico à integridade física e a participar das conversações relativas à sua própria saúde.

Conversar com a Equipe Médica

Seu médico deve ser seu principal defensor e fonte de informações; assim sendo, muito talvez dependa de quão cuidadosamente escolha um médico. Observa um escritor: “Reconheça que os médicos são como as demais pessoas. Eles demonstram a plena gama do bem e do mal [como] os restantes de nós. A maioria dos médicos tenta fazer o que é melhor para seus pacientes, mas alguns são socializados [condicionados] a pensar que estão autorizados a fazer decisões em seu lugar. Caso as crenças ou a personalidade do médico colidam com as suas, procure outro médico.”

Tente obter, para suas perguntas, respostas plenas e inteiramente satisfatórias, antes de consentir em submeter-se a qualquer tratamento. (Veja quadro, página 8.) Caso não consiga entender algo, não fique embaraçado de dizê-lo. Peça que a explicação seja dada em linguagem clara e leiga. Seria também jeitoso se, num dado momento da conversa com o médico, expressasse seu sincero apreço por ele entender a sua posição, que se baseia em suas convicções religiosas.

Tente travar relações amistosas com a equipe hospitalar que lida com você, como com as enfermeiras, pois elas podem e devem ser de grande ajuda em atendê-lo e em sua recuperação. Quando lhe trazem medicamentos ou injeções, certifique-se de que sejam realmente para você. Trata-se duma medida de sabedoria prática, pois, apesar das melhores intenções, cometem-se erros.

A equipe hospitalar provavelmente parecerá bem ocupada, mas, lembre-se de que a maioria deles escolheu essa forma de trabalho porque se importam realmente com as pessoas e querem genuinamente ajudá-las. Poderá cooperar com eles se tentar expressar com clareza suas necessidades e preocupações. Nenhuma enfermeira (ou outra pessoa da equipe) tem o direito de submetê-lo a maus-tratos verbais, tais como: “Você vai morrer se não aceitar este tratamento.” Informe tais maus-tratos à administração do hospital, bem como a seus parentes ou ao seu ministro religioso; eles talvez tenham condições de agir como seu porta-voz.

Que Fazer se Surgir um Problema?

Já houve ocasiões em que, apesar de se aplicarem todos estes pontos, os pacientes se viram em profundo conflito com o sistema médico. Embora tal circunstância seja rara, o que fazer se, subitamente, se vir nessa situação?

Primeiro, tente não entrar em pânico. Em geral, são momentos difíceis para os envolvidos, todos ficando muito agitados. Assim será de grande benefício se permanecer calmo, razoável e respeitoso. Em segundo lugar, considere e recorra a todos os recursos disponíveis. O hospital talvez disponha de um representante dos pacientes, ao qual poderá contatar, e de quem poderá obter ajuda.

As Testemunhas de Jeová fazem questão de contatar os anciãos de sua congregação. Estes conselheiros sábios e experientes podem até mesmo ser de ajuda em encontrar uma instituição cooperadora, caso a situação se torne tão séria a ponto de exigir uma transferência.c Os verdadeiros cristãos também se lembram de confiar no poder de Jeová Deus. Em situações difíceis, com freqüência não surge uma resposta única, que abranja tudo, e, nas nossas próprias forças, talvez não saibamos para onde exatamente nos voltar. Muitos verificam que, quando se fez tudo que é humanamente possível fazer, voltar-se para Deus em oração tem resultado não apenas em conforto, mas também em soluções imprevisíveis. — 1 Coríntios 10:13; Filipenses 4:6, 7.

Esperamos que o leitor não tenha de enfrentar nenhum destes problemas, mas é bom ser previdente. Lembre-se, também, de que se espera certas coisas de você, caso esteja hospitalizado. O hospital é um excelente lugar para demonstrar qualidades cristãs, tais como paciência, gratidão pelas bondades demonstradas e especialmente gratidão para com aqueles que o atendem. Uma breve carta de agradecimento à equipe hospitalar, ou até mesmo um pequeno regalo como expressão de apreço, causa uma impressão duradoura. O período que passar no hospital pode oferecer-lhe a oportunidade de dar testemunho por sua própria conduta exemplar, desta forma contribuindo para a excelente reputação que os cristãos verdadeiros tem como pacientes. — 1 Pedro 2:12.

[Nota(s) de rodapé]

a Há muito, um escritor bíblico compôs um inspirado provérbio que sublinha o valor de tal previsão: “O sagaz vê o perigo e esconde-se, porém os ingênuos prosseguem e sofrem as conseqüências.” — Provérbios 22:3, Bíblia Vozes.

b Veja Como Pode o Sangue Salvar a Sua Vida? (1990), editada pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados.

c Conforme explicado no artigo, na página 12, as Testemunhas de Jeová dispõe de valiosos recursos para ajudá-las a lidar com os problemas médicos e as equipes hospitalares.

[Quadro na página 5]

Caso Venha a Ser um Paciente de Hospital

Lista de verificação para hospitalização:

□ 1. Leve seu atualizado Documento de Instrução/Isenção a Médicos, ou uma declaração escrita e assinada, expressando seus desejos.

□ 2. Escolha cuidadosamente seu médico.

□ 3. Certifique-se de que a hospitalização seja realmente necessária.

□ 4. Leia e preencha com cuidado os formulários de internação. Se for Testemunha de Jeová, identifique-se prontamente como tal.

□ 5. Leve o mínimo de itens pessoais necessários, tais como um roupão, artigos de toalete e material de leitura.

□ 6. Deixe em casa qualquer jóia, a maioria dos eletrodomésticos e dinheiro extra.

[Quadro na página 7]

Declaração de Direitos do Doente

Quando um paciente baixa ao hospital, ele não deve ficar assustado demais com o ambiente, e pensar que se tornou uma não-entidade. Ele tem direitos que a maioria dos hospitais e equipes hospitalares sentem-se felizes em respeitar. Os seguintes direitos são condensados e se baseiam numa lista de 10 direitos que constam do livro How to Stay Out Of the Hospital (Como Evitar Ser Hospitalizado), de Lila L. Anastas, R.N.[Enfermeira Registrada]d

O doente tem o direito de:

1. Receber cuidados com consideração e respeito, da parte de equipes competentes.

2. Obter de seu médico informações completas e atualizadas sobre o diagnóstico, o tratamento e o prognóstico, em termos que o paciente possa entender.

3. Receber de seu médico informações necessárias para dar seu consentimento conscientizado antes de se iniciar qualquer procedimento médico e/ou tratamento. Quando existirem alternativas de certa importância médica, o paciente tem o direito de obter tais informações.

4. Recusar um tratamento, em conformidade com a lei.

5. Que se tomem todas as medidas para manter a privacidade de seu próprio programa de cuidados médicos.

6. Esperar que todos os comunicados e registros pertinentes aos cuidados médicos recebidos sejam tratados como confidenciais.

7. Esperar que o hospital, de acordo com sua capacidade, dê uma resposta satisfatória à solicitação do paciente de receber certos serviços, ou de ser transferido para outra instituição, quando seu quadro clínico o permitir.

8. Obter informações quanto a qualquer relação entre o hospital e outras instituições de saúde ou educacional, no que tange aos seus cuidados.

9. Ser avisado se o hospital propõe empenhar-se em, ou realizar, experimentos humanos, que afetam seus cuidados médicos ou tratamento.

10. Esperar receber razoável continuidade de cuidados e saber, de antemão, que médicos estão disponíveis e onde.

[Nota(s) de rodapé]

d O livro The Rights of Patients — The Basic ACLU Guide to Patients Rights (Os Direitos dos Doentes — Guia Básico da ACLU; um manual da União Americana das Liberdades Civis [ACLU]) alista 25 direitos em seu “Modelo da Declaração de Direitos do Doente”.

[Quadro na página 8]

A Proteção e a Participação do Doente

“Assim como nenhum acusado deveria ser julgado sem um advogado de defesa, assim também nenhum paciente deveria ser internado num hospital duma cidade grande sem ter um membro da família ou um amigo íntimo preparado para cuidar dos interesses do doente e defendê-los, quando necessário.” — June Bingham, em The Washington Post, de 12 de agosto de 1990.

“Através das eras, a idéia de participação do doente nas decisões sobre sua saúde tem sido estranha ao modo de pensar dos médicos e ao exercício da medicina. E os pacientes aprenderam, por experiências amargas, que fazer muitas perguntas indagadoras poderá afastá-los de nós, uma vez que, com freqüência, nos ressentimos de tais indagações.

“Todavia, a idéia de que sabemos o que e nos melhores interesses dos pacientes e, por conseguinte, podemos agir em seu favor sem indagações, é tão patentemente inverídica que a pessoa só pode admirar-se do fervor com que essa idéia tem sido defendida. . . .

“Podemos discordar dos doentes, até mesmo discutir com eles, até mesmo induzi-los com agrados, mas temos de fazer tudo isso no espírito de importar-nos com eles. Em última análise, temos de respeitar aquilo que os doentes querem ou não querem de nós.” — Dr. Jay Katz, psiquiatra, professor da Universidade de Yale, citado no jornal The Medical Post, Canadá.

“Os doentes não são bebezinhos e os médicos não são os pais deles. . . . Deveras, parece estranho ter de lembrar aos estudantes de medicina, e também aos médicos, que os pacientes também trazem ao seu encontro com os médicos certas expectativas . . . de merecer confiança e de confiar em si mesmos, de que se lhes permita decidir por si mesmos e não explorem sua dependência, de que conversem com eles e os ouçam, de que os tratem como iguais e não lhes dêem ordens, de que tratem com respeito o seu estilo de vida e se lhes permita viver do modo que lhes agrade.” — The Silent World of Doctor and Patient (O Mundo Silencioso do Médico e do Doente), do Dr.Jay Katz.

“Os serviços começam com nosso contato com o doente. Cerca de 4 milhões de interações com pacientes, todo dia, dão aos médicos americanos a oportunidade de demonstrar não só a nossa competência, mas também nossa genuína compaixão, que nos importamos com eles, e nosso devotamento a cada doente individual a quem servimos.” — Dr. James E. Davis, M.D., presidente da Associação Médica Americana.

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