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  • Quando os raptores são os pais

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  • Quando os raptores são os pais
  • Despertai! — 1995
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g95 8/2 pp. 6-8

Quando os raptores são os pais

DEPOIS de sofrer durante anos espancamentos violentos e graves abusos emocionais da parte do marido, e por fim ser trocada por outra mulher, Cheryl pediu o divórcio.a Com a plena guarda das crianças concedida a ela pelos tribunais, a tranqüilidade lentamente voltava a reinar, à medida que ela reconstruía a sua vida — até que certo dia tocou o telefone. Era seu ex-marido. Ele disse: “Se quiser rever seus filhos, você tem de se casar de novo comigo!” Proibidos de retornar à mãe deles, após uma visita de um mês ao pai no seu país de origem, os filhos de Cheryl foram raptados.

Arrasada, Cheryl recorreu ao Departamento de Estado americano, mas não encontrou meios legais de recuperar os filhos no outro país. Os sentimentos de total desamparo, que ela havia experimentado durante anos de espancamento, retornaram. “É quase a mesma coisa”, explica ela. “Não se sabe como parar isso.”

“Violência psicológica”

O rapto realizado por um dos cônjuges é chamado de “supremo ato de violência psicológica” perpetrado contra o outro cônjuge e contra a criança. Carolyn Zogg, diretora executiva da Child Find of America, Inc., disse a respeito de tais raptores: “Muitos pais fazem isso por vingança, e se vingam da pior maneira possível, e na área mais vulnerável. É a área mais próxima [do pai ou da mãe que tem a guarda] — suas jóias, seus filhos. . . . Não pensam na criança, mas apenas em si mesmos e na vingança — no acerto de contas, na desforra.”

O rapto de uma criança não apenas sujeita o pai ou a mãe a sentimentos de ira, perda, desamparo e ansiedade, mas quase sempre há certo grau de prejuízo ao bem-estar emocional da criança. Em alguns casos a criança é obrigada a viver como fugitiva, evitando vínculos íntimos e ouvindo distorções e mentiras a respeito do pai ou da mãe. Essa experiência pode produzir uma série de distúrbios, tais como urinar na cama, insônia, apego exagerado a alguém, medo de janelas e portas e extremo pavor. Mesmo em crianças mais velhas, isso pode produzir pesar e fúria.

Nos Estados Unidos, ocorrem mais de 350 mil casos por ano em que um pai ou uma mãe se apossa da criança violando uma ordem de guarda, ou não a devolve no prazo estipulado. Em mais de 100 mil desses casos, a criança é escondida por um membro da família com a intenção de mantê-la permanentemente afastada do pai ou da mãe. Algumas são levadas para fora do estado, ou mesmo para fora do país.

Outras razões

É sempre o desejo de reconciliação ou um espírito de vingança que motiva os pais a raptar os filhos? Michael Knipfing, da Child Find, explica que alguns pais temem perder a batalha pela guarda com o ex-cônjuge e que, “compelidos pelo temor, eles tentam adquirir o direito de preferência”. Ou, se a guarda tiver sido determinada, e um dos pais negar persistentemente ao outro os direitos de visita, instala-se a frustração. Explica Knipfing: “Se você ama seu filho e o direito de vê-lo lhe é negado, você tende a pensar que não tem outra alternativa senão agarrar a criança e fugir.”

Ele diz também que ‘a maioria das pessoas não se apercebe das implicações de raptar uma criança. Não se dão conta de que terão dificuldades em arranjar emprego. Emitem-se mandados de prisão contra elas. Elas pensam que o problema é simplesmente entre elas e o ex-cônjuge. Não se apercebem de que há o envolvimento da polícia. Vão precisar de dois advogados em vez de um só, porque agora vão ter de lidar com uma acusação criminal e um problema civil, ou seja, quem vai ganhar a guarda da criança’.

Alguns cônjuges talvez suspeitem que a criança esteja sendo prejudicada pelo outro cônjuge. Se a justiça for lenta, o cônjuge desesperado talvez aja apesar das conseqüências. Foi assim no caso de Hilary Morgan, de cinco anos. Um psiquiatra infantil recomendou que as visitas entre Hilary e seu pai cessassem, qualificando de “clara e convincente” a evidência de abuso. Os tribunais, contudo, decidiram pela não comprovação do abuso, e determinaram visitas não supervisionadas. A Dra. Elizabeth Morgan, mãe de Hilary, desobedecendo ao tribunal, escondeu a filha. Há muita compreensão do público em favor de um pai ou de uma mãe que rapta uma criança e foge em busca de proteção.

No caso de Elizabeth Morgan, ela foi impedida de exercer sua profissão de cirurgiã, passou mais de dois anos na prisão e incorreu numa dívida médica e jurídica de mais de 1,5 milhão de dólares. Ela explicou à revista U.S.News & World Report: “Os especialistas me dizem que a minha filha estaria agora permanentemente insana se eu não tivesse acabado com o abuso. . . . Tive de cumprir a tarefa que o tribunal se recusou a cumprir: salvar a minha filha.”

Realmente correta é a observação feita pelos pesquisadores Greif e Hegar a respeito de raptos realizados por pais: “São eventos extraordinariamente complexos que, como um reservatório profundo de água, parece ligeiramente diferente dependendo do ângulo; toda vez que se olha para a água vê-se algo novo.” —When Parents Kidnap—The Families Behind the Headlines.

Além das que são raptadas por um dos pais, ou por um estranho, há milhões de outras crianças desaparecidas em todo o mundo — as rejeitadas e as fugitivas. Quem são elas, e o que lhes acontece?

[Nota(s) de rodapé]

a O nome foi mudado.

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