Observando o Mundo
Congresso em Moçambique
Depois de proscritas por muitos anos, as Testemunhas de Jeová em Moçambique apreciam que as autoridades lhes tenham concedido maior liberdade de adoração. Recentemente, realizou-se um Congresso de Distrito “Língua Pura”, de quatro dias, no estádio esportivo Costa do Sol, de Maputo, capital de Moçambique. Informando sobre o Congresso, o jornal Tempo, publicado em Maputo, comentou que havia cerca de seis mil pessoas presentes na sessão inicial do congresso. Os discursos foram proferidos em português e em tsonga. O jornal Tempo acrescenta que a finalidade do congresso era “fortalecer a unidade cristã, apesar das diferenças lingüísticas que provocam divisões entre os homens”. O artigo explica que as Testemunhas de Jeová se empenham internacionalmente por este objetivo, sem levar em conta a “nacionalidade, raça, educação e a posição social”.
“Absurda Brutalidade”
Em editorial, o jornal O Estado de S.Paulo comenta o número estonteante de acidentes de trânsito no Brasil: “Trata-se de absurda brutalidade, de morticínio gratuito, que atesta, de um lado, irresponsabilidade e, de outro, chocante desprezo pela vida humana.” Mas, o que deve ser feito com motoristas irresponsáveis? Recentes sentenças tentam ensinar o respeito pela vida. Um juiz condenou um estudante de 23 anos, que provocou a morte de dois de seus amigos num “racha” a “acompanhar durante dois anos a autópsia nos corpos das vítimas de acidentes de trânsito”. E, depois de causar a morte de uma jovem de 15 anos e ferir outras cinco pessoas, outro motorista foi condenado a “trabalhar por três anos num pronto-socorro, auxiliando especialmente no atendimento às vítimas de acidentes”.
Políticos Que Fumam
O governo do México adotou, recentemente, uma medida para proteger os não-fumantes. Segundo Visión, uma revista latino-americana, é agora proibido fumar em bibliotecas, em centros de saúde, em cinemas, em veículos usados para transporte público e nos departamentos do governo que oferecem serviços públicos. Exige-se que os restaurantes e as lanchonetes tenham áreas reservadas aos não-fumantes. Os que violarem tal lei talvez tenham de pagar uma multa de até US$ 30. Visión observa, contudo, que “na Câmara dos Deputados e no Senado (os corpos legislativos que aprovaram tal lei), essa medida não se aplica, porque os políticos mexicanos não conseguem evitar de fumar em seu horário de trabalho”.
Viver Juntos?
Segundo Le Monde, diário parisiense, o casamento está em declínio na França. A tendência, nos últimos 20 anos, indica que cada vez maior número de casais decidem viver juntos sem o benefício do casamento. O Instituto Nacional de Estudos Demográficos na França informa que pelo menos a metade dos que se casam já estão vivendo juntos, em alguns casos por vários anos. Muitos casais podem achar que viverem juntos antes do casamento aumenta suas probabilidades de êxito no casamento, mas os fatos apontam o contrário. Le Monde observa que “viverem juntos antes do casamento não aumenta a solidez da união matrimonial” e que tais “uniões parecem menos sólidas, porque terminam, com maior freqüência, em separação”. As estatísticas mostram que é maior o número de divórcios entre casais que viviam juntos antes do casamento do que entre os que não viviam juntos.
Crianças Passivas
Mais da metade das crianças japonesas de idades entre 10 e 15 anos possuem seus próprios televisores e seus jogos de computador de TV, e um terço delas possuem seus próprios telefones, de acordo com o Livro Branco Sobre os Jovens, de 1990, do Governo nipônico. A maioria dos jovens gasta dentro de casa o seu tempo de lazer, vendo televisão, lendo revistas em quadrinhos ou brincando com videojogos, em vez de ao ar livre. O Livro Branco vincula as atividades passivas das crianças, dentro de casa, à sua capacidade limitada de conviver com outros, inclusive com seus familiares, e à sua falta de participação em eventos comunitários. Segundo tal estudo, cerca de 90 por cento das crianças nipônicas disseram que não conseguiam expressar seus pensamentos e sentimentos mais profundos.
Amêndoas Esculpidas
Usa-se atualmente uma semente como matéria-prima para a fabricação de botões, jóias e estatuetas de uso comercial. Alguns produtos já estão sendo produzidos em massa, para satisfazer a demanda das confecções. A semente em pauta é a jarina, uma amêndoa do tamanho duma bola de golfe que cresce nas florestas do Equador. A revista National Geographic comenta que isto “assinala um retorno da jarina, usada para a fabricação de botões antes que os de plástico praticamente a substituíssem na década de 30”. Pesquisadores da organização “Conservation International” encontraram evidência de que, na América do Sul, a prática de esculpir a jarina já tem 250 anos. Segundo a National Geographic, as amêndoas “também oferecem um substituto para o marfim, agora proscrito do comércio internacional”.
Contrabando de Aves
O Fundo Mundial da Vida Silvestre comunica que “todo ano, pelo menos 225.000 aves, que valem uns US$ 50 milhões no varejo, são contrabandeadas ou importadas por meio de documentação fraudulenta”. Papagaios (e araras), por exemplo, são capturados pela população local nas selvas da África, da Indonésia, do México e da América do Sul, e vendidos por míseros dólares. “Quando as aves chegam aos EUA ou aos consumidores europeus, algumas delas, tais como os grandes papagaios-imperiais de Dominica, no Caribe, valem US$ 100.000 cada um”, comenta o The Wall Street Journal. Diz-se que muitas espécies de papagaios (e araras) correm perigo imediato de extinção no ambiente silvestre. Julga-se que cerca de 90 por cento das aves capturadas para serem contrabandeadas “morrem em trânsito devido à alimentação inapropriada ou a condições desumanas”.
AIDS na Ásia
Lá em fevereiro de 1990 havia alegadamente cerca de 2.000 vítimas da AIDS na Ásia. Recente informe das Nações Unidas, contudo, declara que a OMS (Organização Mundial da Saúde) calcula que, na Ásia, um total de 500.000 pessoas estejam atualmente infectadas pelo vírus HIV. Segundo a revista Asiaweek, a “ONU acaba de comunicar que o número de casos de AIDS na Ásia crescerá de forma dramática”. Para lidar com tal problema, a OMS recomenda melhores campanhas educativas e informativas.
Tribo Que Pega Ratos
Lavradores de Tamil Nadu, na Índia, tentaram usar substâncias químicas, pesticidas e iscas para controlar o problema dos roedores. Tendo falhado, os lavradores contrataram os membros da tribo de Irula para fazer tal serviço, informa a revista India Today. No primeiro ano, os irulas pegaram cerca de 140.000 ratos, numa área de 16.000 hectares. Os irulas “não utilizam pesticidas, mas seus métodos se baseiam no conhecimento do comportamento dos roedores”. Eles encurralam os ratos em suas tocas por bloquearem as saídas. Por terem a habilidade de pegar tantos ratos, os irulas estão agora explorando a possibilidade de usarem carne fresca de rato como ração para galinhas e peixes, e transformar a pele de rato em couro utilizável. India Today diz que “essa experiência provou de forma conclusiva que o método dos irulas é o mais seguro” e é um meio econômico de controlar a população de ratos.
Corais Morrem Devido ao Calor
“A primeira prova do aquecimento global talvez venha da descoloração de corais”, declarou Ernest Williams da Universidade de Porto Rico. A temperatura marinha mais elevada faz com que os corais ejetem uma alga microscópica de que os corais se alimentam. Isto deixa manchas esbranquiçadas nos recifes coralinos, daí o termo “descoloração”. “Sem a parceria da alga, o coral fica fraco e pára de reproduzir-se.” Recifes coralinos esbranquiçados e doentios já foram avistados em muitos lugares, inclusive nas Baamas, nas Bermudas, na Flórida, no Havaí, na Jamaica, em Okinawa e em Porto Rico. The Toronto Star comenta que a década de 80 foi a mais quente em cem anos, e que “muitos climatologistas predizem que as temperaturas continuarão a elevar-se vários graus no próximo século”, representando contínua ameaça para os recifes coralinos.
Êxodo dos Católicos Hispânicos
A revista Hispanic informa que, nos Estados Unidos, quase um milhão de hispânicos abandonaram a Igreja Católica nos últimos 15 anos. “Todo ano, esse número está aumentando de 60.000 a 100.000.” Segundo recente estudo, feito a pedido de um bispo-auxiliar da diocese de São Francisco, os ex-católicos hispânicos procuram “um envolvimento mais profundo em sua fé e nas escrituras”. Comentando o problema, contudo, um sacerdote católico disse que “temos de considerar a Igreja Católica como o que ela realmente é: uma grande instituição que possui um modo arraigado de fazer as coisas. É muito difícil fazer com que uma grande instituição aceite um novo modo de se fazer as coisas”. O artigo comenta: “É fácil desperceber uma pessoa numa paróquia católica típica de 4.000 famílias.” Por outro lado, “é igualmente fácil sentir-se querido e reconhecido numa congregação íntima [não-católica] de cerca de 200 pessoas”.