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Despertai! — 2001
g01 8/11 pp. 19-21

A famosa roda-gigante de Viena

DO REDATOR DE DESPERTAI! NA ÁUSTRIA

A BELA cidade de Viena está no primeiro plano e as colinas dos bosques de Viena se erguem ao longe. É um cenário típico e quase dá para ouvir os acordes das valsas de Strauss. Um rapaz escolheu de propósito esse local e agora, com o coração batendo forte, tenta acalmar-se ao pedir a namorada em casamento. Eles estão a 60 metros do chão. Como isso é possível? Ele não é o primeiro, e sem dúvida não será o último, a visitar a famosa Riesenrad (roda-gigante) de Viena numa ocasião especial como essa.

Localizada em um grande parque vienense chamado Prater, a roda-gigante faz parte da paisagem da cidade há mais de 100 anos. ‘Você só pode dizer que conhece Viena se a tiver visto do alto da roda-gigante’, diz uma placa de boas-vindas na entrada. Mas ela, que é a mais antiga entre as grandes rodas-gigantes do mundo, já passou por maus momentos. Como surgiu esse colosso de aço? Como sobreviveu a tantas dificuldades ao longo dos anos?

A primeira roda-gigante

Para entender a história da roda-gigante, temos de voltar ao século 19 e à Revolução Industrial. Naquela época, o aço tornou-se o material preferido para construções industriais. Em várias capitais do mundo, surgiram estruturas de aço de linhas arrojadas: em Londres, o Palácio de Cristal, de aço e vidro; em Viena, a Casa das Palmeiras; e em Paris, a Torre Eiffel. Mas a cidade que mais se destacou nesse tipo de arquitetura foi Chicago e foi lá que o engenheiro norte-americano George Ferris construiu a primeira roda-gigante para a Feira Mundial de 1893.

A impressionante roda-gigante de Ferris tinha 76 metros de diâmetro e 36 cabines com capacidade para 40 passageiros cada uma, proporcionando um passeio de 20 minutos de onde se tinha uma ótima vista de Chicago e arredores. Para muitos visitantes da feira, essa foi sem dúvida uma atração inesquecível. Mas a roda-gigante de Chicago com o tempo perdeu o charme e, depois de ser mudada de lugar duas vezes, foi desmontada em 1906 e vendida como sucata. Porém, a idéia de construir rodas-gigantes já começava a atiçar a imaginação em outros lugares.

A roda-gigante em Viena

Parece que Walter Basset, engenheiro e oficial reformado da marinha britânica, se entusiasmou com a roda-gigante de Chicago. Em 1894, ele começou a projetar uma roda-gigante que seria erguida em Earl’s Court, Londres, e mais tarde ele construiu outras em Blackpool, Inglaterra, e em Paris. Enquanto isso, Gabor Steiner, empresário vienense do ramo do entretenimento, estava à procura de novas atrações para Viena. Certo dia, um representante de Walter Basset sugeriu a Steiner que eles poderiam ser sócios na construção de uma roda-gigante em Viena. Os homens logo chegaram a um acordo e encontrou-se um lugar apropriado para a nova atração proveniente da Inglaterra. Mas como obter licença para a construção?

Quando Steiner apresentou as plantas às autoridades municipais, um funcionário olhou-as, olhou para Steiner e depois de novo para as plantas. Então balançou a cabeça e perguntou: “Acha mesmo, Sr. Diretor, que vai encontrar alguém que lhe dê a licença para construir essa monstruosidade e assuma a responsabilidade por ela?” Steiner argumentou: “Mas existem rodas-gigantes como essa em Londres e em Blackpool, e elas funcionam sem problemas!” O funcionário não se convenceu. “Os ingleses podem fazer o que quiserem”, respondeu, “mas eu não vou arriscar a minha pele”. Steiner não se deixou abater, continuou tentando e finalmente recebeu permissão para construir.

Só a construção da estrutura gigante de aço já foi espetacular. Observadores curiosos se reuniam diariamente perto do canteiro de obras para trocar idéias sobre o progresso da obra. Ela foi terminada em apenas oito meses. Em 21 de junho de 1897, Lady Horace Rumbold, esposa do embaixador inglês na corte vienense, deu os últimos golpes de martelo. Poucos dias depois, a roda-gigante entrava em operação. Steiner mais tarde lembrou: “Todos estavam entusiasmados e as pessoas fizeram filas nas bilheterias.”

Os altos e baixos da roda-gigante

O Arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro da coroa austro-húngara, gostava de observar a capital imperial do alto da roda-gigante. Seu assassinato em junho de 1914 — que foi o estopim da Primeira Guerra Mundial — também afetou a roda-gigante. Além de não ter mais seu admirador famoso, ela também foi fechada para o público ao ser transformada em observatório militar. Voltou a funcionar em maio de 1915. Na época, o país passava por uma grande escassez de ferro e ali, bem diante de todos, estava a roda-gigante só esperando para ser desmontada. Em 1919, ela foi vendida para um comerciante de Praga que deveria desmontá-la em três meses. Mas desmontar a estrutura complexa sairia tão caro que a venda do ferro não compensaria os custos. Assim, a atração, na época já famosa, escapou por pouco da ‘sentença de morte’ e continuou divertindo o público.

A guerra e o colapso da monarquia austro-húngara causaram grandes mudanças em Viena. Nos anos 30, a economia piorou e a situação política se tornou instável. Steiner, antes um homem respeitado, teve de fugir para salvar a vida por causa da ascendência judaica. Mesmo assim, em 1939 e 1940, a roda-gigante teve números recordes de visitantes. Nesse meio-tempo, havia irrompido a Segunda Guerra Mundial e parece que ela empurrou muitas pessoas para uma busca desenfreada por diversão. Mas em setembro de 1944, uma notícia preocupante foi ouvida em toda a cidade: a roda-gigante estava em chamas! Um curto-circuito na montanha-russa próxima havia iniciado um incêndio que se espalhou até a roda-gigante, destruindo seis cabines. Mas o pior ainda estava por vir.

Em abril de 1945, nos dias finais da Segunda Guerra Mundial, a roda-gigante pegou fogo de novo. Dessa vez, todas as 30 cabines e a central de comando foram consumidas pelas chamas. Sobrou apenas a armação de ferro chamuscado. Mas ainda não era o fim da roda-gigante. Quando a guerra acabou, quarteirões inteiros de casas estavam em ruínas, mas a roda-gigante se recusava a tombar, embora só restasse um esqueleto de aço. Novamente ela não foi desmontada porque isso teria saído muito caro. Havia uma alternativa?

Sim! Ela foi reformada de novo, embora por razões de segurança tenha sido recolocada apenas uma cabine sim, outra não. De maio de 1947 até hoje, ela continua a dar suas voltas, levando lentamente os passageiros maravilhados para cima e para baixo. Filmes como O Terceiro Homem, com seu inesquecível tema musical tocado na cítara, tornaram a roda-gigante famosa em lugares muito distantes de Viena.

Até hoje, a roda-gigante de Viena está de pé, enquanto as que foram construídas mais ou menos na mesma época em Chicago, Londres, Blackpool e Paris viraram sucata. Ela permanece como testemunha da grande força de vontade demonstrada pela geração do pós-guerra ao reconstruir Viena e se tornou um símbolo da cidade. Se algum dia visitar Viena, sem dúvida você vai dar uma volta na roda-gigante. E quem sabe, quando estiver lá, você veja um senhor idoso contando aos netos como, no alto da roda-gigante, ele tentou acalmar o coração que batia forte, quando a vovó aceitou seu pedido de casamento.

[Quadro/Foto na página 19]

A RIESENRAD (RODA-GIGANTE)

Data da construção: 1897

Altura: 64,7 metros

Diâmetro da roda: 61 metros

Peso da roda: 245 toneladas

Peso total da estrutura de ferro: 430 toneladas

Velocidade: 2,7 quilômetros por hora

[Crédito]

Fonte: The Vienna Giant Ferris Wheel, de Helmut Jahn e Peter Petritsch, 1989, página 39

[Foto na página 21]

O nordeste de Viena visto do alto da roda-gigante

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