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  • Ensino em casa − é indicado para você?
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Despertai! — 1993
g93 8/4 pp. 9-12

Ensino em casa — é indicado para você?

“UMA excentricidade que virou movimento nacional.” Foi assim que a revista Time descreveu recentemente o ensino em casa, nos Estados Unidos — uma crescente tendência defendida por pais que crêem que a melhor instrução que a criança pode receber está disponível na sala de sua casa, não na tradicional sala de aula.

Embora ainda tido por alguns como excêntrico ou até revolucionário, o ensino em casa está a cada ano que passa conquistando mais defensores. Os pesquisadores dizem que o número de pessoas que recebem instrução escolar em casa aumentou de umas 15.000, em 1970, para 500.000, em 1990. Alguns dos que advogam o ensino em casa alegam que mais de um milhão de famílias nos Estados Unidos dão instrução escolar aos filhos em casa.

Grupos de apoio a crianças que recebem instrução escolar em casa têm surgido também na Alemanha, Austrália, Canadá, Inglaterra, Japão e Nova Zelândia, o que indica que o interesse no ensino em casa está se espalhando ao redor do globo.

Por que tantos pais decidem instruir seus filhos em casa? Qual é a eficácia do ensino em casa? É uma opção que vale a pena considerar para sua família?

Em sua concepção básica, o ensino em casa não é tão radical como talvez pareça. “O lar, não a escola, era o sistema educacional original”, lembram Raymond e Dorothy Moore em seu livro Home-Spun Schools (Escolas em Casa). “Até o século passado, a maioria das crianças começava a freqüentar a escola aos 12 anos ou com mais idade.”

Celebridades, como George Washington, Abraham Lincoln, Thomas Jefferson, Thomas Edison e Albert Einstein, receberam instrução escolar em casa. De fato, leis de freqüência obrigatória à escola só surgiram nos Estados Unidos em fins do século 19. Assim, segundo Kerri Bennett Williamson, escritora e mãe que dá instrução escolar aos filhos em casa, o ensino em casa é, não um modismo recente, mas “um antigo padrão educacional”. De fato, o ensino em casa era o padrão para a maior parte das pessoas nos tempos bíblicos.

Por que fazem isso

Curiosamente, o jornal National Catholic Reporter calcula que 50 a 90 por cento dos pais, nos EUA, que recorrem ao ensino em casa o fazem por motivos religiosos. Esses pais geralmente estão interessados em proteger os filhos contra o que consideram ser influências ateístas nas escolas. “A espinha dorsal do movimento de ensino em casa é a comunidade cristã fundamentalista, que crê que a religião ou sofre abusos ou é ignorada na sala de aula”, disse a revista Time.

Outros pais tiraram os filhos da escola para protegê-los da exposição a influências imorais prejudiciais em tenra idade. “A situação estava ficando incontrolável devido à imoralidade nas escolas”, disse um cristão que decidiu há vários anos que ele e a esposa dariam instrução escolar aos filhos em casa. “Estávamos preocupados com os nossos filhos e com a situação deplorável na escola.”

Às vezes, os pais optam pelo ensino em casa por razões educacionais, em vez de ideológicas. Estão fartos de salas de aula superlotadas, baixos padrões de ensino e problemas de segurança precária, comuns em muitas escolas. Desapontados com os resultados não raro fracos do ensino institucional, crêem poder ajudar melhor os filhos dando-lhes a atenção personalizada que o ensino em casa possibilita.

Explicando por que alguns preferem o ensino em casa, o livro Home Schools: An Alternative (Escolas em Casa: Uma Alternativa) diz: “Os pais [que dão instrução escolar aos filhos em casa] têm 100% de envolvimento com os filhos . . . Podem dedicar atenção à instrução dos próprios filhos.”

Dá certo?

Os que advogam o ensino em casa dizem que as crianças aprendem melhor em casa porque as lições se relacionam com todos os aspectos do cotidiano da família. “Muitas famílias começam com um compêndio de matemática, mas terminam descobrindo que as lições podem ser aprendidas por meio de experiências do dia-a-dia”, escreve Jane A. Avner em School Library Journal: “Fazer compras e conferir o extrato bancário, por exemplo, pode ajudar os alunos a entender como lidar com dinheiro, ao passo que fazer consertos em casa equivale a um excelente manual do sistema de medidas.”

Quão eficaz se revela o ensino em casa? Certos estudos mostram que as crianças que recebem instrução escolar em casa em geral tiram notas iguais ou superiores à média nacional em exames padronizados de avaliação. Mas esses resultados não provam necessariamente que as crianças que recebem instrução escolar em casa são mais bem instruídas do que as que recebem instrução convencional na escola.

“A evidência atual é inconclusiva”, diz The Home School Manual (Manual da Escola em Casa). “O principal problema em todos esses estudos é que as notas dos exames duma quantidade significativa de crianças que recebem instrução escolar em casa não ficam à disposição do pesquisador.”

“Praticamente não [há] evidência empírica disponível” para provar conclusivamente que o ensino em casa é um método educacional academicamente superior, explica The Home School Manual. “Embora as crianças que recebem instrução em casa geralmente se saiam bem, o programa adequado de pesquisa precisaria mostrar que qualquer diferença não se deve a outros fatores.”

Muitos ainda são cépticos

O ensino em casa não fica sem críticos. Muitas autoridades de ensino mostram-se preocupadas com a qualidade em muitos casos insatisfatória da instrução escolar oferecida em casa. A revista Time diz: “Boas intenções não resultam automaticamente em sólida instrução.”

Por isso, as secretarias de educação às vezes não cooperam, ou chegam até a antagonizar, os pais que notificam seus planos de lecionar aos próprios filhos. Ao passo que algumas secretarias de educação em anos recentes têm procurado cooperar mais de perto com aqueles que recorrem ao ensino em casa, outras autoridades em educação continuam cépticas. Nos Estados Unidos, tanto a Associação Nacional de Diretores de Escolas Primárias como a Associação Nacional de Educação (NEA) posicionaram-se contra o ensino em casa, temendo que alguns pais não sejam habilitados para dar instrução escolar adequada em casa. Segundo a declaração da posição oficial da NEA, “os programas de ensino em casa não são capazes de dar ao estudante uma experiência educacional abrangente”.

Os que defendem o ensino em casa dizem que os pais não precisam ter formação acadêmica para ser bons professores. “Os pais não precisam saber todas as respostas para incentivar os filhos a procurar respostas às suas próprias perguntas”, diz o livro Home Schooling—Answering Questions (Ensino em Casa — Respostas a Suas Perguntas). Os filhos podem ser encaminhados a fontes adequadas de informações. Pais e filhos podem aprender juntos. E, nos campos que requerem instrução avançada ou perícia, podem-se contratar professores particulares por períodos parciais.

Os críticos também alegam que as crianças que recebem instrução escolar em casa ficam demasiado isoladas e privadas da interação normal com outras crianças de sua idade. Novamente, essa é uma conclusão que os defensores do ensino em casa rejeitam completamente. “Essas crianças não são socialmente isoladas”, disse Brian Ray, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas sobre Educação em Casa. “As crianças que recebem instrução em casa geralmente visitam o zoológico ou museus de arte com fins pedagógicos. Brincam na vizinhança como todas as outras crianças. A idéia de que ficam trancadas das oito da manhã às dez da noite simplesmente não é correta.”

É indicado para você?

O ensino em casa requer, “não apenas coragem, mas energia, inventividade e nervos fortes”, diz a revista Christianity Today. Portanto, se estiver cogitando o ensino em casa, pense realisticamente no compromisso envolvido. Será preciso esforço diligente e boa organização para manter-se em dia com os afazeres domésticos e outros deveres familiares, além de proporcionar um programa acadêmico diário para os filhos. “Isso talvez lhe dê tanto trabalho que terá vontade de desistir”, disse Ray. “Exige muito da pessoa.”

A seguir, descubra quais são as leis que regulam o ensino em casa na região em que você mora. Por exemplo, nos Estados Unidos, o ensino em casa está legalizado nos 50 estados, mas os níveis de regulamentação variam muito. Em alguns lugares, para lecionar aos filhos em casa basta informar o supervisor de ensino da localidade e preencher um formulário de uma única página. Em outros estados, o pai ou a mãe tem de ser professor formado para poder lecionar aos filhos em casa. Determine quais são as diretrizes locais a fim de cumprir todos os requisitos legais.

Depois, considere o custo. A compra de materiais didáticos representa um dos maiores desafios no ensino em casa — especialmente se os recursos são limitados. “Você é presa fácil dos fornecedores de materiais pedagógicos”, adverte A Survivor’s Guide to Home Schooling (Guia de Sobrevivência Para o Ensino em Casa).

Ao passo que alguns fornecedores cobram uma modesta taxa, outros programas de ensino em casa custam centenas de dólares. Os exames padronizados, aos quais se exige que as crianças que recebem instrução em casa se submetam anualmente em alguns estados, podem custar até 50 dólares cada um. Ano após ano haverá necessidade de novos livros didáticos, cadernos de exercícios e outros materiais, de modo que é preciso ter um orçamento bem planejado para o ensino em casa.

Naturalmente, nem todos os pais estão dispostos ou têm condições de dedicar o tempo, o esforço e o dinheiro que os especialistas dizem ser necessário para o êxito do ensino em casa. “O ensino em casa não é para todos”, disse uma jovem de 14 anos, que passou a receber instrução em casa aos 7 anos. “É preciso ter as circunstâncias certas, as atitudes certas e os pais certos.” A autodisciplina — do pai ou da mãe e da criança — também pode ser acrescentada à lista. O cristão já mencionado disse que, para que o ensino em casa dê certo, “é preciso ter um forte comprometimento”. E continuou: “O verdadeiro desafio é poder dedicar o tempo para fazer isso e dar prosseguimento.”

Mesmo os defensores ardorosos do ensino em casa admitem que isso às vezes é feito de maneira ineficaz ou até irresponsável. De fato, todo ano ocorrem fracassos no ensino em casa, o que deixa as crianças despreparadas para enfrentar futuros desafios acadêmicos.

Além disso, os pais não se devem enganar, achando que o ensino em casa bastará para proteger os filhos das influências imorais nas escolas. Ninguém tem como resguardar-se completamente do contato com o mundo. Muitos fatores além do ensino escolar formal amoldam o modo de pensar da criança, entre os quais o exemplo dos pais, as companhias, o entretenimento e o estudo tanto pessoal como em família da Bíblia. Sem treinamento diligente em todos esses campos, nenhum sistema educacional será bem-sucedido em criar filhos cristãos.

É verdade que alguns pais constatam que o ensino em casa contribui para o progresso espiritual dos seus filhos. Mas não se deve esquecer que muitos jovens cristãos que freqüentam escolas também fazem excelente progresso espiritual. Em muitos casos, os pais têm bons resultados cooperando de perto com a secretaria de educação da localidade para garantir que seus filhos obtenham instrução de qualidade.

Os pais, que em última análise são responsáveis pela instrução e treinamento adequados dos próprios filhos, é que precisam decidir o tipo de instrução que, em sua opinião, mais beneficiará sua família. Portanto, pesem cuidadosamente todos os fatores antes de decidir se estão em condições de assumir o desafio de dar instrução escolar aos seus filhos em casa.

[Destaque na página 12]

“As crianças devem ter horários como se estivessem na escola.” — C. F. L., pai que deu instrução escolar à filha em casa.

[Fotos na página 10]

Só vocês podem decidir o que é melhor para os filhos — instrução escolar formal ou ensino em casa.

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