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  • g94 8/7 pp. 17-19
  • A visita anual das tartarugas-de-couro gigantes

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  • A visita anual das tartarugas-de-couro gigantes
  • Despertai! — 1994
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g94 8/7 pp. 17-19

A visita anual das tartarugas-de-couro gigantes

DO CORRESPONDENTE DE DESPERTAI! NA MALAÍSIA

É QUASE meia-noite. A lua cheia lança um suave brilho dourado sobre o mar pacífico e calmo. Na praia, em Rantau Abang, há grupos de pessoas, algumas em pé, outras acocoradas ou sentadas na areia fresca e fina. O que estão fazendo aqui a essa hora? Estão pacientemente esperando a visita de uma enorme carapaça equipada com quatro nadadeiras: a tartaruga-de-couro gigante.

Estes misteriosos visitantes anfíbios trouxeram fama internacional a essa praia, em outros aspectos ignorada. Rantau Abang fica na costa leste da Malaísia Peninsular, logo ao norte de Dungun e a uns 400 quilômetros acima de Cingapura. É um dos poucos lugares no mundo que as tartarugas-de-couro visitam anualmente numa missão nobre.

Aqui a época da postura vai aproximadamente de maio a setembro. Em junho, julho e agosto, os meses de maior atividade, é bem fácil observar o processo da postura. Em geral, as tartarugas começam a sair da água depois do escurecer. Terão os visitantes de toda a Malaísia, de Cingapura e do Ocidente esperado em vão?

Saem do mar!

De repente se vê na água tremeluzente, não muito longe da praia, a silhueta de algo que sobe e desce ao sabor das ondas. A multidão fica empolgada! Ao se aproximar cada vez mais da praia, um objeto em forma de cúpula começa a sair da água. É uma tartaruga chegando à praia! Os poucos guias presentes advertem todos de que observem com o máximo de silêncio possível, para que o barulho não a assuste.

Primeiro sai a cabeça, daí o pescoço, em seguida a parte da frente da carapaça e as nadadeiras anteriores, até que a tartaruga inteira fica exposta na praia. A maré suave banha-lhe a cauda e as nadadeiras posteriores. Que criatura gigante: uns dois metros ou mais do bico à ponta da cauda! Ali, na praia, ela fica imóvel.

Abruptamente, a tartaruga ergue-se com as nadadeiras anteriores e lança o corpo para frente, fazendo um ruído surdo ao cair na areia. Fica imóvel por uns momentos, como se quisesse recobrar o fôlego e as forças para erguer-se e lançar-se para frente de novo. É assim que ela se locomove em terra. A multidão nos dois lados dela é mantida à distância. Os guias são muito rigorosos nisso. A cada avanço da tartaruga, a multidão também avança — mas com todo o silêncio.

A tartaruga-de-couro conhece instintivamente seu destino ao se arrastar pesadamente na praia. Seu conhecimento programado permite-lhe encontrar um lugar em que os ovos tenham todas as condições favoráveis para a eclosão bem-sucedida. Ali ela começa a cavar um buraco. As nadadeiras posteriores transformam-se em pás que vão escavando a areia.

Após o que parece ser um longo tempo, um dos guias, que também é coletor de ovos autorizado, aproxima-se e enfia a mão no buraco, que é tão fundo que o cotovelo desaparece lá dentro. Todos prendem a respiração de surpresa e empolgação enquanto ele retira o braço do buraco. Ele tira um ovo!

O ovo da tartaruga-de-couro é branco fosco. Varia do tamanho de uma bola de pingue-pongue ao de uma bola de tênis. Os últimos numa ninhada são geralmente pequenos como bolas de gude. A casca, diferente da dos ovos de aves, na verdade é uma película resistente que afunda facilmente quando pressionada. É curioso que a clara do ovo (albúmen) permanece líquida mesmo quando cozida. O sabor, pelo que dizem, é um tanto forte e lembra o de peixe. A tartaruga põe em média 85 ovos por vez. Mas relatou-se um ninho com o recorde de 140 ovos, em 1967.

Agora a multidão pode tomar maiores liberdades. Alguns timidamente tocam e examinam a tartaruga. Outros sobem nela ou se encostam nela para fazer pose e tirar fotos para o álbum de família. Olhando-se a tartaruga mais de perto, nota-se um muco grosso e translúcido escorrendo dos olhos, cheio de grãos de areia. Parece que a mudança da água para o ar causa isso. Vez por outra, a tartaruga abre a boca para respirar, emitindo um som que lembra um rugido.

Enterrando os ovos

Depois de um bom tempo, a tartaruga-de-couro passa a recolocar a areia no buraco movendo as nadadeiras posteriores. Assim que o buraco fica cheio, ela dá uma forte guinada em meio círculo nas nadadeiras posteriores. É areia para todo lado! A multidão se afasta rápido para proteger o rosto e o corpo. As nadadeiras continuam varrendo a areia por bastante tempo. Quanta energia e força! Quando as nadadeiras finalmente param, a multidão não vê nem sequer um vestígio do buraco que a tartaruga-de-couro cavou. Sabedoria instintiva mesmo! Mas como é infinitamente maior a sabedoria do Criador dessa tartaruga!

Antes de a tartaruga-de-couro regressar ao mar, um coletor de ovos autorizado marca-a numa das nadadeiras anteriores. Isso é feito para que suas próximas visitas em terra firme e seus movimentos em alto-mar possam ser monitorados. Nas épocas de postura, ela nidifica de seis a nove vezes, com um intervalo de 9 a 14 dias entre as nidificações.

De repente, a tartaruga-de-couro ergue-se e joga-se para frente. Dá meia-volta e põe-se a caminho do mar, arrastando-se ainda com dificuldade, mas comparativamente mais rápido do que ao chegar. Quando ela toca na água, a cabeça desaparece, depois a carapaça. Por fim, sai da vista. Algum tempo depois, quando a cabeça emerge, a tartaruga já está bem longe. Ela nada rápido em alto-mar, com a ponta do bico refletindo o luar. Como é ágil e veloz na água! Bem diferente de quando se arrasta desajeitada e lentamente em terra.

Esforços de preservação

Como no caso de crescentes números de outras espécies de animais, as tartarugas-de-couro estão ameaçadas de extinção em virtude dos estragos causados pela poluição ambiental e pela ganância humana. Em meados da década de 70, centenas de tartarugas não plenamente amadurecidas foram achadas na praia no estado vizinho de Pahang — mortas! E os ovos das tartarugas são inescrupulosamente coletados para satisfazer o paladar exótico.

Felizmente para essas tartarugas, a profunda preocupação, na Malaísia, pelo seu número em declínio, fez com que se promulgasse a Lei da Tartaruga, em 1951. Proibiu-se a coleta privada de ovos. No entanto, indivíduos mercenários desafiam essa lei, já que os lucros são uma tentação e tanto. Mesmo assim, os esforços de preservação não são em vão.

Na praia de Rantau Abang é uma alegria ver carreiras de plaquinhas enfiadas na areia. Cada uma marca o lugar onde se acha enterrado um pequeno lote de ovos de tartaruga-de-couro. As plaquinhas indicam a quantidade de ovos, a data da postura e um código numérico que identifica a ninhada original. Uns 45 dias depois da postura coloca-se uma rede de arame em volta de cada plaquinha para evitar que os filhotes escapem. O período de incubação varia de 52 a 61 dias. À medida que os filhotes saem, em geral à noite, depois do pôr-do-sol, registra-se o total produzido em cada buraco. Daí, eles são colocados em recipientes e mais tarde soltos à beira do mar.

O programa de preservação já teve êxito em produzir milhares de filhotes e lançá-los a seu lar aquático. Mas o baixo índice de sobrevivência, bem como o número declinante de tartarugas-de-couro que vêm a Rantau Abang, ainda preocupa.

[Fotos na página 18]

A tartaruga-de-couro, com um metro e oitenta centímetros da cabeça à cauda, põe dezenas de ovos. Umas oito semanas depois os filhotes saem

[Créditos]

C. Allen Morgan/ Peter Arnold

David Harvey/SUPERSTOCK

Tartaruga-de-couro Lydekker

[Crédito da foto na página 17]

C. Allen Morgan/Peter Arnold

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