Cura para vida no novo mundo
“E as folhas das árvores eram para a cura das nações.”—Apo. 22:2, NM.
1, 2. Em que programa futuro de saúde esta Jeová prestes a empenhar-se, e qual é a principal finalidade do atual programa de saúde?
JEOVÁ Deus, durante os últimos mil e novecentos anos, levou avante um extraordinário programa de saúde. Agora ele está nas vésperas de empenhar-se numa obra de curar que sarará todos os humanos que viverem no novo mundo eterno. O vindouro programa de saúde habilitará todos os homens e mulheres que seguirem a receita divina para viver eternamente em estado perfeito tanto físico como mental na terra livre de todos os vestígios da doença e senilidade.
2 As maravilhas que se conseguirão no recobro da humanidade à saúde perfeita foram prefiguradas pelas assombrosas curas que Jesus Cristo e seus apóstolos fizeram no início do programa de saúde que tem estado em progresso durante os últimos dezenove séculos. No tocante a este programa, visava preparar alguns, um grupo limitado entre a humanidade, para a vida eterna na região espiritual. Isto é, efetuou-se em benefício especial da congregação cristã de 144.000 fiéis vencedores deste mundo, os quais se reunirão com Jesus Cristo no seu reino celestial. Mas o próprio reino será uma agência de cura. Por intermédio dele todas as famílias da terra serão abençoados com perfeita vida e felicidade.
3. No seu principio como foi salientado o corrente programa de saúde?
3 Há dezenove séculos, no início do corrente programa de saúde para a congregação cristã, que este foi realçado por milagrosas curas físicas. A palavra ou ao toque de Jesus Cristo se abriram os olhos dos cegos, se desimpediram os ouvidos dos surdos, as bocas dos mudos encheram-se de fala articulada; os coxos andavam sem manquejar e sem muleta, os acamados levantaram-se com saúde instantânea, os desafortunados estropiados pela lepra foram purificados de todos os estragos desta, os mortos levantaram-se do ataúde ou do túmulo memorial. Lucas, ele próprio médico, escreveu nitidamente desta manifestação de terapia divina, dizendo: “E o poder de Jeová estava ali para fazer a cura.” (Luc. 5:17, NM) Não por curso misterioso na metafísica, mesmerismo, nem por outro poder hipnótico, senão pela concessão direta, Jesus conferiu aos discípulos especialmente selecionados a autoridade de fazer curas físicas. Deu-lhes a ordem expressa que fizessem essas sem cobrar nada em dinheiro! Daí ele morreu como mártir, o homem relativo a quem se havia profetizado: “Mas verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e quanto às nossas dores, carregou com elas, . . .o castigo que nos devia trazer a paz estava sôbre ele, e com as suas pisaduras há cura para nós. —Isa 53:4, 5, Ro, 1 Ped 2:24.
4. Por que não cessou o programa de saúde quando Jesus morreu?
4 Cessou abruptamente para todo o sempre o programa de cura divina quando Jesus morreu? Não; Jeová Deus impediu-lhe a ruína levantando Jesus dentre os mortos para assentar-se a sua destra no céu e ali exercer toda a autoridade por Deus no céu e na terra. Dez dias após ter escondido e voltado ao céu, isto é, no dia de Pentecostes, o glorificado Jesus derramou espírito santo sobre seus fiéis discípulos na terra, e junto com esse conferiu a muitos deles o dom de cura física milagrosa. Assim prosseguiu no meio dos homens o programa de saúde proveniente dos céus.
5. Por que não há cura divina agora, e representa isto para nós uma verdadeira perda?
5 As curas milagrosas de corpos humanos continuaram ate à morte do último dos apóstolos e seus associados cristãos. Por esses milagres a congregação cristã havia sido estabelecida na fé e também definitivamente identificada como sendo o verdadeiro Israel de Deus, substituindo a casa natural de Israel que tinha rejeitado Jesus por Messias ou Cristo. No tempo devido a congregação cristã passou da sua infância. Hoje, após uma carreira de dezenove séculos, está na sua madureza ou pleno crescimento de varonilidade cristã. Deus pôs para o lado muita coisa pertencente à sua infância, tal como o dom do espírito para fazer curas instantâneas no corpo e mente humanas. Assim os do restante desta congregação cristã ainda na terra não exercem tal dom do espírito. Não há razão bíblica para esperar de qualquer fonte ou canal o milagre de cura divina no seu caso. Mas isto não resulta em verdadeira perda ou embaraço para eles, por que sua esperança e destino eterno é espiritual celestial, e não físico, terreno.
6. Estavam e estão os cristãos sujeitos à doença? Como buscam eles alívio?
6 Até no primeiro século enquanto operava a cura milagrosa, os mais fiéis dos cristãos estavam sujeitos à doença física e indisposições comuns a todos os outros da humanidade, e morreram em resultado delas. Nem todos sofreram a morte violenta de mártir nem viveram até a idade extremamente avançada do apóstolo João, que recebeu a revelação e que talvez morresse do definhamento e colapso resultantes da velhice. Os cristãos dotados da autoridade de curar não foram autorizados a usar o poder sôbre si mesmos nem a mandar seus irmãos semelhantemente dotados usá-lo neles para o conforto, comodidade e conveniência dos cristãos. Nem rogaram tal cura miraculosa do seu organismo físico. Recorreram a remédios dignos de confiança ou aos serviços de médicos praticantes. Também hoje, muito tempo após ter passado o dom do espírito de cura física, fiéis cristãos adoecem ou são vítimas das maiores doenças destes tempos. Estes, também, buscam alívio de modos racionais.
7. Devem considerar-se os recobros desusados como sendo cura divina?
7 Às vezes se submetem às intervenções cirúrgicas como sendo o último recurso. A vida do doente está suspensa por um fio delgado. Parece muito improvável o recobro. Há quase todo motivo de perder esperança de vida. Mas há mudança, e o doente ou o que foi sujeito à intervenção cirúrgica se recupera e reassume as suas atividades anteriores. Porque é tão maravilhoso, devemos considerá-lo um caso de cura divina neste século vinte? O recuperado talvez sinta-se assim a respeito. Ele usará expressões de gratidão a Deus e o descreverá em termos que o torna um caso de cura divina. Dirá que Deus foi misericordioso para com ele e lhe poupou a vida especialmente para a obra que Deus ainda determinou para ele.
8. Quais são os argumentos sensatos contra tal opinião?
8 Mas se Deus efetuasse cura, isto é, se fosse um caso de cura divina, por que, então, era necessário este cristão recorrer aos médicos e aos remédios que receitaram? Ou por que foi necessário consentir a uma intervenção cirúrgica e violar talvez a lei de Deus pela aplicação duma transfusão de sangue ou injeção de plasma sanguíneo? Eram tais coisas os preliminares da cura divina nos dias apostólicos quando tal era operação do espírito de Deus? De modo nenhum. Naquela época os milagres de Deus eram diretos e instantâneos, sem ajuda de médicos humanos e medicamentos, e onde estes tinham falhado. Mas isto não se dá hoje. Por conseguinte, quando um cristão experimenta um extraordinário recobro e sobrevivência, ele não se deve persuadir que isto aconteceu pela intervenção especial dos céus. Pessoas fora da congregação cristã também se restabelecem de modo extraordinário e inesperado. Além disso, ainda que um cristão tenha voltado de forma incrível das garras da morte, outro cristão ou muitos outros cristãos sob circunstâncias semelhantes não foram tão felizes mas sucumbiram à grande angústia física. Então, o que se pode dizer? Teve aprovação divina aquele cujas fôrças físicas se revivificaram e que recuperou saúde e atividade normais? Mas tiveram o desfavor divino os que não experimentaram melhoras físicas e que padeciam, pioraram e finalmente morreram das suas aflições ou operação? Não seria justo dizer isto, especialmente no caso de serem os que sucumbiram tão fiéis e dedicados a Deus como aquele que teve recobro extraordinário.
9. Que mais mostra que a falta de recuperação não é sinal de desagrado divino nem de falta de atenção?
9 Lembrai-vos de que logo após Deus ter aparecido a Jacó e pronunciado seu nome como sendo daí em diante “Israel”, sua amada esposa, Raquel teve um parto difícil ao dar à luz o segundo filho, Benjamim, e morreu. Podemos ficar certos de que não foi em sinal do desprazer divino. (Gen. 35:9-20.) Com a idade de 147 anos o próprio Jacó adoeceu e morreu da sua enfermidade. Mas não porque estava fora do favor de Deus, pois continuou qual profeta de Deus até o fim. Jacó foi embalsamado pelos médicos do Egito. (Gen. 47:28 a 48:1; 49:33 a 50:3) Eliseu, também, adoeceu duma enfermidade da qual ele faleceu, mas profetizou até no leito de morte como uma das testemunhas de Jeová. (2 Reis 13:1-20) É possível, também, que as perturbações estomacais de Timóteo e suas frequentes indisposições continuassem com ele até a morte, e que o vinho que Paulo aconselhou que tomasse apenas serviu para dar-lhe alívio. (1 Tim. 5:23) Desse modo, se a pessoa submeter-se a uma operação ou sucumbir a uma doença, isto não é evidencia do desagrado ou falta de interesse e atenção por parte de Deus. Da mesma forma que um restabelecimento fenomenal não deve ser interpretado como sendo sua intervenção e favor especiais. Temos de ser razoáveis e equilibrados em mente. Tenhais presente que há muitos fatores corporais e circunstâncias acompanhantes que operam para a recuperação duma intervenção cirúrgica ou grave ataque de doença, por certas pessoas, os quais, porém, não estão presentes para os que sucumbem.
10. É a doença um assunto apropriado para oração? Com que limitações?
10 Isto não quer dizer que não devemos estar gratos a Deus e lhe expressar gratidão se convalescermos. Nem quer dizer isto que não podemos levar o assunto a ele em oração quando nós ou nossos concristãos estivermos doentes. Cada circunstância e acontecimento da nossa vida é assunto que podemos levar a ele em oração. Mas, ainda assim, não podemos pedir a cura divina e aguardá-la, ainda que usemos como base as palavras de Jesus: “Se vós permanecerdes em união comigo, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito.” (João 15:7, NM) Sabemos quais são os dizeres de Jesus com respeito a seus seguidores para este dia, e não falam de milagres no organismo físico dos seus seguidores nesta época.
11. Durante a doença que de direito podemos pedir?
11 Aquilo que é apropriado para pedirmos a nosso Pai celestial é que ele nos ajude a termos paciência em fortaleza cristã durante a doença ou enfraquecimento físico. Podemos pedir-lhe que nos ajude a portarmo-nos como fiéis testemunhas mediante tudo isso, que não percamos a fé nele, que não soframos dano espiritual por causa de tal coisa. Podemos orar que sejamos orientados no uso de remédios adequados que estão disponíveis ou os serviços médicos corretos. Até no meio de doença podemos deixar brilhar nossa luz. Nossa obrigação é pregar a palavra, perseverar nisto em época favorável, em época trabalhosa.’ (2 Tim. 4:2, NM) Houve casos em que os fisicamente enfermos melhoraram de saúde corporal por provar zelo a favor do seu Reino, saindo ativamente no serviço de campo, ainda que a falta de saúde parecesse ditar ao contrário. Lembremo-nos que, citando o apóstolo, “tanto se vivemos, para Jeová vivemos, como se morremos, para Jeová morremos. Portanto, quer vivemos quer morremos, pertencemos a Jeová. Porque foi para este fim que Cristo morreu e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos como dos vivos.” (Rom. 14:8, 9, NM) Portanto, o fiel cristão que não se recobra mas sim morre, ainda pertence ao Senhor Jesus.
O DIABO LEVA A CULPA
12. Ao caso de quem se referem alguns para argumentar que Satanás causa enfermidade e acidentes?
12 Alguns agora suscitarão a pergunta, Não é Satanás o Diabo que causa que adoeçamos, assim nos incapacitando? Não é ele que ocasiona os acidentes fatais aos fiéis de Jeová ou desastres que invalidam sua utilidade posterior no serviço divino? Em apoio da resposta afirmativa se referirão ao caso de Jó. Nessa ocasião Satanás mandou cair fogo do céu para consumir os grandes rebanhos das ovelhas de Jó e seus pastores, também um temporal para ferir a casa em que seus dez filhos se banqueteavam e para fazer cair a casa sôbre eles, matando-os. Além disso, aquele iníquo golpeou a Jó com uma doença horrível que o cobriu de pé à cabeça com úlceras corrosivas e sarnentas.
13, 14. Por que não fornece o caso de Jó a regra para medir todos os casos?
13 Todavia o caso de Jó não nos fornece a regra pela qual devemos medir todos os casos de doença e acidente. Jó foi feito um caso de prova especial. Primeiro, Jeová chamou a integridade de Jó à atenção de Satanás, e daí o adversário acusou Jó de servir a Deus por interesse, porque Deus tinha cercado tanto a ele como a todas as suas boas coisas de proteção divina, de modo que era próspero para Jó servir a Deus. Mas agora tire Deus esta proteção e deixe Satanás ferir-lhe no tocante a esses benefícios interesseiros e Jó renunciaria a Deus, amaldiçoando-o à sua face. Quando Jó negou ser forçado a tal infidelidade pela perda da propriedade e dos filhos, então Satanás obteve permissão de ferir a Jó na pele e na carne e ameaçar sua vida com uma doença incurável. Além disto, a própria espôsa de Jó virou-se contra ele e três de seus amigos eminentes o condenaram por hipócrita aflito pela justa mão de Jeová Deus. Mas estas provas severas do Diabo não moveram a Jó da sua integridade. O desafio de Satanás a Deus relativo a este homem piedoso foi deste modo derrotado, e o Deus Todo-poderoso milagrosamente sarou a Jó e lhe recompensou mais do que repor tudo o que Jó tinha perdido anteriormente durante a prova cruciante.
14 É verdade que todos nós, os cristãos, estamos sujeitos à prova da nossa integridade no meio deste mundo hostil. Mesmo assim, não pense ninguém que é tão importante que é selecionado e usado como caso de prova especial como Jó. Se assim fosse, então seria necessário que levássemos o quadro de Jó a cabo na sua aplicação a cada cristão individual. Nesse caso seria necessário que se restaurasse a todo cristão nesta vida o dobro do que perdeu pelos acidentes manobrados por Satanás. Precisaria experimentar cura divina milagrosa e depois disto viver uma vida longa de boa saúde, para corresponder aos 140 anos de Jó depois de sarado —Jó, capítulos 1, 2, 42.
15. A quem representou Jó, e por isso que prefigurou sua prova?
15 Ademais, a prova sôbre Jó foi permitida por Deus e escrita para servir de profecia. Prefigurou como a classe de Jó, a começar com o próprio Jesus (que jamais adoeceu), seria exposta à provação da sua integridade para com Deus às mãos de Satanás. Esta prova, contudo, não viria como resultado de acidentes, perdas e terríveis doenças literais ás mãos de Satanás. Não; mas pelas perseguições e oposição deste mundo que acarretariam a perda de associados íntimos, e nos trariam a aparência desonrosa de representação falsa perante o mundo tornando-nos repugnantes a eles, de sorte que nos acusariam de religiosos hipócritas amaldiçoados por Deus. Por exemplo, quando os sistemas religiosos ortodoxos da cristandade nos tacham de blasfemos, odiadores de todos, de nazistas, fascistas e imperialistas numa parte e de comunistas noutra. A restauração milagrosa de Jó, portanto, prefigurou, não a cura divina das nossas enfermidades físicas e sermos isentos de mais acidentes, mas como o Deus Todo-poderoso restauraria ao seu favor o fiel restante das suas testemunhas ungidas e neutralizaria todas as falsas acusações e representações dos seus servos perante tôdas as pessoas de boa vontade.
16. Por que não argúem o caso da mulher com o espírito de fraqueza e o do espinho na carne de Paulo que Satanás causa toda a enfermidade?
16 Portanto, tomamos um ponto de vista são sôbre o assunto de doença e acidente. Há muito além de doença e acidente que Satanás pode usar para provar a nossa integridade. É verdade que Jesus disse acerca da mulher que andava encurvada e a quem ele curou: “Não convinha soltar desta prisão no dia de sábado, esta que é filha de Abraão, a qual há dezoito anos Satanás tinha presa?” Mas notamos que o registo diz que a mulher tinha um “espírito de fraqueza” (NM) e estava evidentemente sujeita ao poder dum demônio que não a deixava endireitar-se. (Luc. 13:10-16, NTR) É verdade, também, que Paulo falou do seu “espinho na carne” como sendo um “anjo de Satanás, para me esbofetear”; mas isto não era doença nem acidente. Seja qual fôsse o espinho, era algo que Satanás o adversário empregou para fazer que tudo fôsse difícil para Paulo e assim mortificá-lo. Pode ser assim quanto às enfermidades e acidentes em nosso caso. Ainda que não se possa culpar a Satanás por estas coisas, contudo ele pode-se aproveitar delas depois de aconteceram a nós para nos mortificar, enfraquecer nossa fé em Deus, destruir nosso zêlo no serviço de Deus, para fazer que percamos o espírito de Deus e desistamos.
17. Produzem as causas normais os mesmos efeitos maus nos cristãos que em outros? Tornarem-se cristãos altera de qualquer maneira seus corpos?
17 Doença, enfermidades e acidentes têm suas causas normais. Estas causas produzem os mesmos resultados na vida dos cristãos dedicados como na dos mundanos não-consagrados. Em Listra, na Ásia Menor, quando os pagãos queriam adorar aos obradores de milagres, Paulo e Barnabé, como se fossem deuses, êstes pularam no meio da turba e objetaram: “Homens, por que fazeis isto? Nós também somos criaturas humanas tendo as mesmas enfermidades que vós.” (Atos 14:8-15, NM) E todos nós podemos concordar com o salmista Davi quando disse: “Eis que fui nascido em iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe.” (Sal. 51:5) Portanto só porque a pessoa crê nas boas novas do reino de Deus e se dedica a seguir nas pisadas de Jesus, Deus não faz um milagre para mudar-lhe o organismo carnal. Oh, êle poderá prolongar seus dias por viver uma vida melhor como cristão dagora em diante, tanto moral como fisicamente, por que aprende cada vez mais da verdade e trata seu corpo com decência, não abusando dêle como os do mundo. A atividade altruísta no serviço de Deus faz bem à pessoa tanto mental como corporalmente. Estudar a Palavra de Deus e aplicá-la em palavra, pensamento e ações tem efeito salutar sobre a pessoa de toda forma. Citando a Salomão: “Teme a Jehovah, e aperta-te do mal: isso será saúde para o teu umbigo, e regadura para os teus ossos.” —Pro. 3:7, 8.
18. Ao invés de um toque direto de Satanás, que produz a enfermidade sem distinção alguma?
18 Toda a doença que entrou na terra resultou da violação original da lei de Deus. Igualmente hoje, a doença e a enfermidade vêm da violação das leis de Deus com referência ao bem-estar físico. Não vêm do toque direto de Satanás. Vários de nós podemos herdar tendências a certas indisposições físicas, as quais poderão aparecer após que certas causas as façam desenvolver e manifestar. Digamos que uma praga varre o país. Uma pessoa mundana com constituição robusta poderá atravessá-la ilesa, ao passo que um fiel cristão seja golpeado por ela e morra ou tenha dificuldade em recobrar-se. A causa disto poderá achar-se inteiramente na estrutura física mais fraca e em não saber que precauções tomar contra ser contaminado. Portanto êsses são processos físicos naturais que poderão operar em qualquer pessoa sem considerar a fé. Não seria razoável culpar o Diabo diretamente.
19, 20. Se não é Satanás, que causa acidentes, sem parcialidade?
19 A mesma coisa quanto a acidentes: Estes em geral se devem a descuido. Sob as mesmas circunstâncias, a negligência por parte de qualquer pessoa resultará no mesmo acidente. Um ônibus lotado de convencionais os traz de volta a seus lares e o motorista adormece no volante. O ônibus espatifa-se, matando muitos e ferindo quase todos os demais. Ah, o Diabo leva a culpa! Não; antes, foi o descuido e negligência do motorista. Outra vez, um carro de testemunhas que foram ao campo espalhar as novas do Reino é desviado para um pequeno passeio e estacionado numa curva da estrada. Outro carro vem fazer a curva e, para compensar a velocidade, faz uma curva muito grande e colide com o carro estacionado, matando todos os ocupantes. A obra do Diabo? Não! Falta de reflexão e cautela numa curva.
20 Um cristão pisa no tapete sobre o soalho encerado, escorrega, cai e quebra o fêmur. Culpar o Diabo? Não; qualquer que pisasse depressa nesse tapete no soalho escorregadio experimentaria a mesma coisa, até o predileto do Diabo. Dois cristãos casam-se e não querem filhos a fim de exercer ação mais livre sem preocupações e pesos. De repente, a seu desgosto e apesar de toda a sua precaução, vem um bebê não desejado! Alegam que foi o Senhor que os conduziu a conhecerem-se um ao outro e casarem-se, mas quanto a este bebê, ora, foi aí que o Diabo se aproveitou dêles para interferir com seu serviço a Deus. Mas se êles não desejavam ter filhos, por que, em primeiro lugar, se casaram? Não é a função principal do casamento trazer filhos a esta terra? Por casarem-se, puseram em perigo sua liberdade para o serviço e se expuseram aos pesos e responsabilidades de filhos. Não, Satanás não implantou nos homens e nas mulheres o poder de reprodução. Êle não principiou a vida dêsse bebê, a qual os pais cristãos devem considerar “santas” aos olhos de Deus. (1 Cor. 7:14) Não, êsse bebê não foi um “acidente”. Não vos enganeis sobre a operação da lei natural que Deus o Criador fixou inalteravelmente no sistema humano. Essa lei funciona onde toda a vossa precaução não pode ser bastante esperta para impedir a sua operação.
21. Devem esperar os cristãos que certas condições físicas comuns produzam resultados diferentes no seu caso do que no caso de outros? Por que replicais assim?
21 Portanto, pode-se esperar que enfermidade, doenças graves, acidentes, e a velhice sigam seu curso normal entre os cristãos dedicados da mesma forma que entre os demais da humanidade. Quando o corpo envelhecer e não tiver mais poder de juventude para reparar-se ou reconstruir novos tecidos, poder-se-á esperar que se torne inútil, cristão ou não cristão. Isaac, filho de Abraão ficou cego em sua velhice e estava sem vista por cêrca de 50 anos, ainda que fôsse tipo de Jesus Cristo. (Gên. 27:1, 21-23; 35:28, 29) Podemos tentar remendar o corpo gasto, mas se os remédios, o tratamento de especialista, ou a intervenção cirúrgica não acrescentar nem sequer um côvado à duração da vida do cristão idoso, isto não é diretamente a sua culpa. Contudo, quando tais medidas falharam, êle não deve esperar nem orar por cura divina. Há muito que se suspendeu aos cristãos esta operação do espírito santo. Podeis recordar-vos que Deus fêz o relógio voltar quinze anos para o rei Ezequias, e o profeta Isaías lhe pôs uma cataplasma de figos sôbre a úlcera, em símbolo do poder curativo de Deus. (Isa. 38:1-22) Mas não vivemos mais nos dias dos profetas e apóstolos dotados do poder de cura sobrenatural. De forma que não se deve esperar nem rogar o extraordinário apenas porque somos fieis cristãos.
22, 23. Poderão sucumbir alguns à morte no Armagedon por causas naturais? Indicaria isto que se executou juízo contra eles?
22 Quando a batalha do Armagedon que se aproxima estalar em tôda a sua fúria e com suas desolações, muitos dedicados cristãos estarão na sua velhice ou em condição enferma. Portanto, durante o progresso dessa batalha com todas as condições que produzirá sôbre a terra e ao redor dela, muitos cristãos idosos, enfraquecidos em constituição ou tendo coração doentio, talvez morram de causas puramente naturais. Quando lemos os relatos proféticos desta batalha, por exemplo, o Salmo 46, narrando que a terra será removida, os montes trasladados ao meio do mar, as águas bramirão e se perturbarão até que os próprios montes estremeçam com a elevação destas, podemos ver que será um tempo difícil para o coração e constituição física até das pessoas mais resistentes. Talvez seja necessário que passemos por muitas privações em comum com o povo do mundo, inclusive por reduções de comestíveis, exposição aos elementos cruéis, etc., de modo que será um tempo estrênuo, obrigando nossas faculdades físicas a fazer em esforço especial. Alguns, em consequência da condição física, idade, ou outra circunstância, poderão verificar que não tem mais capacidade que outros de suportar as fadigas do Armagedon.
23 Mas a morte das fiéis testemunhas de Jeová nessa ocasião pelo simples motivo de que seus corpos não poderão aguentar não será um juízo contra elas, significando a execução delas por parte das hostes celestiais de Jeová. Elas cederão á morte na sua fidelidade, em vindicação de Deus, e a sua morte não significará sua extinção para sempre, mas admitirá uma ressurreição no novo mundo que seguirá ao Armagedon. Mas se for do agrado de Deus, ele poderá fortalecer até o mais fraco do seu povo fiel de modo anormal para suportar todas as dificuldades desse tempo de angústia sem paralelo e sobreviver. A sobrevivência de quaisquer do seu povo se atribuirá à sua preservação deles no meio da destruição que ele executar contra todos os seus inimigos.
24. Como, então, devemos proceder quanto á saúde e segurança?
24 Enquanto estamos ativos no serviço de Deus devemos cuidar o melhor possível da nossa saúde e vitalidade física e nos acautelar contra gratificação excessiva, riscos e acidentes tanto quanto possível. Da mesma forma que quando trancamos as portas, fechamos as janelas, cerramos a porta do porão, e fazemos outras coisas, para segurar nossos lares contra a entrada de ladrões. E dai podemos confiar no nosso Pai e Guarda celestial para o resto. Se, portanto, nos achamos em perigos por motivo de fidelidade no seu serviço, convém aceitarmos o que ele deixa vir conforme a sua vontade, e podemos lhe agradecer quando nos livra de perigos reconhecidos. Não incorrereis em riscos desnecessários. Não ponhais Jeová á prova de modo injustificável. “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus.” “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de coração, como a Jeová, e não aos homens.”—1 Cor. 10:31, NTR e Col. 3:23, NM.