O que se deve fazer em face do fim
1. Por que é científica a doutrina bíblica sôbre o fim do mundo, e por que será a cristandade a primeira parte dêle terminar?
OS RELIGIOSOS sectários no passado se persuadiram de que estava próximo a destruição do sol, da lua, das estrêlas e da terra, e fizeram muitas coisas insensatas que lhes acarretaram ridículo e fêz que o tema do fim do mundo provocasse sorriso de incredulidade ou que fôsse evitado com cuidado. As coisas feitas eram insensatas porque não foram as que a Palavra de Deus manda que façam os cristãos enfrentando o verdadeiro fim. O tema do fim do mundo não é uma idéia maluca e insensata que se espera apenas os fanáticos religiosos engulam, resultando em ações néscias que provocam escárnio do mundo. O fim do mundo é científico. Não pressagia a destruição do universo material de Deus que êle despendeu imensurável tempo para trazer à existência gloriosa. Desde que os céos proclamam a glória de Deus, e o firmamento annuncia as obras das suas mãos, por que deve êle destruir estas maravilhas científicas? Ele não o fará. Livremos a doutrina do fim do mundo das interpretações insípidas e não-bíblicas que a cristandade atribuiu a ela e que conduziram a procedimento irracional. O fim do mundo não significa a destruição do nosso globo e das criações materiais nos céus. Significa o fim da iníqua organização visível e invisível de Satanás o Diabo. A cristandade se fêz parte de sua organização, ainda que pretenda ser a ‘casa de Deus.’ Por esta hipocrisia ela receberá julgamento mais severo e será a primeira parte dêste mundo que terminará.
2. Como aprendemos a coisa lógica e correta a fazer em face do fim do mundo?
2 As pessoas mundanas pensam que não há nada para fazer senão conviver com este mundo. Acham que não há nada para manter-lhes ocupados senão cooperarem com o mundo. Julgam que deixar de participar dêste mundo quer dizer afastar-se das pessoas e isolar-se num convento ou mosteiro. Mas que fêz Noé ao andar com Deus? Que fizeram êle e sua família ao enfrentarem o fim do mundo antediluviano? Que disse o apóstolo Pedro aos cristãos que fizessem porque já estava próximo o fim completo de todas as coisas? Consultando os registos bíblicos relativos ao que fizeram os servos de Jeová Deus ao enfrentarem uma calamidade proveniente de sua mão, aprendemos a coisa sensata e correta a fazer ao enfrentarmos o fim do mundo.
3. Que expede Deus antes de trazer uma calamidade, e que papel desempenha o tempo nisto?
3 É uma verdade óbvia agora, pelo menos entre as testemunhas de Jeová, que o Deus Todo-poderoso sempre notifica de antemão a calamidade que êle traz sôbre alguns ou todos os da humanidade. Isso se deu no caso da primeira calamidade global ou mundial. O mesmo tem de suceder e sucederá no caso da impendente calamidade mundial, porque a maior testemunha de Jeová, Jesus Cristo, disse que nossos dias seriam paralelos aos de Noé: “Como aconteceu nos dias de Noé, assim também será nos dias do Filho do homem” (Luc. 17:26, NTR) Jeová regulou o tempo da chegada do Dilúvio até o dia determinado”. Ele marcou também o tempo para principiar a dar-se aviso público da sua vinda, determinando-o com bastante antecedência para efetuar seu propósito pelo testemunho dado. Assim acontece, também, agora no tocante a esta grande calamidade mundial.
4. Qual é a finalidade de assim dar aviso com antecedência?
4 Não é só para criar mêdo quanto ao fim do mundo que êle manda dar aviso antecipado. Não é êle que amedronta as pessoas para convertê-las ao seu lado, tão pouco cederiam os escarnecedores mundanos a tal mêdo. Os que tratam de criar mêdo em geral querem causar uma sensação e apresentam explicação não-bíblica do que será a calamidade. Anelam a publicidade e notoriedade e desejam incitar bastante agitação e emocionalismo. Mas Jeová demonstra consideração, dando aviso antecipado, e assim os que não derem atenção jamais poderão dizer que não tiveram oportunidade.
5. Quem escolhe Deus para dar aviso e quem não, e por quê?
5 É necessário que os que publicam o aviso antecipado do ato de Deus sejam suas testemunhas. Este serviço é um favor e honra, e Jeová não escolheria senão pessoas leais a êle para falarem a palavra que êle lhes manda falar, escarneça quem quiser. Não escolheria os que estão em desarmonia com êle, que se envergonham da sua Palavra e a tratam com leviandade, colocando as filosofias, teorias cientificas e tradições religiosas dos homens acima da Palavra de Deus, e que cometem adultério espiritual com este mundo. O Salmo 50:16-21 declara: “Mas ao iníquo diz Deus: Que fazes tu em recitares os meus estatutos, e em tomares a minha alliança na tua bocca, visto que tu aborreces a instrucção, e lanças para traz das costas as minhas palavras? Quando vias um ladrão, tu te comprazias nella, e participavas com os adulteros. Soltas a tua bocca para a perversidade, e a tua língua trama enganos. Sentado falas contra teu irmão, diffamas o filho de tua mãe. Estas cousas tens feito, e calei-me; pensavas que eu me tornaria sem duvida como tu: Mas eu te arguirei, e te porei tudo á vista.” Os hipócritas religiosos jamais podem iludir a Deus, e êle jamais por engano os selecionaria como arautos seus para anunciar a aproximação do fim. Escolhe aqueles que andam com ele.
6. Para salvarmo-nos da calamidade mundial, que temos de ser, e como se mostra isto?
6 Quanto a salvar alguém, a primeira preocupação de Jeová é salvar suas dignas testemunhas. O apóstolo Pedro enfatizou isto fortemente. Depois de relatar que Noé e sua família foram salvos através do dilúvio e mais tarde o justo Lot foi socorrido da destruição de Sodoma por fogo e enxôfre do céu, Pedro comenta: “Jeová sabe livrar da prova as pessoas de devoção piedosa, mas reservar as pessoas injustas para o dia do juízo para serem cortadas, especialmente, porém, aqueles que seguindo a carne andam com o desejo de corrompê-la e desprezam a soberania” (2 Ped. 2:5-10, NM) Êle salva, também, aqueles que dão atenção a este testemunho e auxiliam em difundi-lo a outros. Por isso o apóstolo Paulo disse: “Presta constante atenção a ti mesmo e a teu ensino. Persevera nestas coisas, porque, fazendo isto, te salvarás tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.” (1 Tim. 4.16, NM) Por meio disto apreciamos mais plenamente que é necessário sermos testemunhas de Jeová Deus a fim de sermos salvos da calamidade mundial.
DEUS CUMPRE A SUA RESPONSABILIDADE
7. Qual deve ser o motivo das atividades persistentes e de grande alcance das testemunhas de Jeová?
7 É claro que há mais do que mero emocionalismo e fanatismo religiosos apoiando-as quando as testemunhas de Jeová persistem em visitar as pessoas nos seus territórios vez após vez e também difundem sua obra de pregação a tantos países quantos possam alcançar, proclamando sua mensagem atualmente em mais de noventa idiomas e dialetos em cento e quinze países, e isto em face de grande hostilidade, perseguição religiosa e opressão política. Sim, são ridicularizadas. Mas isto nada importa, pois o próprio Jesus Cristo foi ridicularizado e representado falsamente e ele nos preveniu de que seus seguidores também seriam assim tratados. De modo que o testemunho intensivo que este grupo comparativamente pequeno persiste em dar deve ser o efeito de alguma causa válida, pois o testemunho não foi espalhado pelo fogo e espada como sucedeu com o maometanismo, tão pouco lisonjeou os políticos em busca de seus favores nem sequer gozou da proteção política. Deve ser que o Deus Todo-poderoso e seu espírito o apoiam, pois essas testemunhas recorrem à Palavra de Deus para sua mensagem, não meramente a trechos e seleções parciais da Bíblia, mas a tôda ela como sendo uma totalidade harmoniosa. A causa válida que ampara seu irreprimível testemunho é que o reino de Jeová já nasceu nos céus e seu Filho foi entronizado como Rei empossado e está próximo o fim do mundo de Satanás numa calamidade global. As testemunhas de Jeová podem provar isto por fatos e pelas profecias que se realizaram.
8. Como Deus disse a Amós que certos efeitos seguiriam a certas causas, e então qual é a causa para dar aviso agora?
8 Neste tempo da crise mundial, Deus está trabalhando na terra antes de fazer seu ato terrífico que ele predisse. Ele nos diz que precisam ser causas adequadas para certos efeitos observáveis. Também nos diz que manteria suas testemunhas informadas dos seus propósitos e do seu ato vindouro. Por meio do seu profeta, portanto, o Senhor Deus Jeová há muito disse: “Acaso poderão dois andar juntos, se não tiverem chegado a um accordo? Rugirá no bosque um leão, sem que elle tenha presa? do seu covil fará o leão novo soar a sua voz, se não tiver apanhado alguma cousa? Poderá uma ave cahir num laço sobre a terra, onde não lhe for posta uma armadilha? levantar-se-á da terra o laço, sem que haja apanhado alguma cousa? Tocar-se-á trombeta na cidade, e não se assustará o povo? sobrevirá algum mal a uma cidade, sem que o tenha feito Jehovah? Certamente o Senhor Jehovah não fará cousa alguma, sem revelar o seu segredo aos seus servos, os prophetas. Rugiu o leão, quem não terá medo? falou o Senhor Jehovah, quem não prophetizará?” (Amós 3:3-8) Visto que Jeová Deus há muito falou mediante sua Palavra registada predizendo a calamidade mundial, e visto que êle agora faz que esta registada Palavra da profecia fale pela realização da profecia que marca o “tempo do fim”, como podem as testemunhas de Jeová fazer outra coisa senão profetizar? Não podem. E não fazem outra coisa senão profetizar, quer o mundo condenado o goste ou não. Por isso o fim certo do mundo é o motivo válido para agora dar testemunho a respeito.
9. (a) Qual é a razão do fim do mundo? (b) A quem não se deve recorrer em busca de informações corretas sobre o fim dêle, e por quê?
9 O fim do mundo tem um bom objetivo. Tem em mira vindicar a soberania universal do Deus Altíssimo, pela obliteração da inteira organização do Diabo, não pela consumação da literal terra mediante fogo. Jeová Deus não se interessa só em exterminar da terra todas as criaturas e reduzi-la a cinzas inabitadas. Não a fêz com tal objetivo, e não alterou seu propósito relativo ao final destino da terra quando o homem pecou no paraíso do Éden. Seu propósito original ainda permanece. Será vindicado quando seu reino efetuar a ruína daqueles que arruínam a terra e transformar a terra toda num paraíso para a humanidade obediente e aperfeiçoada habitar. Desde que Jeová assume a responsabilidade de trazer a catástrofe destrutiva sobre o mundo de Satanás, ele se obriga a dar aviso antecipado dela, explicar o justo motivo pelo qual ele traz a destruição e dizer como os atentos podem escapar. Aqueles que fazem parte deste mundo e que andam com ele em amizade e em transigência jamais podem ser considerados os enviados de Deus para notificar o mundo com respeito a seu fim. Eis por que o povo da cristandade nunca deve depender do seu clero para dar-lhes informações acuradas sôbre o fim deste mundo. Antes devem esperar que o clero mantenha o povo em ignorância dele.
10. Por que é muito descomunal o aviso que as testemunhas de Jeová dão agora, portanto quem peleja e se enraiva contra tal?
10 Jeová se obriga a provar que é justo, não só perante homens mas também perante os anjos. Isto quer dizer tanto os anjos santos como os hostis, os demônios de Satanás. Ainda que um mundo findasse nos dias de Noé, Jeová Deus não mandou Noé notificar Satanás o Diabo de que esse iníquo seria destruído naquela ocasião. Agora, contudo, o Deus Todo-poderoso faz que se prefira uma mensagem muito de desusada. De que maneira desusada? No sentido de que ela notifica a Satanás e todos os seus demônios que eles também serão destruídos no fim deste mundo. No clímax do fim ardente serão apanhados, amarrados e lançados no abismo, longe de todo contacto humano bem como longe dos santos anjos. Já desde 1914 foram precipitados dos céus por causa do nascimento do reino de Deus, mas isso foi apenas um aviso preliminar do que ainda se deve esperar no Armagedon. Ao serem expulsos dos céus foram rebaixados apenas até esta terra e se lhes permitiu que continuassem a atuar aqui. Mas no Armagedon serão rebaixados ainda mais, no grande abismo para ficarem lá na prisão solitária durante mil anos. Profundamente ferido seu orgulho, eles não querem que a pregação das testemunhas de Jeová lhes lembre agora disto. Nem querem que se fale acerca disto às pessoas na terra. Por isso pelejam contra a proclamação feita pelas testemunhas de Jeová. Satanás agora se enraiva contra elas como um leão encurralado no covil.
11. Qual é a razão misericordiosa para a permissão divina de certo tempo desde 1914?
11 De modo que há boa razão para o tempo que Deus cedeu desde 1914. Não é só para permitir á humanidade maior sofrimento do que nunca, nem que se pratique a mais flagrante iniquidade. Isso não! Mas Deus visa desobrigar-se da responsabilidade de soar o aviso final e enviar suas testemunhas escolhidas com a admoestação final neste “tempo do fim”. Então este é um período da imerecida bondade de Deus, permitindo que as pessoas de boa vontade que estão em perigo se aproveitem da longanimidade e misericórdia divinas. Destarte se lhes dá justa oportunidade de atuar e trabalhar em prol da sua própria salvação por meios divinos, e não por meios humanos. Jamais devem abusar da longanimidade de Deus, presumindo que ele seja tardio e que possam demorar um pouco mais com o mundo e gozá-lo mais antes de apartar-se dele na última hora em busca de segurança sob a organização de Deus. Não há tempo para perder, e todos nós devemos tomar o ponto de vista que Pedro disse que tomássemos: “Tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor.” (2 Ped. 3:15, NTR; Apo. 12:13-17) Então trabalhai para a salvação.
AÇÕES SALVADORAS DE VIDA
12, 13. Em face do fim do mundo antigo, que fez Noé?
12 Discutindo o fim do mundo, Pedro menciona Noé em ambas suas cartas á congregação cristã. Então, em suma, que fez Noé em face do fim do mundo antediluviano? Ele e seus filhos já eram casados, mas não edificaram para si lares permanentes sôbre a terra. Não se empenhavam em edificar, plantar, comer e beber, casar e dar-se em casamento segundo era a prática geral. À ordem de Deus edificaram para si uma grande arca de tamanho de um enorme navio. Edificar tal navio na terra seca bem longe dágua e sem carreira para lançá-lo nas águas era fora do comum. Serviram-se deste estranho programa de construção para dar testemunho relativo ao vindouro ato de Deus. Pela edificação de algo diferente do mundo, revelaram que acreditavam no que Deus tinha dito a Noé. Noé tomou a dianteira na pregação do fim do mundo, mas ele pregava a explicação correta deste. Não esperava ir para o céu no fim, mas permanecer aqui mesmo nesta terra, ainda que ficasse alegada de muita chuva. Noé, portanto, não poderia ter pregado a destruição da terra; da mesma forma que as hodiernas testemunhas de Jeová não fazem tal pregação. Além da destruição do mundo, Noé pregava a justiça. Mais de seiscentos anos antes disso, Enoc, bisavô de Noé, tinha pregado sôbre o vindouro dia do juízo de Deus, e Noé reiterou a mensagem de Enoc. Na realidade, Noé escreveu um documento que continha um breve relato da vida de Enoc e seu fim desusado. —Jud. 14, 15; Gen. 5:3 a 6:9.
13 Em harmonia com sua mensagem de justiça, Noé praticava a adoração de Jeová com sua família. Isto explica por que a primeira coisa que ele fez ao emergir da arca após o Dilúvio foi edificar um altar a Jeová e restaurar a pura adoração divina na terra enxuta. Por amor da vida animal ele providenciou na arca alojamento seguro para espécimes de todos os animais e aves terrestres. Esse é o motivo por que se lhe instruiu a construir a arca tão grande. Mais animais sobreviveram ao Dilúvio do que humanos. Deus cuida tanto do homem como do animal.
14. Era Noé pessimista? Como revelou que era otimista?
14 Assim, pois, ficou Noé em ociosidade, confiando em Deus para fazer toda provisão para salvá-lo através do dilúvio? Não. Ele tinha bastante para fazer em face do Dilúvio. Era muito ativo, construindo, pregando e testificando segundo os mandamentos de Deus. Era um velho pessimista, conforme os antediluvianos o chamavam? Sim, no tocante a esse mundo ímpio. Mas teria ele também motivo para otimismo? Certamente que sim; e a enorme arca que ele edificou era uma expressão tangível e visível do seu imenso otimismo no tocante ao futuro da humanidade e à adoração imaculada de Deus na terra.
15. De que forma era Noé cientifico nas suas opiniões e pregação e como estamos nós também interessados hoje em perpetuar a vida humana?
15 Era Noé realmente científico nas suas opiniões e pregação? Era, sim, ainda que pensassem que ele era o maníaco mais excêntrico dos tempos. Sua ciência e previsões do tempo eram as únicas corretas, sendo contrárias às teorias religiosas e científicas das pessoas que zombavam dêle. Nenhuma pessoa que vive hoje é descendente desses zombadores. Todos descenderam de Noé. Andar Noé com Deus e executar os mandamentos divinos resultou na salvação dele e de sua família e assim na perpetuação da família humana até o dia de hoje. Pelo menos as testemunhas de Jeová dão graças a Noé neste sentido. Elas acham que o exemplo dele é o mais cientifico, e que o seguir neste “tempo do fim” do mundo pós-diluviano garante a vida. Como Noé e sua família, as hodiernas testemunhas de Jeová interessam-se em perpetuar a família humana além do cataclismo do Armagedon. Em harmonia com isso elas imitam o exemplo da fé manifesta por Noé e estão trazendo multidões das “outras ovelhas” de Deus à organização teocrática em face do fim do mundo que se aproxima.
16. Por que examinamos os escritos de Pedro a fim de aprender o que se deve fazer?
16 Pedro, nas suas cartas, enfatizou muito o fim deste mundo e mencionou os dias de Noé como sendo esplêndidas ilustrações. Que, então, diz Pedro que os cristãos devem fazer agora em vista do impendente “fim de todas as coisas”, o fim de todas as coisas mundanas que ele acabava de discutir? Examinemo-las em resumo e determinemos se ele aconselhava algo irrefletido, emocional, frenético.
17. O que Pedro nos avisa devemos ser mentalmente? Como fazemos isto?
17 Os evangelistas da cristandade tratam de excitar as pessoas a frenesi emocional a fim de induzi-las a unir-se aos sistemas religiosos sectários como sendo o caminho a salvação. Mas Pedro nos avisa: “Sede de mente sã, portanto, e vigiai no sentido de orações.” (1 Ped. 4:7, NM) O mundo pensa que não somos de mente sã por aplicarmos agora as palavras de Pedro que já está próximo o fim completo de todas as coisas, mas são os próprios mundanos os que não têm a mente sã. Sem apoio bíblico nem científico a cristandade ensina que o fim do mundo significa a destruição ardente de nossa terra e de toda a criação material. Mas Deus Jeová nos deu o espírito de mente sã. Então declaramos a sua promessa que a terra sobreviverá ao Armagedon e que a vontade de Deus será feita aqui ao converter-se o globo terrestre inteiro num paraíso. Os sobreviventes do Armagedon e os ressuscitados dos túmulos poderão provar-se dignos de habitar nele para todo o sempre. De modo que em face do fim não perdemos o nosso equilíbrio de espírito, mas atuamos em conformidade com nossa crença e usamos nosso tempo segundo o caminho de Deus.
18. Por que é necessário que vigiemos e oremos, em expectação do quê?
18 Além de manter a mente sã pelo estudo e aplicação da Palavra de Deus, precisamos orar a ele. Precisamos ficar vigilantes para fazer isto, tanto em particular como em associação com nossos irmãos. A oração nos fortalece a apreciação da relação que temos com o Pai e Libertador celestial. Mantém-nos em comunicação com ele. Temos em mãos uma verdadeira luta, não contra sangue e carne com armas carnais, mas contra inimigos sobrehumanos, os espíritos iníquos nos reinos invisíveis, os quais já foram rebaixados a esta terra. Nossa armadura pessoal consiste em tôdas as peças espirituais que Deus nos forneceu. Ao lutarmos contra estas hostes espirituais revestidos desta completa armadura, é necessário que permaneçamos despertos, prontos para orar e solicitar auxílio celestial. Sem oração não nos podemos dar bem. Na realidade tem efeito se oramos com fé e fervor, em harmonia com a vontade de Deus. Precisamos rogar destemor a fim de pregar a Palavra de Deus e dar testemunho, quer em época favorável, quer em trabalhosa. Temos o privilégio de orar, não só por nós próprios, senão por todos nossos irmãos através da terra, no sentido de que efetuem com zêlo suas obrigações como testemunhas de Jeová nestes anos que terminam êste velho mundo, mantendo-se íntegros e ganhando a vida junto conosco.
EXPRESSÕES DE AMOR
19. Que qualidade devemos cultivar intensamente agora, e por quê? A fim de cobrir o que, precisamos dela?
19 Mais do que nunca, o Diabo, rebaixado, está fomentando ódio através do mundo, ódio a Deus e ao próximo. Portanto, em vista do fim, diz Pedro: “Tende antes de tudo ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados” (1 Ped. 4:8, NTR) Temos de permanecer unidos como a família de Noé antes do diluvio. Temos de amar a organização de Deus bem como os que são membros da sua organização teocrática ou que estão abrigados por ela. O amor é para nós o vínculo perfeito de união. Temos de exercê-lo em imitação de Deus e temos de resistir à infecção deste mundo interesseiro que gera ódio. Nenhum de nós é ainda perfeito, embora estejamos tão perto do novo mundo da justiça. Por isso sem querer, pela fraqueza e imperfeição, vamos cometer pecados uns contra os outros. Temos de os perdoar e cobrir, e só o amor nos ajudará a fazê-lo. O mundo de Satanás jamais destruirá êste amor na organização de Deus, mas o amor viverá através do Armagedon e continuará a viver no novo mundo. O velho mundo será destruído por causa do seu egoísmo. De modo que evitamos o egoísmo.
20. Como podemos ser hospitaleiros e também tirar disto genuíno proveito?
20 “Sendo hospitaleiros uns para com os outros, sem murmurações”, continua o conselho de Pedro. Há grande carência de tal hospitalidade em vista das emergências, privações e duras condições do dia atual. Portanto podemos abrir nossos lares para que se dirijam neles estudos bíblicos familiares e se realizem conferências bíblicas para o público. Podemos hospedar convencionais bíblicos e pioneiros a quem podemos ajudar desta maneira a servirem ativamente a Deus na obra de testemunho no campo. Podemos empenhar-nos na obra de socorro para auxiliar nossos irmãos em países que sofreram da guerra, ditaduras e perseguição do povo de Deus por parte dos regentes totalitários com campos de concentração. (1 Ped. 4:9, NTR) Para tirar proveito disto, precisamos fazê-lo de boa vontade.
21. Como precisamos usufruir os recursos espirituais à nossa disposição?
21 Dai, também, precisamos ser ativos, edificando a nossos irmãos com todos os recursos espirituais à nossa disposição. Diz Pedro: “Em proporção ao dom que cada um recebeu, usai-o para ministrar uns aos outros como bons despenseiros da imerecida benignidade de Deus que se expressa de várias formas.” Lembrei-vos de que qualquer dom que Deus vos doou ou ajudou a cultivar deve ser aproveitado, especialmente agora no “tempo do fim”, quando se precisa tanto dele. Usai todas as vossas habilidades e talentos, dependendo da força que Deus fornece, em nada esperando louvor e adulação para vós mesmos mas atribuindo tôda a honra, ações de graças e louvor a Deus para sua glória. Mostrai que sua imerecida benignidade não foi desperdiçada em vós —1 Ped. 4:10, 11, NM.
COMPLETANDO NOSSO ADESTRAMENTO
22. Por que há uma provação sobre nós agora? Por que não estamos preocupados a respeito?
22 Como indício dêste tempo do fim, o sofrimento humano se tem intensificado e Satanás e seus demônios, amargados em virtude de seu rebaixamento e restrição a esta terra, estão lutando contra as testemunhas de Jeová como nunca antes. Ao enfrentarmos com confiança o fim, eis, então, o que Pedro diz que temos de fazer acêrca da grande prova sôbre nós: “Amados não estranheis o fogo no meio de vós que vem para vos provar, como se coisa estranha vos acontecesse. Do contrário, continuai a regozijar-vos por serdes participantes dos sofrimentos do Cristo, para que também durante a revelação da sua glória vos regozijeis e exulteis.” De Deus temos esclarecimento por meio da sua Palavra e organização teocrática. De modo que agora não temos motivo de estranhar.
23. Por que sofrermos assim nos constitui um favor de Deus, e que devemos manter repousando sôbre nós através de tudo isso?
23 Compreendemos que o principal debate envolvido é a vindicação da legítima soberania de Jeová sobre toda a criação. É-nos um favor da parte de Deus suportarmos a prova ardente da nossa fé, não com tristeza e aflição, senão com gozo. Termos gozo sobre o motivo de nossos sofrimentos nos fortalece para manter-nos íntegros sob prova. Participamos, não apenas dos sofrimentos comuns da humanidade, senão dos do Cristo. Este padecimento tem de preceder a glória de vivermos no novo mundo, após Cristo ter-se revelado em plenitude no Armagedon. Através de todo o sofrimento, mantenhamo-nos sãos em mente e retenhamos o espírito de Deus sôbre nós. “Se pelo nome de Cristo sois vituperados, felizes sois, porque sôbre vós repousa o espírito da glória, sim o espírito de Deus.” Ainda que não tenhais sôbre vós agora glória externa, contudo o espírito de Deus sôbre vós é atualmente um “espirito da glória”, a garantia da glória vindoura em recompensa ao atual sofrimento. Sêde compassivos para com vossos irmãos que estão sofrendo em outras partes. Dai vós mesmos um bom exemplo de suportar em fidelidade os sofrimentos. Cuidai sempre que vosso padecimento não venha por mau proceder nem por causa de hipocrisia religiosa. Assim tereis sôbre vós êsse “espírito da glória” que alegra, porque vossos sofrimentos se conformarão à vontade de Deus. Podereis comandar vossas almas a êle com tôda confiança, e assim ser destemidos mesmo quando enfrentados pelo perigo da morte —1 Ped. 4:12-14, 19, NM.
24. Por que é atualmente muito apropriada a admoestação de Pedro que pastoreemos o rebanho de Deus? Por quem e como se deve fazê-lo?
24 Neste tempo do fim, também, o Principal Pastor de Deus está reunindo todas as ovelhas que estão agora na terra. Estas são os últimos membros do “pequeno rebanho” que receberão o reino celestial e a grande multidão das “outras ovelhas” que se deleitam em praticar o bem aos irmãos espirituais de Cristo como se o fizessem diretamente a ele. Quão apta, então, é a admoestação de Pedro aos que são anciãos espirituais entre a congregação do povo de Deus: “Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós”! Ao continuar o Principal Pastor a introduzir cada vez mais das “outras ovelhas no único aprisco sob o único Pastor, quanto trabalho de pastorear há para se fazer hoje! Ao fazermos esta obra de apascentar, estejamos certos de que a fazemos de forma correta, segundo Pedro prescreve, espontaneamente, não por força, servindo de exemplos ao rebanho, de boa vontade, não por torpe ganância, nem como tendo domínio sobre os que são as ovelhas de Deus. Não só os anciãos espirituais mas também os mais jovens devem ser humildes, sujeitos á mão orientadora de Deus. É necessário que todos nos façamos isto com o fim de buscar, reunir e apascentar as ovelhas do Grande Pastor. À medida que as “outras ovelhas” estão sendo separadas dos cabritos mundanos, demos boas vindas a tôdas elas, tantas quantas vierem ao rebanho. Vivamos todos em paz e amor, uns para com os outros, a fim de que juntos atravessemos o Armagedon como um só rebanho indivisível.—1 Ped 5:1-6, NTR.
25. Contra quem devemos manter-nos firmes, não correndo em busca de abrigo?
25 Lembrai-vos de que Satanás o Diabo é nosso principal adversário. Não tenhais mêdo dêle nem ficais aterrorizados porque reúne seu mundo inteiro contra vós e sujeita a vós e vossos irmãos a sofrimentos cruéis. Ele se aproxima do seu fim, mas não vós do vosso. Portanto, cita-se Pedro ainda: “Sêde sóbrios, vigiai. O vosso adversário, o Diabo anda em redor rugindo como leão, procurando devorar. Mas resisti-lhe, sólidos na fé, sabendo que as mesmas coisas no que toca a sofrimento estão-se cumprindo entre a associação inteira de vossos irmãos no mundo.” Ninguém está isento, nem podeis vós estar isentos, em qualquer parte neste mundo, se sois fiéis. Portanto não corrais em busca de abrigo nem vos isoleis. Ficai ombro a ombro com vossos irmãos e suportai os sofrimentos junto com êles, resistindo assim ao Diabo com solidez de fé. —1 Ped. 5:8, 9, NM.
26. Qual é o propósito de Deus permitir que soframos assim, e em que importará sairmos completamente vitoriosos?
26 O mundo está abandonado à destruição, e a cristandade junto com ele. Mas Jeová Deus está muito próximo a nós e trata conosco, tendo em mira nossa completa salvação. Ele não permite que sofrimentos nos sobrevenham para sermos destruídos, mas trata de aperfeiçoar-nos em obediência pelas coisas que sofremos. Ele está nos amestrando para fiel serviço no futuro, para tornar-nos inabaláveis no seu serviço, e espiritualmente fortes. Portanto, não desfaleçamos sob contínuos sofrimentos. “Mas” Pedro nos assegura, “depois de haverdes sofrido por pouco tempo, o Deus de toda a imerecida benignidade, que vos chamou á sua eterna glória em união com Cristo, êle mesmo vos aperfeiçoará, vos confirmará e vos fortalecerá.” (1 Ped. 5:10, NM) Portanto quando em breve vier o clímax da provação final em resultado do supremo esforço de todos os adversários, com tudo que o inimigo possui, nós saíremos completamente vitoriosos em vindicação de Deus e assim sobreviveremos ao fim.
27. Que, então, é nosso dever claro, e por estarmos resolvidos a cumpri-lo, que efetuamos?
27 O nosso dever é claro, então, em face do fim do mundo. Como organização teocrática nos compete prosseguir através de 1952 e do tempo que resta da longanimidade de Deus para com este mundo. Precisamos ficar unidos pelo amor, lutando juntos, servindo a Deus juntos, perseverando e orando juntos, por toda a terra. Estamos resolvidos a fazê-lo? Então, ide avante com a obra final! Prossegui com a pregação destas boas novas do reino de Deus por toda a terra em testemunho, não parando até que venha o fim completo e o próprio Jeová Deus se levante para dar seu testemunho de clímax e daí seguirá seu novo mundo, no qual sobreviveremos para seu louvor sempiterno por Cristo Jesus.