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Um Livro para Todas as Pessoas
ba pp. 7-9

Como o livro sobreviveu?

Escritos antigos tinham inimigos naturais: o fogo, a umidade, o mofo. A Bíblia não era imune a tais perigos. A história de como ela sobreviveu aos rigores do tempo e tornou-se o livro mais disponível no mundo é notável entre os escritos antigos. Essa história merece mais do que um interesse casual.

OS ESCRITORES bíblicos não gravaram as suas palavras em pedra; nem as inscreveram em duráveis plaquetas de argila. Evidentemente, eles as registraram em materiais perecíveis: papiro (feito da planta egípcia do mesmo nome) e pergaminho (feito de pele de animal).

O que aconteceu com os escritos originais? Provavelmente se desintegraram muito tempo atrás, a maioria deles no Israel antigo. O erudito Oscar Paret explica: “Esses materiais de escrita [papiro e couro] estão em igual nível sujeitos à danificação pela umidade, pelo mofo e por várias espécies de traças. A experiência diária nos ensina com que facilidade o papel, e até mesmo o couro resistente, estraga ao ar livre ou num recinto úmido.”1

Se os originais não existem mais, como foi que as palavras dos escritores bíblicos sobreviveram até hoje?

Preservados por copistas meticulosos

Pouco depois da escrita dos originais, começou a produção de cópias à mão. Na verdade, copiar as Escrituras virou uma profissão no Israel antigo. (Esdras 7:6; Salmo 45:1) Mas as cópias também eram feitas em materiais perecíveis. Com o tempo, estas tinham de ser substituídas por novas cópias à mão. Quando os originais saíram de cena, essas cópias tornaram-se a base para manuscritos futuros. O processo de recopiar continuou por muitos séculos. Será que os erros dos copistas no decurso dos séculos mudaram drasticamente o texto da Bíblia? Não, diz a evidência.

Os copistas profissionais eram muito dedicados. Eles reverenciavam profundamente as palavras que copiavam. E eram meticulosos. A palavra hebraica para “copista” é so·fér, que tem que ver com contagem e registro. Para ilustrar a exatidão dos copistas, considere os massoretas.a Sobre eles, o erudito Thomas Hartwell Horne explica: “Eles . . . calculavam a letra central do Pentateuco [os primeiros cinco livros da Bíblia], a frase central de cada livro e quantas vezes cada letra do alfabeto [hebraico] ocorre nas Escrituras Hebraicas completas.”3

Assim, copistas peritos utilizavam vários métodos de checagem cruzada. Para não omitir nem uma única letra do texto bíblico, eles chegavam a contar não só as palavras, mas também as letras copiadas. Imagine o enorme trabalho que isso representava: segundo consta, eles contavam 815.140 letras nas Escrituras Hebraicas!4 Tal esforço diligente garantia um alto grau de exatidão.

Não obstante, os copistas não eram infalíveis. Existe evidência de que, depois de séculos de recopiar, o texto bíblico sobreviveu em forma confiável?

Sólida base para confiança

Há bons motivos para se crer que a Bíblia foi transmitida com exatidão até os nossos dias. A evidência consiste na existência de manuscritos — calculadamente 6.000 das Escrituras Hebraicas (na íntegra ou em partes) e uns 5.000 das Escrituras Cristãs, em grego. Entre esses há um manuscrito das Escrituras Hebraicas, descoberto em 1947, que exemplifica a exatidão do processo de copiar as Escrituras. Tem sido chamado de “a mais importante descoberta de manuscritos nos tempos modernos”.5

Ao cuidar de seus rebanhos, no começo daquele ano, um jovem pastor beduíno descobriu uma caverna perto do mar Morto. Dentro dela ele encontrou vários jarros de cerâmica, a maioria vazios. Contudo, num deles, que estava bem fechado, ele encontrou um rolo de couro, jeitosamente envolto em linho, contendo a edição completa do livro bíblico de Isaías. Esse rolo, bem preservado, porém desgastado pelo uso, apresentava sinais de ter sido consertado. O jovem pastor mal podia imaginar que o velho rolo que tinha nas mãos acabaria atraindo a atenção internacional.

O que havia de tão especial com esse manuscrito? Em 1947, o mais antigo conjunto completo de manuscritos hebraicos datava de cerca do décimo século EC. Mas, esse rolo de Isaías era do segundo século AECb — mais de mil anos mais antigo.c Os eruditos estavam interessadíssimos em saber se havia diferenças entre esse rolo e os manuscritos produzidos bem mais tarde.

Num estudo, eruditos compararam o 53.° capítulo de Isaías no Rolo do Mar Morto com o texto massorético, produzido mil anos mais tarde. O livro A General Introduction to the Bible explica os resultados desse estudo: “Dentre as 166 palavras em Isaías 53, há apenas dezessete letras em dúvida. Dez destas letras simplesmente são questão de grafia, que não afeta o sentido. Mais quatro letras são mudanças estilísticas menores, tais como conjunções. As remanescentes três letras abrangem a palavra ‘luz’, que é acrescentada ao versículo 11, e não afeta muito o significado. . . . Assim, em um capítulo de 166 palavras, há apenas uma palavra (três letras) em dúvida, depois de mil anos de transmissão — e esta palavra não altera significativamente o sentido da passagem.”7

O professor Millar Burrows, que por anos trabalhou com os rolos, analisando seu conteúdo, chegou a uma conclusão similar: “Muitas das diferenças entre o rolo de Isaías . . . e o texto massorético podem ser explicadas como erros de cópia. Fora disso, no todo, há uma notável concordância com o texto encontrado nos manuscritos medievais. Tal concordância num manuscrito bem mais antigo fornece um testemunho que renova a confiança na exatidão geral do texto tradicional.”8

“Testemunho que renova a confiança” vale também para as cópias das Escrituras Gregas Cristãs. Por exemplo, no século 19, a descoberta do Códice Sinaítico, um manuscrito em velino do quarto século EC, ajudou a confirmar a exatidão dos manuscritos das Escrituras Gregas Cristãs produzidos séculos mais tarde. Um fragmento em papiro do Evangelho de João, descoberto no distrito de Faium, no Egito, data da primeira metade do segundo século EC, menos de 50 anos depois da escrita do original. Fora preservado por séculos na areia seca. O texto harmoniza-se com o que se encontra em manuscritos bem posteriores.9

Portanto, a evidência confirma que os copistas eram, de fato, bem exatos. Não obstante, cometeram erros. Nenhum manuscrito é infalível — nem mesmo o Rolo do Mar Morto de Isaías. Mesmo assim, os eruditos têm conseguido isolar e corrigir tais desvios do original.

A correção dos erros dos copistas

Suponha que 100 pessoas fossem solicitadas para fazer cópias à mão de um longo documento. Sem dúvida, pelo menos alguns dos copiadores cometeriam erros. Mas, eles não cometeriam todos os mesmos erros. Se você apanhasse as 100 cópias e as comparasse meticulosamente, poderia isolar os erros e determinar o texto exato do documento original, mesmo sem nunca tê-lo visto.

Similarmente, os copistas da Bíblia não cometeram todos os mesmos erros. Dispondo agora de literalmente milhares de manuscritos bíblicos para análise comparativa, peritos em texto podem detectar erros, determinar a redação original e anotar as correções necessárias. Em resultado desse estudo meticuloso, peritos em texto têm produzido textos padrões nas línguas originais. Essas edições refinadas dos textos hebraico e grego usam as palavras em geral aceitas como sendo as originais e, em muitos casos, indicam ao pé da página as variações ou formas alternativas que talvez apareçam em certos manuscritos. As edições refinadas pelos peritos em texto são as que os tradutores da Bíblia usam para traduzi-la para as línguas modernas.

Portanto, quando você lê uma tradução moderna da Bíblia, há todo motivo para confiar que os textos hebraico e grego nos quais ela se baseia representam, com notável fidelidade, as palavras dos escritores bíblicos originais.d A história de como a Bíblia sobreviveu a milhares de anos de recopiar à mão é realmente fantástica. Assim, Sir Frederic Kenyon, que por muito tempo foi curador do Museu Britânico, podia dizer: “Não é exagero afirmar que o texto da Bíblia, em essência, é certo. . . . Não se pode dizer isto de nenhum outro livro antigo no mundo.”10

[Nota(s) de rodapé]

a Massoretas (que significa “Senhores da Tradição”) eram copistas das Escrituras Hebraicas que viveram entre o sexto e o décimo século EC. As cópias manuscritas que produziram são chamadas de textos massoréticos.2

b AEC significa “Antes da Era Comum” [Antes de Cristo]. EC indica “Era Comum” [Depois de Cristo], às vezes chamado de AD, de Anno Domini, que significa “no ano do Senhor”.

c O Textual Criticism of the Hebrew Bible, de Emanuel Tov, diz: “Com a ajuda do teste do carbono 14, a data do 1QIsaa [Rolo do Mar Morto de Isaías] situa-se agora entre 202 e 107 AEC (data paleográfica: 125-100 AEC) . . . O mencionado método paleográfico, que tem sido aprimorado nos anos recentes, e que permite uma datação absoluta à base de comparação da forma e posição das letras com fontes externas, tais como moedas e inscrições com data, tem-se firmado como método relativamente confiável.”6

d Naturalmente, há tradutores mais estritos e outros mais liberais na aderência aos textos hebraico e grego originais.

[Foto na página 8]

A Bíblia foi preservada por copistas peritos

[Foto na página 9]

O Rolo do Mar Morto de Isaías (visto no fac-símile) é praticamente idêntico ao texto massorético produzido mil anos depois

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