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  • De palavras que ferem a palavras que curam
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Despertai! — 1996
g96 22/10 pp. 8-11

De palavras que ferem a palavras que curam

“Morte e vida estão no poder da língua.” — PROVÉRBIOS 18:21.

A INJÚRIA — insulto deliberado, linguagem ultrajante — a Bíblia a condena claramente. Na Lei mosaica, quem injuriasse os pais poderia incorrer na pena de morte. (Êxodo 21:17) Portanto, Jeová Deus não acha que esse assunto seja de somenos importância. A sua Palavra, a Bíblia, não apóia a idéia de que o que acontece ‘atrás de portas fechadas’ pouco importa, contanto que a pessoa afirme servir a Deus. A Bíblia diz: “Se algum homem achar que é adorador formal, contudo não refrear a sua língua, mas prosseguir enganando seu próprio coração, a forma de adoração de tal homem é fútil.” (Tiago 1:26; Salmo 15:1, 3) Portanto, se um homem abusa verbalmente de sua esposa, todas as suas possíveis obras cristãs de nada valem aos olhos de Deus.a — 1 Coríntios 13:1-3.

Ademais, o cristão injurioso está sujeito a ser expulso da congregação. Poderá até perder as bênçãos do Reino de Deus. (1 Coríntios 5:11; 6:9, 10) Obviamente, quem é cruel em palavras precisa fazer uma mudança drástica. Mas, como?

Revelando o problema

É evidente que o injuriador não mudará, a menos que entenda claramente que seu problema é sério. Infelizmente, como disse certa conselheira, muitos homens que usam linguagem ultrajante “absolutamente não acham que o seu comportamento seja ultrajante. Para eles, tais ações são inteiramente normais, e a maneira ‘natural’ de maridos e esposas se relacionarem”. Assim, muitos não vêem a necessidade de mudar, até que a situação lhes seja claramente exposta.

Muitas vezes, depois de avaliar com oração a sua situação, a esposa sente-se compelida a desabafar — para seu próprio bem-estar e dos filhos, e por preocupação com a relação do marido com Deus. Sempre existe a possibilidade de que um desabafo piore as coisas, e que as palavras dela sejam fortemente rechaçadas, é verdade. Talvez a esposa possa contornar isso pensando bem em como vai apresentar a questão. “Como maçãs de ouro em esculturas de prata é a palavra falada no tempo certo para ela”, diz a Bíblia. (Provérbios 25:11) Uma aproximação branda, porém firme, num momento calmo, pode tocar o coração dele. — Provérbios 15:1.

Em vez de fazer acusações, a esposa deve tentar falar sobre como os agravos a afetam. Usar “eu” em vez de “você” geralmente funciona melhor. Por exemplo, ‘eu me sinto magoada porque . . .’, ou, ‘eu me sinto arrasada quando você me diz que . . .’ Declarações assim mais provavelmente tocam o coração, pois atacam o problema, não a pessoa. — Note Gênesis 27:46-28:1.

A intervenção firme, porém diplomática, da esposa pode dar bons resultados. (Salmo 141:5) Um homem a quem chamaremos de Steven constatou isso. “Minha esposa viu em mim o injuriador que eu não via, e teve o brio de trazê-lo à tona”, diz ele.

Em busca de ajuda

Mas, o que a esposa pode fazer se o marido não reconhece o problema? Nesse caso, algumas mulheres buscam ajuda de fora. Em tempos de tais aflições, as Testemunhas de Jeová podem contatar os anciãos de sua congregação. A Bíblia insta esses homens a serem amorosos e bondosos no pastoreio do rebanho espiritual de Deus e, ao mesmo tempo, a “repreender os que contradizem” o ensino sadio da Palavra de Deus. (Tito 1:9; 1 Pedro 5:1-3) Embora não devam meter-se nos assuntos pessoais dos casais, é próprio que os anciãos se preocupem quando a linguagem dura de um cônjuge aflige o outro. (Provérbios 21:13) Aderindo aos padrões bíblicos, esses homens não desculpam nem minimizam a linguagem ultrajante.b

Os anciãos talvez consigam facilitar a comunicação entre o marido e a esposa. Por exemplo, certo ancião foi procurado por uma mulher que lhe falou a respeito de anos de agressão verbal por parte do marido, um co-adorador. O ancião providenciou uma reunião com os dois. Pediu que cada qual ouvisse o outro, sem interromper. Na vez da esposa, ela disse que não suportava mais a ira explosiva do marido. Ela explicou que, por anos, todos os dias, ela sentia um nó no estômago, nunca sabendo se ele estaria irado, ou não, ao cruzar a porta no fim do dia. Quando explodia, ele dizia coisas degradantes a respeito da família e dos amigos da esposa, e a respeito dela mesma.

O ancião pediu que a esposa explicasse os efeitos das palavras do marido sobre ela. “Eu me sentia como se fosse uma pessoa má, que ninguém poderia amar”, respondeu. “Às vezes eu perguntava a minha mãe: ‘Mãe, eu sou uma pessoa com quem é difícil conviver? É impossível alguém me amar?’” Enquanto a esposa explicava como as palavras dele a faziam sentir, o marido começou a chorar. Pela primeira vez, ele viu a profundidade dos ferimentos que as suas palavras causavam na esposa.

Você pode mudar

Alguns cristãos, no primeiro século, tinham problemas com a linguagem ultrajante. O apóstolo cristão Paulo admoestou-os a largar “o furor, a ira, a maldade, a linguagem ultrajante e a conversa obscena”. (Colossenses 3:8) A linguagem dura, porém, é mais um problema do coração do que da língua. (Lucas 6:45) É por isso que Paulo acrescentou: “Desnudai-vos da velha personalidade com as suas práticas e revesti-vos da nova personalidade.” (Colossenses 3:9, 10) Portanto, mudar envolve não apenas falar diferente, mas também sentir diferente.

O marido que usa linguagem injuriosa pode precisar de ajuda para determinar exatamente o que o motiva a agir assim.c Devia desejar ter a atitude do salmista: “Esquadrinha-me, ó Deus, e conhece meu coração. Examina-me e conhece meus pensamentos inquietantes, e vê se há em mim qualquer caminho penoso.” (Salmo 139:23, 24) Por exemplo: por que acha necessário dominar, ou controlar, a esposa? O que desencadeia o ataque verbal? São os seus ataques um sintoma de ressentimento mais profundo? (Provérbios 15:18) Sofre ele de sentimentos de inutilidade, talvez resultantes de uma criação marcada por linguagem crítica? Tais perguntas podem ajudar o homem a descobrir as raízes de seu comportamento.

É difícil, porém, eliminar a linguagem ultrajante, em especial se tiver sido inculcada por pais de linguagem ferina, ou por uma cultura que promove o comportamento dominador. Mas, tudo o que a pessoa aprende — com tempo e esforço — pode desaprender. A Bíblia é a maior ajuda nesse respeito. Pode ajudar a pessoa a vencer até mesmo um comportamento bem arraigado. (Note 2 Coríntios 10:4, 5.) Como?

Conceito correto dos papéis atribuídos por Deus

Muitos homens que usam linguagem injuriante têm um conceito distorcido dos papéis que Deus atribui ao marido e à esposa. Por exemplo, o escritor bíblico Paulo diz que as esposas devem ‘sujeitar-se aos seus maridos’ e que “o marido é cabeça de sua esposa”. (Efésios 5:22, 23) O marido talvez ache que a chefia lhe outorga o controle absoluto. Mas não é assim. A esposa, embora lhe esteja sujeita, não é sua escrava. Ela é sua “ajudadora” e “complemento”. (Gênesis 2:18) Assim, Paulo acrescenta: “Os maridos devem estar amando as suas esposas como aos seus próprios corpos. Quem ama a sua esposa, ama a si próprio, pois nenhum homem jamais odiou a sua própria carne; mas ele a alimenta e acalenta, assim como também o Cristo faz com a congregação.” — Efésios 5:28, 29.

Como cabeça da congregação cristã, Jesus nunca ralhou com seus discípulos, levando- os a se perguntar nervosamente quando seria o próximo arroubo de crítica. Em vez disso, ele era brando, preservando assim a dignidade deles. “Eu vos reanimarei”, prometeu-lhes. “Sou de temperamento brando e humilde de coração.” (Mateus 11:28, 29) Meditar, com oração, sobre como Jesus exerceu a sua chefia pode ajudar o marido a encarar com mais equilíbrio a sua própria chefia.

Sob tensão

Conhecer princípios bíblicos é uma coisa; aplicá-los quando sob pressão, é outra coisa. Nos momentos de tensão, como pode o marido evitar escorregar no velho padrão de linguagem dura?

Ser agressivo em palavras, quando irritado, não é sinal de varonilidade. Diz a Bíblia: “Melhor é o vagaroso em irar-se do que o homem poderoso, e aquele que controla seu espírito, do que aquele que captura uma cidade.” (Provérbios 16:32) O verdadeiro homem controla seu temperamento. Mostra empatia, perguntando-se: ‘Como as minhas palavras afetam a minha esposa? Como eu me sentiria no lugar dela?’ — Note Mateus 7:12.

A Bíblia reconhece, porém, que há situações irritantes. Sobre tais circunstâncias, o salmista escreveu: “Ficai agitados, mas não pequeis. Falai no vosso coração, na vossa cama, e ficai quietos.” (Salmo 4:4) Também se disse: “Não há nada de errado em irritar-se, mas é errado atacar verbalmente com sarcasmo, humilhação ou degradação.”

Se sente que está perdendo o controle de suas palavras, o marido pode aprender a dar um tempo. Talvez seja sensato sair do quarto, dar uma caminhada, ou procurar um lugar sossegado para se acalmar. Provérbios 17:14 diz: “Retira-te antes de estourar a altercação.” Volte a conversar quando os ânimos serenarem.

Naturalmente, ninguém é perfeito. O marido que, no passado, usava linguagem dura pode sofrer uma recaída. Quando isso acontece, deve pedir desculpas. Revestir-se da “nova personalidade” é um processo contínuo, mas muito recompensador. — Colossenses 3:10.

Palavras que curam

Sim, “morte e vida estão no poder da língua”. (Provérbios 18:21) A linguagem ferina precisa ser substituída por palavras que edificam e fortalecem o casamento. Diz um provérbio bíblico: “Declarações afáveis são um favo de mel, doces para a alma e uma cura para os ossos.” — Provérbios 16:24.

Anos atrás, realizou-se um estudo para determinar por que certas famílias eram fortes e funcionavam bem. “O estudo descobriu que os membros dessas famílias gostavam uns dos outros, e sempre repetiam um ao outro que se gostavam”, diz o especialista conjugal David R. Mace. “Eles reafirmavam seu apreço mútuo, conferiam uns aos outros um senso de valor pessoal e aproveitavam toda oportunidade razoável para falar e agir com afeto. O resultado, muito natural, era que apreciavam estar juntos e encorajavam-se mutuamente de uma maneira que tornava seu relacionamento muito satisfatório.”

Nenhum marido temente a Deus pode com razão dizer que ama a esposa se deliberadamente a injuria com palavras. (Colossenses 3:19) Naturalmente, o mesmo se dá no caso da esposa que espanca verbalmente o marido. Realmente, é obrigação de ambos os cônjuges seguir a admoestação de Paulo aos efésios: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra pervertida, mas a que for boa para a edificação, conforme a necessidade, para que confira aos ouvintes aquilo que é favorável.” — Efésios 4:29.

[Nota(s) de rodapé]

a Embora nos refiramos ao injuriador como homem, os mesmos princípios aplicam-se a mulheres.

b Para se habilitar a servir, ou continuar a servir, como ancião, o homem não pode ser espancador. Não pode ser alguém que agrida fisicamente as pessoas ou as intimide com palavras mordazes. Anciãos e servos ministeriais devem presidir a família de maneira excelente. Independentemente de quão gentil seja fora de casa, o homem não se habilita como ancião ou servo ministerial se for um tirano no lar. — 1 Timóteo 3:2-4, 12.

c Se o cristão deve recorrer a tratamento profissional é uma questão de decisão pessoal. Mas ele deve certificar-se de que o tratamento não conflita com os princípios bíblicos.

[Foto na página 9]

O ancião cristão pode ajudar o casal a comunicar-se melhor

[Foto na página 10]

Maridos e esposas devem empenhar-se a fundo para entender um ao outro

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