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  • g93 22/9 pp. 3-6
  • Solidão — o tormento oculto

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  • Solidão — o tormento oculto
  • Despertai! — 1993
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Despertai! — 1993
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Solidão — o tormento oculto

PODE identificá-los no meio da multidão? Será que ela aparece estampada nas suas faces? Quando o cumprimentam, será que o sorriso deles a encobre? Pode notar se a sentem pela sua maneira de andar, sua postura? Note aquele senhor idoso sentado sozinho no banco do parque ou aquela mulher jovem sozinha no museu de arte — estão eles atormentados pela solidão? Observe as três gerações representadas pela mãe, filha e neta passeando na avenida. Parecem bastante felizes, mas pode ter certeza disso? Considere seus colegas de trabalho. Talvez os conheça como pessoas felizes, com família dedicada e renda suficiente para sustentá-la confortavelmente. Todavia, poderia ser que um deles realmente dissesse: “Sinto solidão”? E quais são as possibilidades de aquela feliz e vibrante adolescente sentir solidão? As respostas a essas perguntas talvez o surpreendam.

“Solitário” é definido pelo Webster’s Ninth New Collegiate Dictionary como “[estado caracterizado por] um sentimento de desconsolo ou desolação”. É um sentimento de que falta algo, de um vazio interior, e nem sempre é discernível na aparência exterior de alguém. Diz certa pesquisadora: “Em nossa sociedade, a solidão é um segredo que guardamos — às vezes de nós mesmos. A solidão carrega um estigma. Existe a pressuposição de que se você sente solidão, a culpa tem de ser sua. Se não fosse assim, você certamente teria muitos amigos, certo?” Às vezes isto pode ser verdade, especialmente se esperamos ou exigimos dos outros mais do que é razoável.

Mulheres solitárias

Os especialistas parecem concordar que as mulheres — especialmente as casadas — de todas as idades, esperam mais da vida do que os homens. Compreensivelmente, viúvas, divorciadas e solteiras de mais idade às vezes sentem solidão. Mas que dizer de aparentemente felizes mulheres casadas que têm família? Considere, por exemplo, este lamento de uma professora de 40 anos: “Não tenho tempo para os amigos; sinto muita falta disso. Mas nem para dizer isso me sinto à vontade. Como posso me queixar de solidão . . . ? Afinal, tenho um casamento maravilhoso, filhos magníficos, um belo lar, um emprego que eu gosto. Orgulho-me do que consegui. Mas falta algo.”

Embora as mulheres talvez realmente amem seus maridos e lhes sejam devotadas e recebam deles um tratamento similar, esse amor não necessariamente preenche todas as suas necessidades de companheirismo. A professora acima citada explica: “Embora meu marido seja meu melhor amigo, isso não compensa o fato de eu não ter boas amigas. Os homens talvez ouçam, mas as mulheres escutam. Meu marido não deseja saber quão esmagada me sinto. Ele deseja agir rápido e resolver o problema. Mas minhas amigas me permitirão falar a respeito do problema. E, às vezes, simplesmente tenho necessidade de falar.”

Quando a mulher perde um ente querido na morte ou por causa de divórcio, seu baque emocional pode ser muito grande. Instala-se a solidão. A viúva ou divorciada aflita precisa não apenas recorrer à sua família e aos amigos em busca de apoio mas precisa também se voltar para dentro de si em busca de suas próprias forças para se ajustar à nova realidade. Ainda que a perda será sempre parte de sua vida, ela tem de se dar conta de que não pode permitir que isso vire um obstáculo para levar avante a sua vida. Especialistas descobriram que os que têm uma personalidade mais forte não raro vencem a solidão mais depressa do que outros.

Há uma diferença de opinião quanto a quem sofre mais — a pessoa enviuvada ou a divorciada. A revista 50 Plus publicou: “Sempre que convidamos divorciados para os nossos grupos de apoio aos enviuvados, os dois lados se agitam discutindo sobre qual deles sofre a maior dor. A pessoa enviuvada diz: ‘Ah! mas pelo menos seu cônjuge está vivo’, ao passo que a divorciada diz: ‘Ah! mas você não foi pessoalmente rejeitado como eu fui. Você não tem a sensação de fracasso.’”

Homens solitários

Quando se trata de solidão, os homens não se podem jactar de serem os mais fortes dos dois sexos. “Os homens tratam das coisas de maneira mais física do que emocional”, disse Anne Studner, especialista do programa para os Serviços em Favor de Pessoas Enviuvadas da AARP (Associação Americana de Pessoas Aposentadas). “As mulheres repetem a história 10 trilhões de vezes, mas os homens tentam substituir suas esposas em vez de tratar da aflição.” Conselheiros masculinos talvez gastem tempo considerável com homens enlutados antes de estes começarem lentamente a comentar seus sentimentos emocionais.

Os especialistas descobriram que, diferente das mulheres, os homens buscam a companhia de uma mulher para fazer confidências, em vez de a de um homem. O Dr. Ladd Wheeler, especialista em solidão na Universidade de Rochester, revela que os homens não confiam um no outro suficientemente a fundo para se sentirem emocionalmente ligados. “A necessidade de escapar de um esmagador isolamento emocional depois da perda da esposa, e o subseqüente contato com uma amiga, talvez também ajude a explicar por que os homens via de regra se casam de novo muito mais depressa após se enviuvarem ou se divorciarem.” — Revista 50 Plus.

Os jovens solitários

Há muitas razões pelas quais crianças e jovens adultos se tornam solitários — muitas vezes similares às que afetam as pessoas de mais idade. Mudar-se para um novo lugar e deixar os amigos para trás; não ser benquisto pelos colegas numa nova escola; formação religiosa e étnica; divórcio na família; o sentimento de não ser amado pelos pais; ser rejeitado por membros do sexo oposto — tais coisas se avultam como fatores contribuintes para a solidão.

Os bem jovens precisam de alguém com quem partilhar suas brincadeiras. Necessitam de apoio emocional e compreensão. Necessitam de afeto e reafirmação de seu próprio valor. Têm de saber que outros serão leais e fidedignos. Quando são amados, sentem-se seguros e aprendem também a mostrar amor a outros. Esses apoios sociais podem vir de diferentes fontes — família, colegas, e até mesmo animais de estimação.

Estudantes de ambos os sexos, das primeiras séries do primário à universidade, muitas vezes sofrem o mesmo grau de solidão, não raro causada pela rejeição da parte de seus colegas. “Sinto-me mal porque estou sozinha e não converso com ninguém”, lamentou uma estudante de 2.º grau. “Simplesmente escuto o professor, faço minha lição de casa, e é só.” Quando tenho tempo livre, simplesmente fico sentada desenhando ou fazendo outra coisa. Todos conversam, mas ninguém fala comigo. . . . Eu sei que não posso me isolar para sempre. Mas por ora é só isso o que posso fazer.”

Mas a culpa nem sempre pode ser corretamente atribuída à atitude arredia ou esnobe de outros. A pessoa talvez tenha dificuldades comportamentais ou sociais, tais como ser extremamente acanhada, temperamental, excessivamente impulsiva e tendo dificuldades em se dar bem com seus colegas. Uma deficiência física pode também desempenhar um papel devastador em levar jovens de todas as idades a sofrer de solidão, a menos que estes sejam fortes e extrovertidos.

A necessidade de ajudar a si mesmo

A educadora em saúde Dolores Delcoma, da Universidade Fullerton do Estado da Califórnia, apontou com precisão uma verdade-chave ao comentar sobre a tentativa da pessoa de combater a solidão: “O esforço deve partir de dentro dela. Ela por fim tem de se conscientizar de seu problema, pois, não importa o quanto as pessoas tentem ajudar, a única pessoa que pode ajudá-la a sair do casulo é ela mesma.”

Os que dificultam o ajuste para si mesmos são identificados pelo Dr. Warren Jones como personalidades inclinadas à solidão: “Essas pessoas inadvertidamente fazem coisas que as impedem de sentir-se achegadas a outros. Algumas não sabem escutar, monopolizando a conversação. Tendem a ser mais críticas dos outros e de si mesmas; pouco perguntam e, não raro, arruínam uma amizade por dizerem coisas grosseiras ou desagradáveis.”

Além desses, que basicamente carecem de auto-estima, há aqueles que carecem da necessária habilidade social para se relacionar com outros. Sobre estes, a terapeuta Evelyn Moschetta diz: “Pessoas solitárias não se sentem muito bem consigo mesmas. Prevendo a rejeição, não procuram se achegar a outros.”

Contrário à sabedoria convencional, porém, os pesquisadores descobriram que mulheres e homens idosos sofrem menos de solidão do que os jovens. Eles não sabem bem ao certo por quê. Descobriram também que quando a solidão acomete um idoso, deve-se mais à falta de amigos do que à falta de um parente próximo. “Não que as relações familiares sejam desimportantes para os idosos. Eles recorrem à família em busca de assistência. Mas eles podem ter muitas famílias para ajudá-los, e, mesmo assim, se sentirem terrivelmente solitários se não tiverem amigos.”

A necessidade de amigos íntimos

Para pessoas de todas as idades, amigos íntimos às vezes preenchem uma necessidade além daquela que a família e os parentes podem suprir. As pessoas necessitam de um amigo, um amigo íntimo, alguém a quem possam confidenciar e se abrir sem temerem ser feridos. Sem um amigo assim, a solidão pode aumentar. É sobre um amigo assim que o ensaísta americano Ralph Waldo Emerson escreveu: ‘Amigo é aquele perante quem eu posso pensar em voz alta.’ Tal pessoa é um confidente a quem você pode se abrir completamente sem temer que ela traia a sua confiança e sem a preocupação de que as suas confidências possam ser usadas para desmerecê-lo ou fazer com que outros riam de você. Alguns a quem você talvez considerasse companheiros leais talvez nem sempre tenham vivido à altura de sua confiança, mas existe “um amigo” que ‘não revela a palestra confidencial de outrem’, “que se apega mais do que um irmão”. — Provérbios 18:24; 25:9.

Há os que gostam de aparentar ser durões e não precisar de ninguém. Afirmam ser independentes e auto-suficientes. Não obstante, não raro se juntam em grupos de chamados durões. Jovens se organizam em clubes, constroem sedes, formam gangues; jovens um pouco mais velhos têm gangues de motoqueiros; criminosos têm capangas que não os delatam; os que têm problemas com a bebida se associam com os Alcoólicos Anônimos; os que lutam com a obesidade juntam-se aos Vigilantes do Peso. As pessoas são gregárias; elas se agrupam em busca de apoio. Mesmo na sua desgraça, elas amam ter companhia. E unanimemente odeiam a solidão. O que se pode fazer a respeito da solidão?

[Destaque na página 5]

“Pessoas solitárias não se sentem muito bem consigo mesmas”

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