Observando o Mundo
Tuberculose é “emergência global”
A tuberculose mata anualmente mais adultos do que a Aids, a malária e as doenças tropicais juntas, declara a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em todo mundo, a doença infecta uma pessoa a cada segundo. O bacilo propaga-se pela tosse ou pelo espirro. A OMS acredita que, nos próximos dez anos, a doença acometerá 300 milhões de pessoas e fará 30 milhões de vítimas fatais. Ainda pior: a tuberculose pode se tornar incurável por causa do surgimento de cepas que resistem aos medicamentos. Segundo a OMS, “só de 5% a 10% das pessoas infectadas adoecem realmente porque o sistema imunológico suprime os organismos que causam a tuberculose”. No entanto, a pandemia é tão grave que a OMS a chamou de “emergência global”, a primeira declaração do tipo na história da OMS.
A segunda maior “indústria” do mundo
Com uma renda anual de US$ 400 bilhões, o narcotráfico prospera, declara A Saúde do Mundo, revista da Organização Mundial da Saúde. Isso faz dele a “indústria” de maior crescimento no mundo. Também é a segunda maior indústria do mundo — atrás do comércio de armamentos, mas à frente do petróleo. Durante os últimos 30 anos, a disponibilidade das drogas aumentou em seis vezes. O uso de substâncias legais, como solventes, medicamentos que só podem ser vendidos com receita médica e o álcool está aumentando num ritmo semelhante.
O perigo da música barulhenta
Os concertos de rock podem causar perda auditiva permanente, informa a revista New Scientist. Especialista em audição, o francês Christian Meyer-Bisch estudou 1.364 pessoas entre 14 e 40 anos e descobriu que uma grande porcentagem das que vão a concertos sofre de perda temporária da audição. Meyer-Bisch alerta que, por causa da popularidade dos concertos de rock, os efeitos prejudiciais “não são mais um problema de natureza pessoal, mas uma questão de saúde pública”.
Escavações à procura de Sodoma e Gomorra
Arqueólogos suecos afirmam ter encontrado as antigas cidades de Sodoma e Gomorra. Em cooperação com o Departamento de Antiguidades de Amã, os cientistas fizeram a descoberta em El Lisan, ao leste do mar Morto, na Jordânia. O jornal sueco Östgöta-Correspondenten explica que é surpreendente que se encontrassem restos de construções destruídas uns 1.900 anos antes de Cristo. Os arqueólogos estão convencidos de que encontraram Sodoma e Gomorra. Depois de analisarem objetos de cerâmica, muros, sepulcros e artefatos de pederneira, sua conclusão foi de que as cidades foram destruídas por um desastre natural. A Bíblia, no entanto, explica que o próprio Deus destruiu as cidades por causa da gritante imoralidade existente ali.
Nova hidrovia
“Turistas de todo o mundo enfrentam o calor”, informa a revista The Economist, para observar a abundante vida selvagem do Pantanal. Acredita-se que a região receberá ainda mais visitantes graças a uma nova hidrovia, que ligará os rios Paraná e Paraguai. A hidrovia se estenderá por 3.540 quilômetros em direção ao sul, a partir de Cáceres, cidade brasileira, ao rio do Prata, na Argentina. Em vez de usar milhares de quilômetros de estradas ruins, o Brasil, a Argentina, o Paraguai, o Uruguai e a Bolívia, que não tem acesso ao mar, esperam transportar cargas como soja, algodão e grãos, além de minério de ferro, cal e manganês para os mercados estrangeiros em menos tempo pela hidrovia. A revista acrescenta: “Os responsáveis pelo projeto vêem-na como o Mississippi sul-americano, transportando mercadorias no coração da metade de um continente em vias de ter uma explosão de crescimento.”
Algumas pessoas que não vão à Igreja ainda rezam em particular
Segundo o The Sydney Morning Herald, a Austrália é considerada uma sociedade secularizada em que a presença nas igrejas vem caindo ano após ano, atingindo baixas recordes. Um estudo recente, porém, revelou que alguns australianos ainda rezam em particular. A pesquisa mostra que 1 em cada 5 adultos reza pelo menos uma vez por dia e que 11% rezam pelo menos uma vez por semana. Numa reportagem sobre a religião na década de 90, a Associação Cristã de Pesquisa explica que, enquanto a presença à igreja vem minguando assustadoramente, “muitas pessoas ainda têm uma dimensão espiritual na vida”, diz o The Herald.
Batismo à venda
A Igreja Luterana Sueca goza de uma relação privilegiada com o Estado há mais 300 anos. Recentemente, porém, as autoridades da Igreja anunciaram que em 1.º de janeiro do ano 2000, esse relacionamento estará praticamente encerrado. Faz séculos que todos os suecos são automaticamente afiliados à Igreja ao nascerem. Desde o início de 1996, porém, a afiliação à Igreja passou a basear-se no batismo. O jornal Dagens Industri informa que o arcebispo está anunciando um programa agressivo de marketing, que incluirá visitas de clérigos às casas dos leigos para ‘vender o batismo’. Segundo reportagem, uma clériga de Estocolmo está trabalhando numa “enérgica campanha de vendas”, em que “um de seus best-sellers é o batismo”. A revista Må Bra informa que uma paróquia dará a cada bebê trazido para o batismo uma caderneta bancária com um depósito de 100 coroas suecas (US$ 15).
Mulheres no trabalho
Segundo o Jornal da Tarde, nos últimos dez anos a “contratação de mulheres para altos escalões cresceu 400%”. Mas o aumento das responsabilidades pode custar caro. “O mercado de trabalho predominantemente masculino e extremamente competitivo cobra da mulher o dobro em desempenho profissional”, diz a psicóloga Vera Braccio, numa citação da revista Claudia. “Parece que, para ter direito à carreira, a mulher precisa antes garantir à família que não vai abrir mão de nenhuma de suas tarefas.” Quanto a doenças cardíacas nas mulheres, a revista cita o alerta da cardiologista Yeda Jatene Bosisio: “As pessoas têm limites e isso não significa incompetência. O ideal é fazer o melhor como profissional, como mãe, como mulher e não querer ser a melhor em tudo.”
Cai a moral na TV
Os telespectadores são mais complacentes com o sexo e a nudez na TV do que há dez anos, informa o jornal Independent, de Londres. Segundo uma pesquisa para a British Broadcasting Corporation, mais mulheres de meia idade toleram o sexo e a nudez na TV. Cerca de 41% das mulheres de mais idade também já não acham este tipo de programa de TV objetável. Entre os jovens, cerca de 75% toleram linguagem de baixo calão, comparados com 69% de uma década atrás. A maior mudança de atitude tem sido em relação ao homossexualismo. Quarenta por cento das mulheres com mais de 55 anos, 56% dos homens entre 35 e 55 anos e 70% dos homens entre 18 e 34 anos acham que retratar o estilo de vida homossexual na televisão é inofensivo — um aumento de 20% nos últimos dez anos.
Bispo questiona a sabedoria da Bíblia
Falando em um seminário na Índia sobre “leis que governam o casamento e o divórcio entre os cristãos”, o bispo nestoriano Poulose Mar Poulose declarou que não se pode recorrer à Bíblia como código de ética. Conforme reportagem do Indian Express, ele disse que insistir que o ensino bíblico sobre o divórcio é irrevogável é negar o progresso que o homem moderno fez no seu entendimento da relação entre marido e mulher. Segundo o Express, o bispo citou um erudito hindu como dizendo que cada texto tem dois lados, um temporário e perecível, que pertence às idéias das pessoas do período e do país em que foi escrito, e outro eterno e imperecível, válido para todas as eras e países. “Na Bíblia”, disse o bispo, “precisamos distinguir entre o cerne e a casca. Devemos diferenciar entre a verdade permanente e o preconceito cultural . . . e decidir a direção de nossa própria vida”.