O triunfo da adoração limpa e incontaminada
“E esta é a vitória que venceu o mundo, nossa fé.”—1 João 5:4, NM.
1. Que batalha está próxima, com a vitória certa de quem?
JEOVÁ desafia a todos os deuses deste mundo. Quando recordamos que somente na Índia ou Indostão há uns 330 milhões de deuses e deusas e daí tomamos em consideração os deuses das religiões de outros países, vemos que se trata de milhões de deuses, visíveis e invisíveis, contra o único Deus, Jeová. A batalha dos deuses se aproxima. A questão é, Quem triunfará? Apoiada pelo resultado de lutas anteriores, a resposta é certa: A batalha terá um só resultado, e Jeová triunfará como Deus o único Deus vivo e verdadeiro do universo!
2, 3. Que negarão os materialistas? mas que têm de admitir?
2 Os comunistas e ateus em geral, os cépticos descrentes e materialistas teimosos deste mundo do século vinte zombarão da sugestão de uma guerra dos deuses. Dirão que os deuses que houver, existem apenas na mente das pessoas e por isso uma guerra de tais deuses imaginários é ridículo. Mas todos esses materialistas precisam admitir que a adoração de tais deuses é uma realidade ainda neste mundo moderno, e que a crença em tais deuses e a adoração deles desempenharam um papel poderoso no curso e destino de todas as nações, sem sequer uma exceção.
3 Que esses materialistas neguem a existência de deuses invisíveis, espirituais, contudo precisam admitir que muitos homens e mulheres atualmente vivos são elevados à posição de deuses entre os homens, são deificados e reverenciados e aclamados como salvadores e benfeitores do mundo. Isto se aplica não só a vultos políticos como o primeiro ministro Stalin da União Soviética, mas também aos religiosos como o papa da Cidade do Vaticano, que é adorado e a quem se dá o título de vice-deus, e também ao dalai ou grão-lama do Tibete. Todas as pessoas informadas sabem que foi em data tão recente como 31 de dezembro de 1945, que o imperador Hirohito num rescrito imperial para o ano novo proclamou que o tenno ou imperador japonês não é um deus. Impresso em todo jornal japonês, este rescrito ordenou ao povo que se esquecesse do “falso conceito de que o imperador é divino e o povo japonês superior às outras raças e destinado a governar o mundo.” Um cabeçalho do Times de Nova York reza, “Um ‘Deus’ Nega a Divindade,” contudo hoje muitos japoneses tenazmente aderem à crença sintoísta de que seu imperador é um deus, um “Filho do Céu”, descendente da “Deusa do Sol”. (Times de Nova York, 6 de janeiro de 1946) Mas ainda que um deus, cuja adoração uma vez influiu poderosamente no curso da nação japonesa, seja despojado da sua divindade pelos fatos duros, inúmeras pessoas ficam com receio do processo moderno pelo qual o estado político está sendo deificado e seus vultos e emblemas importantes tornam-se deuses e ídolos e estão sendo adorados. Nesta adoração até os materialistas estão sendo enredados. Ainda que tachem de falsos e imaginários os deuses dos outros, eles próprios são culpados de fazer deuses para si mesmos segundo suas próprias ideias e desejos mentais.
4. Que ensina a Bíblia acerca de pessoas invisíveis que este mundo adora por deuses? e como foram incitados a pelejar uns contra os outros os deuses falsos?
4 Que todos esses sejam chamados “deuses falsos” pelas pessoas que têm o discernimento para ver que tais não são deuses nem merecem ser tratados como deuses. Mas a Palavra escrita de Jeová, a Bíblia Sagrada, nos avisa que há um deus deste mundo mau que exerce influência cegadora sobre todo o povo deste mundo, “entre os quais,” conforme lemos, “o deus deste sistema de coisas cegou as mentes dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a iluminação das gloriosas boas novas acerca do Cristo, que é a imagem de Deus.” (2 Cor. 4:4, NM) Também lemos na Bíblia: “As coisas que as nações sacrificam, as sacrificam a demônios, e não a Deus, e não quero que vos torneis participantes com os demônios.” (1 Cor. 10:20, NM) Assim a Bíblia, a Palavra de Jeová, ensina que há pessoas espirituais, invisíveis e sobre-humanas a quem todas as nações deste mundo adoram por deuses, e que estas são os demônios malignos debaixo do príncipe ou governador, Satanás o Diabo, que é o grande cegador das mentes humanas. A adoração desses e dos ídolos que os representam é adoração falsa. Em todas as épocas tem havido uma luta até entre êsses deuses falsos, à medida que uma nação tem entrado em guerra contra outra e pedido a seu deus ou deuses que a ajudassem contra o deus ou deuses da outra nação, assim incitando deuses contra deuses. Atribuía-se a vitória aos deuses da nação vitoriosa.
5. Como e por que resolveu o império romano o problema de muitos deuses? mas a que deus não pôde tratar assim?
5 O império romano, porém, reconheceu os deuses de todas as nações que conquistou e absorveu no império. Fêz isto com astúcia a fim de manter os povos subjugados em melhor disposição de espírito. Tratou de criar uma religião fusionada e incluir todos os deuses reconhecidos do império. Ao passo que tolerava que cada um no império escolhesse seus próprios deuses locais, exaltou o imperador por deus. Exigiu que o povo o adorasse como sendo um deus comum para todos eles. Destarte uniu mais estreitamente o extenso império. Houve um deus, porém, que o império não incorporou assim em seu panteão, ou templo dos deuses. Foi Jeová, o Deus de Abraão, Isaac, Jacó, Moises e de todos seus fiéis profetas e servos, inclusive de Jesus Cristo e seus verdadeiros seguidores. O imperador Constantino, do quarto século, E.C., tratou de fusionar a Jesus Cristo no panteão do império romano pela amalgamação da religião pagã com o cristianismo corrupto do seu dia. Mas os fiéis cristãos que aderiam à Bíblia Sagrada recusaram redondamente reconhecer tal fusão. Mantiveram-se separados.
6. Que posição assumem os verdadeiros cristãos na luta dos deuses, conforme mostra 1 Coríntios 8:4-7 ?
6 Os verdadeiros cristãos, e com isto não queremos dizer a cristandade, reconhecem e servem por Deus o Único a quem Jesus Cristo reconheceu e serviu por Deus, isto é, seu Pai celestial, Jeová. Expressando esta posição intransigente dos verdadeiros cristãos, o apóstolo Paulo lhes escreveu: “Sabemos que um ídolo nada é no mundo e que não há outro Deus senão um só. Pois ainda que haja aqueles que se chamem ‘deuses’, quer no céu quer na terra, como há muitos ‘deuses’ e muitos ‘senhores’, realmente há para nós um só Deus o Pai, de quem existem todas as coisas, e nós para ele, e há um só Senhor, Jesus Cristo, por meio de quem existem todas as coisas, e nós por meio dele. Entretanto, nem em todas as pessoas há este conhecimento.” (1 Cor. 8:4-7, NM) Segundo isto, sempre houve uma luta entre a adoração de Jeová, o Deus e Pai de Jesus Cristo, e a adoração de todos os supostos “deuses” deste mundo, incluindo a cristandade. A adoração do único verdadeiro Deus Jeová é a adoração genuína.
7. Que questão enfrenta os adoradores de Jeová? e como é respondida?
7 Excedidos em número muitos milhares de vezes pelos adoradores de tais deuses deste mundo, aqueles que adoram a Jeová como o único Deus enfrentam a mesma pergunta agora que em todos os sessenta séculos passados da história humana, Sobreviverá a sua adoração? Triunfará? Quanto à resposta a esta pergunta não pode haver incerteza. O único Deus vivo e verdadeiro Jeová triunfará dos deuses falsos apesar de serem milhões. Por conseguinte a verdadeira adoração de Deus Jeová triunfará da adoração falsa e somente ela sobreviverá. O dia para esse triunfo está muito perto.
A RELIGIÃO DEBAIXO DE JUÍZO
8, 9. Por que agora sofre vitupério a falsa religião?
8 Não é exageração dizer que toda a religião hodierna está debaixo de vitupério, tanto a religião verdadeira como a falsa. A falsa religião está sofrendo vitupério por motivo da sua hipocrisia, por sua ignorância e confusão, pela depravação e analfabetismo em que deixou o povo, pelo fracasso de seus objetivos e normas e porque não tem mensagem certa de luz para mostrar ao povo o caminho que conduz a um mundo seguro, pacífico, feliz, próspero e limpo. A religião falsa é um aliado e parte inseparável dêste mundo vil e luta junto com ele contra o único Deus vivo e verdadeiro. Até a cristandade o faz. Ela reclama esse nome porque professa ser o domínio em que se pratica o cristianismo, mas está cheia de “mais amigos dos prazeres do que de Deus, tendo uma aparência de devoção pia, mas provando-se falsos ao seu poder.” A Bíblia que ela possui permanece como testemunha contra ela e a condena como tendo uma forma apóstata de cristianismo. Ela sofre, mas é porque não prestou atenção à admoestação do apóstolo Pedro: “Nenhum de vós, porém, sofre como homicida ou ladrão ou malfeitor ou como quem se intromete em negócios alheios. Pois que mérito há se, quando cometeis pecado e sois esbofeteados, o aguenteis?” —2 Tim. 3:1-5 e; 1 Ped. 4:15, 2:20, NM.
9 Portanto, não é sem motivo o vitupério que agora recai sobre a religião tanto da cristandade como do paganismo; é merecido. Foi com esta religião em mente que se adotou pela primeira vez o lema em Londres, Inglaterra, em 1938, “A religião é laço e extorsão. Servi a Deus e Cristo o Rei.”
10. Que distinção não fazem muitos? todavia como se revela que esta distinção é correta pela consideração dos têrmos “cristão” e “cristianismo”?
10 Pelo motivo de que as pessoas em geral não fazem distinção entre a falsa e a verdadeira, e porque a religião mundana ganhou para si uma reputação odiosa, há nos últimos anos a tendência de evitar usar o nome “religião” em relação com a verdade e a organização de Jeová Deus. Porém a cristandade apóstata trouxe grande vitupério sobre o nome “cristianismo”, ao qual ela pretende o direito exclusivo. Se evitássemos um nome apenas por motivo da vergonha e vitupério que a cristandade injustamente lhe acarretou, então seria aconselhável que também evitássemos o nome cristianismo e recusássemos ser chamados “cristãos”. Alguns pensam que o nome “cristão” foi dado originalmente como nome de vitupério aos seguidores de Jesus Cristo. (Atos 11:26) Não obstante podemos aceitar esse nome, da mesma forma que podemos aceitar o nome “judaico” ou “judeu” em sentido espiritual. Por quê? Porque aderimos à promessa de Jeová a Judá, que “o cetro não se arredará de Judá, e nem a vara do comando dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele obedecerão os povos.” (Gên. 49:10, NA) Podemos aceitar, também, sofrer como cristãos, porque Pedro nos diz respeito ao fiel seguidor de Cristo: “Se sofre como cristão, não se envergonhe, antes por esse nome prossiga glorificando a Deus.” (1 Ped. 4:16, NM) Assim podeis tomar o nome “cristão” em vão e trazer vitupério sobre ele como a cristandade, ou podeis sofrer injustamente como cristãos. Se viveis em conformidade com o nome “cristão” apesar do sofrimento que isto traz, podeis glorificar a Deus neste nome. Da mesma forma é necessário fazer uma distinção entre a religião falsa e a verdadeira.
11. Que textos mostram que é correta esta distinção no tocante religião?
11 O apóstolo Paulo aplica o termo “religião” à espécie falsa quando admite o seguinte: “Já ouvistes, naturalmente, falar acerca do meu procedimento de outrora no judaísmo, de que ao ponto de excesso continuei perseguindo a congregação de Deus e assolando-a, e fazia maior progresso no judaísmo que muitos da minha idade em minha raça, sendo que era muito mais zeloso pelas tradições de meus pais.” “Vivi fariseu conforme a mais severa seita da nossa religião.” (Gál. 1:13, 14, NM, Atos 26:5, NTR) Paulo nos diz, também, que alguns no seu dia pretendiam exercer a forma de adoração que se supunha que os anjos exerciam, uma “religião de anjos” ou “culto dos anjos”. (Col. 2:18, Dy e So) Mas é o discípulo Tiago que faz distinção entre tal falsa religião e a religião verdadeira, o puro cristianismo, quando diz: “Procedei em conformidade com a Palavra, ao invés de meramente escutá-la e enganar-vos. Porque quem escuta e nada faz, é semelhante a um homem que relanceis no espelho seu rosto natural, ele relanceia a si mesmo, vai-se, e logo se esquece de como era. Entretanto aquele que atenta bem para a lei imaculada da liberdade e permanece nessa posição, provando que não é ouvinte esquecido senão um agente ativo, será bem-aventurado na sua atividade. Quem parece a si mesmo ser religioso, e não refreia a língua, mas engana seu próprio coração, sua religião é vã. A religião pura e imaculada no juízo de Deus o Pai significa isto: cuidar dos órfãos e das viúvas na sua aflição, e guardar-se da mancha do mundo.” —Tia. 1:22-27, Mo.
12. Que significado se atribui à palavra “religião”, o qual permite seu uso em relação à adoração verdadeira?
12 Conforme se usa o vocábulo “religião” nas traduções da Bíblia em vários idiomas, começando com as traduções do antigo latim que datam do segundo século, ele tem o significado de “sistema ou forma de adoração”, não importa se é verdadeira ou falsa, pura e limpa ou apóstata. A Tradução do Novo Mundo, portanto, não é radical na questão mas assume uma opinião sensata do significado de religião. Por isso verte as palavras de Tiago assim: “Se alguém cuida ser adorador formal contudo não refreia a língua, mas prossegue enganando seu próprio coração, a forma de adoração deste homem é vã. A forma de adoração que é pura e incontaminado do ponto de vista de nosso Deus e Pai é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas nas suas tribulações, e guardar-se sem mácula do mundo.” (Tia. 1:26, 27, NM) Portanto, assumindo que a palavra significa simplesmente “forma de adoração” ou “sistema de adoração”, estamos justificados a usar a palavra “religião” como se aplicando ao cristianismo quando significa a religião pura, limpa e incontaminada.
13. Qual será o resultado para a religião verdadeira e para a falsa neste tempo de juízo?
13 O verdadeiro cristianismo, religião ou forma de adoração, sobreviverá aos vitupérios que lhe foram acarretados. A falsa religião ou adoração nunca sobreviverá aos vitupérios que se lhe acarretam, nem aos juízos que Deus traz contra ela. Deus é o Juiz do que é pura adoração, porque ele é o Autor dela. Portanto hoje toda a religião está debaixo de juízo perante ele. A verdadeira será revelada e abençoada por ele. A falsa será condenada por ele e desarraigada da terra.
RESISTIR À INFECÇÃO, À CONTAMINAÇÃO
14. Como trata a falsa religião de acarretar vitupérios à religião pura?
14 É a religião falsa, a adoração impura, que acarreta vitupérios à religião limpa e adoração pura. Ela o faz invejosa e injustamente. Não só isto, mas também trata de obter motivo justo para escarnecer e blasfemar a verdadeira adoração por corrompê-la. Faz isto tratando de induzir os adoradores puros a se relaxarem, tornarem inconstantes no tocante a seus princípios, cederem à mundanalidade, e chegarem a ser idênticos às pessoas do mundo ainda que levem os nomes de Deus e seu Cristo. Procura envolver os adoradores puros num negócio ou trato, numa transigência, com a falsa religião para alguma vantagem egoísta, tal como prosperidade material, popularidade neste mundo, gozando livremente o que este sistema de coisas tem para oferecer.
15. Qual foi sempre o esforço de Satanás na luta dos deuses sobre o debate da adoração?
15 Fora do jardim do Éden a adoração pura foi revivificada na terra por Abel, o filho martirizado de Adão. Desde então a adoração pura teve de lutar para não se contaminar com o mundo. Sempre fez isto apenas com uma pequena minoria. Satanás o Diabo, “o deus deste sistema de coisas,” desafiou a Deus e diz que isto não pode ser feito e que ele se encarregará de ver que a adoração pura não resista à contaminação. Jeová Deus diz que pode ser e será feito. Quem se provará mentiroso? Jeová Deus apoia sua adoração pura. Seu grande adversário, junto com todos os demônios debaixo dele, trata continuamente de introduzir nela impurezas e a adulterar e tornar hipócrita de modo que até Jeová Deus a rejeitará e abandonará para ser destruída. Por isso há uma contenda de deuses ou poderosos sobre o debate de religião ou adoração.
16, 17. O que revela que não pode haver transigência entre o verdadeiro cristianismo e a religião falsa?
16 Entendemos todos nós este assunto claramente, do modo que o verdadeiro Deus no-lo dá a entender: Não pode haver transigência entre o verdadeiro cristianismo e a religião deste mundo. Antes de levar os israelitas à terra da Palestina que ele lhes tinha prometido, Deus lhes esclareceu perfeitamente este assunto. No começo de sua jornada de quarenta anos para lá ele lhes disse: “Em tudo o que vos tenho dito, andas apercebidos, não fareis menção do nome de outros deuses, nem o nome deles se ouça da vossa boca. . . . entregarei ás tuas mãos os habitantes da terra, e expulsal-os-ás de diante de ti. Não farás aliança com eles, nem com seus deuses. Eles não habitarão na tua terra, para que te não façam pecar contra mim, pois se servires os seus deuses, certamente isso te será um tropeço.” Em vista dessa declaração divina quem se pode opor ao lema de que a religião mundana falsa é laço, operada como extorsão?
17 Jeová com bom êxito introduziu os israelitas na Terra Prometida e expulsou dela muitos dos seus inimigos. Daí seu servo Josué, sucessor de Moisés, achou aconselhável, já que era velho e prestes a passar da cena, recordar-lhes que Jeová tinha recusado transigir com a religião de seus inimigos. Josué lhes ordenou: “Para que não entreis no meio destas nações, que ficam entre vós. Não faças menção dos nomes dos seus deuses, nem por eles façais jurar, nem os sirvais, nem os adoreis: porém uni-vos a Jeová vosso Deus, como tendes feito até o dia de hoje.” —Êxo. 28:13, 31-33 e Jos. 23:7, 8.
18, 19. Que transigências faz hoje a cristandade com os deuses pagãos e com blasfêmias contra a verdade, em desafio a que textos?
18 Jeová Deus não aprova que seu povo entre em concertos com seus inimigos religiosos seja por casamento, por ajustes políticos, seja por tratos comerciais mediante os quais estão obrigados a tomar os nomes dos deuses dessas pessoas aliadas na boca e dar-lhes reconhecimento legal. Esse princípio ou norma de ação vale para o verdadeiro povo de Deus atualmente, porque as coisas que se relacionaram aos israelitas naturais da antiguidade servem de exemplo admoestador para nós que vivemos no fim do sistema de coisas da cristandade. Prossiga a cristandade entregando-se a tais transigências com os deuses do paganismo e com as blasfêmias contra a verdade de Jeová Deus. Como, por exemplo, quando países não católicos enviam embaixadores, ministros ou encarregados de negócios diplomáticos à côrte da cidade do Vaticano e estes, ainda que não sejam católicos romanos, estão obrigados a dobrar o joelho ou inclinar-se ao papa e se dirigir a ele como “Sua Santidade”. Quando políticos protestantes e judeus fazem campanhas eleitorais a fim de ganhar o voto católico, eles, também, empregam os títulos do deus católico e o chamam “Santo Padre”. Quando os anunciadores radiofônicos comerciais, a fim de agradar aos ouvidos dos seus ouvintes católicos, comentam as atividades da hierarquia romana, se referem a eles como “reverendo”, “reverendíssimo”, “padre”, etc., glorificando assim os poderosos do sectarismo.
19 Em Isaías 57:15 (So) Jeová Deus diz: “Porque isto diz o excelso, e o sublime que habita na eternidade, cujo nome é Santo.” Somente a Jeová Deus, Jesus dirigiu as palavras: “Pai Santo, guarda em teu nome aqueles que me deste.” E aos discípulos disse: “A ninguém chameis vosso pai sobre a terra porque um só é o vosso Pai que está nos céus.” (João 17:11 e Mat. 23:9, So) E só uma vez os protestantes encontram nas suas Bíblias em inglês, a Versão Autorizada e a Versão Normal Americana, a palavra “reverendo”, e nesse caso é aplicado a Jeová Deus, nas seguintes palavras: “Santo e reverendo é o seu nome. O temor de Jeová é o princípio da sabedoria.” (Sal. 111:9, 10, NA; VA) O verdadeiro cristão, o adorador do verdadeiro Deus, não transigirá hoje, atribuindo aos deuses e poderosos deste mundo as coisas que pertencem a Deus. Ele obedece às palavras de Jesus: “Pagai . . . a Deus as coisas de Deus.” —Mat. 22:21, NM.
20. Que juízo contra Jerusalém revela a impossibilidade de misturar as coisas de Deus com a religião mundana, com aprovação divina?
20 Não podemos misturar as coisas de Deus com as da religião mundana e ao mesmo tempo obter a aprovação divina. Jerusalém não obteve sua aprovação quando apostatou da adoração revelada de Jeová Deus e de modo religioso aderiu a seu nome, mas ao mesmo tempo jurou por deuses falsos. Dando aviso do dia da sua ira ele disse: “Estenderei a minha mão sobre Judá, e sobre todos os habitantes de Jerusalém, exterminarei . . . os que adoram o exército do céu sobre os telhados, e os adoradores que juram a Jeová e juram por Malcam; os que se tem desviado de andar em seguimento de Jeová, e os que não tem buscado a Jeová nem tem perguntado por ele.” —Sof. 1:4-6.
21. Que acontecimentos e juízo no monte Sinai revelam a mesma coisa?
21 Ao sopé do monte Sinai Aarão, irmão de Moisés, cedeu à voz do povo que desejava deuses visíveis e fez um bezerro de ouro. Daí, no espírito de adoração a bezerros do Egito que tinham deixado, os israelitas disseram: “Estes são, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egypto.” Aarão edificou um altar ao bezerro e proclamou: “Amanhã será festa solene a Jeová.” A festa resultou em corrupção barulhenta e desenfreada da moral. Acendeu-se a ira de Jeová por este esforço de ligá-lo com a adoração demoníaca. Pela direção de seu profeta Moisés, o ídolo foi pulverizado, e cerca de 3.000 festejadores caíram às mãos dos executores de Jeová. —Êxo. 32:4-28.
22. Como caiu Jeroboão no mesmo laço? e com que resultado?
22 Séculos mais tarde quando dez tribos se separaram de Judá e Jerusalém após a morte do rei Salomão, o rei israelita Jeroboão tratou de desviar seu povo de subir ao templo de Jeová em Jerusalém para adoração. Em vez de limitar-se a um bezerro de ouro, Jeroboão mandou fazer dois e os pôs em Betel e Dan. Daí atribuiu a esses bezerros a libertação que Jeová tinha efetuado para Israel, e usou as palavras dos israelitas apóstatas no Sinai e disse: “Demasiado vos é, que subais a Jerusalém, eis-aqui os teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egypto.” (1 Reis 12:25-29, Tr) Com que resultado? A nação terminou em ruína duzentos e cinquenta anos mais tarde, abandonada a seus inimigos por Jeová Deus. Tôdas estas coisas, diz o apóstolo Paulo, foram um exemplo admoestador aos cristãos a fim de que nunca transigissem com a religião falsa, a religião demoníaca. O verdadeiro Deus nunca nos desculpará nem salvará da ruína que a transigência certamente trará. É um laço que apanha a pessoa e causa a sua destruição.—1 Cor. 10:6, 11, NM.
23. Que curso tomou a cristandade mostrando que ela despercebeu a definição de religião pura?
23 A cristandade não prestou atenção à definição de religião pura e incontaminada, que significa não só cuidar das viúvas e dos órfãos mas também guardar-se sem mancha do mundo. Não podemos meter fogo em nosso seio sem queimar a roupa, não podemos transigir com o inimigo e travar amizade com este mundo e permanecer sem mancha, incorruptos, e livres com a liberdade que somente a verdade pode dar. A atual condição espiritual, social e moral da cristandade nos prova isto. Do segundo século em diante seus fundadores transigiram com as doutrinas pagãs, tais como a trindade e a imortalidade da alma humana. Por quê? Por amor da popularidade e a fim de figurar de sábios aos olhos do mundo, para não parecer muito diferentes do mundo e portanto sofrer vitupério e perseguição. E no quarto século, do tempo do imperador Constantino em diante, os edificadores da cristandade cederam à direção do estado político. Ela deu sua independência e suas esperanças de ser a noiva de Cristo em troca de tornar-se a igreja do estado político, o império romano.
24. Que castigo trará o adultério da cristandade? Quando?
24 Tal adultério espiritual significou inimizade com Deus, e em breve trará à cristandade a pena semelhante à prescrita para as meretrizes e adúlteros na lei de Deus ao antigo Israel. Jeová Deus já está no seu templo de adoração pura e diz a todos os que professam ser o povo de Deus: “Chegar-me-ei a vós para juízo, e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros, e contra os adúlteros, e contra os perjuros, e contra os que oprimem o jornaleiro em seu salario, a viúva, e o órfão, e que desviam o extrangeiro do seu direito, e não me temem, diz Jeová dos exércitos.” (Mal. 3:1, 5) Portanto a cristandade será a primeira a ser destruída no Armagedon com uma destruição ardente adequada a uma organização adúltera e imoral que apostatou da religião pura.
25. Que resultou de adorar a cristandade o paganismo? e como é avisada?
25 A cristandade não teve força para resistir à infecção e contaminação que resultam de transigir com a religião falsa, da mesma forma que o Israel natural da antiguidade não teve a força para resistir. Em vez de santificar as doutrinas, filosofias, práticas e ritos pagãos por adotá-los em seu sistema religioso, a cristandade se contaminou com este mundo. Profanou o nome de Cristo que leva. Todavia pretende estar comprometida a casar-se com ele. Após indicar ao que conduziu a transigência com o mundo e a imitação dele no caso de Israel, a Palavra de Deus admoesta à cristandade: “Aquele que cuida ter posição firme, olhe que não caia. Não podeis beber do cálice de Jeová e do cálice dos demônios; não podeis participar da ‘mesa de Jeová’ e da mesa dos demônios. Ou ‘estamos incitando Jeová a zelos’? Somos, porventura, mais forte do que ele?” (1 Cor. 10:12, 21, 22, NM) Certamente não o somos. Por isso não nos convém incitá-lo a zelos desviando-nos para os deuses falsos após havermos entrado em relação com ele como sua nação pactuada, o povo chamado pelo seu nome, conforme fizera o Israel da antiguidade.
26. Como foi manifesta a corrupção de Israel por transigência? e como é típica da corrupção da cristandade?
26 Para mostrar a corrupção que resultou a Israel em razão deste proceder transigente, Jeová disse a essa nação: “Sobre todo o outeiro alto e debaixo de toda a arvore frondosa te deitaste, fazendo-te prostituta. Todavia eu te plantei uma vide escolhida, toda semente da verdade; como, pois, te tornaste para mim numa planta degenerada de vide estranha? Embora te laves com salitre, e uses muito sabão, contudo a tua iniquidade fica registrada diante de mim, diz o Senhor Jeová. Como podes dizer: Não estou manchada, não tenho andado após os Baalins?” (Jer. 2:20-23) A cristandade pretende que sua origem é em Cristo Jesus, que disse: “Eu sou a videira, vós sois as varas.” Mas não importa quão pura a cristandade pretenda seja a sua origem, o fato permanece de que hoje, após todos os séculos da sua existência no meio deste mundo, ela também se converteu em vide imunda, grosseira e silvestre à vista de Deus. Ela não produz o fruto do reino de Deus.
27. É a cristandade pagã? e qual é seu atual estado e destino?
27 Se for feita a pergunta hoje, É a cristandade crista ou pagã? As Sagradas Escrituras responderão, Ela é pagã! Hoje, semelhante ao paganismo, ela rejeita o reino de Deus que agora está sendo pregado por toda a terra em testemunho a todas as nações. Em consequência, segundo a própria parábola de Jesus acerca da videira verdadeira e suas varas, a cristandade é cortada dele como uma vara morta ou um ladrão e se destina a ser lançada no fogo do fim deste mundo e ser reduzida a cinzas. —João 15:1-6, NM.
UM RESTANTE PERMANECE FIEL
28. Que vitória parece certificar que Satanás vencerá no debate de adoração?
28 A cristandade se tornou apóstata. O “deus dêste sistema de coisas” triunfou sobre ela. Por milhares de anos ele teve debaixo de seu poder o resto do mundo que jazia sob os grandes sistemas de religião, tais como o hinduísmo, taoísmo, budismo, confucionismo, sintoísmo, maometanismo, animismo e outros sistemas de religião demoníaca, abrangendo quase dois bilhões dos habitantes da terra. Agora nesta data tardia tudo revela que a cristandade está além de toda esperança de recobro e seu destino está vinculado com o do mundo pagão. A vitória de Satanás sobre a cristandade parece certificar que ele vencerá na luta secular sobre a questão, A adoração de quem triunfará, a de Jeová ou a de Satanás?
29. Que perguntas se respondem negativamente? e quem responde assim?
29 Mas tem Satanás triunfado totalmente no campo de adoração ou religião? Conseguiu subjugar a adoração de Jeová e exterminá-la da face da terra por todos seus diferentes meios de corrupção e violência destrutiva? As testemunhas de Jeová, reunidas em número de 22.250 em convenção internacional em Londres, Inglaterra, em 4 de agasto de 1951 responderam com um inequívoco Não! E também respondem assim as demais centenas de milhares de testemunhas de Jeová em todo o resto da terra.
30, 31. Como foram destruídos duas vezes a Jerusalém degenerada e seu domínio, mas sobreviveu um fiel restante em cada caso?
30 Seis séculos antes de Cristo, a cidade de Jerusalém e seu domínio se tinham convertido em uma videira degenerada, e por isso Babilônia e seus deuses levaram os sobreviventes judeus da cidade destruída e os desterraram em um país estrangeiro idólatra. Todavia, um restante de israelitas tinha o coração inseparavelmente unido a Jeová Deus. Êstes sobreviveram à queda de Babilônia e voltaram à terra do nome de Jeová, restaurando nela sua adoração pura. Mas até o primeiro século da era cristã Satanás o Diabo tinha corrompido de novo a nação judia com tradições religiosas e filosofias mundanas feitas pelos homens. Na crise havia outra vez um pequeno restante de israelitas que mantiveram fé na Palavra de Jeová e na sua promessa de um Messias de libertação. Reconheceram a Jesus Cristo como o Messias prometido. Debaixo da sua liderança se separaram do sistema religioso condenado do judaísmo corrupto e formaram o núcleo da congregação cristã edificada sobre a imóvel massa de rocha Jesus Cristo.
31 Antes de ser rompido o sistema centralmente organizado do judaísmo e a nação dispersa pela ruína de Jerusalém às mãos das legiões romanas em 70 E. C., a primitiva congregação crista já tinha sido estabelecida entre os judeus crentes e gentios crentes dentro e fora do império romano. Jeová Deus mediante seu Filho Jesus Cristo já glorificado nos céus, derramou seu espírito santo sobre aqueles verdadeiros cristãos dos tempos apostólicos e os usou para dar testemunho mundial ao reino vindouro de Deus.
32. Que faz parecer agora que Satanás ganhou? porém de que modo derrotou Jeová o desafio e assegurou a vitória para a adoração pura?
32 Mas que se pode dizer sobre o dia de hoje? O que acabamos de dizer sucedeu há dezenove séculos. No decorrer do tempo desde então a cristandade tem sido completamente corrompida, e hoje ela permanece como um sistema religioso que produziu um mau cheiro sobre a causa do verdadeiro cristianismo, a religião pura. Um terrível produto secundário do seu proceder hipócrita e apóstata é o comunismo internacional ateístico! Este sistema social e político anticristão está juramentado para exterminar a cristandade. Ademais, a perspectiva de uma terceira guerra mundial com armas atômicas de destruição em massa não oferece à cristandade esperança segura de existência ou atividade religiosa de após-guerra. Deste ponto de vista parece certo de que o falso deus Satanás e sua religião mundial triunfaram esta vez. Mas tal não sucedeu! De novo Jeová Deus derrotou o desafio do grande adversário. Mais uma vez produziu um restante para seu nome, um restante dedicado à sua adoração pura. Venha uma terceira guerra mundial, sim, venha o fim deste mundo e juntamente com ele o fim da cristandade apóstata, porém o fiel restante de Jeová está aqui para permanecer até que a vitória gloriosa coroe a fidelidade da adoração limpa e incontaminada.
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O Panteão de Roma