BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • w54 1/8 pp. 115-121
  • Fuga à segurança junto à sociedade do novo mundo

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Fuga à segurança junto à sociedade do novo mundo
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1954
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • O SINAL PARA A FUGA
  • O EQUIVALENTE MODERNO
  • Fuga para a segurança antes da “grande tribulação”
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1996
  • Uma “coisa repugnante” não consegue trazer a paz
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1985
  • O desolador da cristandade prefigurado historicamente
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1971
  • Avizinha-se a terminação do “sinal” predito
    Aproximou-se o Reino de Deus de Mil Anos
Veja mais
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1954
w54 1/8 pp. 115-121

Fuga à segurança junto à sociedade do novo mundo

O discurso apresentado abaixo (em duas partes) foi proferido pelo presidente da Sociedade Tôrre de Vigia (dos E.U.A) perante 134.333 pessoas que assistam à Assembléia da Sociedade do Novo Mundo das Testemunhas de Jeová, no Estádio Ianque, na cidade de Nova Iorque. E.U.A, na tarde do sétimo dia, sábado, 25 de julho de 1953, e foi caracterizado pelo lançamento de um novo livro em inglês, publicado pela Sociedade, intitulado “Novos Céus e um Nova Terra.”

“Quando... virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está próxima a sua devastação. Então os que estiverem na Judéia fujam para os montes; os que se encontrarem dentro da cidade, retirem-se.” —Luc. 21:20, 21, ARA

1. Há perigo para as pessoas que se apegam a quê? Onde está a segurança? Por quê?

A FUNDAÇÃO e construção das coisas novas e permanentes continua com êxito enquanto prossegue a condenação e destruição das coisas antigas. Quando, em breve, se completar a demolição das coisas antigas, não haverá um comêço caótico para as novas, não haverá necessidade para os homens começarem pelo nível do primitivo homem das cavernas, mas, o caminho estará completamente desimpedido para o desenvolvimento das coisas novas ao esplendor de um paraíso. Este é um tempo de crescente perigo. É também um tempo de grande oportunidade. O perigo aumenta constantemente para os que se apegam às coisas velhas, em desafio à condenação expressa delas. A única segurança da humanidade está em uma pronta fuga para as coisas novas, e isso sem demora. A grande oportunidade dos homens para sobreviver ao fim das coisas antigas e gozar um futuro de infindável felicidade, paz e amor, está junto às coisas novas. Estas não são as que homens jactanciosos dêste mundo presunçosamente prometem edificar. As coisas novas vêm do Todo-poderoso, que se assenta no trono do universo já por dezenove séculos se encontram registadas as suas palavras. “Eis que faço novas todas as cousas.” (Apo. 21:5) Hoje êle apoia suas palavras por meio de atos. As coisas novas estão em processo de formação. Felizes são os que as vêem ser construídas e que fogem para elas. Segurança e preservação nunca lhes faltarão ali, junto à sociedade do Novo Mundo de Deus.

2. Que é necessário antes de procurar refúgio em coisas supostamente sagradas, e que exemplo histórico recomenda este proceder?

2 Os homens tem uma forte tendência de se apegar a certas coisas há muito consideradas sagradas e a confiar nelas como se fossem um amuleto contra o mal. Consideram que estas são de Deus e que êle as poupará e que, portanto, garantir-se-á segurança à pessoa que se refugiar em tais coisas sagradas. Mas, as coisas quais os homens imputam santidade, talvez não sejam sagradas para Deus, embora tenham muita idade ou antiguidade. Confiar nelas significa enganar-se com uma esperança falsa. É necessário determinar se elas estão em harmonia com as prometidas novas coisas de Deus. Se este não fôr o caso, não serão transportadas e incorporadas às coisas novas. Para comprovar a veracidade disto em nosso tempo, temos um exemplo histórico. De fato, este exemplo foi uma profecia daquilo que aconteceria em nossos dias. Nenhum templo religioso foi cercado de maior santidade ou guardado com mais zelo e fanatismo do que o templo de Herodes, em Jerusalém, há dezenove séculos atrás. Este templo, bem como os anteriores no mesmo lugar, tiveram uma existência conjunta de quase mil anos; contudo, após se lhe mostrar todo o templo de Herodes, Jesus Cristo disse: “Dias virão, em que não ficará pedra sobre pedra, que não seja derrubada.” — Luc. 21:5, 6.

3. Por que declarou Jesus que aquele templo fora abandonado, e quando foi destruído por que não ficou Deus sem templo?

3 Aquêle templo foi o edifício mais grandioso na cidade santa de Jerusalém. Dentro dêle os sacerdotes, descendentes da família escolhida de Aarão, se ocupavam nos sagrados serviços. Era chamado “a casa”. Apesar de todas as suas associações sagradas, Jesus disse pouco antes: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que a ti são enviados! quantas vêzes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não o quiseste! Eis aí abandonada vós e a vossa casa.” (Mat. 23:37, 38, NTR) Jesus não só sabia que o templo se havia tornado uma casa de negócios e um covil de ladrões, mas, também, que nele serviam sacerdotes que conspiravam sua morte. Apenas tinha um aspecto externo de santidade, mas internamente estava inteiramente despido de santidade. Jesus declarou, portanto, que o templo fora abandonado por Jeová Deus e recusou incluí-lo no novo sistema de coisas que estava introduzindo. Trinta e sete anos depois, o templo encontrou o destino predito. Nem uma só pedra ficou sôbre outra. No entanto, o novo templo de Jeová Deus, um templo espiritual de “pedras vivas”, continuou de pé. Dentro dele funcionava um sistema de coisas novo e justo que resultaria na pura adoração do Deus verdadeiro em tôda a terra e na bênção eterna de tôdas as famílias da humanidade. —1 Ped. 2:5; Efé. 2:20-22.

4, 5. Esperou o novo sistema de coisas até que Jerusalém e seu templo fossem destruídos? Que prova oferece para sua resposta?

4 O novo sistema de coisas não esperou pela destruição de Jerusalém e seu templo para entrar em funcionamento. Com a morte, ressurreição e ascensão de Jesus ao céu, para aparecer na presença de Jeová Deus com o mérito do sangue do seu sacrifício humano, o novo sistema de coisas começou em realidade. De posse do sacrifício realmente aceitável a Deus, para resgatar a humanidade do pecado e da sua penalidade, a morte, Jesus agiu como novo Sumo Sacerdote de Deus. O sumo sacerdote terrestre do antigo sistema de coisas judaico perdeu seu cargo perante Deus, pois fôra nomeado sumo sacerdote em conformidade com o pacto da Lei, mediado por Moisés, entre Deus e Israel, no monte Sinai. Mas, agora, Jesus se tornara um Profeta e Mediador maior do que Moisés e ele medeia um novo pacto entre Jeová Deus e os israelitas espirituais, a congregação cristã, edificada sôbre ele como Rocha. Deste modo, o antigo pacto da Lei, que Deus havia feito com os israelitas naturais em Sinai, foi abolido e com ele seu sacerdócio, seus sacrifícios, festas e obrigações. (Heb. 3:1; 9:11-15; Col. 2:13, 14;Deu. 5:2, 3; 29:1) Dai em diante, Jesus Cristo serviu como Sumo Sacerdote ungido de Deus no seu templo espiritual o próprio céu sendo o Santíssimo do templo, perante a presença do próprio Deus.

5 Manifestar-se Jesus como Sumo Sacerdote novo e eterno significava que chegara a consumação do velho sistema de coisas. Conforme está escrito acerca dele. “Agora se manifestou uma vez para sempre na consumação dos sistemas de coisas, para remover o pecado pelo sacrifício de si mesmo.” (Heb. 9:26, NM) Foi em plena harmonia com este fato que o templo abandonado de Herodes, em Jerusalém, foi destruído pelas legiões romanas sob o General Tito, no ano 70 (E. C.). Êste foi o ano em que a própria cidade de Jerusalém, reputada santa, foi destruída.

6. O que não devemos desconsiderar quanto a ligação entre a congregação cristã e Jerusalém, e que significava sua subsequente fuga da cidade?

6 Atualmente, não podemos desconsiderar um ponto importante: Por trinta e quatro anos depois de ter sido feito o novo pacto de Deus e a congregação “cristã ter começado a ser edificada em Jesus Cristo, a Rocha, em Pentecostes de 33 (E. C.), a cidade de Jerusalém serviu de sede para a congregação cristã. O corpo governante da congregação se achava localizado ali e estava composto de doze apóstolos e outros discípulos mais antigos, tais como Tiago, irmão de Jesus. Êles usavam os átrios do templo como local conveniente para encontrar grupos de pessoas e pregar a elas. Foi neste templo que Paulo, o apóstolo, foi atacado pela populaça, aproximadamente no ano 56, e foi em Jerusalém que o discípulo Tiago e outros cristãos fiéis com ele foram mortos por fanáticos apedrejadores judeus, no ano 62. Mas quando veio o ano 67, o corpo governante cristão e todos os outros discípulos de Jesus fugiram de Jerusalém e de tôda a província da Judéia. Por que não permaneceram os cristãos ali e continuaram a pregar as boas novas acerca de Jesus Cristo na antiga cidade santa e no resto da Judéia? Foi por covardia diante da perseguição? Foi por infidelidade para com a sua comissão de pregar as boas novas? Nada disso! Foi uma preservação sábia das suas vidas, para que pudessem continuar a pregar em outro lugar. Foi obediência á ordem profética de Jesus Cristo, que predisse a destruição do templo abandonado e disse aos seus discípulos:

7. Qual foi a profecia que continha a ordem à qual obedeceram?

7 “Sereis entregues até por pais, e irmãos, e parentes, e, amigos, e eles matarão alguns de vós, e sereis alvo de ódio por parte de tôdas as pessoas, por causa do meu nome. Contudo, nenhum cabelo das vossas cabeças perecerá de modo algum. Pela perseverança da vossa parte adquirireis as vossas almas. Além disso, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos acampados, então entendei que está próxima a sua desolação. Então, os que estiverem na Judéia devem começar a fugir para os montes, e os que estiverem no meio dela devem retirar-se, e os que estiverem em regiões próximas não devem entrar nela [em Jerusalém], porque esses são dias para se fazer justiça, para que se cumpram tôdas as coisas escritas. Ai das mulheres grávidas e das que amamentarem crianças naqueles dias! Pois haverá grande necessidade no país e ira sôbre esse povo, e cairão ao fio da espada e serão levados cativos para tôdas as nações, e Jerusalém será pisada pelas nações, até que se cumpram os tempos designados das nações.” —Luc. 21:16-24, NM.

O SINAL PARA A FUGA

8. Quando receberam os cristãos o derradeiro sinal para fugir e para onde fugiram? Do cumprimento de que palavras de Jesus escaparam êIes?

8 Em novembro do ano 66 (E. C. ), o corpo governante em Jerusalém e todos os outros discípulos ali e na província da Judéia receberam o derradeiro sinal para fugir da província inteira para os montes, conforme foram ordenados por Jesus. Isto foi quando os exércitos romanos, debaixo de Gaio Céstio Galo, governador da Síria, chegaram diante da cidade, que estava em revolta contra Roma. Após cinco dias de luta, que colocaram ao seu alcance a captura total da cidade, ele retirou suas fôrças sem razão aparente, sendo perseguido pelos judeus, perdendo milhares de soldados. Os cristãos tomaram isso como o sinal dado por Jesus, muitos anos antes. Fugiram de Jerusalém. Não pararam em qualquer parte da província da Judéia; a ordem de Jesus fôra que os que estivessem na Judéia fugissem dela para os montes. Por isso, tanto eles como seus filhos (nascidos ou por nascer) cruzaram o rio Jordão e foram à região montanhosa de Galaad e se estabeleceram principalmente em Pela, uma das cidades da Decápole. Ali exerceram suas atividades cristãs e continuaram a pregar. Estavam ali em segurança quando os romanos voltaram na primeira parte do ano 70 E. C. e uma terrível desolação veio sobre Jerusalém, em cumprimento das palavras de lamentação de Jesus, dirigidas a ela: “Se tu, por ti mesma, ao menos neste dia discernisses as coisas que têm a ver com a paz — mas agora foram escondidas dos teus olhos. Pois, sôbre ti virão dias em que os teus inimigos edificarão ao redor de ti uma fortificação de estacas pontiagudas e te cercarão e te afligirão de todos os lados; e despedaçarão a ti e teus filhos dentro de ti contra o chão, e não deixarão pedra sôbre pedra dentro de ti, porque não discerniste o tempo de seres inspecionada.” — Luc. 19:41-44, NM.

9. Que pereceu então, para nunca mais ser reiniciado, mas que perdurou?

9 A vida da cidade santa e do seu templo não se provou encantada. Os que se apegaram àquelas coisas do velho sistema corruto, lutaram por uma causa perdida e pereceram na desolação de Jerusalém e de tôda a província da Judéia. Mas, os cristãos nas montanhas de Galaad sobreviveram e continuaram a pregar. O velho sistema, que então pereceu, desapareceu para sempre; o sacerdócio da família de Aarão e a adoração de Jeová Deus em um templo material, feito por homens em Jerusalém, nunca serão reiniciados. O novo sistema de coisas cristão, sob o novo pacto, com Jesus por Mediador e Sumo Sacerdote, permanece até o dia de hoje.

10. Que pergunta sentimos necessário fazer, e, sabendo a resposta, que podemos determinar quanto à Cristandade?

10 Tudo isso não deixa de ter tremendo significado para nós, nestes dias estranhos e fora do comum. Confrontamo-nos com algo similar, só que é muito pior. Sentimos a urgência de indagar a razão das coisas, e somos sábios ao fazer isso, para que saibamos se nos convém um certo modo de proceder. Quando vemos que a atual cidade de Jerusalém na Palestina não continua as tradições da antiga cidade do templo, mas que é realmente a Cristandade que desempenha em nossos dias o papel da cidade santa dos dias de Jesus e dos seus apóstolos, então somos impelidos a perguntar: O que levou àquele terrível sítio e á destruição de Jerusalém em 70 (E. C.)? Sabendo isso, podemos então determinar se por uma razão similar uma destruição em escala maior paira ameaçadoramente sôbre a Cristandade, que neste século vinte é o equivalente da Jerusalém condenada.

11. Qual foi a profecia em que Jesus forneceu a chave para responder à pergunta?

11 Jesus forneceu a chave para a resposta, quando disse aos seus discípulos na mesma profecia conforme relatada pelo apóstolo Mateus: “E estas boas novas do reino serão pregadas por tôda terra habitada com o intuito de dar testemunho a todas as nações e então virá o fim consumado. Portanto, quando virdes a coisa repugnante que causa desolação, conforme predita por meio de Daniel, o profeta, estar num lugar santo, (que o leitor use de discernimento, ) então, os que estiverem na Judéia devem começar a fugir para os montes. O homem que então estiver sobre o eirado não desça para tirar de sua casa os bens; e o homem no campo não volte à casa para apanhar seu manto. Ai das mulheres grávidas e das que amamentarem crianças naqueles dias! Prossegui orando que a vossa fuga não suceda no inverno nem no sábado; porque haverá então grande tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, não, nem jamais haverá. De fato, se aqueles dias não fossem abreviados, não se salvaria carne alguma; mas, por causa dos escolhidos, serão abreviados aqueles dias.“ —Mat. 24:14-22, NM.

12. De acordo com isso, qual foi a causa da destruição terrível de Jerusalém em 70 E. C.?

12 A “coisa repugnante que causa desolação”, à vista da qual no lugar santo os cristãos devem fugir para os montes — esta foi a causa da terrível destruição que sobreveio a Jerusalém e seu domínio na Judeia. Essa “coisa repugnante” foi a liga ou aliança que os regentes religiosos de Jerusalém fizeram com o império romano, a fim de conseguir a morte de Jesus Cristo, o Rei ungido de Deus. Essa potência mundial, imperial, de Roma, foi simbolizada na profecia divina como coisa repugnante, tal como uma selvagem besta-fera, que guerrearia contra os santos de Jeová na terra. Primeiro avançou contra o principal Santo de Jeová, seu Filho Jesus Cristo, para eliminá-lo como rival na dominação mundial. —Atos 3:14; 4:27-30.

13. Quem trouxe o Santo de Deus à atenção de Roma; como e por quê?

13 Os regentes religiosos de Jerusalém foram os que trouxeram o Santo de Deus à atenção da potência mundial romana, procurando vingança, porque Jesus expôs suas falsas práticas e suas violações dos mandamentos de Deus. Acusaram a Jesus diante do governador romano, Pôncio Pilatos, de ser sedicioso contra César, proibindo o pagamento de impostos a César e incitando o povo contra êle. Quando o governador Pilatos tentou resistir à pressão religiosa e soltar Jesus, os judeus gritaram: “Se soltares esse homem, não és amigo de César. Todo aquêle que se fizer rei fala contra César.” Quando o governador Pilatos, num apelo ao patriotismo nacional dos judeus, apresentou Jesus como seu rei e tentou envergonhá-los por perguntar: “Hei de empalar o vosso rei?” então, dentre toda aquela gente, foram justamente os principais dos sacerdotes judaicos que responderam: “Não temos rei senão César.” — João 19:12-16, NM.

14. Por que se sentiria Jeová repugnado e indignado contra esse elemento religioso, e que conseqüências permitiu que sofressem?

14 Sente desgosto disso? Então quanto mais indignação ardente deve ter sentido Deus no céu a vista desta traição perpetrada contra seu Rei Ungido, Jesus Cristo, diante da potência mundial, imperial, de Roma e a ligação dos que professavam ser seu povo com a cruel potência mundial de Roma, que era contra Jeová? Foi uma conspiração religioso política contra o reino messiânico de Jeová. Não é de se admirar, pois, que ele ouvisse e reagisse em face do seu grito desafiador quanto ao sangue de Jesus, naquele tempo: “O sangue delle caia sobre nós e sobre nossos filhos.” Não é de se admirar que êle abandonasse a casa dêles como sendo um templo poluto! Não é de se admirar que os considerasse parte integrante de uma coisa repugnante, um arranjo abominável contra o Seu reino governado por Seu Santo, Jesus Cristo! (Mat. 27:25; 23:38) Professavam amizade pelo inimigo de Deus. Que comessem, pois, o fruto amargo dessa amizade traidora; que ficassem amargurados sob o jugo desigual de tal conspiração abominável contra o reino, até que fossem levados à revolta violenta contra seus parceiros políticos. Deus previra que a hipócrita aliança religioso-política havia de se romper no devido tempo e que a parte política da coisa repugnante movimentaria seus exércitos contra a parte religiosa da aliança repugnante, para trazer o sangue de Jesus sôbre os religiosos culpados e seus filhos, banhando Jerusalém no sangue procedente das veias de 1.100.000 de seus filhos!

15. Quando foi que os cristãos saíram daquela localidade condenada, sem inconveniência, e escaparam de participar em quê?

15 A revolta dos judeus contra seu amigo, César, veio em 66 (E. C.), por causa dos ultrajes perpetrados pelos seus governadores políticos. Naquele mesmo ano os exércitos da parte política da coisa repugnante voltaram-se contra eles e fizeram um assalto preliminar a sua cidade santa de Jerusalém. Foi a observação desta coisa repugnante, com seus exércitos cercando a cidade santa de Jerusalém, que os cristãos deviam considerar como notificação de que era tempo de fugirem à segurança, para os montes fora da Judéia. Não sabendo quando voltariam os exércitos da coisa repugnante e completariam a desolação da Judéia e de Jerusalém, o corpo governante dos cristãos e outros cristãos obedientes mudaram-se sem que fôsse preciso fazê-lo num inconveniente sábado judeu ou no inverno. No século sete antes de Cristo, os exércitos babilônicos voltaram para desolar Jerusalém, pela primeira vez. Em 70 (E. C.) os exércitos romanos voltaram. Durante a primavera e o verão daquele ano sucederam-se o sítio e a completa destruição. Pela ação pronta e obediente os cristãos escaparam de tal horrível desolação. — Jer. 37:6-10.

O EQUIVALENTE MODERNO

16. Quando, conforme Daniel profetizara, apareceria a “coisa repugnante“, e que faz que o período desde 1914 E. C. seja esse tempo marcado?

16 Jesus, ao profetizar acêrca desta “coisa repugnante que causa desolação”, disse que também Daniel a havia predito. Daniel profetizara seu aparecimento, dizendo que se daria no tempo determinado, no “tempo do fim”. (Mat. 24:15, NM; Dan. 11:29-35) Jesus predisse as coisas que ocorreriam no tempo do fim dêste mundo e essas coisas se sucederam numa corrente contínua desde 1914 E. C. guerra mundial, fomes, pestilências, terremotos, perseguição dos verdadeiros cristãos em todo o mundo, a pregação das boas novas do reino de Deus como estabelecido, falsos profetas e cristãs, e, também, a “coisa repugnante que causa desolação” todas estas coisas em conjunto marcando este como o crítico “tempo do fim”. O que faz que êste tempo seja o “tempo do fim“ das nações dêste mundo é que os “tempos designados das nações”, marcados por Deus, chegaram em 1914 ao fim do seu período de 2.520 anos e então nasceu o reino de Deus no céu, pelo qual tanto se orou, e foi empossado no trono o Rei ungido, Jesus Cristo, que recebeu o direito de dominar a terra inteira e despedaçar todas as nações que se opusessem ao seu domínio justo. —Mat. 24:3-25; Apo. 12:1-5; Sal. 2:7-9.

17. Onde se encontra essa “coisa repugnante”, e pelo cumprimento de que profecia pode ser identificada?

17 Ao se confirmar que este período desde 1914 é o “tempo do fim”, onde estão, então, a coisa repugnante e seus exércitos de desolação que Daniel e Jesus predisseram? Ora veja, está ali, a moderna conspiração religioso-política contra o reino estabelecido de Jeová Deus e seu Rei santo e ungido, Jesus Cristo! Identifique-a por si mesmo, pelo cumprimento da profecia de Salmo 2:1-6: “Porque se amotinam as nações, e os povos tramam em vão? Insurgem-se os reis da terra, e os príncipes conspiram contra Jehovah e contra o seu ungido, dizendo. Rompamos as suas ataduras, lancemos de nós as suas cordas. Aquelle que está sentado nos céos, se rirá; o Senhor zombará delles. Então lhes falará na sua ira, e no seu furor os confundirá. [Dizendo:] Eu, porém, tenho estabelecido o meu rei em Sião, meu santo monte.” (Atos 4:24-30) A aliança mundial, conhecida por Nações Unidas é a expressão principal e mais poderosa desta conspiração religioso-política contra o reino messiânico de Deus. Dizemos “religioso-política”, porque as religiões dêste mundo participam nesta conspiração contra o Reino, especialmente as religiões da Cristandade.

18. De que modo mostraram os clérigos religiosos deslealdade ao reino estabelecido de Deus durante a Primeira Guerra Mundial, sem tomar em consideração Mateus 25:40?

18 Por décadas antes de 1914 E. C., as testemunhas de Jeová estiveram pregando o completo estabelecimento do reino de Deus, por meio de Cristo, no fim dos “tempos designados das nações” naquele ano. Confirmando a sua pregação como correta, repentinamente, no ano de 1914, irrompeu a Primeira Guerra Mundial pela dominação global das nações desta terra, seguida de uma série triste de eventos até o dia de hoje. Se os clérigos religiosos da Cristandade tivessem examinado as profecias que as testemunhas de Jeová trouxeram à sua atenção, se tivessem enfrentado os fatos da história moderna e visto sua significação, se tivessem mostrado lealdade à vontade de Deus, teriam aclamado Seu reino e o teriam recomendado como único govêrno com direito á dominação do mundo. Ao invés disso, tomaram o lado dos fatores políticos na guerra total para obter o controle do domínio terrestre do Rei ungido de Deus, Jesus Cristo. Chefiaram a perseguição contra as testemunhas de Jeová, que se mantiveram leais ao Regente entronizado por Deus, e moveram o braço do estado politico que brandia a espada contra as testemunhas de Jeová, tentando exterminá-las da terra. Não tiveram pensamentos reverenciosos para com as palavras de Jesus: “Quantas vezes o fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes.” (Mat. 25:40) Temendo alienar as afeições dos seus amigos políticos, os clérigos preferiram apegar-se aos reinos guerreiros dêste mundo e acusar Jesus Cristo de sedição contra César por lançarem tal acusação contra seus verdadeiros seguidores.

19, 20. No fim da Primeira Guerra Mundial, de que modo seguiram os clérigos a indicação das propostas dos políticos para o após-guerra mas quem proclamou algo diferente como única esperança para a humanidade?

19 Quando, ao terminar a Primeira Guerra Mundial em 1918, se propôs um programa político unido para o mundo do após-guerra, os clérigos da Cristandade estiveram imediatamente a favor disso. De que se tratava? Ter a Cristo como Rei? Não; não foi isso, mas, sim, uma Liga das Nações que proveria a fôrça para que o sistema do velho mundo pudesse continuar por meio de unidade. Os clérigos da Cristandade foram os primeiros a seguir a indicação dos políticos e a advogar a Liga das Nações. Em janeiro de 1919, antes que se reunisse a conferência de paz em Paris, França, o Conselho Federal das Igrejas de Cristo na América instou pelo estabelecimento da Liga das Nações e disse que ela não era apenas um expediente de paz, mas, citando-se seu panfleto, “é antes a expressão política do reino de Deus na terra”. Eles adicionaram: “Os mortos heróicos terão morrido em vão a menos que da vitória resultem novos céus e uma nova terra em que habite a justiça.—2 Ped. 3:13.” Em outras palavras, o mundo do após-guerra, debaixo da Liga das Nações, havia de ser os novos céus e a nova terra que Deus prometeu, a Liga das Nações sendo “expressão política” do reino de Deus, os novos céus, tornando assim desnecessário o verdadeiro reino de Cristo, que forma os novos céus do novo mundo de Deus.

20 Quanto ao Papa de Roma, embora não obtivesse um assento na Liga das Nações, ofereceu a ela o benefício dos seus ofícios eclesiásticos. Em 10 de janeiro de 1920, a Liga começou a funcionar com o apoio e a bênção dos clérigos da Cristandade. Ao mesmo tempo começou-se a ouvir a voz das testemunhas de Jeová em um tom incomum de intrepidez e convicção, proclamando o reino de Deus, debaixo de Cristo, como a única esperança para a humanidade aflita.

21. Qual destes dois movimentos do após-guerra promoveu o reino de Deus e qual dêles causou-lhe repugnância? Quais são as evidências disso até a data?

21 Qual dêstes dois movimentos do após-guerra realmente promoveu, então, o reino de Deus? Qual dêstes dois causou desgôsto ao Altíssimo Deus? As testemunhas de Jeová ou a Liga das Nações, abençoada pelos clérigos? Bem, as testemunhas de Jeová ainda estão presentes, conforme representadas nesta Assembléia da Sociedade do Novo Mundo, no Estádio Ianque, na cidade de Nova Iorque, mas onde estão aquêles novos céus políticos, a Liga das Nações? Onde estiveram durante a Segunda Guerra Mundial? Lá embaixo, no abismo sem fundo da inatividade, além de auxílio. Para acabar com a sua vergonha, reviveram-na e lhe deram uma nova fachada e um novo nome, chamando-a de Nações Unidas. Estudantes da profecia bíblica sabem que isto aconteceu assim como fora predito. —Apo. 17:9-11.

22. Que processo de desintegração sofreu a Liga até a Segunda Guerra Mundial, e que pergunta fazemos agora?

22 A Liga das Nações e os clérigos religiosos da Cristandade deram-se muito bem e não houve rompimento aberto. Mas, em outubro de 1933, oito meses depois de Hitler assumir o poder, a Alemanha nazista abandonou a Conferência de Desarmamento e a Liga das Nações, e começou assim a desintegração da Liga, o Japão havendo-se retirado dela em 27 de março daquele ano. Foi só depois disso que se admitiu a Rússia comunista, em 18 de setembro de 1934, ou seja, anos depois de se terem levantado protestos contra as flagrantes perseguições religiosas, dentro das suas fronteiras. Em 1935, a Itália fascista desprezou a Liga das Nações e lançou-se às suas agressões. A Liga aplicou sanções contra ela e a Itália de Mussolini abandonou essa coligação em 11 de dezembro de 1937. Em 1939, a Liga das Nações recebeu o golpe de morte ao ser lançada ao abismo, sem fundo, de inutilidade, pela agressão da Alemanha de Hitler contra a Polônia, conflagrando-se assim a Segunda Guerra Mundial. Perguntamos agora: Até aquele ano, em que a Liga desceu ao abismo, viam-se os exércitos da “coisa repugnante que causa desolação” cercar o equivalente moderno de Jerusalém? Não; não ao ponto de se poder notar.

23. Como foi que houve um tempo em que a “coisa repugnante” não podia servir de sinal visível para os cristãos fugirem, e que perguntas fazemos quanto aos seus exércitos de desolação?

23 Agora, note o seguinte: Quando a Liga das Nações foi lançada ao abismo, permanecendo esta coisa repugnante seis anos nesse abismo sem fundo, a coisa repugnante não existia e não se achava visivelmente no lugar santo, como sinal para os verdadeiros cristãos se mudarem da Cristandade e fugirem para os “montes” de segurança. Mas, cedo em 1945, houve um movimento no abismo sem fundo e a coisa que repugnava a Jeová Deus e ao seu Rei começou a fazer preparativos, na conferência de São Francisco (da Califórnia), de quarenta e seis nações, para sair dele depois da Segunda Guerra Mundial. Fez isso em 24 de outubro de 1945, quando a Rússia depositou seu instrumento de ratificação da organização de segurança mundial do após-guerra. Entrava, então, em vigor a Carta das Nações Unidas. A coisa repugnante e bestial, que causa desolação, estava novamente presente. Mas onde estavam seus exércitos de desolação? Seriam estes as fôrças militares literais das Nações Unidas? Lembramo-nos de que em 2 de junho de 1931, o General Douglas MacArthur, dos E. U. A., criticou certos clérigos por causa da sua atitude com respeito à guerra e disse: “A religião e o patriotismo sempre andaram de mãos dadas.” Depois acrescentou: “Eu gostaria de saber quantos clérigos, que votaram a favor da Liga, leram os artigos e entenderam que, debaixo deles, a paz mundial seria, em última análise, mantida por fôrças militares, armadas.” Não obstante, a Liga das Nações nunca obteve fôrças militares, armadas.

24. Em 1944, que propuseram os clérigos e leigos americanos, e que disse o primeiro ministro britânico quanto a que era necessário?

24 Treze anos depois, quando a coisa repugnante se achava no abismo sem fundo, como fracasso, clérigos e leigos americanos propuseram a formação do núcleo de uma organização mundial, geral. Também, o Primeiro Ministro Churchill, em 24 de maio de 1944, ao discutir perante o Parlamento os desenvolvimentos espanhóis, disse: “Sem dúvida, precisamos incorporar em nossa estrutura mundial uma grande parte de tudo aquilo que ganhamos a favor do mundo pela estrutura e formação da Liga das Nações. Precisamos armar a nossa organização mundial e certificar-nos de que, dentro de seus limites estabelecidos, tenha poder militar sobrepujante.”

25. Quando recebeu a oitava potência mundial seu exército, e, com que não se deve confundir êste? Por quê?

25 As Nações Unidas, como sucessora da Liga das Nações, são hoje a oitava de uma série de potências mundiais, preditas na Bíblia. O “oitavo exército” desta oitava potência mundial não decidiu mostrar poder militar sobrepujante na Coréia, mas, pelo menos, a oitava potência mundial, as Nações Unidas, possui um exército, com unidades procedentes de dezenove nações. Esta fôrça policial entrou em ação em 27 de junho de 1950, o ano santo do Papa. Mas, esse exército composto da coisa repugnante que causa desolação agia, então, realmente em defesa da Cristandade contra a agressão comunista. Portanto, não devemos cometer o erro de confundir essas fôrças militares, das Nações Unidas com os exércitos que agora se podem ver executar o cerco da Cristandade, o equivalente moderno de Jerusalém. Quais são eles, então?

26. Que, então, são esses exércitos e que profecia, ainda a se cumprir, mostra isso?

26 Os exércitos preditos pelas palavras de Jesus, que desolariam a Jerusalém moderna e antitípica, se acham dentro das próprias fileiras políticas das Nações Unidas. São os elementos que travam uma guerra contra o sistema religioso da Cristandade. Quando a “coisa repugnante” surgiu do abismo em 1945, no próprio começo já continha membros poderosos do bloco anti-religioso e comunista de nações. A ofensiva de paz de 1935, da parte das fôrças opostas à Cristandade, não devia enganar a ninguém. O bloco oposto à Cristandade crescerá e não parará até que o equivalente moderno de Jerusalém seja completamente cercado por exércitos de terrível poder destrutivo. Todos os “dez chifres” da coisa repugnante e bestial, que saiu do abismo, ainda se Iivrarão contra seu parceiro religioso, que se juntou em adultério à coisa repugnante, numa conspiração mundial contra o Filho ungido de Jeová, o Rei dos reis e Senhor dos senhores. As palavras de Deus tem de se cumprir sem falta: “Os dez chifres que viste, e a besta, estes odiarão a prostituta e a farão desolada e nua, e comerão as suas carnes, e a queimarão no fogo. Pois Deus lhes poz nos corações o executarem o que é do agrado delle, e o chegarem a um accordo e entregarem o seu reino á besta.” — Apo. 17:16, 17.

27. Quando, portanto, viram os leitores da profecia exércitos acampados para cercar o equivalente de Jerusalém, e que destino merece ela?

27 Portanto, 1945, o ano em que surgiram as Nações Unidas, marca especialmente o tempo em que os que leem com discernimento a profecia de Daniel e o aviso de Jesus, podiam ver os exércitos acampando para cercar o equivalente moderno de Jerusalém, afim de, por fim, faze-la desolada e nua como prostituta espiritual. Ela prosseguira amigávelmente na sua conduta licenciosa com as mundanas Nações Unidas, escolhendo assim por amigo a César e rejeitando o reino de Deus regido por Cristo, como seu inimigo. De modo que agora, no Armagedon, ela merece a punição devida a uma prostituta espiritual, segundo a lei de Deus. —Lev. 21:9.

28. O sinal de que está agora diante dos nossos olhos e qual será o clímax disso?

28 O sinal da aproximação da batalha do Armagedon está agora diante dos nossos olhos. Quando esta combinação adúltera, religioso-política, finalmente cair em pedaços e a bêsta simbólica e os dez chifres se voltarem contra o sistema meretrício da religião organizada, significará que começou “a guerra do grande dia do Deus Todo-Poderoso”, na qual executará todos os adversários do seu reino messiânico. Essa guerra terminará quando Jesus Cristo, o Rei, juntamente com seus anjos executores, destruir a “coisa repugnante” e todos os outros elementos dêste velho mundo que se enfileiram em oposição à sua regência.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar