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  • “O que quer que adquiras, adquire o entendimento”

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  • “O que quer que adquiras, adquire o entendimento”
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1950
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1950
w50 1/11 pp. 172-176

“O que quer que adquiras, adquire o entendimento”

“Acima de tudo adquire a sabedoria; o que quer que adquiras, adquire o entendimento.”—Pro. 4:7, Uma Trad. Amer.

1. Por que é importante o conhecimento do Santo? O que significa?

Jeová, o grande Teocrata, entende tudo e dá entendimento aos seus fiéis servos à medida que o precisam. Esse entendimento é um dos principais requisitos do serviço teocrático correto. É o que distingue um servo maduro dum neófito. O mais sábio dos tempos antigos disse: “O conhecimento do Santo é o entendimento” (Pro. 9:10) Aquele mais sábio do que esse antigo ajuizado disse ao Santo: “A vida eterna, porém, é esta, que conheçam a ti, único verdadeiro Deus, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste.” Este conhecimento do Santo significa muito mais do que uma mera ideia mental da sua existência. Quer dizer conhecimento experimentado de Jeová e dos seus propósitos que resiste a todos os esforços de transtorná-lo. Quer dizer entendimento dele e apreciação do motivo pelo qual ele faz as coisas.

2. Que recomendação a favor do entendimento nos é dada?

2 Este conhecimento provado, experimentado e inabalável é algo a ser procurado. Não podemos prosseguir sem ele, se esperamos usufruir a vida eterna abençoada pelo reino de Deus. Conserve presente este fato, e o resultado será uma melhor apreciação da força e sentido das inspiradas palavras em Provérbios 4:7, usadas por título acima. Se compreendermos que Deus é nosso Pai, então escutaremos o que ele nos ensina, e isto aumentará nosso entendimento dele e da nossa relação a ele. “Ouve, meu filho, a instrução dum pai, e está atento para adquirires o entendimento; porque te dou boa doutrina, não abandones o meu ensino! Acima de tudo adquire a sabedoria; o que quer que adquiras, adquire o entendimento.”(Uma Trad. Amer.) Além da exortação dum pai, temos também o conselho de seu filho sábio e fiel, que se aproveitou das direções de seu pai: “Pois eu fui filho para meu pai, tenro e único diante de minha mãe. Ele me ensinava e me dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras, guarda os meus mandamentos, e vive.”—Pro. 4:1-4, 7.

3. Por que é necessário o entendimento além da sabedoria?

3 Neste processo de adquirir entendimento reconhecemos que alguém poderia possuir considerável conhecimento e ainda não ter entendimento. O entendimento não só trata de fatos, mas também de todo o motivo das coisas. Incorpora a aplicação ou emprego desse conhecimento para o máximo bem. Por isso, sem entendimento o conhecimento não vale muito. Verifica-se isto especialmente na aplicação do conhecimento que temos de Deus, seu reino e sua lei. Os textos das Escrituras acima citados indicam também que é possível possuir sabedoria e ainda não ter entendimento. Poderíamos decidir o proceder correto a seguir. Poderíamos ter-nos consagrado para servir o Senhor, tudo o que é um sábio proceder, mas, além disso, precisamos adquirir entendimento. O apóstolo diz que a diferença entre um filho e um servo é que aos filhos o Senhor Jesus revela o que seu Pai faz. (João 15:15) Ele nos revela todo o motivo das coisas que é necessário que saibamos. Este entendimento está ao alcance de todo filho de Deus, mas ele tem de ir buscá-lo. Sem ele não pode ter êxito na sua vocação cristã.

4. Quem realmente nos assim aconselha? Fazer o que é nossa parte?

4 Este conselho dum pai a um filho é primeiramente de Jeová a seu Filho unigênito, nosso Senhor Jesus Cristo, e abrange também os membros do corpo de Cristo. Mas em princípio aplica-se a toda criatura humana que em algum tempo atingirá a vida no reino de Jeová ou sob ele. Esta exortacão dos dois maiores conselheiros do universo, Jeová Deus e seu filho, Cristo Jesus, que se dê ouvidos à Palavra de Deus, para adquirir entendimento dessa Palavra, a fim de apreciarmos plenamente a nossa relação ao nosso Deus e à sua organização, é, portanto, algo a ser grandemente apreciado e tido por muito sério. “Ouve, filho meu, a instrução de teu pai, e não abandones o ensino de tua mãe.” (Pro. 1:8) Da nossa parte temos de fazer algo. Convém-nos adquirir o entendimento dos propósitos de Jeová e aprender como se nos aplicam individual e coletivamente. Se recusamos ou negligenciamos a aquisição deste entendimento, pomos em risco a nossa futura existência em alguma parte do domínio de Deus.

5. Que escolha do jovem rei Salomão elogiou o Senhor Deus?

5 Nos tempos passados o Senhor elogiou altissimamente o rei Salomão por desejar acima de tudo um coração entendido. Será proveitosa aqui uma consideração da carreira de Salomão e do prazer do Senhor nela. “E em Gibeão apareceu o Senhor a Salomão de noite em sonhos; e disse-lhe Deus: Pede o que quiseres que te dê.” Salomão replicou: “A teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque, quem poderia julgar a este teu tão grande povo?” “E esta palavra pareceu boa aos olhos do Senhor, que Salomão pedisse esta coisa. E disse-lhe Deus: porquanto pediste esta coisa, e não pediste para ti riquezas, nem pediste a vida de teus inimigos, mas pediste para ti entendimento, para ouvir causas de juízo, eis que fiz segundo as tuas palavras. Eis que te dei um coração tão sábio e entendido, que antes de ti teu igual não houve, e depois de ti teu igual se não levantará. E também até o que não pediste te dei, assim riquezas como glória; que não haja teu igual entre os reis, por todos os teus dias.”—1 Reis 3:5, 9-13, Almeida.

6. Por que agradou a Jeová a sua escolha? Que prefigurou?

6 A preferência de Salomão agradou a Jeová Deus porque o reconheceu por supremo. Manifestou que Jeová é a única fonte de entendimento e que Salomão era um servo que queria servi-lo fielmente e que o povo a ser julgado era o povo de Jeová. Esta escolha prudente estabelece o proceder correto para todos os servos de Deus seguirem, e prefigurou o proceder correto que seu Chefe, o servo fiel e verdadeiro de Jeová, tomaria. Moisés o profeta manifestou também mansidão e esperou em Jeová para entendimento e orientação, e por este motivo Deus usou Moisés de maneira poderosa.—Núm. 12:3.

7. Quem é o nosso maior exemplo de buscar entendimento? Por Quê?

7 Todavia, o maior exemplo que temos na busca do entendimento e sua aplicação é, naturalmente, Jesus de Nazaré, pois ele disse: “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma, . . . não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou.” (João 5:30, Almeida.) Por não buscar a sua vontade ele não obscureceu a sua sabedoria e entendimento. “Cristo Jesus, o qual se nos tornou da parte de Deus sabedoria.” (1 Cor. 1:17-19, 30) Faremos bem, portanto, se dermos atenção especial ao exemplo que ele nos apresentou. Antes de fazer isto, contudo, conside- remos outro lado do assunto.

8. Pode-se perder o entendimento? O exemplo de quem prova a sua resposta?

8 O fato que alguém tem entendimento até o presente não é garantia que este entendimento lhe pertencerá para sempre. Para reter este entendimento, é preciso tê-lo por precioso, conservá-lo e esforçar-se em adquiri-lo. Não se deve permitir que surja nenhuma questão pertencente ao reino de Jeová por Cristo sem obter entendimento e vista própria dela. Qual é o propósito de Deus a respeito dela? Qual é a minha responsabilidade teocrática para com ela? Não há preço demasiado caro para pagar o entendimento. Salomão, o altamente louvado servo de Jeová, perdeu o seu entendimento, que uma vez lhe foi tão precioso e importante. Fixou as afeições em outras coisas e não no Senhor. Gratificou os desejos do seu coração humano, que é “enganoso, mais do que todas as coisas, e perverso”. (Jer. 17:9, Almeida) Esta inclinação à sua própria vontade corrompeu o seu entendimento, e ele morreu condenado por Deus. (1 Reis 11:1-11) Isto ensina que não se pode permitir que nenhuma outra criatura, seja ela tão querida como uma esposa, venha entre o servo e seu Deus. Salomão foi devidamente avisado da consequência de seu proceder mas preferiu não o atender; isto constituiu um passo sério e denotou que o entendimento corrupto já tinha começado.

‘COM TODA A TUA AQUISIÇÃO ADQUIRE O ENTENDIMENTO’

9. Como ilustrou Moisés este triste fato numa ocasião de prova?

9 Semelhantemente, Moisés, que era conhecido como o homem mais manso em toda a terra, manifestou grande discernimento e entendimento da vontade e propósitos de Jeová no tocante a si e ao povo de Deus a quem tinha o privilégio de servir. Mas ele se tornou tão enlevado na sua própria importância e perturbado pelas repetidas transgressões dos israelitas que recusou honrar corretamente a Jeová perante eles. Note as palavras de Moisés que era uma vez manso e humilde. “Moisés e Aarão reuniram a assembleia diante da rocha, e Moisés disse-lhes: Ouvi, pois, rebeldes; havemos de fazer sair água desta rocha para vós? . . . Disse Jeovah a Moisés e a Aarão: Porque não crestes em mim para me santificardes aos olhos dos filhos de Israel, portanto não introduzireis esta assembleia na terra que lhes dei.” (Núm. 20:10, 12) O entendimento de Moisés se tornou corrupto, ele pensou que era igual a Deus em prover os israelitas com bênçãos.

10. Qual é o pior inimigo do entendimento? Por que?

10 O maior inimigo do entendimento é o próprio eu em qualquer forma, a altivez, a pena de si próprio ou a sua própria indulgência. A consciência de si mesmo sempre obscurece a questão em debate e ofusca a visão. Por isso, se quisermos reter o entendimento é necessário que sem cessar mantenhamos nossa pessoa em sujeição e nosso olho simples para a glória do Senhor, estudemos a sua Palavra e meditemos sobre os exemplos que o Senhor nos apresenta nas Escrituras para nossa orientação e sigamo-los à risca. Agora consideremos Jesus, que para nós foi feito sabedoria e exemplo de aquisição e retenção do entendimento correto.

11. Como adquiriu Jesus entendimento? Como o adquirimos?

11 Jesus possuía conhecimento, sabedoria e perfeito entendimento dos propósitos divinos. Este perfeito conhecimento, sabedoria e entendimento ele não recebeu automaticamente; era necessário que ele o adquirisse por estudo, meditação e oração, assim como nós. (Deu. 17:18-20) A sua fiel carreira neste sentido está-nos apresentada como exemplo para que o sigamos. (1 Ped. 2:21) Os seus argumentos e conclusões baseiam-se no perfeito entendimento da vontade divina. Estes argumentos e conclusões divergem completamente dos métodos humanos de arrazoar, e a maioria das suas conclusões estão inteiramente diferentes das nossas, por causa das nossas imperfeições e inclinações humanas que são segundo a carne. (Isa. 55:8, 9) O proceder que ele recomenda aos seus seguidores é o correto, não importa quanto discorde com o nosso, e é preciso dar-lhe precedência às nossas conclusões ou às de qualquer outra criatura. Compete-nos ser transformados pela renovação de nossa mente para se conformar com a mente de Deus consoante expressa na sua Palavra, antes de podermos possuir o verdadeiro conhecimento, sabedoria e entendimento.

12, 13. Que princípio para com Deus o governou? Que testes o provam?

12 A atitude de Jesus concernente à sua relação e à nossa para com Jeová Deus expõe-se em Mateus 22:37: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” Ele próprio foi sempre governado por este princípio e o recomendou a todos os outros. Quando o Diabo citou falsamente as escrituras e sugeriu a sua má aplicação às necessidades pessoais de Jesus, este, em todas as ocasiões, honrava o nome e palavra de Jeová e manifestava o seu entendimento por aplicar corretamente as escrituras.

13 “Então foi levado Jesus pelo espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo. Depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Chegando o tentador, disse-lhe: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. Mas Jesus respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, Mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Então o Diabo o levou á cidade santa, e o colocou sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, porque escrito está: Aos seus anjos ordenará a teu respeito, e eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares em alguma pedra. Tornou-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. De novo o Diabo o levou a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e disse-lhe: Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares. Respondeu-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; pois está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele darás culto. Então o Diabo o deixou, e eis que vieram anjos, e o serviram.” (Mat. 4:1-11) Jeová, por sua vez, justificou a fé e fidelidade de Jesus, mandando os seus anjos vir servi-lo após o teste. Jesus, contudo, tinha de primeiro suportar o teste e demonstrar a sua fé.

14, 15. Que indicações de entendimento notamos no exemplo de Jesus?

14 O servo humilde de Jeová que anela pelo entendimento meditará neste exemplo. Primeiro, notará que Jesus não deu preferência ao seu próprio proceder, nem escolheu o seu próprio território ‘levado pelo espírito.’ As suas próprias preferências e ideias do que se deve fazer não eram importantes. Evidencia-se a mesma atitude ao enfrentar todo debate. A questão importante não era a de suprir as necessidades de seu corpo, ainda que parecessem legítimas, nem de seguir um caminho aparentemente mais fácil e mais desejado de fazer os negócios de seu Pai. Possuía entendimento. Sabia os propósitos de seu Pai. Esse entendimento em adição a o espírito de Jeová habilitou-o a compreender e aplicar de modo correto essas escrituras que Satanás tinha aplicado erradamente e a retrucar com escrituras aplicadas de forma correta conforme os propósitos de seu Pai.

15 Jesus bem sabia que se ele usasse o seu poder para tornar as pedras em pães deixaria exemplo de egoísmo para os seus discípulos seguirem. Estaria empregando o poder que Deus lhe deu para seu conforto antes do que para a glória de seu Pai. Isto serviria de tropeço aos seus seguidores em vez de exemplo correto. Tinha fé que o seu Deus lhe supriria as suas necessidades quando chegasse a hora; e assim ele fez. O entendimento de Jesus disse-lhe que se lançasse do pináculo do templo e fosse preservado ele poderia talvez ajuntar seguidores, mas estes não o aceitariam por motivo dos princípios eternos do seu Deus, os quais ele tinha pactuado a proclamar, mas por motivo da proeza espetacular que fez. Jeová não teria sido glorificado, nem o povo ajudado, por tal procedimento. Similarmente, que adiantaria curvar-se e adorar a Satanás, ainda que tal plano tivesse êxito? Se obtivesse os reinos deste mundo ele simplesmente teria uma massa de vasos preparados para a perdição inevitável e final. Os planos do Diabo jamais servem de saída para dar a conhecer as riquezas da glória de Deus sobre os vasos de misericórdia que Ele preparou para a sua glória. (Rom. 9:21-23) O entendimento de Jesus o habilitou a apreciar com clareza que o método do Senhor para convidar os homens de boa vontade a submeter-se aos princípios de Jeová conforme revelados em Cristo Jesus para a sua própria transformação, e para assim ter a Sua lei escrita nos corações, era o melhor e o único certo.

16. Então que se requer para resistirmos os testes do Diabo?

16 Esta série de exemplos expostos por Jesus para a nossa edificação abrange os vários métodos pelos quais o Diabo se aproxima aos servos do Senhor, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos, e a soberba da vida, no esforço para desviá-los de servirem fielmente a Jeová. (1 João 2:16, 17, Almeida) Carece de entendimento para resisti-las. Estude-as com atenção, medite sobre elas, e com toda a sua aquisição adquira o entendimento. O Diabo possuiu e usou conhecimento. Jesus possuiu e usou entendimento. Há uma vasta diferença.

17, 18. O que cria o entendimento? Que nos ajuda isto a fazer?

17 A respeito de Jesus, está escrito que “pelo gozo que lhe foi proposto, suportou a cruz, desprezando a ignominia, e está sentado à destra do trono de Deus”. (Heb. 12:2) As Escrituras indicam que Jesus tinha gozo pessoal em cumprir os propósitos de seu Pai e receber o galardão prometido. Indicam um objetivo pessoal, remuneração que seria toda sua, inteiramente em harmonia com seu Pai celestial e do agrado deste, que pôs perante ele esse gizo.

18 Uma parte deste grande gozo consistia em ser Rei no reino glorioso de Deus, o gozo de que ele, se ficasse fiel, seria o instrumento usado por seu Pai celestial para dirigir as atividades do Reino que vindicariam o nome de Jeová e proporcionariam bênçãos indizíveis às fiéis criaturas por todo o universo. Este gozo que foi proposto a Jesus, o qual ele desejava tanto, está representado nas Escrituras como um tesouro escondido num campo, exigiu-se-lhe que vendesse tudo o que possua a fim de comprar esse campo. Dos membros do corpo de Cristo, herdeiros de Deus e coherdeiros de Cristo, se exige que lhe sigam as pisadas. Deles também se exige que vendam tudo o que possuem a fim de estar com ele no Reino. O mesmo gozo consumidor lhes está proposto e este deve inspira-los com a mesma determinação inalterável que não há sacrifício demasiado grande, nem impedimento muito difícil, para vencerem-no a fim de participar neste galardão glorioso ao qual Jeová os convida.—Mat. 13:44.

19. Tem isto qualquer ponto para os jonadabes? Se assim for, como?

19 De modo similar, dos jonadabes ou “outras ovelhas”, que serão grandemente abençoados e honrados debaixo desse reino glorioso, sendo recipientes das suas bênçãos, também se requer que considerem este privilégio de inestimável valor e exige-se que eles sigam uma carreira de fidelidade igual à de Jesus e dos membros de seu corpo de modo a qualificar-se para as suas bênçãos. Por isso o “vender tudo que possua”, esta entrega de tudo para adquirir a “perola de grande valor”, toca vitalmente a todos os membros do corpo de Cristo e a seus fiéis jonadabes associados. A nossa apreciação disto aumenta-se pelo entendimento exato. Adquira entendimento!—Mat. 13:45, 46.

20. Como se aproximou Jesus deste empenho sem impedimento?

20 A atitude de Jesus e o seu método de se aproximar deste grande empreendimento está registrado em Mateus 8:20-22: “As raposas têm covis, e as aves do céu pousos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.” O seu grande objetivo era servir a seu Deus e confiar nele para todas as outras coisas. Não se interessava no ajuntamento de tesouro terrestre pessoal. Não tinha o desejo de adquirir a riqueza deste mundo, nem terra, nem sequer uma casa. Nem mesmo tratou de possuir as coisas comuns que outras criaturas achavam necessárias para a sua existência. Preocupou-se com uma só coisa, a aquisição do campo que continha o tesouro escondido. Todas as demais aquisições terrestres teriam-no sobrecarregado e portanto teriam interferido com os seus planos; por isso com júbilo os relinquiu antes que interferissem de algum modo com o seu único grande objetivo.

21. Como iniciou ele sua carreira?

21 Jesus principiou por assumir oficialmente as obrigações em relação à obra. Apresentou-se ao Pai dizendo (conforme expresso pelo salmista), “Eis aqui venho . . . para fazer, ó Deus, a tua vontade.” Após os seus quarenta dias no deserto, onde sem dúvida estudou, meditou e planejou cuidadosamente a sua carreira futura, e após ser tentado pelo Diabo, ele saiu com a determinação positiva de adquirir esse “campos e obter o tesouro de grande valor, custasse o que custasse. Não parou para dizer, “Tenho suficiente dinheiro no banco para sustentar-me se este negócio falhar ou se as coisas não sarem bem? Nem exigiu um reboque ou insistiu em outras provisões a fim de prover-lhe conforto durante este empreendimento. Não, saiu logo do deserto e começou já a trabalhar servindo os propósitos do Deus Todo-poderoso em conformidade com seu concerto. Publicando este evangelho do Reino e convidando seguidores a reunir-se com ele na obra, ele entendia o que fazia.

MANIFESTAR ENTENDIMENTO IGUAL AO DE JESUS

22. Que atitude assumiram os convidados a unir-se com ele como discípulos?

22 Ele convidou André, Pedro, Tiago e João, entre outros, a reunir-se com ele na obra de tornar-se pescadores de homens. Imediatamente deixaram o seu negócio de pescar. Eles, assim como Jesus, não pararam indefinidamente para considerar, ‘Quanto me vai custar isto?’ ou, ‘Tenho dinheiro suficiente para cuidar das minhas necessidades nesta obra?’ nem dizer, ‘Se isto falhar, lá se terá ido toda a minha freguesia, e o que será de mim? Não, logo deixaram o seu negócio de pesca e seguiram a Jesus. Com o decorrer do tempo, mais discípulos, também assim dispostos, uniram-se e foi o núcleo duma organização bem grande.

23, 24. A quem, e com que instruções enviou ele primeiro?

23 Finalmente chegou o tempo para enviar estes discípulos na sua missão como pescadores de homens. Ele escolheu os mais adiantados, maduros e teocráticos para compor este primeiro grupo de pioneiros e enviou-os no serviço como representantes do Reino. Havia justamente doze deles.

24 As instruções do Senhor a eles foram diretas e explícitas. Mateus 10:5-10 reza: “A estes doze enviou Jesus, dando-lhes estas instruções: Não ireis aos gentios, nem entrareis nas cidades dos Samaritanos; mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pondo-vos a caminho, pregai que está próximo o reino dos céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, e expeli os demônios; de graça recebestes, de graça dai. Não vos provereis de ouro nem de prata, nem de cobre nas vossas bolsas; nem de alforje para o caminho, nem de duas túnicas, nem de calçado, nem de bordão; pois digno é o trabalhador do seu alimento.” A semelhança desta comissão ao próprio ministério de Jesus é notabilíssima.

25. Por que os enviou Jesus sem impedimento?

25 Este método de fazer a obra deveria ter parecido estranho aos discípulos, sendo tão completamente contrário à argumentação humana que se pode pensar que os discípulos não entenderiam; mas estavam dispostos. Não nos podemos esquivar do fato que é este proceder que o próprio Jesus seguiu, e é o proceder que ele recomenda que os seus discípulos sigam. A questão naturalmente surge, Por que recomendou Jesus tal carreira para si e para os seus seguidores? Jesus sabia que acumulações terrestres além do que fosse absolutamente necessário para sustentá-los lhes acarretariam cargas extras e interfeririam na comissão que tinham recebido de Jeová. Essas acumulações atrasariam o progresso da obra em que se estavam empenhando. Em consequência desde o começo ele recomendou que não se encarregassem de tais coisas. A sua comissão proviera de Jeová. Ele lhes tinha designado uma obra importantíssima; todos os pesos desnecessários que interfeririam com a sua execução deveriam ser renunciados. Estas coisas só serviriam de preocupação dividindo-lhes a atenção entre a sua acumulação e a sua comissão do Senhor. Jesus queria, acima de tudo, que sua mente ficasse livre e inteiramente dedicada à sua comissão a fim de assegurar-lhe bom êxito. Jesus tinha entendimento e ajudava os discípulos a entender.

O QUE RESULTA DE SUA FALTA

26. Como diferiu isto inteiramente do modo humano de atuar?

26 Este caminho é inteiramente diferente do caminho humano. Hoje, até entre aqueles que professam ser cristãos, é seguro dizer que quase toda pessoa, ao considerar o serviço de tempo integral, a primeira coisa que ele pensa é: ‘Que recursos terrestres tenho, algo a que eu possa recorrer? Sou capaz de ficar doente ou talvez este negócio não saia bem; neste caso o que farei, se não tiver uma casa ou outra provisão a que recorrer?’ Este é o funcionamento natural da mente humana; em primeiro lugar põe a nossa pessoa, e a Deus e os seus requisitos em segundo. Esta não é argumentação em conformidade com o entendimento de nosso Senhor Jesus Cristo. E, portanto, terrena, animal e demoníaca. A questão que encara cada um que professa ser cristão em tal debate é, Quem tem razão, Jesus Cristo, nosso Senhor e Chefe, ou eu? Todos concordarão que o Senhor tem razão. Pois, então, tenho bastante fé no Deus Todo-poderoso para aceitar a orientação de nosso Senhor Jesus Cristo e seguir o procedimento que ele delineou para todos os seus fiéis seguidores o qual os seus fiéis discípulos conservavam quando ele estava com eles na sua primeira vinda? Reduzida ao mínimo, a questão é, Estou eu preparado para vender tudo que possuo por uma parte no reino de Deus?

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