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  • Pode a ciência enfrentar os desafios do século 21?
  • Despertai! — 1993
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Despertai! — 1993
g93 8/4 pp. 3-5

Pode a ciência enfrentar os desafios do século 21?

“Existe agora esmagadora evidência científica que sugere que a Mãe Terra não mais pode cuidar de sua prole descuidada e indisciplinada por muito tempo.” — The European, 19-25 de março de 1992.

OS ECOLOGISTAS crêem cada vez mais que a ameaça à Terra, longe de ser apenas uma tempestade num copo d’água, é grave e merece atenção. De fato, eles dizem ser vital tomar ação imediata para evitar o desastre. “Não dispomos de gerações”, disse o presidente do Worldwatch Institute, em fins dos anos 80. “Dispomos apenas de alguns anos para tentar mudar as coisas.”

Os editores de 5000 Days to Save the Planet (5.000 Dias Para Salvar o Planeta) foram mais específicos em 1990, quando publicaram esse livro. Sua contagem regressiva continua desde então. O tempo que resta para salvar o planeta, segundo o prazo que deram, está agora em torno de 4.000 dias. E em princípios do século 21, a menos que algo extraordinário aconteça nesse ínterim, esse número terá diminuído para uns 1.500 dias.

Que conjunto incomum de circunstâncias tem causado essa aparente crise? Que desafios apresenta o século que se aproxima?

Não faltam problemas

Os amantes da paz se alegram com o fim da Guerra Fria. Mas o desafio de alcançar e manter a paz mundial não deixa de ser igualmente real. O Presidente Mitterrand, da França, falando em janeiro de 1990 sobre os problemas da unificação européia, disse: “Estamos deixando um mundo injusto, mas estável, rumo a um mundo que esperamos seja mais justo, mas que certamente será mais instável.” E o jornal The European escreveu: “O preço da liberdade [no ex-bloco soviético de nações] é uma crescente instabilidade, que tem aumentado o risco de guerra nuclear, embora ainda seja de pouca monta.”

Na verdade, alguns dos desafios com que o mundo agora se confronta eram praticamente desconhecidos quando começou a Guerra Fria. É como diz o livro 5000 Days to Save the Planet: “Mal faz 50 anos que o meio ambiente mundial ainda estava em grande parte em equilíbrio. . . . O mundo era um lugar vasto, bonito e pujante; como poderíamos danificá-lo? Hoje somos informados de que o nosso planeta está em crise, de que pela destruição e poluição que causamos estamos preparando o caminho para uma catástrofe global.”

As chamadas calamidades naturais — enchentes, tempestades, terremotos, erupções vulcânicas — ocorrem em todo lugar. Parece que não se tem certeza de até que ponto a intromissão humana no meio ambiente responde por isso. Há evidências de que a camada de ozônio que protege a Terra se tornou perigosamente fina em alguns lugares. Alguns cientistas advertem que mudanças climáticas capazes de causar tragédias poderão ocorrer subitamente, em vez de se desenvolverem gradualmente.

Câncer, doenças cardíacas, problemas circulatórios e numerosas outras doenças há muito desafiam a perícia da medicina. Apesar de anos de progresso médico, essas enfermidades ainda matam. Só na Europa, calcula-se que 1.200.000 pessoas morrem de câncer por ano, quase 65 por cento a mais do que há uma década. Devido ao medo de um novo flagelo — a AIDS, que já matou bem menos — essa enorme perda de vidas em geral passa despercebida.

Outro desafio: em menos de 200 anos, a população mundial aumentou de um bilhão para cerca de cinco bilhões e meio. Apesar duma queda recente no índice de crescimento anual, alguns calculam que no ano 2025 a população mundial provavelmente terá passado dos oito bilhões e que em 2050 estará perto dos dez bilhões. Onde vão morar todas essas pessoas? O que comerão? Um relatório da ONU publicado em 1991 estimava que um bilhão de pessoas já vivem em absoluta pobreza, com a vida “tão caracterizada por desnutrição, analfabetismo e doenças a ponto de estar abaixo de qualquer definição razoável de dignidade humana”.

Paul R. Ehrlich, professor de estudos populacionais na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, fala da enormidade desse problema: “Ao passo que a superpopulação nas nações pobres tende a mantê-las assoladas pela pobreza, a superpopulação em nações ricas tende a minar a capacidade de sustentar a vida do inteiro planeta.”

A possibilidade de que os fatores já mencionados — ou outros, como uso de drogas, moradia inadequada, crimes e conflitos raciais — venham a desencadear uma catástrofe global no futuro próximo causa real preocupação. O desafio é evidente. Mas como enfrentá-lo não.

Em busca de meios de enfrentar os problemas

Não obstante, por causa da gravidade dos problemas, os governos, com variados graus de urgência, buscam soluções. Na frente ambiental, por exemplo, a maior reunião ecológica já realizada ocorreu em junho do ano passado no Rio de Janeiro. A Cúpula da Terra, patrocinada pela ONU, foi a segunda desse gênero, depois da realizada em 1972 em Estocolmo, Suécia. Naquela época, um conhecido político alemão disse: “Essa conferência pode ser um momento decisivo no destino do planeta.”

É óbvio que a reunião de 1972 não alcançou as expectativas. Maurice F. Strong, principal organizador da conferência de 1972 e da de 1992, admitiu: “Aprendemos nos 20 anos desde Estocolmo que a regulamentação ambiental, que é a única alavanca real que as agências ambientalistas têm, é importante, mas não adequada. Ela tem de ser acompanhada por mudanças importantes nas motivações subjacentes do nosso comportamento econômico.”

Entretanto, será que a conferência de 1992 mostrará ter sido mais bem-sucedida em alcançar essas “mudanças importantes” do que a de 1972? E, se não, será que o nosso planeta ainda terá condições daqui a mais 20 anos, em 2012, de sediar uma possível terceira Cúpula da Terra?

Confrontada com seu maior desafio

O público em geral fica cada vez mais céptico quanto à habilidade de a religião e a política resolverem os problemas mundiais. Mas, se a religião não é capaz, se a política não é capaz, o que pode fazer frente aos graves desafios do século 21?

Uma brochura publicada pelo Ministério Federal para Pesquisa e Tecnologia da Alemanha elucida essa questão. “Para enfrentar esses problemas é preciso estratégias políticas que possam ajudar não só a evitar quaisquer outras mudanças causadas pelo homem, mas também a impedir as conseqüências negativas de mudanças globais. Em vista da complexidade dos problemas que nos confrontam, decisões políticas significativas só serão possíveis com base em sólidas descobertas científicas e confiáveis modelos de previsão. Essa parece ser a única maneira de evitar acontecimentos dispendiosos ou até indesejáveis e desastrosos. A divulgação dessas informações é hoje o maior desafio à comunidade científica.”

A ciência já enfrentou desafios tremendos e os têm vencido, pelo menos até certo ponto. Ainda assim, não é fora de propósito perguntar se a ciência pode enfrentar os desafios ímpares que o vindouro século 21 apresenta. Existe base para otimismo?

É com prazer que Despertai! anuncia que abordará essas importantes questões numa série de artigos a partir desta edição. Segue a Parte 1.

[Fotos na página 4]

O que pode a ciência fazer com respeito a poluição, doenças e superpopulação?

[Créditos]

Foto da OMS, por P. Almasy

Foto da OMS, por P. Almasy

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