BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • w56 1/8 pp. 158-159
  • Perguntas dos leitores

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Perguntas dos leitores
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1956
  • Matéria relacionada
  • “Vós sois o sal da terra”
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1985
  • Sal
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
  • Sal
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 2
  • Sal — substância preciosa
    Despertai! — 2002
Veja mais
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1956
w56 1/8 pp. 158-159

Perguntas dos leitores

●Qual é o sentido de Marcos 9:49, 50: “Pois cada um será salgado com fogo. O sal é bom; mas se o sal se tiver tornado insípido, com que haveis de restaurar-lhe o sabor? Tende sal em vós mesmos, e estai em paz uns com os outros”? - A. C., Estados Unidos.

A lei mosaica exigia que os sacrifícios fôssem temperados com sal: “Temperarás com sal toda a oblação da tua oferta de cereais, e não deixarás faltar à tua oferta de cereais o sal da aliança de teu Deus; com todas as tuas oblações oferecerás sal. Por quê? Sal é preservador e impede a putrefação. Dois versículos antes, proibia-se que fôsse oferecida qualquer coisa fermentada. O sal com o sacrifício evitaria tôda fermentação. Impedindo mudança pela decomposição, o sal assegurava a permanência, e era usado junto comum concerto para indicar a imutabilidade e permanência do acôrdo, que as partes envolvidas no concerto haviam de ficar firmes e fiéis aos têrmos dele, não os corrompendo: “Tôdas as santas contribuições, que os filhos de Israel contribuirão a Jeová, tenho dado a ti, e a teus filhos, e a tuas filhas contigo, por concessão para tempo indefinido. É um pacto de sal perante Jeová, para ti e para tua oferta contigo.” Também: “Não vos convém saber que Jehovah, Deus de Israel, deu para sempre a soberania sobre Israel a David e a seus filhos por uma aliança de sal?” De modo que o sal simboliza a permanência e a incorrutibilidade, e era oferecido junto com as ofertas de cereais e de carne. - Lev. 2:13, 11; Núm. 18:19, NM; 2 Crô. 13:5; Eze. 43:24.

Entre os povos da antiguidade era sinal de amizade comer sal juntos, e denotava fidelidade e lealdade perpétuas. Esta antiga opinião está refletida em Esdras 4:14: “Agora porque comemos o sal do palácio, e não nos convém ver a desonra do rei, por isso mandamos dar aviso ao rei.” Aquele que sacrificava no altar de Jeová era considerado como participante com Jeová; por conseguinte, o uso do sal com os sacrifícios indicava participar com ele do sal, o qual simbolizava lealdade perpétua.

Se a amizade era corrompida pela deslealdade ou pelo comportamento impuro, disse-se que o sal simbólico se tinha tornado insípido: “O sal, na verdade, é bom; mas se o sal se tiver tornado insípido, como se poderá restaurar-lhe o sabor? Não é mais útil nem para a terra nem para o estrume: é lançado fora.” “The Westminster Dictionary of the Bible” diz, na página 525: “O sal impuro da Síria, ao ser exposto à chuva e ao sol ou armazenado em casas úmidas, tende a perder o sabor e se tornar inútil. Não pode nem ser usado como muito outro refugo, como fertilizante, pois não presta para nada.” Porque os verdadeiros seguidores de Jesus, por exemplo e pela pregação, seriam uma influência para preservar da putrefação e decomposição moral, Jesus os chamou de “o sal da terra”. Também os chamou de “a luz do mundo”. Assim, como eram uma luz para dissipar as trevas que engolfavam o mundo, assim também eram o sal que pode preservar a terra da corrução. Mas, se perdessem a sua fôrça espiritual, não prestariam para nada e seriam lançados fora: “Se o sal perder a sua força, como se restaurará o seu sabor? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens.” - Luc. 14:34, 35; Mat. 5:13, 14, NM.

Tendo estabelecido que o sal é símbolo da pureza e da incorrutibilidade, da permanência, firmeza e lealdade, consideramos agora o texto citado na pergunta. “Pois cada um será salgado com fogo.” Por causa da sua crença errônea em um inferno ardente de tormento, e por causa dos versículos precedentes; muitos comentadores bíblicos dizem que isto quer dizer que os iníquos são preservados permanentemente nos fogos do inferno, admitindo, porém, ao mesmo tempo, as dificuldades de tal opinião. Entendamos as circunstâncias. Jesus está falando, não aos iníquos, nem ao público em geral, mas, em particular, aos seus discípulos: “Se a tua mão te servir de pedra de tropeço, corta-a; melhor é entrares na vida manco, do que, tendo duas mãos, ires para a Gehenna, para o fogo inextinguível. Se o teu pé te servir de pedra de tropeço, corta-o; melhor é entrares na vida aleijado, do que, tendo dois pés, seres lançado na Gehenna. Se o teu olho te servir de pedra de tropeço, arranca-o; melhor é entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos, do que, tendo dois, seres lançado na Gehenna, onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga. Pois cada um será salgado com fogo. O sal é bom; mas se o sal se tiver tornado insípido, com que haveis de restaurar-lhe o sabor? Tende sal em vós mesmos, e estai em paz uns com os outros.” - Mar. 9:43-50.

Obviamente, esta é linguagem figurada, não para ser aplicada literalmente. Quem será tão absurdo que dirá que Jesus queria dizer que seus seguidores cortassem as mãos ou os pés ou arrancassem os olhos? Ninguém que crê no fogo do inferno, hoje em dia, aplica isto literalmente, cortando a mão quando faz alguma coisa errada ou um pé quando se erra de caminho, ou arrancando um ôlho se olhar em cobiça. Sabemos que o sal é simbólico. Para ser coerente, o fogo também precisa ser. Nesta linguagem figurada, Jesus dizia que, se alguma coisa tão querida como a mão ou o pé ou o olho interferisse com o serviço fiel, devia-se cortar as relações com ela! Seria melhor passar sem esta coisa querida e ser puro e fiel e firme para com Jeová e entrar no reino do céu do que apegar-se à pessoa, ou possessão, ou hábito queridos e ser destruído, conforme simbolizado pela Geena, o vale fora de Jerusalém onde se lançou o lixo e mesmo os corpos de criminosos que eram considerados indignos de uma ressurreição, para serem consumidos pelos fogos que se mantinham acesos lá de dia e de noite, ou para serem comidos pelos gusanos, se estivessem fora do alcance das chamas. O fogo simbolizava a destruição eterna.

O fogo com o qual os seguidores de Jesus hão de ser salgados é um fogo destruidor, fogo purificador. Fala-se da sua aplicação como de salgar, para mostrar que resulta em preservação, purificação, permanência e perseverança leal. As vêzes é difícil aceitar a verdade. Como fogo, ela consome ideias que certa vez prezamos, mas as quais são realmente falsas. Somos purificados por livrar a mente delas, e somos preservados por deixar de fazer as coisas erradas que talvez fizéssemos por falta de entendimento. Estabilizados pela verdade sem mistura de falsidade, podemos manter a permanência, a lealdade e a pureza. O fogo salgador da verdade nos preserva da corrução das mentiras e da maldade e nos livra da ira destruidora de Jeová. Há numerosos textos que mostram que a Palavra de Jeová é como fogo, que purifica por consumir a mentira e deixar uma mensagem expurgada da verdade para se pregar, e que podemos ser salvos, preservados e estabelecidos permanentemente por seu fogo, se o deixarmos destruir das nossas vidas as obras errôneas que nos corromperiam e que nos conduziriam à destruição. - Isa. 6:5-7; Jer. 23:29; Mal. 3:1-3; 1 Cor. 3:10-15.

Os seguidores de Jesus são também salgados com o fogo da perseguição. Êste prova e purifica a sua lealdade. Descobre se estão dispostos a renunciar coisas tão preciosas como a mão, ou o pé, ou um dos olhos, ou não. É possível que a tribulação requeira que tomemos partido com um ente querido ou com Jeová, que escolhamos entre bens materiais e Jeová, ou que adiramos a um hábito errado ou o deixemos. Se aguentarmos fielmente êste fogo, fazendo o escolha correta isto nos será como sal, no sentido de que nos estabelecerá em lealdade e contribuirá para a nossa preservação e mostrará a nossa incorrutibilidade. O apóstolo Pedro se refere à tribulação como “fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos”, e que mostrará o valor da vossa fé, uma vez confirmado“, o qual será “achado para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo”. O apóstolo Paulo mostra que a tribulação, como sal, produz firmeza e permanência: “Gloriemos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança.” É uma prova ardente que firma os que perseveram fielmente em glória eterna: “A nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso de glória, acima de tôda comparação.” Assim, quão apropriado é que o fogo da verdade e a perseguição sejam comparados ao processo de salgar que purifica e preserva permanentemente, simboliza a lealdade e a firmeza! - 1 Ped. 4:12; 1:6, 7; Rom. 5:3; 2 Cor. 4:17, ARA.

As próximas palavras do texto sob consideração se referem ao sal que perde a sua força, o qual já foi explicado. Daí reza: “Tende sal em vós mesmos, e estai em paz uns com os outros.” Em outras palavras, tende certeza de manter em vós mesmos o que o sal simboliza, a saber, a pureza, a integridade, a firmeza, a lealdade, a fidedignidade e a incorrutibilidade. E convém mencionar, em relação com isso, estar “em paz uns com os outros”, pois comer sal uns com os outros significava amizade e fidelidade perpétuas.

Por último, mais um texto que usa sal com significado é Colossenses 4:6: “A vossa conversa seja sempre com graça, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.” Os cristãos não oferecem a Jeová sacrifícios de cereais ou de carne, como fazia a nação de Israel, mas oferecem sim sacrifícios de louvor pelas palavras de seus lábios; e estas se assemelham a novilhos e a frutos. (Osé. 14:2; Heb. 13:15) E, assim como os sacrifícios materiais de Israel deviam ser acompanhados de sal, assim também as palavras do cristão, os novilhos simbólicos de seus lábios, devem ser temperadas com sal. Isto quer dizer que a linguagem deve ser da verdade pura, ter efeito preservador tanto sôbre o orador como sobre o ouvinte, e ser leal e fiel para com Jeová. Além disso, as palavras serão saborosas para os amigos da justiça. O sal é tempêro saboroso na comida do homem bem como na do animal: “Pode comer-se sem sal o que é insípido?“ “Os bois e os jumentinhos que lavram a terra, comerão feno com sal.” (Jó 6:6; Isa. 30:24) Assim, os sacrifícios de palavras dos cristãos devem ser temperados com o sal espiritual, não sendo insossos, insípidos e corrutos, mas sim saborosos e tendo fôrça preservadora.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar