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  • Euro: a nova moeda do velho continente
  • Despertai! — 1999
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  • Para alguns, uma bênção . . .
  • . . . Para outros, uma maldição
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Despertai! — 1999
g99 8/5 pp. 12-14

Euro: a nova moeda do velho continente

JUBILANTE, o ministro das finanças francês deu uma mordida na nova moeda e declarou: “É de verdade, não é falsificada. É a primeira produzida na França e na Europa.” Tratava-se do primeiro euro cunhado na Casa da Moeda francesa. Era segunda-feira, 11 de maio de 1998.

O que é o euro? Como afetará donas de casa, trabalhadores, turistas e o comércio na Europa? Haverá repercussões na economia global? Antes de se desfazer dos seus marcos alemães, liras ou francos, é bom informar-se a respeito.

Como surgiu a idéia?

Uma das metas fundamentais do Tratado de Maastricht, que transformou a Comunidade Européia em União Européia (UE), em 1.º de novembro de 1993, era a criação de uma moeda única para os estados-membros.a Desde os tempos da Roma antiga a Europa não tinha uma moeda única. Decidiu-se que o nome da nova moeda seria euro. Nem todos os países da UE estão participando nesta união monetária. Só 11 dos 15 países da UE estão atualmente em condições de pôr o euro em circulação. Esses países são Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Portugal. A Grécia não satisfaz os critérios econômicos para participar. Os outros três — Dinamarca, Grã-Bretanha e Suécia — optaram por ficar de fora por enquanto.

A implantação do euro será gradativa. A partir de 4 de janeiro deste ano, ele começou a ser negociado nos mercados de câmbio internacionais em transações que não envolviam dinheiro vivo. As moedas e as cédulas serão introduzidas ao longo de um período de seis meses, a partir de 1.º de janeiro de 2002, após o que as moedas nacionais provavelmente se tornarão peças de museu e de baús de recordações. Estima-se que o euro substituirá 12 bilhões de cédulas e 70 bilhões de moedas, num total de 300.000 toneladas. Espera-se que, com o tempo, os demais países da UE também atendam às condições para entrar para o clube da moeda única.

O ministro das finanças da Áustria disse sobre a mudança: “Estamos diante da aurora de uma nova era na integração da Europa.” Contudo, a opinião pública européia está dividida neste respeito: 47% acham que a moeda única transformará a Europa numa potência econômica; 40% acreditam que o euro vai aleijar a economia européia. Alguns até sugerem que a moeda única poderá levar à guerra! No meio, encontram-se os indecisos “eurocépticos”, que vêem vantagens em se ter uma moeda única na Europa, mas duvidam de seu sucesso.

Para alguns, uma bênção . . .

O mais alto corpo executivo da UE, a Comissão Européia, declarou: “Com a criação da moeda única, a Europa estará oferecendo a seus cidadãos, às crianças e a seus parceiros . . . um símbolo mais concreto do destino comum que ela de livre vontade escolheu: a construção de uma comunidade baseada na paz e na prosperidade.”

Os defensores do euro citam os muitos possíveis benefícios da moeda única. O fim das despesas com o câmbio é o que teria o impacto mais direto. Um exemplo às vezes citado é o do incansável turista europeu que visita todos os outros 14 países da UE. Se ele começa a viagem com 1.000 marcos alemães e troca seu dinheiro em cada país, terminará o passeio com apenas 500 marcos no bolso só em função das despesas com o câmbio.

As exportações e as importações também não incluirão mais os custos do câmbio. Outra vantagem será a eliminação do custo indireto produzido pela flutuação das moedas. Quando a moeda de um país se desvaloriza, as mercadorias importadas ficam mais caras. Geralmente o resultado é a inflação. Sem o risco de mudança nas taxas cambiais, a Europa deve atrair mais investidores estrangeiros.

Os promotores do euro também prevêem uma redução de preços em toda a Europa. Tanto os consumidores como os comerciantes podem agora comparar preços mais facilmente, e quando as moedas e as cédulas entrarem em circulação em 2002, isso será ainda mais fácil. Acredita-se que as diferenças de preço do mesmo produto em várias partes da Europa diminuirão, trazendo benefícios para o consumidor.

. . . Para outros, uma maldição

Entram os críticos. Para eles, o euro enfiará a economia européia numa camisa-de-força, destruindo sua flexibilidade e sufocando seu crescimento. Predizem que a moeda única aumentará o desemprego, atrairá ataques especulativos maciços aos mercados financeiros e causará tensões políticas. Essas tensões já começaram a aparecer. Um exemplo é a disputa que houve entre a Alemanha e a França pelo comando do Banco Central Europeu, que administra o euro. Pode-se aguardar outras rusgas do tipo, à medida que cada estado-membro da UE defender seus próprios interesses.

O desemprego bate recordes em alguns países da UE. Para muitos, a culpa cabe aos cortes de despesas e aos aumentos de impostos exigidos para satisfazer os critérios da moeda única. Em toda a Europa, há protestos contra a austeridade das políticas financeiras que inclui drásticos cortes no generoso sistema previdenciário, nas pensões e na saúde. Quanto tempo essa rígida disciplina financeira agüentará? Ficarão alguns países tentados a afrouxar um pouco o cinto depois que o euro se tornar realidade? Essa política mais solta não causará danos ao sistema europeu de moeda única?

Outros apontam para a forte ligação sentimental que as pessoas têm com a moeda de seu país. A moeda não é só o que você carrega no bolso. Para muitos, também é a história do país, um símbolo tão importante quanto a bandeira. A moeda nacional é o sistema pelo qual o povo ganha o sustento, conta, calcula, negocia e poupa. Enquanto os alemães, por exemplo, verão as cifras de suas contas diminuírem pela metade ao serem convertidas em euros, os algarismos italianos encolherão drasticamente pelo fator 2.000 quando a lira sair de circulação. Segundo um estudo, a mudança para o euro será uma experiência “traumática” para muitos europeus.

Adequado para todos?

Alguns economistas da UE e dos Estados Unidos salientam que, embora haja considerável vontade política para a implantação da moeda única, as economias européias são fragmentadas, os povos são muito apegados a seu país, e suas culturas são imensamente diferentes. Assim, ao contrário dos americanos, os europeus que perdem o emprego estão menos dispostos a fazer as malas e se mudar para longe a fim de encontrar trabalho. Alguns especialistas acreditam que essa fragmentação priva as nações européias dos amortecedores necessários para se compartilhar a mesma economia, e, por extensão, a mesma moeda.

Sob o sistema de moeda única, dizem os críticos, os governos perderão a flexibilidade para lidar com seus problemas econômicos. Dizem que o euro transferirá o poder dos países para o novo Banco Central Europeu, em Frankfurt, Alemanha. Isso, por sua vez, aumentará a pressão pela coordenação das leis tributárias e de outras políticas econômicas no continente. Os críticos argumentam que os corpos executivo e legislativo de Bruxelas e Estrasburgo ganharão poder. De fato, o Tratado de Maastricht exige uma união política que por fim acabará sendo responsável pela política exterior e de defesa, além da econômica e da social. Será suave e tranqüila essa transição? Só o tempo dirá.

“Uma aposta de alto risco”

Bancos e supermercados já começaram a mudar para o euro, abrindo contas em euro e afixando o valor em euro ao lado dos preços nas moedas locais. O objetivo é tornar a mudança no ano 2002 a mais suave possível. Uma popular revista francesa distribuiu mais de 200.000 calculadoras programadas para converter francos franceses em euros, e vice-versa.

O euro algum dia rivalizará em poder com o dólar? Muitos acham que depois que ele ganhar aceitação, os Estados Unidos não mais terão um acesso tão fácil às economias mundiais. Predizem que o euro se tornará uma moeda de reserva global ao lado do dólar. Jill Considine, da Associação da Câmara de Compensação de Cheques de Nova York, diz: “Haverá um novo cenário de competição.”

Qual será o futuro do euro? O editor alemão Josef Joffe chama a moeda única de “colossal cara-ou-coroa da Europa” e “uma aposta de alto risco”. E acrescenta: “Se falhar, pode arruinar muito do que a Europa conseguiu realizar nos últimos 50 anos.” O ministro das finanças francês fez eco aos sentimentos de muitos europeus ao dizer: “Há muito otimismo e muito medo.”

[Nota(s) de rodapé]

a Para mais informações sobre a Comunidade Européia, veja as edições de 8 de agosto de 1979, páginas 4-8, e 22 de dezembro de 1991, páginas 20-4.

[Quadro na página 14]

FATOS SOBRE O EURO

● O euro vale um pouco mais do que o dólar americano

● As cédulas circularão em sete valores: 5, 10, 20, 50, 100, 200 e 500 euros

● Num dos lados, as cédulas exibirão o mapa da Europa com algumas pontes típicas e, no outro, janelas ou portões

● A palavra “EURO” aparecerá nas cédulas em caracteres romanos e gregos (ΕΥΡΩ)

● As moedas terão oito valores: 1, 2, 5, 10, 20 e 50 centavos, bem como 1 e 2 euros

● As moedas terão a mesma imagem européia num lado e uma estampa nacional no outro

[Mapa na página 13]

(Para o texto formatado, veja a publicação)

UNIÃO EUROPÉIA

GRÃ-BRETANHA

DINAMARCA

SUÉCIA

GRÉCIA

Atuais participantes da união monetária

IRLANDA

PORTUGAL

ESPANHA

BÉLGICA

FRANÇA

HOLANDA

ALEMANHA

LUXEMBURGO

FINLÂNDIA

ÁUSTRIA

ITÁLIA

[Crédito das fotos nas páginas 12-14]

Todas as cédulas nas páginas 12-14: © European Monetary Institute

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