Por que as Testemunhas de Jeová não são pacifistas
“Jeová é homem de guerra; Jeová é o seu nome”—Êxo. 15:3.
1. A que pergunta sobre as testemunhas de Jeová buscamos aqui a resposta?
“As testemunhas de Jeová! Apenas um grupo de pacifistas!” Assim exclamarão com desdém muitíssimas pessoas. Foram induzidas a pensar deste modo pelas acusações que foram lançadas a essas por seus inimigos. Mas são pacifistas as testemunhas procurando refugiar-se sob pretexto de “objeção de consciência” porque têm medo de lutar? Busquemos aqui com sinceridade a resposta honesta e certa desta inflamada questão. Que têm elas a dizer em sua própria defesa?
2. Que declaração acerca disto fizeram no Estádio Ianque? Por quê?
2 Na assembleia internacional de 1950 das testemunhas de Jeová no Estádio Ianque, cidade de Nova York, havia 10.000 convencionais estrangeiros de mais de sessenta outros países. A maior parte deles foram submetidos à grande injustiça religiosa, embaraços, dificuldades e inconveniências porque foram obrigados a desembaraçar-se da acusação falsa de “extremo pacifismo”. Realizou-se uma reunião de indignação na sexta-feira de tarde, 4 de agosto, na assembleia, na qual os 70.000 convencionais americanos na presença desses irmãos estrangeiros adotaram um “Ressentimento e Protesto”, e ao encerrar-se a sessão da tarde, distribuíram-se um milhão de exemplares deste. Essa folha de quatro páginas dirigiu energicamente a atenção à “Discriminação Injusta sob Acusação Falsa de Pacifismo” e disse: “Caluniar-nos de extremos pacifistas não tem fundamento e é uma mentira deliberada com o fim de provocar preconceito contra nós e contra esta assembleia internacional. Fizeram conforme profetizaram as Escrituras, ‘forjaram maldade tendo por pretexto uma lei.’—Salmo 94:20, Al. O extremo pacifismo não é a nossa pregação. Não somos pacifistas. . . . Acusar-nos de extremos pacifistas é uma mentira.”
3. Como se define pacifismo? Podem ser acusadas deste as testemunhas?
3 Conforme definido pelo New Internacional Dictionary de Webster (2 edição, completa, de 1943) Paciƒismo significa: “Oposição à guerra ou ao emprego de força militar para qualquer fim, especialmente, uma atitude mental que se opõe a toda guerra, frizando os defeitos do adestramento militar e da despesa de guerra, e defendendo a solução das disputas internacionais inteiramente pela arbitração.” Nem a própria Bíblia pode ser acusada de ensinar tal pacifismo, tão pouco as testemunhas de Jeová, que aderem com afinco à Bíblia.
4. Quão longa é a sua história? Mostra ela que podem ser acusadas de pacifismo?
4 Ao julgar as testemunhas de Jeová as pessoas estão inclinadas a considerá-las um corpo religioso que tem menos de um século de idade. Sem dúvida, este nome único se realçou em 1931, quando, por aclamação pública, esses fiéis cristãos por toda a terra adotaram resoluções que rejeitaram os nomes infamantes de que os inimigos as tinham tachado e aceitaram o nome bíblico de “testemunhas de Jeová”. Mas a sua história é muito mais longa do que um século. Já no século oito antes de Cristo a profecia declarou ao povo escolhido de Deus: “Vós sois as minhas testemunhas, diz Jeová, o meu servo a quem escolhi,. . .Eu é que tenho anunciado, que tenho trazido a salvação e que tenho mostrado, e não houve entre vós deus estranho, portanto vós sois as minhas testemunhas, e eu sou Deus.” (Isa. 43:10-12) Em verdade, a história das testemunhas de Jeová remonta até Abel, filho de Adão, a quem seu irmão Caim matou porque Abel tinha recebido testemunho favorável de Jeová Deus. O apóstolo Paulo, nos Heb capítulos 11 e 12 da sua carta aos Hebreus, prova este fato. Em toda essa história de quase seis mil anos o registo não indica nenhuma vez que as testemunhas de Jeová podem ser acusadas de “oposição à guerra ou ao emprego de força militar para qualquer fim”, que é a definição de pacifismo.
5. Como mostra Paulo que eram combatentes? Quem lhes deu a vitória?
5 Podíamos percorrer a lista das testemunhas de Jeová de Abraão em diante para provar que não eram pacifistas. O apóstolo Paulo nos fala acerca de Abraão “quando voltava da matança dos reis” e recebeu a bênção do rei Melquisedeque. (Heb. 7:1-4, Gên. 14:14-21) Fala de Moisés que conduziu os israelitas às fronteiras da Terra Prometida. Dai menciona um ponto culminante na guerra de Josué para purgar a Terra Prometida dos habitantes pagãos imorais, e acrescenta: “E que mais direi? Pois me faltará o tempo, se eu contar de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos profetas, os quais por meio da fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam a boca dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram forças, tornaram-se poderosos na guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros.” (Heb. 11:30-34, NTR) Todo aquele que Paulo menciona era combatente. Jeová lhes deu a vitória. Apenas porque Jerusalém se tornou infiel a Deus após avisos repetidos pelas suas testemunhas é que Jeová entregou os judeus aos exércitos babilônicos e não pelejou por eles. Tinha-os prevenido do castigo pela desobediência, de modo que deixou que tal lhes sobreviesse em vindicação da sua palavra.—Deu. 28:36-67.
NEEMIAS, MORDECAI E ESTER COMBATENTES
6. Combateram os judeus exilados nos exércitos de Babilônia ou não? Por quê?
6 Durante setenta anos os judeus ou israelitas foram exilados nas províncias babilônicas. Uniram-se aos exércitos de Babilônia e pelejaram pela dominação mundial dela? Não, ainda que alguns judeus, tais como Daniel e seus três companheiros judeus, foram introduzidos no serviço governamental apesar da sua adoração de consciência a Jeová Deus. Embora esses três hebreus fossem servos do governo de alta posição, todavia recusaram violar a consciência e encurvar-se ao decreto do imperador Nabucodonosor e praticar idolatria, saudando a imagem do estado político, a imagem de ouro que o governador ditatorial tinha levantado para adoração unida por todos os elementos do seu império. (Dan. 3:1-30) Quando Babilônia foi derrubada, os israelitas cativos não estavam enfileirados nos exércitos de Babilônia, pelejando contra sua derrota. Sabiam que as profecias de Jeová tinham predito sua queda, e então por que pelejarem contra o cumprimento da profecia divina, e ainda mais a favor duma potência mundial opressiva?
7. Como procedeu Daniel quanto à interferência do estado na adoração de Deus?
7 Sob o novo regime dos vitoriosos medos e persas o idoso Daniel foi introduzido no serviço do governo do rei Dario, o medo. Tornou-se o principal presidente de todos os sátrapas do rei. Quando os invejosos inimigos não puderam encontrar ocasião alguma contra Daniel a não ser no que diz respeito à sua fiel obediência à lei do seu Deus Jeová, então forjaram maldade contra ele por lei. Embora fosse ameaçado de ser lançado na cova dos leões, estando em perigo seu cargo oficial governamental, Daniel recusou violar sua consciência. Não se encurvou à lei imperial que estava contra a oração a Jeová e requeria que todo o mundo olhasse ao estado político por tudo. Daniel deu ao imperador somente o que era deste, mas a Deus a adoração e obediência que eram dele. Em seu benefício Deus fechou a boca dos leões, mas aqueles que forjaram maldade contra ele por uma lei astuta foram lançados, eles próprios, aos leões.—Dan. 6:1-28.
8, 9. Depois da restauração do exílio em Babilônia tornaram-se os judeus pacifistas? Como Neemias esclarece essa questão?
8 Ciro o persa sucedeu a Dario como regente. No seu primeiro ano permitiu-se aos judeus cativos que voltassem ao sítio de Jerusalém e reedificassem o templo de Jeová. Não lhes foi necessário pelejar pela libertação mediante força de armas militares, mas o Deus Todo-poderoso os restaurou por amor de seu nome e porque se arrependeram e dedicaram à adoração divina. Ainda após essa restauração à sua pátria, porém, os judeus não se tornaram pacifistas.
9 Este fato é digno de nota no caso de Neemias. Ele era um judeu no serviço do governo como copeiro e consultor íntimo do rei persa Assuero. Tornou-se governador da província judaica na Palestina e foi enviado para edificar bons muros para a cidade restaurada de Jerusalém. Os inimigos pagãos acusaram a Neemias de tentar apartar-se do império. “Ajuntaram-se todos de comum acordo para virem e pelejarem contra Jerusalém, e fazerem que houvesse confusão ali.” Que ação tomou Neemias? Não deixou de considerar a Deus, porque sabia que “se Jeová não guardar a cidade, em vão vigia o que a guarda”. (Sal. 127:1) De modo que o registro nos informa: “Porém oramos ao nosso Deus e, pelo receio que nos inspiravam, pusemos guardas contra eles de dia e de noite. . . .Olhei, levantei-me, e disse aos nobres e magistrados, e ao resto do povo: Não tenhais medo deles, lembrai-vos do Senhor, que é grande e terrível, e pelejai pelos vossos irmãos, vossos filhos, vossas filhas, vossas mulheres e vossas casas.” Desde então os construtores edificaram o muro tendo à cinta as lanças, os escudos, os arcos, as couraças e as espadas. Assim foi derrotada a conspiração. (Nee. 4:8-23) Estavam implicadas a causa de Deus e a liberdade de seu povo de adorá-lo livremente. Eis por que os israelitas tinham escolhido combater. Não foi pela glória e poder do império persa que pelejaram. Pelejaram por seus irmãos que pertenciam à organização de Deus e que o adoravam.
10, 11. Como foi isso demonstrado também no caso de Mordecai e Ester?
10 Nas outras províncias do império persa também não havia pacifismo por parte dos judeus. Mais de sessenta anos após a restauração dum restante judeu a Jerusalém, os judeus por todo o império foram acusados por um inimigo religioso em alto cargo governamental. Eram diferentes de todos os outros povos; além da lei do império tinham as leis de Jeová que regiam sua adoração de Deus. Portanto disse Hamã, o inimigo iníquo: “As suas leis divergem das de todos os povos. Não observa as leis do rei: portanto não convém ao rei tolerá-lo.” E pediu e conseguiu que se pusesse em vigor uma lei para que eles fossem destruídos antes de chegar outra páscoa.—Ester 3:8-15.
11 Sob conselho de Mordecai o judeu, a rainha Ester levou uma batalha jurídica à figura judicial mais alta do império, o próprio rei Assuero. Pondo em perigo a sua própria vida ela pleiteou alívio por seu povo, revelando ao mesmo tempo os designíos maus do seu inimigo religioso, Hamã. Este perseguidor ímpio foi enforcado no patíbulo que ele fizera para Mordecai, e Mordecai foi promovido a um cargo mais alto no governo persa. Pela autorização do imperador ele escreveu nos estatutos do governo uma lei, a qual dispunha que os judeus no dia do assalto determinado por seus adversários “se ajuntassem e se dispusessem para defender as suas vidas, que destruíssem e matassem, e fizessem perecer juntamente com os seus pequeninos e suas mulheres, todos os poderosos do povo e da província que os quiserem assaltar.” Recusaram os judeus de modo pacifista atuar em conformidade com essa lei pela defesa própria mediante força de armas? Não! Nos dias 13 e 14 do seu último mês de adar, pelejaram valentemente para defender suas vidas e as de seus irmãos. Jeová Deus estava com eles e lhes concedeu a vitória, cumprindo sua ordem profética de exterminar por completo os amalequitas. Ele se serviu dos judeus, suas testemunhas, por executores.—Ester 8:10 a 9:16, Êxo. 17:13-16.
NÃO HÁ DESVIO AO PACIFISMO NO FIM DO MUNDO
12. Por que as testemunhas hodiernas não prosseguem nessa tradição de combate militar, desde que pretendem que não são pacifistas?
12 Muitos dos nossos leitores ou dos funcionários públicos podem perguntar: Se as hodiernas testemunhas de Jeová estão ligadas numa cadeia ininterrupta com essas testemunhas dos tempos antigos que têm tal história, por que elas não levam a cabo essa tradição do combate militar? Por que não se acham nas fileiras dos exércitos da cristandade? Por que buscam isenção do serviço militar? Por que vão até o ponto de recusar entrar nos campos de Serviço Público mantidos para ou pelos pacifistas e objetores de consciência, ou participar de qualquer maneira na defesa ou esforço de guerra? Indague das testemunhas de Jeová por quê, e lhe dirão que não é pelo motivo de que se tornaram pacifistas. É por que elas têm objeção de consciência à participação em tal guerra e esforços de defesa por parte da cristandade e o resto do mundo, baseando a sua objeção na Palavra de Deus, a Bíblia. Mas, o leitor pergunta, como podem ser objetores de consciência e ao mesmo tempo não pacifistas? Elas não estão contra a guerra entre as nações, e não interferem nos esforços de guerra das nações, tão pouco com alguém que conscienciosamente pode tomar parte em tais esforços. Pelejam apenas quando Deus lhes ordena que o façam, porque então é guerra teocrática.
13. Se pretendêssemos ser pacifistas, que teríamos de fazer coerentemente para com as testemunhas pré-cristãs? Por que não podemos fazer isso?
13 Se as hodiernas testemunhas de Jeová pretendessem ser pacifistas, significaria denunciarem todas as testemunhas de Jeová pré-cristãs que pegaram em armas para defender a soberania universal de Jeová e sua nação teocrática de Israel. Mas não nos é possível fazer essa denúncia. Jesus Cristo jamais o fez, e ele é a maior testemunha de Jeová, que adquiriu o título “A testemunha fiel e verdadeira”. (Apo. 3:14) O próprio Jeová não é pacifista. Nem o são suas testemunhas, ainda que sejam objetores de consciência. Jesus não era pacifista, embora não haja registro de que ele em tempo algum pegasse em armas carnais em defesa própria. Ah, dirá, mas não fez Jesus um azorrague de cordas para expulsar do templo em Jerusalém todos os vendedores comerciais? Sim, mas o relato não diz que ele usou esse azorrague nos homens que vendiam mas o usou nas ovelhas e bois que tinham trazido para esse lugar santo, fazendo “da casa de meu Pai casa de negócios.”—João 2:13-16, NTR.
14. Quando Jesus mandou os apóstolos vender a capa e adquirir uma espada, queria dizer que devemos usar a espada? Que mostrou seu proceder?
14 Outra vez objetará, Não disse Jesus aos discípulos, após instituir com eles o Memorial, antes de sair para Getsêmani, “Quem não tiver espada, venda a sua capa, e compre-a”? E quando seus discípulos disseram, “Senhor, eis aqui duas espadas,” ele lhes respondeu, “Basta.” (Lucas 22:36-38, NTR) Sim, mas por meio disso Jesus lhes indicou que ele estava para ser preso por um bando armado, sob circunstâncias que poderiam provocar resistência armada. Os fatos que se desenvolveram mostram que Jesus não recorreu ao uso duma espada quando se efetuou sua prisão ilegal. Por que, então, sugeriu que se buscasse uma espada e permitiu que pelo menos uma fosse levada para Getsêmani? Ele o fez a fim de provar que não escolheu recorrer à resistência armada mas que se entregaria voluntariamente em harmonia com a vontade de seu Pai. Pedro tentou oferecer resistência armada, usou a espada e cortou a orelha dum homem. Daí disse Jesus a Pedro: “Mete a tua espada no seu lugar, porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão. Ou pensas tu que eu não poderia rogar a meu Pai, e que ele não me mandaria agora mesmo mais de doze legiões de anjos? Como, pois, se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça?”(Mat. 26:52-54, NTR) Segundo o relato de João, Jesus acrescentou: “Não hei de beber o cálice que o Pai me deu?”(João 18:11, NTR) Assim vemos por que Jesus procedeu da maneira que a alguns parecia pacifismo. Ele não estava, porém, comparecendo perante o tribunal de seu Pai nem perante os tribunais do país acusado de resistência armada. Não se expôs a ser morto sob acusação de resistência armada, tinha de morrer voluntária e sacrificialmente, como uma ovelha que é levada ao matadouro.
COERENTES COM A PROFECIA E COM SUA MENSAGEM
15. Em vista da profecia de Jesus, por que não poderíamos ser pacifistas?
15 As testemunhas de Jeová copiam a Jesus e obedecem às suas instruções. Isso é por que não se uniram aos exércitos mundanos nem participaram de maneira alguma nos esforços de guerra das nações. Isto não quer dizer que sejam pacifistas que se opõem e resistem à guerra e interferem na realização das guerras de agressão ou de defesa pelos governos mundiais. Não poderiam resistir à guerra, porque se sujeitam ao cumprimento das palavras de Jesus acerca da consumação do sistema de coisas. Ao perguntarem-lhe os discípulos, “Declara-nos, Quando sucederão essas coisas, e que sinal haverá da tua presença e da consumação do sistema de coisas?” ele lhes disse: “Ouvireis falar de guerras e rumores de guerras, olhai não vos aterrorizeis. Porque é necessário que essas coisas aconteçam, mas ainda não é o fim completo. Porquanto se levantará nação contra nação e reino contra reino, e haverá escassez de víveres e terremotos num lugar após outro. Todas essas coisas são apenas o princípio das dores de angústia.” (Mat. 24:3, 6-8, NM) Assim, como poderiam as testemunhas cristãs de Jeová se opor às guerras mundanas ou tentar impedi-las desde que Jesus profetizou que sem dúvida seriam travadas? Jesus não lhes disse que elas estariam na luta. Elas meramente ouviriam as guerras que se travassem ao alcance dos ouvidos ou senão ouviriam falar das guerras travadas noutra parte.
16-18.(a) Se fossem pacifistas, a que ação de Jeová em breve se precisariam opor? (b) Que proclamação não-pacifista ele lhes manda fazer?
16 Se as hodiernas testemunhas de Jeová fossem pacifistas, então, a fim de ser coerentes, teriam de se opor à guerra de Jeová contra o mundo inteiro do Diabo na frente de batalha do Armagedon. Viram as nações deste mundo assaltar a organização visível de Deus composta do seu povo, mencionada profeticamente como “Jerusalém”, durante a guerra mundial de 1914-1918, conforme predito por Zacarias. Agora esperam o cumprimento em breve do resto da sua profecia, a saber: “Então sairá Jeová, e pelejará contra essas nações, como quando pelejou no dia da batalha. . . virá Jeová meu Deus, e todos os santos contigo. Jeová será rei sobre toda a terra, naquele dia um só será Jeová, e um só o seu nome.” (Zac. 14:1-3, 5-9) Haverá então uma grande matança, prefigurada pela matança dos inimigos unidos de Deus que marchavam ao ataque contra Jerusalém nos dias do rei Josafá. Portanto ele chama o campo de matança o “vale de Josafá” e convida todas as nações deste mundo a descer a ele. (2 Crô. 20:1-25) Ele emite a ordem:
17 “Proclamai isto entre as nações, preparai a guerra, suscitai os valentes, cheguem-se todos os homens de guerra; subam. Forjai espadas das relhas dos vossos arados, e lanças das vossas podadeiras; diga o fraco: Eu sou forte. Apressai-vos e vinde, todas as nações ao redor e ajuntai-vos, para ali faze, ó Jeová, descer os teus valentes. Suscitem-se as nações, e subam ao vale de Jeosafá, pois ali me sentarei para julgar todas as nações ao redor. Metei a foice, porque está madura a ceifa, vinde, pisai, porque o lagar está cheio, e os vasos dos lagares trasbordam, pois grande é a sua malícia. Multidões, multidões no vale da decisão, porque o dia de Jeová está perto no vale da decisão: o sol e a lua escurecem, e as estrelas retiram o seu esplendor. Jeová rugirá de Sião, e de Jerusalém fará ouvir a sua voz, os céus e a terra tremerão, Jeová, porém, será um refúgio para o seu povo.”—Joel 3:9-16.
18 Ordena-se às hodiernas testemunhas de Jeová que façam esta proclamação às nações, e isto fazem. Então como poderiam fazer isso e ao mesmo tempo ser pacifistas?
19. Como, desde 1914 provou Jesus que não é pacifista?
19 Pelos atos de Jesus Cristo desde 1914 E.C. jamais se poderia acusá-lo de pacifista. Por que não? Porque desde essa data Satanás o Diabo e seus demônios foram expulsos do céu e ele desceu à nossa terra, cheio de grande ira, sabendo que já lhe resta pouco tempo. Os ais indizíveis que hoje açoitam a terra e o mar, junto com todos os demais cumprimentos da profecia, provam este fato. Como foi Satanás precipitado para cá? Apocalipse 12:1-12 (NTR) responde que após o nascimento do reino de Deus e a entronização de seu Filho Jesus Cristo, “houve guerra no céu”. Não sendo pacifista, foi este Rei Jesus Cristo que pelejou contra Satanás e seus demônios e os precipitou a seu escabelo, a terra. Agora o humilhado Satanás está empregando seus demônios de modo a impelir todas as nações ao Armagedon para a “guerra do grande dia do Deus Todo-poderoso”. (Apo. 16:14-16, NM) Mas quem são “os valentes” de Jeová os quais ele faz descer ao “vale da decisão” a fim de liquidar para sempre o debate supremo da dominação do mundo? São o “Cordeiro de Deus” e os anjos que pelejaram debaixo dele na “guerra no céu” contra Satanás. Na terra Este, semelhante a ovelha, parecia um pacifista, mas agora ele é o “Leão que é da tribo de Judá”. (Apo. 5:5, 6) A esse guerreiro destemido o Salmo 110:4-6 (NA) diz: “O Senhora, à tua mão direita, quebrantará reis no dia da sua ira. Julgará entre as nações, enchê-las-á de cadáveres, ferirá a cabeça em muitos países.” Leia a vívida descrição deste guerreiro real de Jeová Deus, em Apocalipse 19:11-16. Saibam todas as nações militarizadas que todas elas toparão com derrota permanente nessa guerra universal do Armagedon e a corrida de armamentos cessará finalmente para todo o sempre.
20. Depois de quê, virá a paz garantida? Que farão os sobreviventes?
20 Depois do Armagedon os que tiverem sobrevivido, estando do lado do vencedor, o lado de Jeová, gozarão de paz perfeitamente garantida. Então “das suas espadas forjarão relhas de arado, e das suas lanças podadeiras: uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.”—Isa. 2:4
[Nota de rodapé]
a Um dos 134 lugares em que os sopherim hebraicos mudaram a palavra Jeová no texto hebraico a Adonai, que quer dizer “O Senhor”. Vejam-se os Salmos da Conf. Cath.(em inglês.