Observando o Mundo
Religião no Canadá
“Os canadenses estão abandonando a religião em números recordes”, noticia o jornal The Vancouver Sun. Metade dos adultos no Canadá nunca assiste a ofícios religiosos ou só o faz cerca de uma vez por ano. Estatísticas recentes mostram que nos últimos dez anos quase dobrou o número de canadenses que dizem não ter religião. Jim Hodgson, secretário adjunto de educação ecumênica e comunicação do Conselho Canadense de Igrejas, disse: “Muitos descobrem que o materialismo e o consumismo são a motivação de sua vida.” Ele acrescentou que “o shopping center é provavelmente mais importante na vida da maioria das pessoas do que a igreja”.
Nova Capital da Nigéria
Nos últimos 77 anos, Lagos foi a capital da Nigéria. Mas, em 12 de dezembro de 1991, o Presidente da Nigéria, Ibrahim Babangida, e sua esposa despediram-se de multidões alegres em Lagos, embarcaram num jato e viajaram 500 quilômetros para Abuja, no interior, oficialmente proclamada a nova capital nacional. A decisão de mudar a sede do governo para Abuja foi tomada em 1976, durante o desenvolvimento da indústria petrolífera da Nigéria. Segundo a revista nigeriana Newswatch, a decisão foi motivada pelo desejo de situar a capital no centro do país e de fugir do congestionamento de Lagos.
Curiosas Exigências
“Os hóspedes ilustres, é claro, sempre dão trabalho. Mas nenhum deles fez exigências tão curiosas” como o tenor italiano Luciano Pavarotti, diz O Estado de S.Paulo. Para sua visita de quatro dias, o Grand Hotel Ca’d’Oro, em São Paulo, teve de reformar a cozinha de uma de suas suítes presidenciais para que ele pudesse “praticar seu hobby predileto: cozinhar de madrugada, um jeito peculiar de relaxar e poder dormir mais tranqüilo”. Na lista de mais de cem exigências constava uma coleção de bebidas e iguarias: limões, suco de laranja, café, chá, frutas, cerveja e vinho. No entanto, a revista Veja cita a explicação do tenor: “Para cantar bem, eu tenho que estar feliz. Para ficar feliz, eu tenho que comer bem.”
Ideal Nada Saudável
“O ideal de beleza feminina, pelo qual as mulheres são atualmente instruídas a se empenhar, na maioria dos casos é desnatural, inalcançável e nada saudável”, segundo recente relatório publicado no Informe Sobre Dieta e Nutrição da Universidade Tufts, em inglês. Aos olhos de muitas mulheres hoje, o conceito de beleza é inseparável da esbelteza. A mídia promove este padrão com o uso persistente de modelos ultramagras. “Mas”, conforme comenta o relatório, “as mulheres não só não foram feitas para se parecer com rapazes atléticos, mas também a maioria delas não consegue isto, não importa quanto esforço faça”. Parece que as mulheres por natureza acumulam mais gordura do que os homens; a maioria das mulheres só começa o ciclo menstrual quando o corpo tem cerca de 17 por cento de gordura. A gravidez também acrescenta gordura ao corpo. Assim, o corpo de muitas mulheres de meia-idade, não importa de que cultura ou país, tem quase 40 por cento do peso em gordura.
Reduzindo a Marcha da Explosão Populacional
Em meados de 1991, a população da Terra chegou a 5,4 bilhões. Se continuar a crescer na taxa atual, diz o relatório State of World Population 1991 (Condição da População Mundial de 1991), a população da Terra chegará aos dez bilhões por volta do ano 2050. O UNFPA (Fundo das Nações Unidas para Atividades Populacionais) planeja reduzir a marcha deste aumento — especialmente na África, onde há, em média, 6,2 nascimentos por mulher. O alvo do UNFPA para o ano 2000 é aumentar em 50 por cento, no mundo todo, o uso de modernos métodos de controle da natalidade. O custo para se alcançar este alvo será de US$ 9 bilhões anualmente, segundo o UNFPA. Alguns acham que vale a pena esta despesa. Por exemplo, cálculos oficiais na Índia indicam que, desde 1979, cerca de 106 milhões de nascimentos foram evitados pelo uso do controle da natalidade. Isto poupou US$ 742 bilhões em custos com educação e saúde.
Reputação do Clero
Segundo o EPS (Serviço Ecumênico de Imprensa), agência de notícias do Conselho Mundial de Igrejas, recente pesquisa revelou que a imagem pública do clero alemão “sofreu severo retrocesso”. O EPS diz que o serviço de informações da Aliança Evangélica Alemã comentou que, “pela primeira vez, os ministros da igreja não aparecem entre as dez principais profissões de boa reputação”. Desde 1987, os clérigos da antiga Alemanha Oriental despencaram para a posição 19 na lista de 25 profissões pesquisadas, ao passo que seus colegas na anterior Alemanha Ocidental caíram da posição 5 para a posição 12.
Câncer de Mama no Homem
Um homem de Provo, Utah, EUA, escreveu à revista American Health e perguntou: “É possível que o homem contraia câncer de mama?” A resposta foi: “Sim, mas é extremamente raro.” Dos mais de 170.000 novos casos de câncer de mama que se esperava surgir nos Estados Unidos, durante 1991, é provável que apenas cerca de 900 tenham sido em homens. Os fatores de risco para homens, alistados pela revista, eram: “histórico familiar de câncer de mama no homem; síndrome de Klinefelter, doença genética associada à ginecomastia (aumento da mama); e hiperestrogenismo, produção excessiva de estrógeno”. A revista American Health disse ainda que, “visto que o câncer de mama no homem comumente já está avançado ao ser detectado, os médicos em geral recomendam a mastectomia”.
Sangue e Doenças
O Ministro da Saúde da Indonésia diz que até 2.500 pessoas no país podem estar infectadas com a AIDS, noticia o jornal The Jakarta Post. Há maior consciência pública do perigo da AIDS entre os indonésios. Reconhecendo-se que esta horrível doença pode ser disseminada por transfusões de sangue, faz-se um esforço especial para examinar o suprimento de sangue da Indonésia. The Jakarta Post noticia que ainda não se encontrou o HIV em nenhuma das amostras de sangue doado. No entanto, a Cruz Vermelha Indonesiana encontrou a espiroqueta da sífilis e o vírus da hepatite B em 2,56 por cento do sangue doado até agora examinado.
Marfim-Vegetal
A demanda de marfim animal levou o elefante à beira da extinção. “Surgiu agora, das florestas pluviais da América do Sul, um produto natural que pode ajudar a diminuir esta demanda”, diz a revista International Wildlife. “Chama-se tagua [jarina] e, dessemelhante das presas dos elefantes, cresce em árvores.” O marfim-vegetal é feito das amêndoas secas e polidas de palmeiras da América do Sul. Quando trabalhado, é notavelmente similar ao marfim animal tanto na aparência como no tato, e chega a imitar sua porosidade. Não há dúvida de que este é o motivo de ser chamado de Phytelephas — “planta-elefante”. Sua única desvantagem é o tamanho, cerca de 3 cm, o que limita os itens que podem ser feitos dele. O uso do marfim-vegetal não é novo, mas remonta a mais de 100 anos. Botões e outras coisas eram feitas dele. Mas, depois da II Guerra Mundial, a competição dos plásticos recém-desenvolvidos e baratos eliminou o comércio da jarina, que foi praticamente esquecida. O uso da jarina já está em expansão no Japão, na França, na Itália, na Alemanha e nos Estados Unidos.
Adultério na Argentina
O jornal argentino Clarín noticia que 90 por cento das pessoas que contratam detetives particulares na Argentina estão à procura de evidências de adultério do respectivo cônjuge. O Clarín declara que “a maioria dos clientes são mulheres (aproximadamente 75 por cento). Em geral têm cerca de 40 anos de idade”. Os detetives particulares conseguem juntar evidências circunstanciais suficientes para confirmar suspeitas de adultério em 80 por cento desses casos.
Galinha Versus Escorpião
Recentemente, o prefeito de Aparecida, São Paulo, comprou 300 galinhas, na esperança de que ajudem a eliminar os escorpiões que ameaçam a população. O Estado de S.Paulo informa que, “depois de cadastradas, [as galinhas] ficarão à disposição dos moradores para serem utilizadas no combate aos escorpiões que assolam vários bairros da cidade”. Pesquisadores elaboraram um projeto para eliminar os escorpiões e seus criadouros. Mas, em vez de as galinhas comerem os escorpiões, teme-se que a população coma as galinhas. Neste caso, uma visitadora sanitária tranqüiliza: ‘As galinhas não são afetadas pelo veneno do escorpião e não oferecem risco à saúde dos seres humanos.’
Perdendo Terreno Contra a Malária
“Estes são dias sombrios na batalha contra a malária”, declara a revista Science. Um novo relatório do Instituto de Medicina mostra que, depois de fazerem progresso na década de 40 e de 50, os seres humanos estão agora perdendo terreno para o parasita. Mais de um milhão de pessoas em 102 países, na maioria crianças, morre todo ano. O que aumenta o problema é que as drogas antimalária em uso já perderam parte de sua eficácia, e os esforços para criar novas vacinas são insuficientes. As guerras nos países africanos, onde ocorre a maioria das mortes, também dificultam o combate à doença, e as nações mais ricas têm cortado seus orçamentos para a pesquisa da malária.