Por que a Bíblia é especialmente prática para nosso dia
1. Por que consideram muitos opositores que não é prático o aviso atual de que vivemos agora nos últimos dias?
AO MENCIONAR—SE o Armagedon e que vivemos nos últimos dias deste atual sistema de coisas, muitos se levantarão para zombar e dirão que essa é a parte menos prática de toda a Bíblia, crer que Deus pelejará a batalha do Armagedon para destruir os iníquos e introduzir um reino perfeito que transformará a terra num paraíso global. Dizem que absolutamente não é prática nem razoável a mensagem declarada que vivemos nos últimos dias. Prosseguirão a referir-se à mesma pretensão feita nos dias de seus pais e nos de seus avós. É possível que seja a verdade. Sabemos que foram soadas muitas falsas admoestações. Assim como no dia atual há muitos clérigos que interpretam incorretamente as Escrituras, tornando-as ridículas e sem valor, assim também nas gerações passadas houve alguns que não entendiam as profecias bíblicas acerca dos últimos das e por isso deram avisos prematuros. O simples fato de que houve falsos alarmes no passado não prova falso o alarme que as testemunhas de Jeová agora soam. É tolice julgar um assunto antes de ouvi-lo.—Pro. 18:13.
2. Que é o “Armagedon”, e por que se avisa da sua vinda?
2 As Escrituras revelam que Cristo Jesus não vem em forma de carne e sangue visível aos homens na ocasião da sua segunda presença. (João 14:19; 1 Cor. 15:45) Seu reino está no céu. Lá ele está entronizado. Êle dirige sua atenção, porém, à terra, para fazer que se dê aviso antes do Armagedon, batalha do Todo-poderoso Deus, na qual os iníquos serão exterminados da face da terra tão completamente como sucedeu no dia de Noé. O Armagedon não é uma luta entre as nações, mas sim a batalha de Jeová, pelejada por meio de Cristo e seus anjos, contra Satanás e os demônios e seus representantes visíveis sobre a terra. (Apo. 16:14-16, 19:11-21, 20:1-3) Dá-se aviso antecipado fim de que as pessoas sinceras que amam a justiça, dispostas a usar a mente, que não estão cegadas pelo ouropel e brilho desta civilização, discirnam a aproximação do Armagedon e dêem os passos necessários para sobreviver.
3. Com que tempo se compara o Armagedon, e que textos mostram que é apropriado fazer isto?
3 Nas Escrituras essa batalha do Armagedon é representada como tempo de inverno. Cristo Jesus, falando a respeito dela como a maior tribulação que jamais sobrevirá à terra, a comparou aos rigores do inverno. (Mat. 24:20, 21) Indicando que seria um tempo em que se usariam os elementos hibernais para efetuar a vontade de Jeová no tocante à destruição, o salmista declara: “Louvai ao Eterno desde a terra, vós, profundidades do mar e vós, remoinhos, relâmpago e saraiva e neve e gelo, tempestades que executam a sua vontade.” (Sal. 148:7, 8, Mo) Corroborando isto lemos: “Diz á neve: Cai sobre a terra, dil-o tambem ás chuvas, até as chuvas mais fortes. Põe um selo á mão de cada homem, para que o conheçam todos os homens que fez. Então as feras entram nos esconderijos, e ficam nos seus covis. Da camara do sul sai o tufão, e do norte o frio. Ao sopro de Deus forma-se o gelo, e as amplas aguas são congeladas. Carrega de humidade a densa nuvem, e extende a sua nuvem de relâmpagos, que faz evoluções sobre a sua direção, para efetuar tudo o que lhe ordena, sobre a superfície do mundo habitável. Acaso entraste nos tesouros da neve, ou viste os tesouros da saraiva, que tenho reservado para o tempo da angustia, para o dia da peleja e da guerra?” (Jó 37:6-12, 38:22, 23) Estes elementos hibernais serão usados por Jeová no Armagedon para cumprir sua vontade e trazer destruição sobre um mundo iníquo.
AVISO DA APROXIMAÇÃO DO INVERNO
4. Que evidências admoestam da aproximação do inverno, e como reage a vida silvestre para sua preservação?
4 Notastes a declaração na citação acima que durante o tempo da ira hibernal as feras se recolhem a seus esconderijos e se ocultam em seus covis? Desta maneira muitas feras da terra de ano em ano passam o tempo difícil do inverno. Considerai também que as evidências visíveis indicam a aproximação do inverno literal. Os céus azuis do verão dão lugar aos céus nublados e frios em fins do outono. A temperatura abaixa-se, os ventos se desviam do sul e vêm do norte, acompanhados dum frio que toca os ossos, trazendo junto refregas de neve. A seiva das árvores desce em baixo da terra, a corrente de vida se retarda, as folhas caem, os dias tornam-se muito curtos. Chegamos à época no calendário que indica que é a estação do inverno. Mediante o instinto os animais apreciam o significado destas mudanças. Os pássaros se juntam em bandos a fim de voar para o sul. Alguns animais terrestres e marinhos bem como certos insetos também emigram. Outros insetos armazenam alimentos, tais como a abelha que acumula mel em colmeias durante a estação favorável do verão e se recolhe nesses abrigos abastecidos de alimento para passar ali o inverno. Muitos outros animais se preparam quando veem o sinal da aproximação do inverno, não por emigrar nem armazenar alimento em esconderijos, mas mudando seus hábitos de comer para armazenar gordura nos próprios corpos e engrossar seu pelo de modo a proteger-se do frio vindouro.
5. Que lhes proveu Jeová para sua orientação? Que negligência da sua parte absolutamente não seria prática?
5 Não seria muito prático os animais insetos e pássaros recusaram desempenhar suas partes em preparar-se para a emigração reclusão ou hiberna são necessárias com o fim de sobreviveram aos rigores do inverno. Desperceberem o sinal da aproximação do inverno significaria sua morte. Esses animais, pássaros e insetos não têm suficiente inteligência para apreciar o sinal da aproximação do inverno, mas Jeová lhes forneceu o instinto que os move a preparar-se para sua própria conservação. Absolutamente não seria prático, em realidade equivaleria a suicidar-se, se eles negligenciassem obedecer aos impulsos instintivos que os induzem a fazer as várias preparações peculiares à sua espécie.
6. Ao invés do instinto, que faculdade deu Deus ao homem? Em harmonia com esta discussão, como ele deve usá-la?
6 O homem pode entender os sinais dos tempos, pode relancear seu calendário para ver que segundo a cronologia das estações se aproxima o inverno. Pode ver a mudança que se está efetuando no céu, as folhas caírem, os dias se encurtarem, a temperatura se abaixar, os ventos se alterarem, as refregas de neve, os pássaros emigrarem e os animais se engordarem para a hibernação. Por causa da sua inteligência ele pode entender que o inverno está às portas. Por causa da sua inteligência não é necessário que o homem confie no instinto, e ele não possui tal instinto para o guiar. Jesus se referiu à habilidade do homem para ler no céu os sinais da variação do tempo, daí acrescentou como repreensão que muitos homens não podiam ler os sinais dos tempos, o sinal da sua presença e do fim do mundo. Em razão da sua inteligência o homem percebe a aproximação do inverno literal. Mediante essa mesma inteligência deveria poder notar a aproximação do inverno do Armagedon. (Mat. 16:1-4) Forneceu-se um sinal da sua vinda que é igualmente seguro, um sinal visível ao homem, que deve ser considerado com inteligência e não um sinal que se perceberia por meio de algum instinto, intuição ou pressentimento. Qual, então, é o sinal providenciado?
7. Que acontecimentos disse Jesus significariam em parte o fim deste sistema de coisas?
7 Os discípulos de Jesus lhe fizeram a mesma pergunta: “Declara-nos, Quando sucederão essas coisas, e que sinal haverá da tua presença e da consumação do sistema de coisas?” Em resposta Jesus disse que se levantaria nação contra nação e reino contra reino em guerra mundial, após as quais viriam pestes, escassez de víveres e terremotos em muitos lugares. Seus seguidores seriam oscilados por todas as nações, perseguidos, alguns mortos, e até no meio de seus seguidores muitos tropeçariam e estes odiariam e trairiam os que ficassem firmes. Apesar da oposição estes fiéis perseverariam até o fim, pregando as boas novas do reino já estabelecido a toda a terra habitada em testemunho antes de vir o fim no Armagedon. Durante estes acontecimentos haveria “angústia das nações, não sabendo a saída pelo bramido do mar e sua agitação, e quanto os homens desfalecem de medo e pela expectação das coisas que sobrevirão à terra habitada.” Os mares inquietos da humanidade se lançariam e espumariam contra si mesmos, e num esforço vão para tranquilizar o alvoroço tormentoso os homens estabeleceriam corpos administrativos internacionais e se exaltariam ao lugar santo reservado para o reino de Cristo, pretendendo que esses expedientes políticos temporários introduziriam a paz e prosperidade que a Bíblia prediz virão apenas mediante o Reino. Quando se vêem estas coisas, disse Jesus, é tempo oportuno para fugir ao lugar de refúgio provido por Jeová.—Mateus 24; Marcos 13; Lucas 21; NM.
8. Que sucede com o povo em geral? com os escarnecedores? com os ultrarricos?
8 Cristo também declarou que a pregação do evangelho do Reino separaria os povos da terra dividindo-os como um pastor divide as ovelhas dos cabritos, os que se assemelham a ovelhas definindo-se ao lado do Reino e obtendo a vida eterna, os que se assemelham a cabritos e se rebelaram, sendo juntados para a destruição no Armagedon. (Mat. 25:31-46) Outras profecias revelam outras partes do sinal da proximidade do Armagedon. Pedro falou dos escarnecedores que andariam segundo as suas próprias concupiscências, zombando do aviso, e demandariam: “Onde está a prometida presença dele? Ora, desde o dia em que nossos pais dormiram na morte, todas as coisas continuam exatamente como desde o princípio da criação.” (2 Ped. 3:3, 4, NM) Tiago predisse que viriam os ultrarricos que acumulariam sua riqueza para os últimos dias, que com avareza reteriam aos trabalhadores o salário, mas que nada disso lhes adiantaria nos dias da ira divina no Armagedon. (Tia. 5:1-6) Deixamos que 2 Timóteo 3:1-5, 12, 13 (NM) complete o quadro das condições existentes nos últimos dias :
9. Que descrição em geral se dá das condições entre os homens em 2 Timóteo 3:1-5, 12, 13?
9 “Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos críticos, difíceis de suportar. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, sem benignidade, não tendo afeição natural, intratáveis, caluniadores, incontinentes, desumanos, inimigos do bem, traidores, atrevidos, inchados com amor próprio, mais amigos dos prazeres do que de Deus, tendo uma aparência de devoção pia, mas provando-se falsos ao seu poder, afasta-te também desses. De fato, todos os que querem viver em devoção piedosa em associação com Cristo Jesus padecerão perseguições. Por outro lado, porém, os homens perversos e impostores irão de mal a pior enganando e sendo enganados.”
10. Podem observar-se agora fatos físicos em cumprimento destas profecias? Que pode esperar ver esta geração?
10 As profecias bíblicas revelam que durante este tempo de angústias sem precedente e da obra de pregação e da divisão do povo, Cristo reinaria no meio de seus inimigos, e que na culminação desse período de tempo estalaria o Armagedon. (Sal. 110:1, 2; Apo. 11:15-18, NM) Então relativo a essa série de acontecimentos visíveis, Jesus concluiu : “Aprendei, pois, da figueira como ilustração deste ponto: Quando seu ramo novo se torna tenro e brota folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, também vós, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele está próximo às portas. Em verdade vos digo que de modo nenhum passará esta geração sem que sucedam todas essas coisas.” (Mat. 24:32-34, NM) Principiando em 1914, não tem presenciado nossa geração guerras mundiais, fomes, pestes, terremotos, perseguição e matança das testemunhas de Jeová, não obstante sua pregação mundial das boas novas de que Cristo está entronizado nos céus no poder do Reino? Não vemos também a angústia das nações, os homens desfalecerem de terror pela expectação do que vêem sobrevir, as condições tanto da delinquência adulta como da juvenil piorarem, os milhões dos que são mais amigos dos prazeres do que de Deus mas que se revestem duma forma hipócrita de devoção piedosa, e por fim, primeiro uma Liga das Nações e atualmente uma organização das Nações Unidas que trata de dominar o mundo, a qual os guias religiosos e políticos do mundo têm recomendado como sendo a única esperança de paz e a “expressão política do reino de Deus sobre a terra”? Além disso, estas coisas começaram a acontecer pontualmente, pois assim como nosso calendário nos diz quando devemos esperar o inverno, as sim também a cronologia bíblica nos disse que êstes acontecimentos deviam principiar em 1914 E. C. A Watchtower (A Sentinela em inglês) publicou repetidas vezes esta data junto com as provas bíblicas, sendo a primeira vez em 1880, com trinta e quatro anos de antecedência. Portanto nossa geração é a que verá o princípio e a terminação destas coisas, inclusive o Armagedon.
O SINAL COMPOSTO
11. Que ponto vital não deve desperceber-se? Como se ilustra isto no caso dos invernos literais?
11 Eis aqui um ponto que não deve desperceber-se. Todos estes acontecimentos juntos constituem o sinal. Cada um não é um sinal em si mesmo. É só uma parte do sinal composto. E semelhante ao caso dos invernos literais. O mero encurtamento dos dias não prova a iminência do inverno. Os dias se encurtam em julho. A caída das folhas em si só não prova nada. As folhas de algumas árvores caem durante o ano inteiro, e outros talvez caiam por motivo de doença ou seca. Até os céus do verão podem tornar-se nublados por um tempo, e podem estalar tempestades fora da estação, ou vir períodos de frio em princípios do outono, mas nenhuma destas coisas em separado prova a chegada do inverno. Quando, porém, todas as condições previamente mencionadas estão presentes em combinação, então juntas indicam com certeza a aproximação do inverno. (Continua)