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  • A ressurreição, nossa esperança fortalecedora

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  • A ressurreição, nossa esperança fortalecedora
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1955
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  • ALMA, ESPÍRITO E TÚMULOS MEMORIAIS
  • NOSSO PADRÃO DE VIDA
  • FALSO O “DESENVOLVIMENTO DE CARÁTER”
  • NÃO HÁ RESSURREIÇÃO DO CORPO
  • UMA FALSIFICAÇÃO PSEUDOCIENTÍFICA
  • A ESPERANÇA DA RESSURREIÇÃO UM INCENTIVO PARA O SERVIÇO DE DEUS
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1955
w55 1/2 pp. 23-27

A ressurreição, nossa esperança fortalecedora

1. (a) Por que meios mantém o mundo as pessoas no caminho da destruição? (b) Como poderiam as pessoas evitar o mêdo da morte?

NESTA luta, para manter a integridade, não é fácil a pessoa ir contra os modos e idéias dêste velho mundo. Isso está longe do proceder dum covarde, embora o mundo possa usar esta falsa acusação contra o cristão, para o intimidar e forçar a copiar sua louca corrida para a destruição. Pois, ao invés de amor e arrazoamento, êste mundo vale-se das emoções enfraquecidas do homem decaído. Usa o látego do medo, ou orgulho, ou egoísmo. Poucas pessoas na terra podem resistir a êstes. Por causa disso, os ditadores podem manter nações inteiras em sujeição, o povo tendo mêdo de manter em pé os princípios estimados da justiça por falar abertamente ou tomar uma atitude destemida. Pelo seu silêncio êles aprovam tàcitamente, para sua própria segurança pessoal, as medidas ímpias e totalitárias dos seus governos e trazem-se assim sob a condenação comunal com a nação iníqua. Seu terror é o mêdo da morte para si mesmos ou para membros da sua família. A Bíblia descreve o Diabo, o grande carcereiro, como controlando “todos os que por medo da morte estavam toda a vida debaixo da escravidão”. (Heb. 2:15) Se o povo tivesse o verdadeiro conhecimento da ressurreição, poderia estar livre de tal medo. Daí a necessidade de vida ou morte deste conhecimento. Sem este entendimento e fé o cristão não pode manter a integridade.

2. Como fortaleceu o conhecimento da ressurreição a integridade de Jesus?

2 Para Jesus, enquanto manteve a sua integridade na terra, sob grande pressão por parte do Diabo e seu mundo, a esperança da ressurreição foi uma força que o sustentava. Enquanto sofria mesmo a morte na estaca de tortura, êle ficou grandemente fortalecido a manter inquebrantada a integridade a seu Pai por causa desta fé e esperança. Acêrca dêle se acha escrito: “Além disto também a minha carne repousará em esperança, porque não deixarás a minha alma no Hades.” (Atos 2:26, 27) Jesus sabia que Deus não o esqueceria deixando sua existência, sua “alma”, apagada no túmulo.

3. Que outros exemplos mostram a necessidade do conhecimento da ressurreição e da fé nela?

3 Assim, também, Abraão foi fortalecido para passar a prova de oferecer seu filho Isaac; Jó, para suportar intenso sofrimento e a perda de tudo exceto a vida; e a grande nuvem de testemunhas fiéis da antiguidade, para suportar ser “torturados porque não queriam aceitar redenção por meio dum resgate, a fim de que pudessem alcançar uma melhor ressurreição”. (Heb. 11:35, NM) Os apóstolos encheram-se da “viva esperança” pelo fato da ressurreição de Jesus e a garantia que esta lhes deu, acrescentando à sua pregação fôrça e entusiasmo que nenhuma perseguição podia diminuir. Capacitou-os a suportar a morte para garantir-se a ressurreição. — Fil. 3:10, 11; 1 Ped. 1:3; 3:21.

ALMA, ESPÍRITO E TÚMULOS MEMORIAIS

4. Mostre que a ressurreição não consiste no reajuntamento do corpo com uma “alma imaterial”.

4 Queremos ter a certeza de ser dignos duma ressurreição que Deus se lembrara de nós para, fazer este grande milagre em nosso favor. O entendimento dos princípios em que esta se baseia nos ajudará. Ressurreição é traduzida da Palavra grega anástasis, que significa literalmente “pôr-se novamente em pé”. O que é que na ressurreição se põe novamente em pé para a vida? É o homem, a personalidade, a mesma pessoa que desceu à morte. Não é o corpo trazido de volta, enxertado com uma “alma imaterial” que tivesse sido guardada no céu ou em outro lugar. Pois não é meramente o corpo que morre, mas sim a pessoa, a alma, que é a criatura humana viva que respira e possui sentidos. Quando a pessoa morre, a alma morre. A Bíblia, em Números 6:6, 7 (NM), diz: “[O nazireu] não se pode aproximar de qualquer alma morta. Nem mesmo por seu pai ou sua mãe . . . pode profanar-se quando êles morrerem.” A alma não é uma coisa que se separa do corpo e vai para o céu. Até do próprio Jesus se disse: Estava no Hades, no túmulo, e foi dali que Deus a ressuscitou.

5. Que significa Eclesiastes 12:7: “O espírito volte para Deus que o deu”?

5 É verdade que a Bíblia diz: “O espírito volte para Deus que o deu.” (Ecl. 12:7) Mas note que aqui se trata do espírito, não da alma. O apóstolo mostra que há uma distinção entre os dois ao dizer que a Palavra de Deus é capaz de penetrar “até a divisão de alma e espírito”. (Heb 4:12) “Espírito”, aqui, significa o princípio da vida, a fôrça de vida. Voltar esta para Deus significa que o saber e o poder de fazer a pessoa viver novamente reside inteira e exclusivamente nas mãos de Deus. Exatamente como uma máquina complicada pode quebrar e necessitar dos serviços do seu inventor e desenhista para a reparar e reconstruir, pois ninguém mais teria o saber e a capacidade de reparar ou reconstruir essa máquina e fazê-la funcionar outra vez.

6. Em que base julga Deus se o morto merece uma ressurreição ou não?

6 Jesus mostrou em que base Deus toma a determinação quanto a quem recebe a ressurreição. Disse êle: “Todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz e sairão.” (João 5:28, 29 NM) Os que estão na memória de Deus, que antes da morte tiveram a tendência e amor para com a retidão e justiça, ou um direito legal debaixo das provisões do mérito familiar feitas por Deus, são os que Deus traz de volta pela ressurreição. Poderíamos expressá-lo de outro modo: Deus possui um registro ou transcrição do padrão de vida, a qual transcrição vem sob seu julgamento quanto a se se dará àquela pessoa ou personalidade o direito a uma ressurreição. Não é o caso de que qualquer um mereça em si mesmo uma ressurreição. Não, mas na misericórdia de Deus, e por meio da provisão do sacrifício de resgate do seu Filho, êle julga êstes como merecedores.

NOSSO PADRÃO DE VIDA

7. Que fatôres modelam nosso padrão de vida de cristãos dedicados?

7 O que é, pois, que levará a qualquer de nós a tal condição feliz? Havendo tido fé em Jeová Deus e no sangue do seu Filho Jesus Cristo, e tendo-nos dedicado a êle, precisamos formar o correto padrão de vida, edificando sôbre êste alicerce. Consideramos quais os fatores que nos fazem as personalidades ou indivíduos que somos, o padrão de vida que mostramos. Nosso padrão de vida é formado por estas quatro coisas: (1) As características que herdamos. Através das quase ilimitadas combinações possíveis no mecanismo dos genes, por ocasião da concepção, a criança herda certas qualidades mentais, particularidades, propensões e talentos, que usualmente refletem em notável grau algumas das qualidades dos pais. Por esta razão, quando a criança nasce, ela possui até certo grau um padrão de vida. Seu cérebro já tem vagamente formado certos “circuitos”, além das particularidades naturais do instinto de sobrevivência, tais como o instinto de mamar o leite materno. Deus, conhecendo estas combinações na criança, poderia dizer, neste ponto, quais serão as suas tendências, e quão fortes são para resistir ou se conformar mais tarde ao ambiente. (2) Ambiente, o que inclui as experiências adquiridas durante a vida. (3) Nossa própria vontade ou escolha como agente moral livre. (4) A influência do santo espírito de Deus e da sua Palavra e organização.

8, 9. (a) Esboce o proceder que assegura ao cristão uma ressurreição? (b) Qual é o resultado de tal proceder?

8 Do precedente podemos ver que a pessoa pode ter certas inclinações desde o nascimento. O ambiente inicial e o treinamento paternal podem acentuar ou inibir essas inclinações. Daí a importância vital do correto ambiente, treinamento e disciplina para o filho. Depois vem o tempo em que êle exerce seu próprio livre arbítrio em escolher um proceder de práticas boas ou más. Poderá adotar um proceder de bem, inteiramente na sua própria fôrça? Não, pois sendo descendente imperfeito do pecador Adão, aplica-se a êle a regra: “A Inclinação do coração do homem é má desde a sua juventude.” (Gên. 8:21, NM) E o ambiente dêste velho mundo, com sua propaganda e iniqüidade, aperta-o de todos os lados. Por isso precisa voltar-se à Palavra de Deus, a Bíblia, em busca de direção. Precisa que o espírito santo, ou força ativa de Deus, o dirija. Este inspirou a Bíblia. Necessita também da ajuda da organização de Deus e precisa andar em harmonia e no mesmo passo com ela, para continuar conforme a Bíblia dirige. Fazendo estas coisas, êle reagirá de modo correto em relação ao ambiente e adotará o proceder correto quanto às questões que se lhe apresentam. Êle estará capaz de desenvolver as boas qualidades e talentos que tiver, para usá-los no serviço de Deus. Estará capaz de vencer as tendências erradas. Sua mente se renovará, afastando-se da conformação ao mundo, para conformar-se aos modos do novo mundo. — Rom. 12:2.

9 Qual será o resultado? Êle será uma nova personalidade, criada em conformidade com a vontade de Deus. (Efé. 4:24) Mostrará um padrão de vida em harmonia com a vontade e Palavra de Deus. As coisas que êle fará estarão de acordo, coincidirão com as coisas escritas na Bíblia. Assim como o fiscal numa fábrica verifica os produtos acabados com o padrão original e rejeita os que não se conformam, assim Deus, ao observar o padrão de vida que demonstramos, verifica se seguimos seu padrão justo. É nisto que descansa nossa esperança individual, como cristãos dedicados, de uma ressurreição. A Palavra de Deus usa como ilustração um oleiro que seleciona ou rejeita os vasos de barro, segundo êstes se conformam ao padrão desejado ou não. — Rom. 9:19-24.

FALSO O “DESENVOLVIMENTO DE CARÁTER”

10. É isso “desenvolvimento de caráter”? Explique.

10 Isso não é “desenvolvimento de caráter”. No assim chamado “desenvolvimento de caráter” a pessoa se estriba na justiça própria, desenvolvendo uma “agradável” personalidade que a fará digna da vida. Não; os cristãos olham para a justiça de Deus e se estribam no Seu espírito, ao tentarem copiar o padrão de Cristo, mantendo a integridade. Mesmo então, não há nêles próprios nenhum mérito. Ainda são imperfeitos, mas pela fé e obediência esperam alcançar a misericórdia de Deus. Tentem magnificar a imerecida benignidade e justiça de Deus, e não a sua própria. Foi nesta questão que os judeus fracassaram: “Ignorando a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram á justiça de Deus.” — Rom. 10:3.

11. (a) Que acontece aos premeditadamente iníquos? (b) Que mostra isso quanto a se há uma “alma imaterial” ou qualquer estado intermediário dos mortos?

11 Segundo a ilustração do oleiro, os premeditadamente iníquos, e os que morrem sob a condenação de família ou comunidade, serão rejeitados. Serão “esquecidos” por Deus, eliminados da sua memória. (Pro. 10:7; 11:7; Oba. 16) Aquêles dos quais Deus se lembra êle considera vivos; os que são iníquos, êle esquece como permanentemente mortos. (Luc. 20:38; Rom. 4:17; Isa. 26:14) Tudo isto mostra, incidentalmente, que não há “alma imaterial” separada, nem existe qualquer estado consciente intermediário dos mortos. Não, apenas existe o registro que Deus guarda, que, se indigno, é apagado, esquecido, como se nunca tivesse existido.

NÃO HÁ RESSURREIÇÃO DO CORPO

12. Que mostra Paulo quanto aos corpos dos ressuscitados?

12 Visto que não há “alma imaterial“ que exista à parte do corpo, a ressurreição não é o “reajuntamento de alma e corpo’. Entretanto, quer seja espiritual, quer terrestre, o indivíduo precisa ter um corpo ou organismo, pois tôdas as pessoas, celestes ou terrestres, possuem corpos. A Biblia diz: “Se há um corpo físico, também há um espiritual.” Mas, é o corpo reajuntado? Ou se trata duma réplica do corpo anterior, feita exatamente conforme êste era quando a pessoa morreu? Não. As Escrituras respondem: “Entretanto, alguém dirá: ‘Como serão levantados os mortos? Sim, com que espécie de corpo virão?’ Ó pessoa insensata! O que semeias não é vivificado a menos que morra primeiro; e quanto a que semeias, semeias, não o corpo que se desenvolverá, mas o mero grão, como de trigo ou de qualquer dos outros; mas Deus lhe dá um corpo assim como lhe agradou, e a cada uma das sementes seu próprio corpo.” — 1 Cor. 15:44, 35-38, NM.

13, 14. Que espécie de corpos recebem os co-herdeiros de Cristo na ressurreição?

13 Conforme diz Paulo, nem todos os ressuscitados recebem a mesma espécie de corpo. Êle ilustra que há agora corpos diferentes — corpos espirituais, pertencentes a anjos no céu, e corpos carnais dos que estão na terra: “E há corpos celestiais e corpos terrestres; mas a glória dos corpos celestiais é de uma espécie, e a dos corpos terrestres é de espécie diferente.” (1 Cor. 15:40, NM) Depois êle mostra que os co-herdeiros de Cristo, recebendo uma ressurreição celestial, recebem corpos de uma qualidade muito superior à dos carnais. Êle explica: “Assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se em corrução, é levantado em incorrução. Semeia-se em desonra, é levantado em glória. . . . Semeia-se um corpo físico, é levantado um corpo espiritual. Se há um corpo físico, também há um espiritual. Assim como está escrito: ‘O primeiro homem Adão tornou-se alma vivente.’ O último Adão tornou-se espírito vivificante. . . . Assim como é aquêle feito de pó, assim são também os feitos de pó; e assim como é o celestial, assim também são os celestiais. E assim como levamos a imagem daquêle feito de pó, também levaremos a imagem do celestial. Digo porém isto, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem pode a corrução herdar a incorrução.” — 1 Cor 15:42-50, NM.

14 Os 144.000 membros da “noiva” renunciam a vida terrestre na morte e são ressuscitados perfeitos, divinos, imortais, incorrutíveis. (1 Ped. 1:4; 2 Ped. 1:4) Seus corpos são gloriosos, luminosos, resplandecentes, de fato, tão luminosos que nenhum homem poderia vê-los e viver. Sendo superiores aos anjos, estão além do alcance de qualquer poder ou influência que até os anjos pudessem exercer para os prejudicar ou impedir. Dependem unicamente do próprio Jeová Todo-poderoso. Êle está sempre muito acima dêles, como seu Deus.

15. (a) Mostre que não é exatamente o mesmo corpo que é ressuscitado. (b) Na ressurreição terrestre, é o corpo uma duplicação exata do que se possuiu na morte?

15 Que corpo dará Jeová aos que se agrada em levantar numa ressurreição terrestre? Não poderia ser o mesmo corpo, com exatamente os mesmos átomos. Quando o homem morre e é enterrado, pelo processo de decomposição seu corpo é reconvertido em substâncias orgânicas que são absorvidas, digamos, por uma macieira. Pessoas comem das maçãs daquela árvore. Os elementos, os átomos daquela pessoa original, estão agora em muitas pessoas. Na ressurreição, é óbvio que os mesmos átomos não podem estar na pessoa original e ao mesmo tempo em todas as outras. Nem poderia ser um corpo reconstruído, para duplicar exatamente aquêle corpo no momento da morte. Se a pessoa teve o corpo mutilado antes da morte, retornará ela do mesmo modo? Não. Digamos que a pessoa morreu porque se esvaiou em sangue. Voltará sem sangue? Responderá: Não, porque não poderia viver sem sangue, que a Bíblia diz é a vida (ou alma) da pessoa. (Gên. 9:4) Pelo mesmo arrazoamento, se morreu com o coração traspassado, não ressuscitará nesta condição.

16. Que espécie de corpos receberão os que obtêm uma ressurreição terrestre?

16 Enquanto vivo, a maior parte do corpo humano muda num certo período de anos, os tecidos gastos são substituídos, embora a aparência geral e as características da pessoa permanecem. Por que, então, deveria a pessoa, na ressurreição, voltar com exatamente o mesmo corpo, ou com um marcado por mutilações que o desfigurem? Pelo poder miraculoso que Jeová lhe concedeu, Cristo pode construir corpos razoàvelmente sadios para os ressuscitados. O corpo de Lázaro se encontrava no estágio de decomposição. Quando Jesus o levantou, o milagre substituiu e reconstruiu os tecidos gastos e putrefatos. Ele saiu homem são. Assim é na ressurreição. — João 11:38-44.

17. Na ressurreição, receberão corpos perfeitos os que serão ressuscitados na terra?

17 Jeová lhes dará, portanto, corpos adequados. Serão corpos carnais perfeitos? Não. Serão corpos razoavelmente sãos, e sadios, mas até que recebam treinamento e instrução de Cristo, durante seu reinado de mil anos, e aprendam a maneira correta de viver, e seus corpos e mentes estejam em harmonia com Deus, não só em vontade, mas em cada pensamento e movimento, não serão ainda perfeitos. Portanto, continuando êles no caminho da obediência, aplicar-se-ão a êles os poderes curativos do resgate de Cristo, removendo os processos da morte, até que tenha desaparecido todo vestígio de imperfeição e êles tenham força vital vibrante e fortalecedora em cada célula e tecido dos seus corpos.

18. Por que é a ressurreição um milagre tão estupendo?

18 Medite por um momento sôbre a demonstração de poder e sabedoria maravilhosos e miraculosos que Jeová mostra na ressurreição. Êle não junta apenas certas qualidades, para dar à luz uma personalidade, mas reproduz exatamente cada uma das milhões de tendências e características do indivíduo, não somente as herdadas, mas também tôdas as que resultaram de inúmeras influências às quais o individuo estêve exposto durante a vida — as coisas que leu, estudou, viu, fêz, experimentou — a personalidade composta, resultante duma vida. Jeová reconstrói tudo isso com exatidão infalível, nos mínimos pormenores, num corpo adequado para o lugar em que Deus propõe que viva. Como ilustração temos o caso de Jesus, já mencionado no artigo anterior sobre “O Milagre da Ressurreição” (§ 13).

UMA FALSIFICAÇÃO PSEUDOCIENTÍFICA

19. Que falsificação se propõe por meio duma certa teoria “científica”?

19 Recentemente, numa revista popular, foi apresentado o argumento tolo de que a ciência descobriu o segrêdo da ressurreição. Aqui está a esperança que se apresentou:

“Para duplicar o indivíduo na sua imagem original, tudo o que se necessitaria seria apenas uma célula de tecido cicatrizante, uma partícula microscópica tirada duma leve ferida que está começando a sarar. Esta semente-fênix seria plantada num canteiro-fênix, ou jardim-fênix, no qual o ‘solo’ seria impregnado das substâncias químicas corretas e de outro modo provido dos apetrechos necessários ao escultor-mestre [o poder reconstrutivo do tecido cicatrizante] para formar sêres viventes do barro elementar do tecido cicatrizante, regenerativo.

“O primeiro passo essencial à imortalidade física mostra-se ser uma coisa bem simples. Tudo o que se requer é um pequeno corte superficial, não mais profundo do que a pele, para estimular o processo da cura. Assim que se comece a formar o tecido cicatrizante, uma pequena parcela dêste é removida para ser preservada, quer por uma cultura de tecidos, quer por congelamento. É esta parcela pequena que constitui a semente-fênix, da qual, no futuro, se pode criar a réplica exata do indivíduo do qual proveio.

“Essas sementes poderiam ser guardadas indefinidamente num perfeito estado de conservação, a faísca da vida num estado de animação suspensa, sempre pronta a voltar á vida.

“De fato, em vez de recriar apenas um Einstein ou Churchill, poderíamos trazer à existência vários dêles, na maneira de gêmeos idênticos.” (Look, 24 de março de 1953) Modestamente, o escritor acrescenta: “Quais são as condições propícias [para o desenvolvimento de tal corpo]? Não o sabemos, e ainda estamos longe de saber.” Sim, embora apresentado como ciência, é apenas uma teoria sem qualquer evidência que a apoie.

20. Descreva a lei de Deus que governa as coisas naturais e que torna isso impossível.

20 A verdadeira pesquisa biológica tem mostrado que nos estágios mais primitivos do embrião todas as células dêle são idênticas. Mas, pouco depois, fôrças genéticas que os homens não entendem fazem que estas células fiquem altamente especializadas, de modo que algumas só construirão fibras musculares, outras só partes sensitivas à luz para o ôlho, outras somente pele, etc. Certo cientista explica: “Na embriologia vemos novas células soltas, com potencialidades de tremendo alcance, que ficam arregimentadas em padrões pelos quais são comprimidas em formas e funções altamente especializadas de alongadas fibras musculares, ou células sensitivas à luz, ou fábricas de ácido clorídrico no estômago.” Qualquer uma destas, se criada separadamente, não produziria um corpo inteiro novo. O mesmo cientista diz: “O jovem ser humano, por exemplo, está de posse de diretrizes pormenorizadas do seu futuro desenvolvimento ao fim do primeiro mês.” (Scientific American, fevereiro de 1950) E, embora seja verdade que o sangue, junto com os tecidos do corpo, cura feridas, quem jamais viu um corpo humano crescer um novo braço ou perna depois da amputação? Ou um novo rim, fígado ou ôlho?

21. Em que é inferior a “esperança” apresentada por tal teoria, em comparação com a esperança da ressurreição?

21 Se os leitores do artigo acima, publicado em Look, estiverem buscando a verdade, desejarão comparar esta “esperança” com a esperança bíblica da ressurreição. Segundo o artigo, o “recriado’” possuiria somente as características que seus genes lhe deram originalmente. Todas as suas experiências de vida e memória estariam perdidas. Não se identificaria como tendo vivido antes, mas seria como uma criança recém-nascida. Teria de envelhecer e morrer inúmeras vêzes, só para começar tudo de novo, do “nada”. Alguma falha ou descuido da parte de outros que cuidam dêste “jardim-fênix” impediria que êle “renascesse”. Também não se apresenta esperança alguma para os que já estão mortos. Realmente, é uma falsificação errônea, mesquinha, indesejável e inteiramente inadequada para substituir as verdadeiras promessas de Deus!

22. Podem os homens, em qualquer caso, fazer uma ressurreição?

22 O estupendo milagre da ressurreição pertence exclusivamente a Jeová. Só êle possui originalmente êste poder e o confiou ao seu Filho: “Pois assim como o Pai tem em si mesmo o dom de vida, assim também concedeu ao Filho ter em si mesmo o dom de vida.” (João 5:26, NM) Os homens talvez ressuscitem pessoas por meio de respiração artificial, ou de drogas, ou eletricidade, depois que o coração e a respiração pararam. Mas, admite-se que, depois que as células deteriorem, especialmente as células do cérebro, que já após alguns minutos de falta de oxigênio degeneram além de consêrto, a pessoa está morta. Está fora do alcance da ajuda humana. Somente pelo poder de ressurreição de Deus poderá voltar à vida. Nem precisará Deus fazê-lo por um processo moroso de crescimento, mas o fará instantâneamente, por meio do seu poder ilimitado. Jesus, quando estêve na terra, não fêz que mãos ressequidas e olhos cegos sarassem devagarzinho, mas os restaurou instantaneamente, de modo miraculoso. — Mar. 3:1-5; 10:51, 52.

A ESPERANÇA DA RESSURREIÇÃO UM INCENTIVO PARA O SERVIÇO DE DEUS

23. De que modo provê a esperança da ressurreição um capacete para a nossa integridade, quer sejamos membros dos ungidos, quer das outras ovelhas?

23 Assim, o cristão tem uma insuperável esperança, muito acima de qualquer coisa jamais sonhada pelos homens. É por isso que Paulo diz: “Vistamos por capacete a esperança da salvação”. (1 Tes. 5:8) Uma das partes fortes desta esperança é a ressurreição. Ela impede que os assaltos inimigos nos quebrem a “cabeça”, assaltos que de outra maneira quebrantariam nossa integridade para com Deus. Mesmo o golpe da morte não o poderá fazer, pois sabemos que, se pertencermos aos 144.000 celestiais, seremos ressuscitados à gloria imortal “num abrir e fechar de olhos”. (1 Cor. 15:52) Se pertencermos às outras ovelhas, será como se fôssemos dormir num segundo e acordássemos no próximo. Não será para nós uma espera longa e infeliz. Pois a morte é a completa ausência de vida e estado consciente — o nada. Ao despertar no novo mundo, o primeiro pensamento seria provávelmente a terminação do pensamento que a pessoa teve ao morrer. Enoc, que despertará com a visão do novo mundo ainda em mente, é um exemplo. (Heb. 11:5) Embora todos os das testemunhas de Jeová desejem viver e pregar tanto tempo quanto Jeová queira, êles não temem a morte.

24. Como deviam os cristãos considerar a morte, em vista desta esperança?

24 Por ocasião da morte de seus amados, os cristãos não são como os outros. Não estão excessivamente tristes. Embora reconheçam a morte como inimigo, não vão além do amor e afeição natural, nem permitem que a tristeza afete seu proceder de integridade no serviço de Jeová. Antes, continuam mais firmemente, sabendo que seu serviço fiel lhes assegurará um lugar no novo mundo, de modo que verão novamente seus amados na ressurreição.

25. Por que devia a esperança da ressurreição incitar-nos agora a maior atividade?

25 Que Deus amoroso e considerado nós servimos! Sua promessa de ressurreição nos deve incitar a maior atividade agora. O tempo se aproxima a passos firmes em que será uma realidade, não só para os membros dos 144.000, ressuscitados desde 1918, mas para os que viverão na terra. Pense na alegria partilhada por Cristo e seus co-herdeiros celestiais, enquanto as mãos amorosas deles administram o mérito do sacrifício resgatador de Cristo, durante o grande reino sabático de Cristo, para tirar bilhões dos mortos na terra da cova da morte. (Luc. 14:5; João 5:26; 6:53) Pense no gôzo das outras ovelhas de Jeová, na terra paradisíaca, ao chegar o aviso da parte de Jeová, dizendo à sua organização que se prepare, a fim de receber os mortos ressuscitados. Terão então prazer superabundante ao arranjarem alimento, casa, educação e treinamento para as multidões ressuscitadas, para tomarem seus lugares na sociedade do Novo Mundo. Que grande convenção será esta! É maravilhoso e alegra o coração olhar para o tempo em que o Seol-Hades, o “túmulo”, fôr destruído pela ressurreição, e quando, finalmente, a sociedade humana aperfeiçoada estiver perante Deus, no fim dos mil anos, e, passando a prova, ela ouvir a aprovação expressa de Deus, justificando-os como dignos de vida permanente neste globo embelezado. O milagre da ressurreição, multiplicado bilhões de vêzes, terá cumprido brilhantemente o propósito de Deus na vitória sobre a morte, nunca necessitando de repetição nas eras infindáveis a vir.

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