O ataque lançado por gog de magog
1. Que nos revela a Bíblia quanto a organização invisível de Satanás e como é Satanás simbolizado em Apocalipse, para se harmonizar com esta revelação?
A BÍBLIA Sagrada revela-nos muitas coisas maravilhosas acêrca do domínio invisível de pessoas espirituais. Revela-nos que Satanás, o Diabo, possui uma organização invisível de demônios e que nela existem príncipes espirituais. A profecia de Daniel revela que havia um dêstes príncipes espirituais encarregado do império persa, quando êste dominava o mundo, e que havia, também, um príncipe espiritual encarregado da Grécia, que então surgia como potência, e que derrubaria a Pérsia e lhe sucederia como potência mundial, dominante (Daniel, capítulo 10) O último livro da Bíblia, Apocalipse, indica que até certa data haveria sete de tais potências mundiais que teriam contato com as testemunhas de Jeová, sendo estas, em ordem de sucessão: (1) Egito, (2) Assíria, (3) Babilônia, (4) Medo-Pérsia, (5) Grécia, (6) Roma, e (7) a potência mundial anglo-americana do dia de hoje. De acôrdo com o que sugere a profecia de Daniel, cada uma destas sete potências mundiais teria sôbre si um príncipe espiritual, oculto. Em Apocalipse, Satanás o Diabo, o regente dêsses, é representado como um grande dragão vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e sôbre as sete cabeças, sete diademas. Assim, o fato de Satanás, o Diabo, ter a chefia sôbre os sete príncipes das sete potências mundiais é demonstrado em que o grande dragão no céu tem sete cabeças com diademas. Segundo os fatos da história, nenhuma das sete cabeças do dragão representa uma chefia sôbre Gog.
2. Quando veio a mudança na posição do Dragão e seus príncipes espirituais e como?
2 Naturalmente, isso se deu enquanto o Dragão simbólico ainda estava no céu. Depois veio 1914 E. C., um ano de guerra, não só para a terra, mas, também, para os céus invisíveis, porque naquele ano Jeová Deus entronizou o reino recém-nascido do seu Filho Jesus Cristo e “estalou uma guerra no céu”. O Dragão e seus anjos lutaram contra o Reino, mas não conseguiram manter nem mesmo uma cabeça de ponte no céu. “Assim foi precipitado o grande dragão, a serpente original, aquêle que se chama Diabo e Satanás, que engana tôda a terra habitada; foi precipitado na terra, e seus anjos foram precipitados com êle.”’ (Apo. 12:7-9, NW) Assim foram lançados para baixo os sete príncipes espirituais, cujo domínio por parte do Dragão foi indicado por ter êle sete cabeças com diademas.
3, 4. (a) Como é simbolizada a organização de Satanás e, também, seu último membro dominante? (b) Como é representada a Liga das Nações, e desenvolveu o Dragão e a bêsta-fera cada um uma oitava cabeça por causa disso?
3 O Dragão tem uma organização visível, da qual as sete potências mundiais foram membros dominantes. Esta inteira organização visível é representada como uma bêsta-fera, tendo também sete cabeças, para corresponder a essas potências mundiais dominantes. Esta bêsta-fera saiu do mar. Mas, aparece em cena outra bêsta-fera que surge da terra. Sua única cabeça tem dois chifres como um cordeiro. Depois de fazer grandes sinais, recomenda que se faça uma imagem da bêsta-fera de sete cabeças para a humanidade adorar.
4 Resumidamente, a bêsta de dois chifres que sai da terra representa a potência mundial de dois membros que hoje fala de uma só voz, a potência mundial anglo-americana. A imagem que esta potência mundial anglo-americana tomou a dianteira em recomendar foi a Liga das Nações, hoje as Nações Unidas. Em Apocalipse, capítulo dezessete, esta Liga das Nações, ou Nações Unidas, é representada como uma bêsta-fera de côr escarlate e com sete cabeças, montada pela mulher prostituta, Babilônia, a Grande. Essa bêsta-fera de sete cabeças é realmente o resultado das sete potências mundiais precedentes, mas atua como um oitavo rei ou potência mundial. Fala-se dela nestas palavras: “A bêsta-fera que era [antes da Segunda Guerra Mundia], mas já não é [durante a Segunda Guerra Mundial], ê também um oitavo rei, mas deve a sua existência aos sete, e vai-se para a destruição.” (Apo. 17:8, 11, NW) Em vista desta oitava potência mundial a pergunta agora é: Cresceu à bêsta-fera de sete cabeças, procedente do mar, mais uma cabeça, ficando ela com oito cabeças? Designou, então, Satanás o Diabo um oitavo príncipe espiritual para superintender a Liga das Nações (agora Nações Unidas) e adicionou assim o grande Dragão mais uma cabeça às sete? O Registo Divino não diz isso. Quando, no Armagedon, o Dragão fôr finalmente lançado no abismo, e a besta-fera procedente do mar, lançada na destruição no lago de fogo, entende-se que ainda terão o mesmo número de cabeças como antes, apenas sete. —Apo. 19:19, 20.
5. Nas relações entre a sétima potência mundial e a bêsta da Liga, que fato elimina a necessidade de um oitavo príncipe demoníaco? E, assim, quem domina ainda?
5 Um fato precisamos lembrar: A bêsta da Liga ou oitava potência mundial está realmente debaixo da sétima potência mundial, pois foi esta combinação anglo-americana que a desenhou e deu folêgo de vida à bêsta da Liga. Portanto, esta bêsta, a oitava potência mundial, está realmente sob o controle invisível do príncipe espiritual da sétima potência mundial. Este fato devia eliminar a necessidade de um oitavo príncipe demoníaco. Apesar da existência da Liga ou das Nações Unidas, ou durante a sua existência, a sétima potência mundial e seu príncipe espiritual exercem tanto poder no mundo de Satanás como antes de o grande Dragão ser expulso do céu e antes de se formar a Liga das Nações. Consequentemente não existe um oitavo príncipe demoníaco que seria rival ou sucessor do sétimo príncipe. Este seria o caso se Gog fosse um novo e oitavo príncipe espiritual, recém-elevado ao poder para agir como chefe do estado-maior de Satanás no campo de batalha do Armagedon. Desde a Primeira Guerra Mundial a Grã-Bretanha talvez tenha enfraquecido, mas, seu chifre de poder é hoje reforçado pela bomba atômica, e seu parceiro, a América, se tornou a nação mais poderosa do mundo. Em vista dêste fato, o príncipe da sétima potência mundial ainda dominaria na organização invisível de Satanás.
6. De que modo mostram as bocas, das quais saltam as rãs, que não há um oitavo príncipe espiritual, mas onde, não obstante, localizamos Gog?
6 Esta sétima potência mundial se tornou o “falso profeta” de Apocalipse (16:13; 19:20; 20:10), e ao vermos saltar as rãs para grasnar e instigar os regentes do mundo ao Armagedon, que acontece? Não é da boca da oitava potência mundial ou “imagem da bêsta-fera” que salta uma rã, mas é da boca do “falso profeta” e da boca da bêsta-fera procedente do mar com ainda apenas sete cabeças. (Apo. 16:13-16, NW) De modo que não há nada visível na terra que indique um oitavo príncipe espiritual, representado por simbolismos bíblicos. Portanto, vê-se agora que a sugestão de vinte anos atrás, de que Gog era um oitavo príncipe demoníaco, não tem prova. Contudo, aquela sugestão nos levou na direção certa para a localização de Gog, a saber, ao mundo espiritual e não à sociedade humana, visível e terrestre. Portanto, Gog ainda representa, não um regente humano, visível, ou uma nação, tal como a Rússia, mas um regente espiritual. A quem, pois, simboliza Gog?
7. De quem, então, é Gog figura profética; quando e onde?
7 É evidente agora que Gog é uma figura profética do regente de todos os sete príncipes demoníacos, a saber, de Satanás, o Diabo. De modo que Gog representa essa Serpente original, o Dragão, não quando estava no céu, mas quando está aqui na terra. Quer dizer, representa-o depois de êle ter sido expulso do céu e restrito à terra com seus sete príncipes demoníacos. Neste sentido Gog representa Satanás durante o curto período de tempo que se lhe deixou entre o fim da guerra no céu e a batalha do Armagedon. Depois da sua expulsão, Satanás, o Dragão, irou-se contra a mulher de Deus que deu à luz o Reino. Portanto, é o Dragão que sai para fazer guerra “aos demais da sua semente” que observam os mandamentos de Deus e têm a obra de dar testemunho de Jesus. É da boca do Dragão que salta a rã para ajuntar os governadores do mundo para o Armagedon. É o próprio Dragão de sete cabeças que se encarrega do ataque final e da resultante guerra do Armagedon. —Apo. 12:7-17; 16:13, NW.
8. A quem usa Jeová para esmagar a cabeça da Serpente, e que argumenta isto, se for o caso, quanto a Satanás usar um oitavo príncipe espiritual no Armagedon? Por quê?
8 É verdade, Jeová Deus usa a Jesus Cristo para lutar como seu chefe de estado-maior no Armagedon. Mas, por que é assim? Porque Jeová predissera que, por causa de a Serpente ter desviado nossos primeiros pais ao pecado no Éden, a Semente da mulher de Deus esmagaria a cabeça da grande Serpente. No Armagedon, Jeová manda que Jesus Cristo, a Semente da mulher, cumpra essa missão. (Gên. 3:15; Rom. 16:20) Isso, porém, não exigiria que Satanás imitasse a Deus neste sentido e designasse um novo príncipe demoníaco, ainda não experimentado, para lutar como seu chefe de estado-maior no Armagedon. O Dragão, já tendo experimentado uma coleção inteira de sete príncipes demoníacos, assume agora pessoalmente a direção para enfrentar Cristo no campo de batalha. Ele sabe agora que Cristo é a Semente da mulher, designada para esmagar-lhe a cabeça como serpente. Confiaria, então, o Dragão a algum príncipe espiritual sem experiência esta tarefa vital de dirigir as manobras no campo de batalha, para desviar dessa “serpente original”, o Dragão, o calcanhar esmagador da Semente da mulher? Nunca! O Armagedon é a sua grande luta, como a de um leão rugidor, encurralado no seu covil. Além disso, a profecia de Ezequiel representa isso como sendo a luta de Jeová contra Gog, portanto, contra Satanás, o Diabo, fazendo-o assim uma luta entre o verdadeiro Deus e o falso, entre o Deus do justo novo mundo e o “deus deste mundo”. (2 Cor. 4:4) “Assim diz o Senhor Jehovah: Eis que eu sou contra ti, Gog.” — Eze. 38:3.
9. Na profecia de Ezequiel por que não é fora do comum que Satanás seja representado por um indivíduo como Gog?
9 Não deve parecer fora do comum que se use Gog para representar Satanás, o Diabo. No mesmo livro de Ezequiel, o rei de Tiro é usado para representar o Diabo desde o tempo do Éden e quando se tornou iníquo e foi expulso da família de Deus, sendo rebaixado como se tivesse sido lançado num tártaro. Mas agora, como Gog, Satanás é representado depois de ter sido lançado do céu à terra e enquanto está sendo mantido aqui em restrição, até que, no Armagedon, seja transferido da sua condição no Tártaro ao abismo e selado por mil anos. (Apo. 20:1-3, 7) Incidentalmente, os aliados de Gog, no seu ataque final, serão nações que tiveram forte intercâmbio comercial com o rei de Tiro. —Eze. 27:2-25; 28:13-18.
10. Onde se encontra a “terra de Magog” de Ezequiel e como difere ela do Magog mencionado em Apocalipse?
10 Fala-se de Gog como estando na terra de Magog. “Magog” foi o nome de um dos sete filhos de Jafé, um neto de Noé, portanto. (Gên. 10:2) Onde se achava seu país é incerto, mas, usualmente, se considera que se achava localizado geograficamente na parte nordestina da Europa e na Ásia Central, a terra dos ferozes citas e tártaros. Contudo, isso não quer dizer que na profecia de Ezequiel a “terra de Magog” se refira agora ao país da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Em Apocalipse 20:8 se mencionam Gog e Magog, mas ali ambos são nomes de países terrestres e estão localizados em um tempo diferente do de Gog e Magog da profecia de Ezequiel. Em Ezequiel, Magog é antes do milênio, enquanto que em Apocalipse, Magog está localizado no fim do reino milenário de Jesus Cristo. De modo que, na profecia de Ezequiel, Magog corresponde ao domínio do seu regente principal, Satanás, o Diabo, e representa seu domínio espiritual. Isto concorda bem com o fato de que a Bíblia não indica aos homens a localização de Magog, portanto, é um domínio além do alcance do conhecimento íntimo dos homens. Magog é um domínio espiritual limitado, perto da vizinhança da terra, pois é o lugar de Satanás, o Dragão, para onde ele e seus iníquos anjos foram arrojados após a guerra no céu. Deste ponto de vista é um país degradado, em que os habitantes espirituais estão sujeitos à disposição de Jeová e mantidos em reserva para ele expressar juízo adicional.
11. Como é representada a parte visível da organização de Gog e que título dele argumenta contra a ideia de Gog ser um príncipe subordinado?
11 A terra de Magog, portanto, representa o domínio degradado da parte invisível do mundo de Satanás desde 1918 E. C. Mas, Gog possui, também, uma parte visível na sua organização mundial. Ainda tem aliados e súditos terrestres, conforme mostra a profecia de Ezequiel, que se dirige a ele como “Gog,o grande príncipe de Mesec e Tubal”. (Eze. 38:3; 39:1, AT) Alguns tradutores vertem isso: “Gog, príncipe de Rosh,a Meshech e Tubal.“ (V. Bras; AS.; Mo; Ro; LXX) E, visto que o nome “Rosh” significa realmente, não Rússia, mas “cabeça“, arrazoou-se que significasse Satanás, a “cabeça”, e deste modo, Gog seria apenas um dos príncipes de Satanás, o Diabo, um “príncipe do chefe“. (AV, margem) Mas, se arrazoássemos deste modo, significaria que Gog seria um príncipe, não apenas de Satanás, o Diabo, mas, também, de Mesec e Tubal e subordinado a todos os três; o que não é o caso. Não obstante, outras traduções modernas mostram que, em vez de ser um príncipe subordinado, Gog é o “chefe principal”, o grande chefe. (Tr; Soncino; Fenton) Alguns o chamam de “grande príncipe”. (AT; Bover-Cantera) Outros o chamam de “soberano príncipe”. (Lienart; Crampon; Maredsous) Chamando-se Gog por estes títulos superiores na tradução do texto hebraico, outra vez indica fortemente que ele é Satanás, “o chefe dos demônios” e não um oitavo príncipe subordinado que se apressa em representá-lo no campo de batalha. Gog, isto é, Satanás, o Diabo, não fica em casa, na retaguarda, na terra de Magog, esperando que o fogo divino o alcance ali. Não, mas egotistamente assume a direção das suas vastas hostes de agressores e as dirige irracionalmente num ataque contra os remanescentes da Semente da mulher de Deus.
12. Que outros países representam partes da organização visível de Gog e por causa de que negócios se distinguiam Mesec e Tubal?
12 Mesec e Tubal, dos quais Gog é príncipe soberano, representam aqui uma parte da organização visível de Satanás. Assim, também, a Pérsia, Cus (Etiópia), Put (Líbia), Gomer e a casa de Togarma, cujas hordas formam parte das fôrças do derradeiro assalto de Gog, na expedição desastrosa à qual se deixam ingenuamente levar pela rã simbólica, a “expressão inspirada”, que salta da boca do Dragão. O antigo Mesec e Tubal eram ambos jaféticos. Assim como Magog, derivavam seus nomes dos filhos de Jafé. Mas, a Bíblia relata que Mesec e Tubal faziam grandes negócios com escravos humanos e utensílios de cobre nos mercados do rei de Tiro, que também é um quadro profético de Satanás, o Diabo. Mesec e Tubal se achavam ao norte da Palestina. Representam os que fazem negócios com Satanás, o Diabo, em busca de lucro comercial. Por ocasião do ataque de Gog, a Pérsia, que era uma vez a quarta potência mundial, declinou a tal ponto, que as suas fôrças se tornam um fator menor de exército misto de Gog. Por isso, o ataque de Gog não se podia ter dado vários séculos antes de Cristo, enquanto a Pérsia era a potência mundial dominante. Foi a Pérsia que permitiu que os israelitas, cativos em Babilônia, voltassem à Terra Santa. Portanto, a Pérsia conhecia a restauração do restante de Israel à Terra da Promissão. Mesmo hoje, as boas novas do reino de Deus estão sendo pregadas, em certa medida, na moderna terra da Pérsia ou Irã.
13. De que pontos do compasso são tiradas as forças visíveis de Gog, e que aviso é isso para a sociedade do Novo Mundo?
13 As tropas de Cus (ou Etiópia) e de Put eram camitas. Visto que Put se achava ao sudeste de Cus na África e corresponde à Somália, mostra até que ponto do sul se estendia a influência de Gog e até onde ressoou sua chamada às armas. Os homens de Put, bem como os da Pérsia, serviram uma vez no exército de Tiro, como seus soldados, de modo que eram experimentados na luta ao lado de Satanás, o Diabo. As hordas de Gomer e Togarma eram jaféticas; seus nomes também se derivam dos filhos de Jafé. Os descendentes de Gomer se espalharam até o oeste da Europa, enquanto a casa de Togarma ocupava o que hoje é Armênia e falava-se dela como estando “nos últimos confins do norte”. (Eze. 38:6) De modo que, se olharmos ao país que eles atacam, as fôrças atacantes de Gog procedem do extremo norte e do extremo sul e cercam a sua vítima e constituem um exército conglomerado de “muitos povos”. Êste fato é um aviso de que a sociedade do Novo Mundo de Jeová será posta em aperto pelas hostes visíveis e invisíveis do príncipe soberano Gog. Isso está em harmonia com a profecia de que a sociedade do Novo Mundo será odiada por tôdas as nações mundanas.
O TEMPO DO ATAQUE
14. De que modo fomos alertados de que o ataque ocorrerá em breve?
14 Como fiel guardador do povo que leva seu nome, Jeová está sempre em guarda a favor deles e nunca cochila nem dorme. Depois destes dezoito séculos, desde os dias dos apóstolos de Cristo, ele não está dormindo, mas está tão alerta como nunca, pois é o Seu dia, “o dia de Jeová”, e chegou o tempo para uma demonstração formidável do seu poder contra os inimigos combinados. Bem a tempo êle suscita suas testemunhas e as alerta para o que se dará em breve. Abre seu entendimento quanto a quem é o verdadeiro Gog e lhe lembra que muito em breve se dará o assalto deste poderoso adversário, que vem do extremo norte. Sabemos da Palavra iluminada de Deus que já se aproximou o tempo. O próprio Deus Jeová marcou o tempo do assalto de Gog, pois avisou a Gog que seria depois de muitos dias e no fim dos anos. Visto que Jeová disse que as suas testemunhas anunciariam isto a Gog, elas precisam saber disso de antemão e fazê-lo. Este é o anúncio inspirado que agora podem fazer ao verdadeiro Gog:
15. Que anúncio inspirado podemos agora fazer a Gog?
15 “Esteja pronto e mantém-te em prontidão, tu e tôdas as tuas hostes congregadas em volta de ti; mantém-te em reserva para mim. Pois após muitos dias serás chamado a serviço, no fim dos anos marcharás contra uma terra restaurada da desolação e habitada por um povo ajuntado de muitas nações, contra os montes de Israel que eram uma vez um deserto perpétuo [ou: têm estado há muito desertos, V. Bras], mas estão agora habitados por um povo trazido de volta das nações, todos eles vivendo em segurança - tu avançarás como uma tempestade, virás como uma nuvem que cobrirá a terra, tu e tôdas as tuas hostes e muitos povos contigo.” (Eze. 38:7-9, AT) Requererá grande fé da parte das testemunhas de Jeová, para enfrentar o cumprimento desta profecia. Significará uma hoste aterrorizadora de atacantes, sob o príncipe soberano Gog, avançando contra elas.
16. Quando se deve aplicar essa profecia e por que precisamos nos fortificar agora?
16 A profecia deve-se aplicar a este “tempo do fim”, especialmente desde 1919. Daquele ano em diante Jeová começou a livrar suas testemunhas ungidas, o restante dos israelitas espirituais, do poder deste mundo babilônico e restaurá-las à terra que seus inimigos haviam desolado por persegui-las durante a Primeira Guerra Mundial. Assim, em 1919 produziu-se imediatamente uma nação e nasceu uma terra em um só dia, no “dia de Jeová”. (Isa. 66:7, 8) Depois disso se precisava deixar passar alguns anos para que o restante restaurado se estabelecesse no país e aprendesse a viver em segurança, confiando na proteção de Jeová, e para que edificasse a condição da sociedade do Novo Mundo ao ponto de tão grande prosperidade espiritual, que está chamando a atenção deste velho mundo, a organização do príncipe soberano, Gog. O ataque, portanto, seria marcado por Jeová Deus para se dar no fim dos anos do “tempo do fim”. Seria o tempo marcado em que o Armagedon, “a guerra do grande dia do Deus Todo-Poderoso”, havia de começar. Visto que o “tempo do fim” começou por ocasião do nascimento do reino messiânico de Deus em 1914, podemos apreciar que estamos bem adiantados nos “últimos dias” da organização mundial do príncipe Gog. Quanto nos precisamos fortalecer contra o ataque impendente, ataque esse que agora estamos comissionados a anunciar em obediência a Jeová Deus! —Eze. 38:1-3; 39:1-3.
A RAZÃO DO ASSALTO
17. O conhecimento de que coisas nos ajuda agora a apreciar mais por que o ataque tem de vir?
17 Os que pertencem à sociedade do Novo Mundo sabem que o ataque virá, pois a profecia que êles agora proclamam prediz a sua vinda e precisa cumprir-se em vindicação da certeza da Palavra de Jeová. Mas, se a sociedade do Novo Mundo sabe a razão do ataque, ajuda-lhes apreciar mais ainda por que o ataque tem de vir e por que nunca podem agora deixá-lo fora dos seus cálculos para o futuro. Naturalmente, o príncipe soberano Gog terá alguma razão egoísta para lançar o ataque e esta servirá de fôrça motriz para recrutar os serviços das suas invisíveis forças demoníacas bem como seus aliados visíveis terrestres, na sua expedição contra a sociedade do Novo Mundo. O Deus Todo-poderoso chama atenção a esta força motriz, egoísta, avarenta e cobiçosa, atrás de Gog, nestas palavras proféticas:
18. Em que palavras proféticas chama Deus atenção a força motriz atrás de Gog de Magog?
18 “Assim diz o Senhor Jehovah: Naquele dia entrarão na tua mente certos projectos, e maquinarás um mau desígnio; e dirás: Subirei à terra de aldeias sem muros; irei contra os que estão em repouso, que habitam seguros, habitando todos sem terem muros e não tendo nem ferrolhos nem portas; para saqueares o despejo e te lançares sobre a presa; para tornares a tua mão contra os logares desertos que se acham presentemente habitados, e contra o povo que foi congregado dentre as nações, o qual adquiriu gado e bens, e habita no meio da terra. Sheba, e Dedan, e os negociantes de Tarshish, com os seus leões novos [magnatas, AT], te dirão: És vindo para saqueares os despojos? ajuntaste a tua companhia para te lançares sobre a presa? para levares a prata e o ouro, para tirares o gado e os bens, para saqueares grande despojo? Portanto, filho do homem, prophetiza e dize a Gog: Assim diz o Senhor Jehovah: Acaso naquele dia, quando o meu povo de Israel habitar seguro, não o saberás tu? Virás do teu logar lá dos últimos confins do Norte, tu, e muitos povos contigo, montados todos a cavalo, numa grande companhia e um exército pujante: e subirás contra o meu povo de Israel, como uma nuvem para cobrir a terra. Nos últimos dias te trarei contra a minha terra para que me conheçam as nações, quando eu for santificado em ti, ó Gog, diante dos seus olhos.” —Eze. 38:10-16.
19. Por que fermenta agora a cobiça no coração de Gog e que, portanto, resolve êle?
19 A mesma cobiça que produziu Satanás, o Diabo, no paraíso do Éden, fermenta agora no coração dêste soberano príncipe, Gog, e passa por tôdas as fibras do seu ser. Isso se dá especialmente nestes “últimos dias”, quando êle pode comparar a condição do restante restaurado de Jeová e dos seus companheiros de boa vontade com a condição do seu próprio velho mundo condenado. Com olhos cheios de ressentimento, Gog vê a prosperidade espiritual do restante de Jeová. Ele inveja a condição paradisíaca, florescente, em que a sociedade teocrática habita e adora a Jeová, especialmente quando vê a angústia das nações do seu próprio mundo e reconhece que a sua aparência de pompa, poder e prosperidade artificial pode durar agora apenas por “um curto período de tempo”, até que êle e sua semente tenham as cabeças esmagadas na batalha do Armagedon. Se a sua própria organização mundial não puder prosperar e se não puder gozar de permanente prosperidade religiosa, econômica e nacional, então nenhuma organização a deve gozar! Essa é a resolução invejosa de Gog.
20, 21. (a) Em que consiste a prosperidade paradisíaca que a sociedade do Novo Mundo goza? (b) Que possuem êles agora que corresponda ao gado, aos bens, prata e ouro?
20 De qualquer maneira, a sociedade do Novo Mundo de Jeová é composta de fiéis cristãos que são perseguidos em tôda a terra. Na maioria são pobres nos bens dêste mundo. Qual é, então, a prosperidade paradisíaca que êles gozam agora e que êste soberano príncipe Gog poderia cobiçar? É esta: que êles têm a possessão preciosa do nome de Deus, pelo qual são chamados. Por pelo menos dezesseis séculos Satanás, o Diabo, aparentemente conseguiu manter o nome adorável do verdadeiro Deus longe do conhecimento do povo que professava adorá-lo. Mas agora, desde 1914 E. C., Satanás, o Dragão, sofreu uma grande humilhação, por ser jogado fora do céu à degradada “terra de Magog”, enquanto que o odiado nome de “Jeová” surgiu e está destinado a atingir o pináculo da glória na batalha do grande dia do Deus Todo-poderoso.
21 Não só isso, os do restante de Jeová, pela sua libertação do poder escravizador dêste mundo babilônico, foram elevados à qualidade de nação; são um povo diferente de todos os outros povos sobre a face da terra e estão organizados em uma sociedade teocrática que se mantém em primeiro lugar, acima de tudo e para todo o sempre a favor do novo mundo de Jeová. Além disso, têm a mensagem mais poderosa existente na terra, as boas novas do Reino, com uma força expansiva que todas as forças restritivas de Satanás não podem conter e confinar, mas ela se estende até os confins da terra habitada em testemunho a todas as nações, em obediência à ordem de Cristo. Impelindo-a irresistivelmente está o espírito de Jeová, derramado sôbre seu povo. (Eze. 39:29) O método de propagá-la, “publicamente, e de casa-em-casa”, é o mais produtivo em resultados. (Mat. 24:14; Atos 20:20) Só assim se satisfaz o anseio de todos os que buscam a felicidade, pois lhes supre as necessidades espirituais, das quais estão cônscios; e, assim, centenas de milhares estão se congregando no país do restante restaurado, a fim de gozar a verdadeira e permanente prosperidade espiritual. Para o restante, estes são como rebanhos e manadas da sua possessão; também, as antigas verdades restauradas e as recém-reveladas verdades acerca do novo mundo são mais preciosas do que a prata e ouro literal. Nada do que Gog de Magog tem compara-se com esta riqueza espiritual. Nada daquilo que nós temos harmoniza-se com a propaganda e os planos de prosperidade deste velho mundo. Funcionando teocraticamente em obediência a Jeová, prosseguimos ao contrário do velho mundo de Gog, contudo não nos intrometemos neste mundo, querendo ditar seu programa ou conspirar contra ele ou planejar violência armada contra ele.
22. De que modo vive o restante restaurado “no meio da terra“?
22 Conforme diz Jeová Deus, o restante restaurado da sociedade do Novo Mundo “habita no meio da terra”, ou, no centro da terra. Embora estejam espalhados pela terra toda, nas suas atividades de pregação, contudo, o restante restaurado, na sua organização teocrática, e o núcleo do qual se expande a sociedade do Novo Mundo para envolver todo o globo. Toda a sociedade humana e teocrática do novo mundo revolve ao redor deles, e por restaurá-los da Babilônia mística, Jeová Deus, o Criador do novo mundo, colocou os alicerces da “nova terra”. (Isa. 51:16) Eles são a coisa mais interessante e valiosa que Deus tem na terra e sua atenção se focaliza neles. Também a atenção maliciosa de Gog de Magog se centraliza neles. Ele detesta a ideia duma “nova terra”, num novo mundo perpétuo!
23. (a) De que modo mostram Mesec, Tubal, Pérsia, Cus, Gomer e Togarma que tem os mesmos sentimentos de Gog? (b) Que mostram as observações feitas por Sabá, Dedã e os magnatas de Tarsis?
23 Os que Gog recruta para seu exército, representados por Mesec, Tubal, Pérsia, Cus, Gomer e Togarma, têm acêrca disso os mesmos sentimentos que Gog. São a semente ativa da Serpente e possuem seu espírito egoísta, invejoso e insaciável e são estimulados pelos mesmos motivos. Alistam-se prontamente nas suas fôrças de assalto e se oferecem voluntariamente para seu trabalho nefando. Há, também, outros que olham o plano de ataque de Gog com interesses egoístas e estes são representados por Sabá e Dedã e os magnatas de Tarsis, semelhantes a leões. Nos tempos antigos, estes eram grandes povos comerciantes e mantiveram um intercâmbio regular com Tiro, cujo rei foi usado para mostrar as inclinações comerciais de Satanás. (Eze. 27:12, 15, 20, 22) Naquele tempo se encontravam nos confins conhecidos da terra habitada, Tarsis se encontrando no extremo ocidental do Mar Mediterrâneo, no que hoje é Espanha, e Sabá na parte que Jesus chamou de “confins da terra”.—Mat. 12:42.
24. Que denotam os interesses egoístas de Sabá, Dedã e Tarsis?
24 Isto indica que em nossos dias todas as nações, até os quatro cantos da terra, saberão do ataque planejado de Gog contra a sociedade do Novo Mundo e estarão interessadas nele por causa do lucro egoísta que esperam tirar disso, mesmo que não tomem parte ativa e direta no ataque. Apesar disso, esperam que o ataque tenha êxito e que depois possam fazer negócios lucrativos com os vencedores. Querem ver despojado e reduzido à pobreza o restante do Israel espiritual, não que eles tenham qualquer competição comercial com o restante do Israel espiritual, mas, porque este não representa nem fala de perspectivas luminosas para o comercialismo deste mundo, antes avisa que perecerá. Não é agradável ouvir que a organização mundial de Gog de Magog irá à bancarrota e que sua parceria como deus de mamom e seu sistema de coisas será dissolvida. Por terem tal simpatia egoísta pela política de agressão de Gog e contra os interesses vitais do restante dos mais pequeninos dos irmãos de Cristo, eles são “cabritos” e perecerão junto com o Diabo e seus anjos no fogo eterno, reservado para eles —Mat. 25:31-46.
25. De que fonte se origina o plano de Gog e que gostaria ele de fazer quanto ao santuário de Jeová?
25 Deste modo Gog de Magog, suas hostes e apoiadores egoístas ficam expostos como tendo um coração mau, do qual não pode vir nada bom. (Mat. 12:34, 35) Do seu próprio coração iníquo, da sua própria vontade, ele procede a maquinar um mau desígnio contra um povo inofensivo, pacífico e temente a Deus, para dar vazão ao seu rancor contra Jeová. Por isso escolhe sua própria maneira de autodestruição. De acôrdo com a promessa, Jeová estabeleceu seu santuário, seu tabernáculo, no meio do restante restaurado, por restaurá-lo à sua adoração pura e teocrática, como nos dias dos apóstolos de Cristo. (Eze. 37:25-28) Gog de Magog gostaria de despejar este templo das riquezas que porventura contenha, dedicadas a Jeová, e interromper esta adoração no templo, que agora está sendo prestada também por uma “grande multidão” de pessoas de boa vontade, de todas as nações e povos.
26. Como se pode descrever, portanto, o ataque de Gog e o que não deve esquecer agora a sociedade do Novo Mundo?
26 O ataque de Gog, portanto, não é nada menos do que um premeditado ultraje da pior espécie contra Jeová Deus, uma expressão violenta de desprezo pelo nome de Jeová e de escárnio por todos os que levam este nome sagrado e tentam viver à altura dele. O ataque de Gog não mostra temor respeitoso de Jeová Deus, mas, ao invés, significa submetê-lo a uma prova que ultrapassa os limites, além do ponto de tolerância. Gog se lembra provavelmente como, no século sete antes de Cristo, o imperador Nabucodonosor, de Babilônia, veio do norte e assaltou Jerusalém, despojando e destruindo o templo, e como, no primeiro século da nossa era, os romanos repetiram esse ato, e que ambos saíram-se bem. De fato, foram usados para expressar o juízo de Jeová sobre a nação de Israel. De modo que Gog pensa agora que ele, também, pode sair-se bem e gostaria de acreditar que seu assalto servirá de juízo divino sôbre o “ restante restaurado do Israel espiritual, pois ele vem do norte, “dos últimos confins do Norte“. Não é essa a direção certa da qual procedem as sentenças divinas contra o povo de Jeová? Portanto, avança com seus planos e preparativos para o ataque final e total. Nunca, durante o resto deste “tempo do fim”, deveis vós, da sociedade do Novo Mundo, esquecer que Gog de Magog inveja a vossa prosperidade espiritual e cobiça a vossa riqueza de influência exercida a favor do novo mundo. Estejai certos disso: A Assembleia da Sociedade do Novo Mundo das Testemunhas de Jeová, no Estádio Ianque, na cidade de Nova Iorque, em 1953, aguçou seu apetite guloso ainda mais. Portanto, estejai agora alertas sem cessar.
27. Manobra Jeová a Gog e de que modo informa ele a Gog de que não teme seu ataque?
27 Gog planeja o ataque final e total contra a única parte da organização teocrática de Jeová que ainda pode atingir, agora que foi permanentemente excluído do céu. Desconsiderando os motivos inventados por Gog, Jeová Deus serve ao seu próprio propósito supremo ao permitir o ataque de Gog. Sem interferir com os planos do próprio Gog, mas, antes, trabalhando de acordo com ele, Jeová Deus manobra Gog para fazer o ataque. Jeová não teme este ataque, mas, antes, o considera benvindo. A fim de informar Gog de Magog acerca disso, ele faz que suas testemunhas proclamem a profecia: “Assim diz o Senhor DEUS [Jeová]: Eis que sou contra ti, ó Gog, grande príncipe de Mesec e Tubal; virar-te-ei e porei anzóis em teus queixos; e te tirarei para fora, com todo o teu exército, cavalos e cavaleiros, todos eles com armadura completa, uma hoste poderosa, equipada com pavez e escudo, todos eles empunhando espada — Pérsia, Cus e Put, todos êles equipados com escudo e capacete, juntamente com Gomer e tôdas as suas hostes, a casa de Togarma e tôdas as suas hostes, desde os últimos confins do norte — muitos povos contigo. Esteja pronto e mantém-te em prontidão, tu e tôdas as tuas hostes congregadas em volta de ti; mantém-te em reserva para mim. Pois após muitos dias serás chamado a serviço.”—Eze. 38:3-8; 39:1, 2, AT.
28. Ao expressar seu ódio da Serpente, que disse Jeová há seis mil anos e o que, na carreira de Faraó, ilustra a maneira em que Jeová atrai Gog com anzóis nos seus queixos?
28 O ódio de Jeová contra o Dragão devorador, a Serpente original, não é menos hoje do que o foi seis mil anos atrás. No jardim do Éden, depois da traição de Satanás, a grande Serpente, ao atrair Eva e Adão ao pecado, Jeová publicou seu ódio da Serpente, avisando-a de que Jeová poria inimizade entre Sua mulher e a Serpente e entre a Semente dela e a semente da Serpente; e que, embora a Serpente ferisse o calcanhar da Semente da mulher, contudo, essa Semente esmagaria a cabeça da Serpente. (Gên. 3:15) Agora, “após muitos dias” e “no fim dos anos”, veio o tempo marcado para que a Serpente original, agora conhecida como Gog, tivesse a cabeça esmagada, junto com tôda sua semente. Por isso Jeová atrai Gog de Magog à sua destruição, como se fôsse por anzóis nos queixos. Como? Por deixar que Gog endureça seu coração contra Jeová, assim como o fez o Faraó do antigo Egito, depois de Jeová ter derramado a décima e última praga sôbre o Egito. Alguns dias mais tarde Faraó ouviu que os israelitas, que saíram sob a direção de Moisés, estavam aparentemente encurralados, desarmados, no deserto que os prendia, o Mar Vermelho bloqueando a via de escape. Esquecendo as lições que devia ter aprendido das dez pragas, recrutou suas unidades móveis de combate e foi em perseguição dos israelitas, para arrastá-los de volta ao cativeiro. Contra os cavalarianos e os carros de Faraó os israelitas eram indefesos do ponto de vista militar. Por este fato Jeová iludiu Faraó e manobrou-o sem lhe fazer injustiça, deixando-o endurecer o coração para fazer um assalto desesperado ao povo de Jeová. Vendo que Faraó já era um vaso humano próprio para ser destruído, por causa do seu iníquo coração imutável, Jeová deixou-o galopar a toda velocidade à sua própria destruição. —Êxo. 14:3, 4, 28-31.
29, 30. Por meio de que ilusão são Gog e seus aliados atraídos ao ataque?
29 Assim se dá, também, com Gog de Magog. Por uma ilusão Jeová o atrai à destruição que ele merece e à qual foi sentenciado há seis mil anos atrás. Para Gog, a sociedade do Novo Mundo do restante restaurado e dos seus companheiros de boa vontade parece estar em tal estado exposto, sem armas carnais e odiada por tôdas as nações. Por isso, a invasão, conquista e despejo dela parecem uma coisa fácil, que pode ser feita com impunidade. Os aliados visíveis de Gog na terra não tem fé no propósito de Jeová, de intervir a favor do seu povo Israel espiritual. Portanto, estão dispostos a pô-lo à prova só mais uma vez, não reconhecendo que talvez estejam indo longe demais ao tentarem assim a Jeová e que ele talvez os surpreenda por intervir, assim como costumava fazer nos tempos da antiguidade.
30 Quanto ao seu invisível príncipe soberano, Gog de Magog, ele está dolorosamente ciente de que tem pouco tempo. Mas, está resolvido que, se ele há de desaparecer, seria um golpe contra o prestígio de Jeová se destruísse os remanescentes da semente da mulher de Deus, como último ato antes de ser esmagado! Seriam louros para sua cabeça e um vitupério eterno para Jeová. Ele teria assim uma satisfação ao descer ao abismo. Feriria ao restante no calcanhar por eliminá-lo e impedir que sobreviva à batalha do Armagedon. Necessariamente, isso significaria, também, que os companheiros deles de boa vontade deixariam de sobreviver. O prometido ato de preservação no Armagedon por parte de Jeová é uma coisa que Gog procura impedir. Se todos os seus, no céu e na terra, hão de ser arruinados, então quer arruinar tudo o mais visível na terra e fazê-la uma desolação. Não haveria repetição da preservação como no caso de Noé! Isso é o que Gog decidiu perversamente.
31. Ao enganchar e guiar assim a Gog, por que, contudo não lhe faz Jeová uma injustiça?
31 Portanto, quando Jeová estender os anzóis da ilusão, por deixar seu povo habitar em segurança, em aldeias abertas sem muros, ferrolhos ou portas ou outras defesas militares, Gog abre os queixos e os fecha voluntariamente sôbre os anzóis, sim, até ávidamente, e se submete a ser levado, com todos os seus exércitos, cavalos e cavaleiros em plena armadura, ao ataque contra a sociedade do Novo Mundo, para enriquecer-se às custas do povo de Jeová. Por prender Gog por meio desta ilusão, manobrando-o a um ataque que merece que se lhe esmague a cabeça, Jeová não faz injustiça a Gog. Ele é realmente um criminoso cuja sentença de destruição foi postergada e está suspensa sôbre a sua cabeça, e Jeová Deus não faz injustiça a este criminoso, há muito condenado, ao trazê-Io com anzóis para fora da terra de Magog, para a execução a qual foi com justiça sentenciado.
32. Quanto tempo atrás, pelo menos, foi predito o ataque de Gog e de que modo foi apropriado que Jeová lhe dissesse: “Mantém-te em reserva para mim“?
32 Esta execução foi há muito predita e, concordemente, foi mantida em reserva. Isto se nota destas palavras: “Assim diz o Senhor Jehovah: És tu aquelle de quem, nos tempos antigos por meio dos meus servos, os prophetas de Israel, que naquelles dias prophetizaram durante muitos annos, falei que eu te faria vir sobre elles?“ (Eze. 38:17) Isto indica que o próprio Ezequiel, que proferiu a profecia original, falou com muita antecedência, com vinte e cinco séculos de antecedência, sem se mencionar também Joel (3:9-17) como possível outro profeta de Israel que predisse êste assalto final. Quão apropriado, pois, que Jeová, ao dirigir-se a Gog, referindo-se realmente a Satanás, o Diabo, lhe dissesse: “Mantém-te em reserva para mim”! (Eze. 38:7, AT) “Fique em reserva para mim!“ (Mo) “Fique à minha disposição.” (Maredsous; Lienart) “Coloca-te ao meu serviço.” (L’École Biblique) Mesmo depois de se travar a guerra no céu e o grande Dragão ter sido precipitado à terra, aplica-se o fato de Jeová manter Gog de Magog em reserva para o Armagedon, pois já se passaram trinta e cinco anos desde 1918 E. C., quando terminou a Primeira Guerra Mundial. Ao invés de destruir naquele tempo Satanás, seus demônios e sua organização terrestre, Jeová abreviou os dias de tribulação e mantém Gog de Magog reservado para dispor dele finalmente no Armagedon. Isto concorda com as palavras de Jeová, dirigidas ao Faraó do Egito, depois da sexta praga: “Por esta razão te mantive em existência, para te mostrar o meu poder e a fim de fazer declarar o meu nome em tôda a terra.”—Êxo 9:16,NW; Rom. 9:17, 18; Mat. 24:21, 22.
33. Por meio dos seus tratos com Gog, que revelará Jeová à vista das nações?
33 Para Gog de Magog, todos êstes anos do “tempo do fim” parecem um período curto de tempo e ele está agora ansioso de começar o ataque final contra a sociedade do Novo Mundo. Faça êle agora o que desejar, pois chegou o tempo para Jeová dirigir o criminoso condenado à sua execução, a fim de mostrar a Gog Seu poder. “Para que me conheçam as nações, quando eu for santificado em ti, Ó Gog, deante dos seus olhos.” (Eze. 38:16) Deste modo Jeová vindicará a sua santidade, ensinando a todo o universo que não se pode mofar dele, mas, que aquilo que lhe pertence nunca pode ser maltratado, abusado ou considerado ordinário, profano e livre de malversação. Portanto, não toque na sociedade do Novo Mundo que leva meu nome!
O ASSALTO
34. A que local guia Jeová a Gog e suas hostes, e quando começa o Armagedon?
34 Chegou a hora da execução! Por meio dos anzóis nos queixos de Gog, Jeová, o Todo-poderoso, o traz do norte, junto com suas hostes, através de Gilead ao longo da margem oriental do rio Jordão, até o planalto de Moab, na costa oriental do Mar Morto, segundo a linguagem simbólica da profecia de Ezequiel. Gog se apronta agora para o ataque! Dá-se o flagrante! Agora o Deus Todo-poderoso o tem onde quer, apanhado em flagrante. Jeová Deus avança, então, para esmagar Gog por meio de Jesus Cristo, a grande Semente da mulher. Começa a batalha do grande dia do Deus Todo-poderoso. O relato da batalha, escrito há muito, diz:
35. Que diz o relato da batalha, escrito há muito tempo?
35 “Naquelle dia quando Gog vier contra a terra de Israel, diz o Senhor Jehovah, a minha indignação subirá às minhas narinas. Pois no meu zelo e no ardor da minha ira falei: Certamente naquelle dia haverá um grande tremor na terra de, Israel, de sorte que os peixes do mar, e as aves do céo, e os animaes do campo, e todos os réptis que se arrastam sobre a terra, e todos os homens que há sobre a face da terra, tremerão deante da minha presença, e os montes serão deitados abaixo, e os precipicios cahirão, e todos os muros cahirão por terra. Chamarei a espada contra elle para que venha sobre todos os meus montes, diz o Senhor Jehovah; a espada de cada um se voltará contra o seu irmão. Contenderei com elle pela peste e pelo sangue; farei chover sobre elle, sobre as suas tropas e sobre os muitos povos que estão com elle, uma chuva inundante, grandes pedras de saraiva, fogo e enxofre. Eu me engrandecerei, e me santificarei, e me darei a conhecer aos olhos de muitas nações; e saberão que eu sou Jehovah.” —Eze. 38:18-23.
36. Que horrores catastróficos estão descritos no relato antecipado da batalha, e por que não escapará nenhum dos inimigos?
36 Espanto, consternação, mêdo, colapso de govêrno e administração, pânico, anarquia desenfreada, guerra fratricida, tremendas convulsões de terra, desabamentos, edifícios de defesa e proteção em desmoronamento, trombas dágua, inundações, chuva de fogo líquido e corrosivo, terror no ar, na terra e no mar, tudo foi descrito naquele relato antecipado da batalha e se destina às fôrças atacantes de Gog. Mesmo em condições normais, o sol e a atmosfera, trabalhando em conjunto para formar tempestades, geram e descarregam energia muitos milhões de vêzes mais do que a ciência poderia produzir pela detonação simultânea de cem bombas atômicas. Detonem as nações ao mesmo tempo tôdas as bombas atômicas e de hidrogênio que possuem. A tempestade global que atingirá as nações do mundo de Satanás naquele tempo será muito pior do que isso. O grande tremor da crosta terrestre, que o Criador Todo-poderoso causará em todo o globo, provar-se-á muito mais poderoso do que centenas de milhões de bombas atômicas, e Ele não precisará para isso fazer explodir o plutônio. Horrível e formidável será, também, a luta insana, egoísta e infrutífera pela sobrevivência, homem contra homem, no âmbito dêste mundo, numa louca corrida para se salvar, cada um tornando-se inimigo do seu próximo. Mas, tudo em vão! Os que triunfarem na luta pela sobrevivência contra seu próximo, serão finalmente executados por meios sobrenaturais, pelas fôrças combatentes do Rei dos reis de Jeová, Jesus Cristo, a Semente da sua mulher. Nenhum dêles escapará. (1 Tes. 5:3) Quanta coisa é necessária para fazer as nações dêste mundo saber que o nome do Deus verdadeiro e vivo é Jeová!
37. Escapará o domínio invisível de Satanás da fúria ardente de Jeová e que mostra a profecia acerca disto?
37 As nações da terra são apenas fantoches voluntários. As invisíveis fôrças espirituais, iníquas, da organização de Satanás são os agitadores atrás deles todos. Escaparão eles, então, da destruidora fúria ardente, trazida por Jeová? Não! Para notificá-los disso, êle fala a Gog a respeito do degradado domínio dos demônios, Magog: “Metterei o fogo em Magog e nos que habitam seguros nas ilhas; e saberão que eu sou Jehovah. Farei conhecido o meu nome no meio do meu povo de Israel e nunca mais deixarei profanar o meu santo nome; as nações saberão que eu sou Jehovah, o Santo de Israel. Eis que isto vem, e se realizará, diz o Senhor Jehovah; este é o dia de que falei.” (Eze. 39:6-8) Sim, Magog será consumido como por fogo, quando a Semente combatente da mulher de Jeová, Jesus Cristo, esmagar a grande Serpente e sua semente demoníaca, lançando-os em cadeias ao abismo, sob a cobertura dum sêlo oficial, pelos mil anos do seu reinado. —Rom 16:20; Efé. 6:12; Apo. 20:13.
38. Que significa o envio de fogo sôbre os que habitam nas ilhas, ou nas terras costeiras?
38 Não apenas Magog, na retaguarda invisível, mas também as terras costeiras, ou as ilhas, distantes da batalha, setirão o fogo da destruição. Isso quer dizer que não só os que lutam na frente militar, nas fôrças atacantes de Gog, mas também os que ficam em casa e que constituem a frente civil, em apoio às hostes de Gog, serão atingidos pelas fôrças destrutivas, procedentes do alto. A sua vida segura, indolente e indiferente será rudamente interrompida. Tais apoiadores civis do ataque de Gog têm de assumir a sua responsabilidade comunal pelos exércitos que os representam na frente. Protestar contra o ataque de Gog? Não; não êles. Portanto, estão condenados como fazendo parte da organização de Satanás, de coração e alma. Jeová envia, com justiça, sôbre êles sua destruição ardente. Assim perecerá tôda semente de Satanás, a visível e a invisível.
PARTICIPANTES DA VITÓRIA
39. Enquanto Gog recruta as suas fôrças e se apronta para o ataque, que devem fazer os da sociedade do Novo Mundo a fim de testemunhar a demonstração vitoriosa de Jeová?
39 Os da sociedade do Novo Mundo, ao verem Gog de Magog recrutar suas fôrças, devem êles fugir? Ao verem, finalmente, as fôrças de Gog avançar para o ataque, como uma ameaçadora nuvem de tempestade que enegrece o céu, composta de hostes vivas de demônios e homens, devem fugir então? Não! O restante fiel e seus companheiros de boa vontade nunca deviam nem irão abandonar a recém-nascida terra teocrática da sociedade do Novo Mundo. Esta é a terra de Beulá da profecia, à qual o restante está casado e nunca, sob nenhuma circunstância, quebrará os laços matrimoniais, e seus companheiros leais o acompanharão. (Isa. 62:4, 5) Ficarão firmes e continuarão a morar nesta terra teocrática, confiando em Jeová Deus por segurança e não em armas carnais ou na velocidade duma fuga comprometedora. Ao procederem assim com firmeza, testemunharão a sua demonstração vitoriosa de poder sôbre os adversários combinados do velho mundo, os profanadores do seu santo nome. Gloriar-se-ão no seu triunfo por Jesus Cristo.
40. Como participarão nos benefícios do triunfo de Jeová as aves e as feras; em compensação de quê?
40 Mesmo as aves e as feras do campo, uma vez aterrorizadas, participarão nos benefícios do seu triunfo. Jeová pede ao profeta convidar estas aves e feras, há muito maltratadas, para se banquetearem do Seu grande sacrifício, a matança de todos os seus adversários, cujos cadáveres jazerão sobre o solo como fertilizantes, sem serem lamentados, nem enterrados, desprezados pela sociedade do Novo Mundo, que sobrevive. Que as aves e feras limpem os esqueletos destes. Sejam assim retribuídas as aves e o reino animal por toda matança deliberada que o velho mundo de Gog lhes inflingiu durante os últimos 4.000 anos, desde o Dilúvio. —Eze. 39:1-5, 17-20; Apo. 19:17-21.
41. Que indica que a matança será enorme e onde serão enterrados os ossos; por que razão?
41 A matança em massa será enorme, naquele dia dos dias, pois as fôrças alinhadas ao lado de Gog nessa batalha serão tremendas. Será, de fato, um conflito global como nunca houve antes, pois nenhuma parte do globo escapará da destruição. A profecia nos informa que as partes de madeira, que sobrarão do armamento homicida das hordas de Gog, serão tão abundantes, que levará aos israelitas sobreviventes sete anos para ajuntá-las e queimá-las como lenha. (Eze. 39:9, 10) Mas, que acontecerá aos ossos das hostes mortas de Gog? Permitir-se-á que sujem o solo da “nova terra”? Não; mas Jeová lhes designará um lugar para serem enterrados, representado pelo vale de Abarim (AT), onde Jeová paralizou a multidão de Gog com a destruição. Este vale se encontra a leste do Mar Morto. Visto que o Mar Morto é um símbolo bíblico da destruição eterna, ou “segunda morte”, êsse lugar de sepultamento representa que os do lado de Gog serão destruídos na segunda morte. (Apo. 20:14, 15; 21:8) Portanto, o entêrro dos ossos é com o fim de purificar a terra e não para simbolizar uma esperança de ressurreição para a multidão de Gog. O vale do entêrro será chamado O Vale da Multidão de Gog, e a cidade simbólica, próxima, será chamada Hamoná (isso é: multidão), em memória da vitória de Jeová sôbre a multidão de Gog. —Eze. 39:11-16, Al; AT.
42. Por que não precisamos temer e como podemos servir de testemunhas sempre-presentes da vindicação vitoriosa de Jeová?
42 Coragem, pois, todos vós da sociedade do Novo Mundo! Se continuarmos a confiar em Jeová e a provar nossa confiança por nos mantermos leais ao seu governo teocrático e à proclamação das boas novas do seu reino por Cristo, não precisaremos temor, nem a aparência formidável da multidão de Gog, nem o aspecto terrível da demonstração suprema do poder de luta de Jeová, pois Jeová está conosco! Uma fuga covarde nos poderia desterrar da terra dada por Deus, mas Gog nunca o conseguirá. A libertação não está na fuga! Durante êste “tempo do fim”, êste “dia de Jeová”, temos sido testemunhas do nome e reino de Jeová. Em breve seremos feitos testemunhas oculares do espetáculo mais significativo, quando Jeová revelar a sua glória no Armagedon, em vindicação da sua soberania sobre a criação. Como espectadores disto, os da sociedade do Novo Mundo podem servir de testemunhas sempre-presentes da vindicação vitoriosa de Jeová, por relatá-la a todos os filhos nascidos no novo mundo, sim, a todos aquêles que serão trazidos à vida sobre a terra pela ressurreição dos mortos. De modo que agora, à face do inimigo agrupado, estamos na terra da teocracia restaurada. Permita Deus que mantenhamos a nossa posição imutável por uma atividade incessante e uma vigília alerta, até a sua sublime vitória sobre Gog de Magog.
[Nota de Rodapé]
a Este nome, como o de Mesec e Tubal, seria o nome de um país, não o nome de um indivíduo. Historiadores bizantinos e árabes mencionam um povo bárbaro chamado “Ross“, que vivia ao norte dos Montes Taurus e às margens do rio Volga.