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  • g92 8/4 pp. 13-16
  • O útero — nosso maravilhoso primeiro lar

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  • O útero — nosso maravilhoso primeiro lar
  • Despertai! — 1992
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Despertai! — 1992
g92 8/4 pp. 13-16

O útero — nosso maravilhoso primeiro lar

QUE lugar maravilhoso, seu primeiro lar! Quentinho e aconchegante. Bem suprido de rica nutrição. Protegido e seguro.

Você passou meses dentro dele, desenvolvendo-se e crescendo. No entanto, esse abrigo logo pareceu ficar cada vez mais apertado, até que certo dia você mal conseguia mover-se. É provável que nessa época você até estivesse de cabeça para baixo! De repente, sentiu-se como que espremido por poderosas forças, e foi expulso porta afora para o frio, barulhento e iluminado mundo exterior.

Não se lembra de nada disso? Sem dúvida que não. Mas deve a vida a esse maravilhoso lugar onde ficou abrigado — o útero de sua mãe. Ele foi projetado com perfeição, tendo você em mente, podendo proporcionar toda nutrição e proteção de que um bebê em desenvolvimento necessita. Portanto, que tal retornarmos ao passado e visitarmos esse nosso maravilhoso primeiro lar — o útero?

Aguarda-o Uma Calorosa Acolhida

Sua vida provavelmente começou no trajeto em direção a este excelente lar. Um óvulo maduro de sua mãe desceu por um canal chamado trompa de Falópio. Nesse ínterim, milhões de espermatozóides de seu pai subiam pelo mesmo caminho, ao encontro do óvulo. Um espermatozóide conseguiu fertilizar o óvulo, e foi assim que você veio a existir.

A esta altura, os preparativos para a sua chegada já estavam em andamento. As paredes do útero (do latim uter, que significa “bolsa”) haviam-se preparado, e o lugar estava adequadamente repleto de alimento substancioso. O revestimento do útero ficou duas vezes mais espesso do que o normal com uma camada macia e esponjosa.

Após três ou quatro dias, você entrou em seu novo lar. Para você — um aglomerado de algumas dezenas de células chamado blastocisto, do tamanho duma cabeça de alfinete — talvez parecesse uma caverna espraiada. Dentro, porém, o espaço é bem pequeno. Na verdade, o útero é um órgão oco, macio e rosado, mais ou menos do tamanho e do formato duma pêra de cabeça para baixo.

Este será seu lar nos próximos 270 dias mais ou menos, e sua mãe, mesmo à custa de seu próprio corpo, lhe proverá os nutrientes de que necessita para crescer e se desenvolver até o momento do nascimento. Passar-se-iam várias semanas para sua mãe até mesmo dar-se conta de que você existe, e levariam mais três ou quatro meses até a barriga de sua mãe ficar suficientemente saliente para outros notarem.

Após uma queda livre na cavidade uterina, você ficou flutuando por mais três dias. Finalmente você se fixou à parede do útero. As enzimas do blastocisto digeriram as células da superfície deste revestimento macio como pelúcia, chamado de endométrio, e você penetrou e se acomodou em segurança nas profundezas aveludadas. Se o óvulo não tivesse sido fertilizado e se implantado neste revestimento, o útero por fim o teria desprendido e expulsado de dentro de sua mãe na forma de fluxo menstrual.

Vencer o Problema da Rejeição

Processos maravilhosos estavam então em andamento, a fim de garantir-lhe uma estadia agradável. Antes de mais nada, você necessitava de proteção contra o sistema imunológico de sua mãe. Os cientistas ainda ficam intrigados por não descobrirem por que o corpo de sua mãe não o considerou um estranho intruso e não o atacou. Normalmente, o complexo sistema de rejeição é acionado ao primeiro sinal de qualquer invasor. Entretanto, você por fim crescerá e se tornará um corpo estranho de proporções gigantescas, pesando alguns quilos. Por que você não foi atacado?

O pesquisador David Billington, da Universidade de Bristol, explicou: ‘Essencialmente, cria-se uma parede entre a mãe e o feto. Essa parede interrompe com bastante eficácia qualquer intercâmbio entre a mãe e o feto.’ Ele se referia a uma camada de tecido chamada trofoblasto, que circunda o feto. Esta barreira impediu qualquer contato direto entre você e sua mãe. Exatamente por que as defesas imunológicas dela não desafiaram o trofoblasto como tecido estranho é um mistério. A resposta a esta pergunta talvez nos diga também por que alguns casos de gravidez acabam em aborto espontâneo. — Veja o quadro na página 16.

Prosseguem a Nutrição e os Cuidados

Considere seu insaciável apetite, especialmente nesses primeiros estágios. Nas primeiras oito semanas de vida, você aumentou umas 240 vezes em comprimento, e pesa um milhão de vezes mais do que por ocasião da concepção. Por fim, seu peso ao nascer era uns 2,4 bilhões de vezes isso, seu espantoso lar tendo-se expandido como um balão para acomodá-lo. O útero chegou a pesar então umas 16 vezes mais do que o útero duma mulher que não está grávida, mas poucas semanas após o parto, ele encolhe até atingir quase o tamanho original. O primeiro trimestre de vida presenciou a formação da estrutura básica do seu corpo, estando os órgãos e o sistema nervoso prontos para os estágios de desenvolvimento seguintes.

Num dos primeiros estágios formou-se o saco amniótico. Este forneceu-lhe um ambiente acolchoado e com temperatura controlada, onde você podia dar cambalhotas e brincar durante o segundo trimestre. Você estava fortalecendo os músculos de que necessitaria fora da bolsa de água onde quase não há sensação de peso. Você sorvia fluidos amnióticos pela boca, presumivelmente para nutrição. O fluido era substituído para você a cada duas ou três horas.

Da parede exterior do blastocisto cresceu uma intrincada massa de tecido chamada placenta (“bolo chato”, em latim). Considere alguns dos serviços que ela prestou a você.

A placenta atuou como pulmão, efetuando a troca de bióxido de carbono por oxigênio entre você e sua mãe. Ao atuar como fígado, processou algumas das células sanguíneas de sua mãe a fim de extrair componentes necessários, tais como ferro, para seu uso. Na função de rim, filtrou a uréia do seu sangue e transferiu-a para a corrente sanguínea de sua mãe, para ser eliminada através dos rins dela. Como fazem os intestinos, a placenta digeriu moléculas de alimentos. Todos esses processos ocorreram através do cordão umbilical de 55 centímetros de comprimento.

Houve tempo em que se pensava que a placenta fosse um sistema de segurança inexpugnável, que não deixaria passar da mãe para a criança nada de prejudicial. Infelizmente, sabemos agora que muitas infecções podem romper o sistema de segurança, como no caso de substâncias iguais à abominável droga talidomida. Doenças como a rubéola também são uma ameaça em certos estágios da gravidez.

A barreira entre o sangue e o cérebro, presente nos adultos, ainda não está bem estabelecida no cérebro fetal em desenvolvimento, o que o torna especialmente vulnerável a invasores tais como fumaça de cigarro, álcool, drogas e outras toxinas químicas. As pesquisas indicam que o álcool realmente causa efeitos adversos no nascituro. Será que a cafeína, que atravessa a placenta, influi no desenvolvimento da criança? Será que suplementos vitamínicos beneficiam de alguma forma o desenvolvimento da criança? Ainda há muito que aprender sobre tais perguntas.

Portanto, o sistema de proteção de qualquer bebê precisa começar pelo cuidado da própria mãe em evitar ingerir substâncias que se sabe podem prejudicar o bebê. Olhando o lado positivo, uma dieta equilibrada e exercícios, desde que aprovados pelo médico, podem contribuir muito para a saúde e o bem-estar gerais da mãe e da criança.

Dizendo Adeus ao seu Lar

Já bem avançado no terceiro trimestre, começaram os preparativos para a sua partida. Os fortes músculos da parede uterina iniciaram um exercício irregular de contração e relaxamento, chamado às vezes de alarme falso. O útero ficou mais flexível e elástico.

Em vez de dizer: “O bebê desceu”, é mais exato dizer que o inteiro útero desceu, com o bebê dentro. Isto se dá porque o útero se ajeita, assumindo um formato cilíndrico, e desce um pouco, de modo que a cabeça do bebê se posiciona então na pelve verdadeira.

Ninguém sabe qual foi o fator que decidiu que era tempo para você sair do útero. Talvez tenham sido os hormônios de sua mãe, ou os seus hormônios, que deram o sinal para o útero. A mensagem foi: “Inicie o trabalho de parto!”

A expressão “trabalho de parto” descreve bem o processo de três estágios iniciado pelo útero. Primeiro, as paredes musculares do útero se contraíram enquanto o colo do útero e a vagina se dilataram, preparando-se para a sua descida. A bolsa de água provavelmente se rompeu a esta altura.

Segundo, o trabalho da mãe realmente começou ao empurrar a cabeça do bebê para baixo, através do colo do útero e da vagina. As contrações prosseguiram, ficando cada vez mais fortes e freqüentes, até que sua cabeça finalmente passou pelo canal do parto. O restante do seu corpo passou depois com facilidade. No estágio final do trabalho de parto, sua mãe expeliu a placenta e os restos do cordão umbilical, chamados de secundinas.

Assim, ali estava você — assustado, com frio e chorando — sem dúvida lamentando a repentina partida de seu hospitaleiro lar, onde passara os últimos nove meses mais ou menos. Mas quão contente está por ter o dom da vida e poder apreciar o cuidado dum Criador amoroso, que providenciou que você tivesse um excelente lar desde o início!

[Quadro na página 16]

Aborto Espontâneo — A Trágica Expulsão

A TRAGÉDIA pode sobrevir até à mais cuidadosa mãe. As causas do aborto espontâneo são enganosas e os debates acalorados. Os pesquisadores discordam até mesmo da porcentagem de óvulos fertilizados que acabam em aborto espontâneo. As estimativas variam entre 10 e 20 por cento, ou até mais, dos casos de gravidez nos Estados Unidos.

Por que é que o útero às vezes expulsa à força a nova vida em vez de criá-la e protegê-la dentro dele? É possível que o sistema imunológico da mãe reaja defensivamente ao circundante trofoblasto, atacando sua parede protetora e causando o aborto. Muitos talvez sejam causados pelos chamados acidentes genéticos, em que o embrião ou o feto fica tão prejudicado que não consegue sobreviver. Ou, talvez sejam anormalidades no processo reprodutivo — o óvulo entra prematuramente no útero antes de o revestimento estar pronto para recebê-lo, ou tão tarde que o endométrio já está começando a desprender-se. Talvez uma deformação no próprio útero da mãe a torne incapaz de dar à luz uma criança.

Certo estudo realizado na Grã-Bretanha com 200 mulheres (1990) sugeriu que a esterilidade e o aborto espontâneo talvez estejam ligados a desequilíbrios hormonais. A liberação de LH (hormônio luteinizante), originário da glândula pituitária, geralmente se eleva por volta do 14.º dia do ciclo menstrual e faz com que um óvulo maduro saia do ovário e inicie sua jornada pela trompa de Falópio para uma possível fertilização. “O que a equipe britânica descobriu”, noticiou o jornal The New York Times, “foram grandes quantidades de LH numa época imprópria, no oitavo dia do ciclo menstrual, antes da ovulação”. Serão necessários mais testes para confirmar e interpretar essas descobertas.

[Fotos na página 15]

Feto com três meses.

Feto com seis meses.

Feto com nove meses.

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