Parando nas esquinas das ruas

SOB o título acima; o periódico Episcopal Churchnews publicou o seguinte editorial, que citamos com a sua permissão:

“Pode encontrá-los em toda a parte, nos pontos mais movimentados das grandes cidades. Num Congresso Geral em Boston, postavam-se nas esquinas das ruas onde a concentração de colarinhos virados era mais forte, e pacientemente, com tato, apresentavam exemplares da Sentinela. Mais de um clérigo sucumbiu precipitadamente à curiosidade e fez a sua adquisição, enfiando a revista no bolso para futura leitura.

“No ínterim, os membros das Testemunhas de Jeová fazem-se impopulares por . . . antes irem à cadeia do que irem guerrear. A nossa tendência — como as pessoas razoáveis e respeitáveis que somos — é relegá-los ao segundo plano de nossa percepção, murmurar algo sobre ‘esta gente esquisita’ e servir-nos de outra taça de chá ou dum segundo coquetel.

“Mas, vamos examinar um exemplar da Sentinela para ver que aspecto tem o mundo para ‘esta gente esquisita’ que está tão disposta a ficar parada nas esquinas da rua como ir à cadeia peia sua crença. Verificamos em primeiro lugar que não se precisa ter um conhecimento da língua . . . para se obter a salvação proclamada pelas Testemunhas. A Sentinela pode ser obtida em [cinqüenta e seis] idiomas, inclusive em indonésio, tagalo, silozi, twi e ioruba (não estamos inventando estes nomes). Gostaríamos de poder dizer a mesma coisa do Episcopal Churchnews.

“Ao se ler A Sentinela, que palavra poderia melhor descrever o sentimento que prevalece em todos os seus artigos? Talvez a palavra seja ‘urgência’. As Testemunhas de Jeová crêem que Cristo voltou em 1914 e já está agora governando, embora invisivelmente; que estamos vivendo a cinco minutos antes das doze horas e que se está aproximando visivelmente a culminação derradeira da história; que a questão é:agora ou nunca — escolha a Deus e participe na ressurreição dos justos; negue-o, e sua existência será apagada e aniquilada.

“As Testemunhas de Jeová estão com pressa. Crêem que resta muito pouco tempo, e que a decisão que cada um precisa fazer é um claro Sim ou um claro Não; que Sim é a senha para a vida eterna, e Não o convite para a extinção.

“Elas têm mais razão do que o contrário. Nós, como episcopais, não procuramos calcular a tabela do tempo de Deus; não nos atrevemos a predizer o momento exato da volta de Cristo. Mas, temos a Sua promessa de que Ele há de voltar. E para cada indivíduo, cada segundo desta vida presente está tão cheio de conseqüências eternas como as Testemunhas dizem que está. Nós fazemos a escolha agora, hoje, neste momento; nossas grandes decisões e nossas pequenas decisões são parte da soma que constitui a decisão final.

“Quando começarmos a compreender isso até nos ossos e no sangue, talvez se veja algo novo na face da terra: episcopais (leigos ou clérigos) parados nas esquinas da rua com tratados na mão. Olharão para os vendedores da Sentinela do outro lado da rua e farão um aceno amistoso. Não importa quanto sejam diferentes, elas são membros da Fraternidade da Urgência.”