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  • Cautelosos como serpentes entre lôbos
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1956
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1956
w56 1/11 pp. 123-214

Cautelosos como serpentes entre lôbos

“Vêde! Eu vos envio como ovelhas no meio de lôbos; portanto, mostrai-vos cautelosos como serpentes, contudo inocentes como pombas. Guardai-vos dos homens.” - Mat. 10:16, 17, NM; Luc. 10:3.

1. Em quem têm de confiar a ovelha ameaçada pelos lôbos? Por quê?

UMA ovelha no meio de lôbos tem pouca força própria para se proteger, a fim de não ser devorado. A ovelha, portanto, precisa confiar no seu pastor para a proteger contra os lôbos. Deseja servir aos bons propósitos do seu pastor e não ser devorado pelos lôbos esfaimados. De modo que obedece à voz do seu pastor.

2. Com que animal comparou Jesus seus verdadeiros seguidores? Contra que nos avisou?

2 A natureza de lôbo está sendo exibida por muitos homens destacados que deviam ser semelhantes a ovelhas, visto que pretendem ser cristãos. Se alguém pretende ser cristão, ele é hipócrita se fôr realmente lôbo em pele de ovelha, disfarçado para se aproveitar de pessoas semelhantes a ovelhas. Jesus Cristo comparou seus verdadeiros seguidores a ovelhas e a si mesmo a um pastor que as protege contra os lôbos vorazes. Preserve-as a fim de servirem seus bons propósitos, e elas têm de obedecer à sua voz para gozarem de sua proteção, provisão e serviço. Aos seus doze representantes especiais, seus doze apóstolos, ele disse: “Vêde! Eu vos envio como ovelhas no meio de lôbos.” E aos outros setenta, além destes apóstolos, ele disse similarmente: “Vêde! Eu vos envio como cordeiros no meio de lôbos.” - Mat. 10:16 e Luc. 10:3, NM.

3. Que mensagem foram enviados a pregar? Contudo à mercê cruel de quem os colocaria isto aparentemente?

3 Jesus os estava enviando a pregar as boas novas que deviam ter sido acolhidas avidamente pelas pessoas que ficaram revoltados com os governos humanos: “Indo, pregai, dizendo: ‘O reino dos céus se tem aproximado.’” “Também, onde quer que entrardes numa cidade e eles vos receberem, comei as coisas postas diante de vós, e curai os enfermos nela, e continuei a dizer-lhes: ’O reino de Deus se tem aproximado de vós.’”(Mat. 10:7 e Luc. 10:8, 9, NM) Contudo, serem enviados a pregar tal mensagem atraente os poria aparentemente a mercê cruel de lôbos. Quem, então, eram os lôbos?

4. Quem eram os “lôbos“ aqui mencionados?

4 O lôbo, ou a pessoa semelhante ao lôbo, é inimigo não só das ovelhas, mas também do seu Pastor Correto. O lôbo não ajunta as ovelhas ao pastor, mas as espalha; êle não está a favor do Pastor Correto, Jesus mas contra ele. (Luc. 11:23) O lôbo não acredita na unidade do rebanho cristão, mas o espalha para as apanhar uma por uma e devorá-las para saciar a sua gulodice. Visto que Jesus enviava então os pregadores do Reino exclusivamente entre o povo judeu, esses lôbos se encontrariam entre os judeus que pretendiam ser o povo de Deus, o povo mais religioso que havia então na terra. Eram lôbos religiosos, que devoravam as “ovelhas perdidas da casa de Israel”. - Mat. 10:6.

5. Com que avisos mostrou Jesus que os lôbos incluíam pessoas religiosas? Que fizeram estas às ovelhas antes de 70 E. C?

5 Jesus mostrou nas suas palavras adicionais aos que enviava que os lôbos naqueles dias incluíam pessoas religiosas que se opunham à pregação das boas novas do reino de Deus e que perseguiam seus seguidores, que eram semelhantes a ovelhas por as pregarem: “Guardai-vos dos homens; pois vos entregarão aos tribunais locais e vos açoitarão nas suas sinagogas. Ora, sereis arrastados perante governadores e reis por minha causa, com o propósito de um testemunho para êles e para as nações. Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra; . . . E não vos torneis temerosos daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma; mas, antes, tende temor daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo na Geena.”(Mat. 10:17, 18, 23, 28, NM) Quando se lhe disse que o Rei Herodes Ântipas o queria matar, Jesus chamou-o de “rapôsa”.(Luc. 13:31, 32, NTR) Antes de Jerusalém ser destruída em 70 (E. C.), os lôbos atacaram as ovelhas de Jesus, matando muitas delas e espalhando-as com grande perseguição. Mas, para onde quer que as ovelhas fossem espalhadas, elas pregavam a mensagem de Deus. Dêste modo, a perseguição ajudou a difundir as boas novas em vez de sufocá-las. As ovelhas sabiam como enfrentar os ataques da alcatéia de lôbos. - Atos 8:1-5.

6. Por que abrangem as palavras de Jesus em Mateus 10:16 tôda a terra atualmente?

6 Hoje em dia, as palavras de Jesus: “Vêde! Eu vos envio como ovelhas no meio de lôbos”, abrangem também toda a terra fora da terra de Israel. Desde 1914 E. C., quando se iniciou a Primeira Guerra Mundial, aplica-se a ordem de Jesus aos seus seguidores semelhantes a ovelhas: “Estas boas novas do reino serão pregadas em tôda a terra habitada, com o propósito de dar testemunho a tôdas as nações, e então virá o fim consumado.“ (Mat. 24:14, NM) O reino de Deus, o reino dos céus, se tem aproximado mais cabalmente agora do que quando Jesus enviou os doze apóstolos a pregar, pois em 1914, Jeová Deus assumiu seu grande poder e entronizou seu Filho, Jesus Cristo, para dominar como rei no meio dos seus inimigos, e assim, o reino de Deus assumiu o poder nos céus. Na terra se travava uma guerra entre as nações sôbre a questão da dominação do mundo, e, nos céus invisíveis, também se travava uma guerra, mas o reino recém-nascido triunfou, e Satanás, o Diabo, e seus demônios foram lançados para baixo, à terra, para esperarem o fim completo do seu mundo na batalha do Armagedon especialmente depois do fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918, era tempo para que estas boas novas do reino recém-nascido fossem pregadas onde quer que a terra estivesse habitada. Tornou-se necessário que Jesus Cristo, agora entronizado em poder, agisse de acôrdo com a sua própria profecia e enviasse os pregadores destas boas novas do Reino. Novamente tem de enviar seus fiéis seguidores como ovelhas no meio de lôbos. Os piores lôbos, e a maioria deles, têm-se encontrado nos países religiosos da cristandade. Ela demonstra ser covil de lôbos para os pregadores do reino de Deus, que são semelhantes a ovelhas. Perguntai os únicos que estão pregando estas boas novas do reino recém nascido, as testemunhas de Jeová. Elas sabem. Vós, também, conheceis as experiências delas com os lôbos.

DE QUE MODO SÃO SEMELHANTES A SERPENTES

7. Como hão de sobreviver os pregadores do Reino no meio dos lôbos e ainda assim permanecer como ovelhas?

7 Como hão de sobreviver os pregadores do Reino no meio de lôbos e ainda permanecer como ovelhas, inofensivos, obedientes a voz do seu Pastor? Nosso Pastor nos disse como. Depois de avisar antecipadamente seus discípulos contra os lôbos todo em volta dêles, disse: “Portanto mostrai-vos cautelosos como serpentes, contudo inocentes como pombas. Guardai-vos dos homens.” (Mat. 10:16, 17, NM) “Tendes de ser precavidos, então, como as serpentes.” (R. Knox, em inglês) “Mostrai-vos, portanto, astutos [atentos] como as serpentes.” – L’École Biblique de Jérusalem, em francês.

8. (a) Como agiu a serpente no Éden, e por quê? (b) Que pergunta surge, portanto?

8 Há seis mil anos atrás, a serpente mencionada como estando no Éden não precisava lutar contra um lôbo esfaimado. Ela se viu observada por uma mulher inocente, insuspeitosa. O relato reza: “Ora, a serpente mostrou-se o mais cauteloso de todos os animais selváticos do campo que Jeová Deus havia feito. Assim, começou a dizer a mulher:‘É realmente assim que Deus disse, que não deveis comer de tôda a árvore do jardim?‘” (Gên. 3:1, NM) A serpente não se precisava proteger contra algum lôbo. Portanto não se retirou cautelosamente, mas atraiu a atenção da mulher Eva. Por quê? Para enganar. O apóstolo Paulo diz: “A serpente seduziu a Eva pela sua astúcia.” “A mulher foi completamente enganada e veio a estar em transgressão.” (2 Cor. 11:3 e 1 Tim. 2:14, NM) Atrás da cena, o Diabo manobrou a serpente nas suas ações e palavras enganosas, fazendo-a agir astutamente, com a intenção de prejudicar. Sua mentira causou a desobediência humana. Disso resultou a morte para a humanidade. Ao sermos cautelosos como serpentes, podemos nós usar de tal astúcia contra os lôbos?

ADMITE A CAUTELA O DISFARCE?

9. Nas Escrituras Hebraicas, entre quem achamos exemplos de cautela? Que perguntas fazemos sôbre êles?

9 Nas antigas Escrituras Hebraicas encontramos muitos exemplos de servos de Jeová que usaram de cautela entre êles Abraão, Sara, Isaac, Davi e Jônatas. Desonraram-se êles como mentirosos ao fazerem isso? Examinemos as circunstâncias acompanhantes das suas ações.

10. Que experiência teve Abraão com o Faraó do Egito por causa de Sarai?

10 Para escapar a uma fome severa na Palestina, Abraão não voltou a Ur dos Caldeus - deixara Ur para sempre, às ordens de Deus - mas desceu ao Egito. É possível que Abraão tivesse ouvido falar do incidente, agora achado registrado em papiro, em que um faraó egípcio, influenciado pelos seus príncipes, mandou tropas armadas e tomou a linda mulher de outro homem para seu próprio harém. Perto do Egito, Abraão disse a Sarai que encobrisse o fato de que era sua espôsa: “Matarão a mim, mas a ti te guardarão em vida. Dize, pois, que és minha irmã; para que me vá bem por tua causa, e para que viva a minha alma em atenção a ti.” Faraó tomou Sarai para fazê-la sua espôsa, mas, Jeová lançou uma praga sôbre Faraó e sua casa, chamando-lhe à atenção que Sarai era espôsa de Abraão. Assim, Faraó a devolveu, mas queixou-se a Abraão de não lhe ter dito todos os fatos, que podiam ter impedido isso. - Gên. 12:10-20.

11, 12. Que experiência teve Abraão com o Rei Abimelec, rei de Gerar, por causa de Sara?

11 Anos depois, Abraão se achava em terra filistéia, em Gerar. “Disse Abrahão de Sarah, sua mulher: Ela é minha irmã. Por quê? Conforme Abraão explicou mais tarde a Abimelec, rei de Gerar, que havia tomado Sara: “Porque pensei, certamente não há temor de Deus neste lugar; matar-me-ão por causa de minha mulher. Além disso ela é realmente minha irmã, filha de meu pai, ainda que não de minha mãe, e veio a ser minha mulher. Quando Deus me fez andar errante da casa de meu pai, disse-lhe a ela: Esta é a graça que me farás; em todo o lugar em que entrarmos, dize: Ele é meu irmão.” É bem provável que Sara estivesse naquele tempo grávida de seu único filho Isaac. O Deus todo-poderoso agiu para impedir que Abimelec profanasse Sara, por avisá-lo num sonho, dizendo: “Agora restitue a mulher ao homem, pois ele é propheta e intercederá por ti, e viverás.“ Ao devolver Sara, o Rei Abimelec deu a Abraão mil siclos de prata e disse a Sara: “Isto te serve para cobrir os olhos dos que estão contigo; e perante todos estás reabilitada.” As súplicas de Abraão, Deus curou a Abimelec, sua espôsa e suas escravas, de modo que suas madres foram novamente abertas para terem filhos. - Gên. 20:1-18.

12 Se chamássemos a Abraão, nas duas ocasiões acima de mentiroso e de cavilador, estamos obrigados a perguntar: Usou Jeová Deus um mentiroso e um covarde sem fé para que o suplicasse a curar Abimelec, que tinha agido em inocência? A fim de entendermos a ação de Deus para com seu profeta Abraão, não devemos pensar somente na fidelidade de Deus para com seu pacto com Abraão, mas também nas circunstâncias naquele tempo.

13. Em que território se encontrava Abraão? Que relações estava disposto a manter com os habitantes do mesmo?

13 Quer no Egito, quer na Palestina, Abraão se achava em território inimigo e precisava usar de cautela. Desejava viver para cumprir o propósito de Deus para com êle. Achou bom usar de estratégia para com os que porventura se sentissem tentados a feri-lo ou matá-lo no serviço de Jeová. Podia ter travado guerra com eles; com 318 dos seus escravos domésticos havia uma vez derrotado os exércitos de quatro reis da Mesopotâmia, que invadiram a Palestina e levaram seu sobrinho Lot e a família dêle. Mas, Abraão preferiu manter relações pacíficas com os habitantes da terra onde peregrinava. Não estava disposto a ir à guerra com êles por causa de sua esposa.

14. Que dois casos mostram que as mulheres eram dispensáveis naqueles dias antigos? Portanto, que estava Sara disposta a fazer para preservar a vida de Abraão?

14 Naqueles dias, antes de Jeová ter feito o pacto da lei com os descendentes de Abraão, por meio do mediador Moisés, as mulheres eram dispensáveis. Lembrai-vos de como Lot ofereceu entregar à gentalha uivante de sodomitas as suas duas filhas em idade de casar, ou noivas, para satisfazerem a luxúria desses, a fim de proteger as vidas dos dois homens que tinha como hóspedes em sua casa. (Gên. 19:1-8) Lembrai-vos de como o ancião de Gabaá ofereceu sua filha virgem e a concubina do seu hóspede a uma gentalha parecida de benjamitas, a fim de proteger o levita religioso que hospedava. Finalmente, o próprio levita tomou sua esposa concubina que estava levando de volta para casa, e a pôs fora da casa, à mercê da gentalha, para a morte dela. (Juí. 19:1-3, 10-28) De modo que Abraão apresentou Sara como sua irmã, a fim de impedir uma violenta disputa sôbre sua esposa. Sara reconheceu a Abraão como seu senhor e concordou com o arranjo, disposta a arcar com as consequências do arranjo. Ela estava disposta a fazer a sua parte para preservar a vida do profeta de Jeová, com o qual Ele havia feito um pacto. Abraão considerou isso como expressão da sua bondade para com êle, e Sara o considerou do mesmo modo. - 1 Ped. 3:5, 6.

15. Que quadro podemos ver na estratégia de Abraão? Por quê?

15 Mas, os críticos não o consideram dêste modo. Eles consideram Abraão totalmente como covarde fraco, mentiroso e cavilador, e não como estrategista cauteloso em terra inimiga cheia de lôbos. Visto que Deus achou bom manter Abraão no seu pacto e proteger Sara imaculada para seu marido, podemos ver neste plano estratégico algum quadro? Em outra parte, Abraão é usado para representar a Jeová Deus e Sara é usada para representar a espôsa-organização celestial de Jeová, que produz a Semente prometida, o Cristo. Portanto, podemos ver no proceder de Abraão como, durante séculos, Jeová parecia repudiar sua esposa-organização ou esconder sua relação conjugal com ela. Reteve dela a Semente prometida por tanto tempo, e também deixa os que na terra são seus filhos espirituais sofrer às mãos de homens e de diabos, aparentemente sem proteção divina. Tudo isso deu aos inimigos uma impressão errada, e êles acharam-se livres para tentar profanar os representantes da esposa-organização de Jeová. Mas, em cumprimento do seu pacto com respeito ao Cristo, Jeová os tem protegido no meio da sua situação difícil e os tem libertado na sua integridade. - Gál. 4:21-31; Isa. 54:5-8.

16. Como copiou nisto Isaac a seu pai? Que expressão fêz Jeová Deus depois disso?

16 Seguindo o exemplo de seu pai Abraão, Isaac falou também da sua esposa Rebeca como sendo sua irmã, perante os homens da mesma cidade de Gerar. A verdadeira relação dela com Isaac foi descoberta pelo Rei Abimelec, que disse então a Isaac: “Mais um pouco, e, certamente, um do povo teria coabitado com tua espôsa, e tu terias trazido culpa sobre nós! “O Rei Abimelec devia ter acrescentado: “Se Jeová o tivesse permitido!” Tranquilamente, Isaac explicou sua estratégia, dizendo: “Eu disse isso [que ela é minha irmã] por mêdo de morrer por causa dela.” Depois deste encontro com o Rei Abimelec por causa de Rebeca, Jeová continuou a abençoar Isaac ao ponto de os filisteus chegarem a invejá-lo. - Gên. 26:1-11, NM.

17. Embora tivessem temor, o que não fizeram Abraão e Isaac? Portanto, que atitude adotou Jeová para com êles?

17 Podemos considerar a maneira como Isaac tratou do assunto com sua esposa Rebeca do mesmo ponto de vista como a de Abraão com Sara. Abraão e Isaac podem ter tido temor, mas, êles não fizeram, por temor, alguma aliança ímpia com os reis pagãos para proteger a si mesmos. Por isso não podemos aplicar a êles a pungente repreensão de Isaías 57:11-13 (NR): “A quem receaste e temeste, de modo que mentiste [te fizeste de traidor, TA] e não te lembraste de mim, não pensaste em mim? Não me mantive calado, até por muito tempo, e por isso não me temes? Falarei da tua [auto-]justiça e dos teus feitos, mas estes não te ajudarão. Quando clamares, deixa que a tua coleção de ídolos te liberte!” Jeová livrou sempre a Abraão e Isaac, porque se mantiveram afastados do mundo.

18. Por que é Raab geralmente condenada como enganadora?

18 Raab, a hospedeira meretrícia de Jericó, é geralmente condenada como enganadora. Ela acolheu na sua casa dois espias do campo próximo dos israelitas, porque ela temia o Deus deles, Jeová. Quando o rei de Jericó enviou homens e exigiu que ela trouxesse para fora os dois espias, devia ela ter levado os oficiais do rei ao eirado e afastado as hastes de linho, espalhadas em filas por cima dos homens; expondo assim o esconderijo deles, entregando-os assim para sofrerem a sorte de espias? Teria isso sido confiança no Deus dêles para os proteger? Teria isso agradado a Jeová e mostrado que ela tinha fé nele, e que tinha adotado a sua causa? Não exigiu a força da fé em Jeová recusar ceder à demanda do rei e afastar os oficiais com uma informação errada? Ela disse: “É verdade que os homens vieram a mim, mas eu não sabia donde eram. Quando se fechava a porta, sendo já escuro, saíram, não sei para onde foram. Ide após eles depressa, porque os alcançareis.” Estava ela ali mentindo imoralmente?

19. Como sabemos se Raab estava aqui mentindo de modo imoral?

19 Lembrai-vos de que havia guerra então. Os inimigos não mereciam saber a verdade para o dano ou o perigo dos servos de Jeová. Em tempo de guerra é correto dar informação errônea ao inimigo lupino. Enquanto os homens mal orientados do rei empreenderam a perseguição infrutífera, Raab ajudou os dois espias a escapar por cima do muro da cidade. A Palavra de Deus elogia a ação dela como prova prática da sua fé: “Do mesmo modo, não foi também Raab, a meretriz, declarada justa pelas obras, depois de ter acolhido hospitaleiramente os mensageiros e os ter enviado por outro caminho?“ Assim, as vidas de Raab e de seus parentes foram poupadas quando os muros de Jericó foram derrubados e todos os outros da cidade foram exterminados. - Jos. 2:1-24; 6:17-23 e Tia. 2:25, NM.

20. Como usaram Davi, sua esposa Mical e seu cunhado Jônatas de cautela para com o Rei Saul? Por quê?

20 Davi, o matador do gigante filisteu Golias, foi cauteloso como serpente para com o lupino Rei Saul e os outros. Davi se retirou, em tempo de perigo, do ciumento Rei Saul que pensava em homicídio, e nenhuma vez tentou revidar para prejudicar Saul. Vendo que Saul havia declarado guerra ao inocente Davi, os amigos de Davi usavam de estratégia de guerra para protegê-lo. Mical, filha de Saul, ajudou seu marido Davi a escapar por uma janela. Reteve os oficiais de Saul com o anúncio: “Está doente.“ Ela substituiu uma imagem por Davi na cama dele, e, quando a cama com a imagem foi levada ao Rei Saul e se expôs a obra de Mical na fuga de Davi, ela disse ao seu indignado pai: “Porque ele me disse: Deixa-me ir; por que hei de eu matar-te?” O Rei Saul chamou isso de trapaça enganadora. Na realidade foi estratégia de guerra para proteger o inocente. O irmão de Mical, Jônatas, que amava a Davi, usou também de estratégia para fazer seu insanamente ciumento pai perder a pista de Davi. - 1 Sam. 19:9-17; 20:17-42, AL.

21. Como protegeu Davi o sumo sacerdote Aquimelec de sentir-se sob obrigação para com o Rei Saul? Como foi recompensado Doeg por agir como denunciador de Davi?

21 Davi, na fuga, veio ter com o sacerdote Aquimelec, em Nobe. Quando perguntado por que veio sozinho, Davi disfarçou seus motivos, dizendo: “O rei encommendou-me um negócio e disse-me: Não saiba ninguém do negócio pelo qual eu te envio, e daquilo que te ordenei.” (1 Sam. 21:1, 2) Isto protegeu o sumo sacerdote de sentir-se obrigado a trair o paradeiro de Davi ao Rei Saul. Doeg, o idumeu, o principal pastor de Saul, achava-se ali naquela ocasião. Ao relatar isto a Saul, Doeg foi recompensado por Saul com a ordem de matar o sumo sacerdote e oitenta e quatro dos seus subsacerdotes. Deus recompensou Doeg de outro modo. Ele inspirou Davi a compor o Salmo 52, dirigido contra o malicioso denunciador idumeu, conforme indica o título do salmo. - 1 Sam. 21:1-7; 22:6-19.

22. Como usou Davi de cautela para com o Rei Aquis de Get? Foi isto com qualquer sentido de autocondenação?

22 Davi buscou refúgio na terra da Filistéia, junto de Aquis, rei de Get. Quando os filisteus descobriram quem era e sugeriram ao rei que Davi era um perigo para a segurança, Davi ficou com medo dos lôbos. “De modo que ele disfarçou a sua sanidade mental perante os olhos deles e começou a fazer-se de louco nas mãos deles, e fazia cruzes nas portas do portão, e deixava correr a saliva pela barba.” O Rei Aquis recusou-se a tê-lo por perto e deixou-o ir com vida, como sendo idiota inofensivo. Assim, Davi pôde escapar com vida para a caverna de Odolão. Não importa quanto a sua pretensa loucura perante o Rei Aquis contribuiu para a sua fuga, ainda assim Davi foi inspirado a escrever o Salmo 34 e a agradecer a Jeová por ter abençoado sua estratégia e por tê-lo livrado do Rei Aquis. Nos versículos 12 e 13, Davi diz: “Quem é o homem que deseja a vida, e quer largos dias para ver prosperidade? Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem dolo.” Dêste modo, o Salmo 34 não expressa nenhum sentimento de pecado ou transgressão da parte de Davi, por ter dado ao Rei Aquis uma impressão errônea para poder escapar. (1 Sam. 21:8 a 22:1, NM) Mais tarde, Davi voltou em condições diferentes e foi designado pelo Rei Aquis a viver em Siceleg. Davi usou novamente de estratégia de guerra contra este inimigo de Israel, o povo de Davi, e escondeu dele seus verdadeiros movimentos. Assim, Aquis não molestou Davi e seus homens. - 1 Sam. 27:2 a 28:2; 29:3-11.

23, 24. (a) Quando estava fugindo de Absalão, como instruiu Davi a Cusai, e como agiu Jeová em vista disso? (b) Como mostrou-se certa mulher semelhante a Raab para com os dois informantes de Davi?

23 Com o decorrer do tempo, Davi se tornou rei de Israel em Jerusalém. Quando seu filho Absalão conspirou contra ele para se apoderar do trono, o mais fidedigno conselheiro de Davi, Aquitofel, virou traidor contra ele e participou da conspiração. Durante a fuga de Jerusalém, Davi ficou sabendo da traição de Aquitofel. “Disse David: Peço-te, Jehovah, que tornes o conselho de Ahithophel em loucura.” Como agiu Davi em harmonia com esta oração? Quando Cusai, o arquita, queria juntar-se a ele na sua fuga, Davi o enviou de volta a Jerusalém dizendo: “Se voltares para a cidade, e disseres a Absalom: Eu serei, ó rei, teu servo; como tenho sido no passado servo de teu pai, assim agora serei teu servo: então poderás frustrar para mim o conselho de Ahithophel.” Estava Davi ensinando a Cusai a mentir? Cusai voltou e professou tornar-se servo de Absalão. Numa escolha entre o conselho de Aquitofel e de Cusai, Absalão e seus homens preferiram o de Cusai. Frustrado, Aquitofel voltou para casa e se enforcou, igual a Judas. O conselho de Cusai permitiu que Davi escapasse para a segurança e se preparasse para a batalha, a fim de recuperar seu trono. Jeová abençoou a estratégia de Cusai, usada segundo as próprias instruções de Davi, e frustrou o conselho de Aquitofel, em resposta à oração de Davi.

24 Quando foram descobertos os dois homens que levavam notícias de Cusai para Davi no deserto, uma mulher, semelhante a Raab, estava próxima. Os dois homens se esconderam no poço do pátio do seu marido. A mulher estendeu uma cobertura por cima do poço e amontoou sôbre ela grãos pilados. Ao chegarem os servos de Absalão e perguntarem acerca dos dois mensageiros, “respondeu-lhes a mulher: Já passaram o ribeiro”. Depois de os servos de Absalão terem ido na caça fútil, os dois homens saíram do poço e foram ter com Davi. Tôda esta estratégia de guerra deixou o inimigo intrigado, mas resultou no êxito de Davi na batalha contra Absalão e na sua restauração ao trono de Israel. - 2 Sam. 15:31-34; 16:16-19; 17:18-23.

A ESTRATÉGIA DOS PROFETAS DE JEOVÁ

25, 26. (a) Que pergunta surge quanto aos profetas do “Deus da verdade“? (b) Como vindicou Jeová a Eliseu da acusação de ser mentiroso e desencaminhador amaldiçoado dos cegos?

25 Em verdadeira confissão, Davi orou: “tu me remiste, Jehovah, Deus de verdade.” (Sal. 31:5) Visto que Jeová é o Deus da verdade, podemos encontrar mentiras na bôca dos seus profetas? Tornai o caso do seu profeta aprovado Eliseu. Porque Eliseu expôs repetidas vezes ao rei de Israel as emboscadas dos exércitos sírios, o enfurecido rei da Síria mandou uma grande fôrça militar e cercou a cidade de Dotan para capturar Eliseu. Quando esta fôrça começou a assaltar a cidade, Eliseu orou à Jeová: “Fere de cegueira a essa gente.” Jeová respondeu. “Feriu-a de cegueira conforme a palavra de Eliseu.”

26 Tornou-se Eliseu mentiroso para com estes sírios cegos e trouxe ele sôbre si a maldição: “Maldito aquele que faz que o cego erre no caminho”? (Deu. 27:18) Pois lemos: “Este não é o caminho, nem esta a cidade; segui-me, e guiar-vos-ei ao homem que buscais. Guiou-os a Samaria.” Ao invés de entregar-se a eles como o homem a quem buscavam em Dotan, ele os guiou de Dotan para Samaria, ao rei de Israel. Mas, não fez isso para seu prejuízo; fez isso para magnificar o poder, a superioridade e a misericórdia de Jeová perante todos os sírios. Lemos: “Tendo eles entrado em Samaria, disse Eliseu: Abre, Jehovah, os olhos destes homens para que vejam. Abriu-lhes Jehovah os olhos, e viram; e eis que estavam no meio de Samaria.“ Viram que tinham sido enganados com os olhos bem abertos e pelo próprio homem que procuravam. Devem ter ficado muito atemorizados, bem como surpresos. Mas, Eliseu demonstrou que não queria causar-lhes dano. Impediu que o rei de Israel os ferisse e mandou fazer-lhes um banquete, assim amontoando brasas sobre suas cabeças. Depois os mandou incólumes de volta à Síria. Ao invés de fazer-se aqui moralmente mentiroso, Eliseu usou de estratégia de guerra para desviar os sírios do seu propósito errado, e Jeová Deus cooperou com Eliseu nesta manobra. Jeová vindica, assim, Eliseu contra o grito de “Mentiroso!” - 2 Reis 6:8-23.

27. De que modo se deu um profeta anterior as aparências de enganar o Rei Acab e de mentir-lhe, depois de este ter deixado ir a Benadad?

27 Apresenta-se também o caso dum profeta anterior. Por amor do seu próprio nome, Jeová havia feito que o Rei Acab de Israel ganhasse uma segunda vitória sôbre os sírios, sim, e que capturasse o próprio Rei Benadad. Em desagrado a Jeová, que lhe havia entregue o inimigo Benadad na mão, para ser morto, o Rei Acab o deixou ir, ainda por cima, com um pacto ou tratado entre eles. Assim, o profeta de Jeová fez que um homem o golpeasse e ferisse. Agora, como foi que este profeta notificou Acab do seu pecado e das consequências deste? Lemos: “Partiu o propheta, ficou esperando ao rei no caminho e disfarçou-se, cobrindo os olhos com o seu turbante.“ Foi este disfarce uma impostura enganosa praticada contra um homem inocente, insuspeitoso? Mas, êste disfarce ainda não era tudo. Pois, quando o rei passava pelo profeta, este gritou e disse ao rei: “O teu servo estava no meio da peleja: eis um homem, voltando-se, me trouxe outro homem, e disse: Guarda-me este homem; se ele vier de qualquer maneira a faltar, a tua vida responderá pela vida dele, ou senão pagarás um talento de prata. Estando o teu servo ocupado na peleja de uma e outra parte, ele desapareceu.”

28. Por que fica êste filho dos profetas registrado na história bíblica como estrategista e não como mentiroso?

28 Havia alguma verdade nisso? Chamá-lo-eis de mentira. Então, por que a contou o profeta de Jeová? Tratava-se realmente duma ilustração daquilo que o Rei Acab tinha feito, ou, abrangia o mesmo princípio; apenas o profeta não fez Acab o ofensor na ilustração, mas fez de si mesmo o ofensor. Acab podia assim sentir-se livre para pronunciar uma sentença imparcial, segundo o princípio deste tipo de conduta, porque sua sentença se dirigia contra outro homem, não reconhecido como profeta. Foi por isso que o profeta disse o que os críticos chamariam de mentira. Mas, fez que o iníquo Rei Acab pronunciasse imparcialmente a sentença: “Respondeu-lhe o rei de Israel: Esta será a tua sentença; tu mesmo a pronunciaste.” Mas, o rei de Israel havia realmente pronunciado sentença contra si mesmo; pois o profeta tirou então o disfarce e disse a Acab: “Porquanto deixaste escapar da tua mão o homem que eu havia votado à destruição, portanto a tua [alma, NM] responderá pela [alma] dele, e o teu povo pelo povo dele” (1 Reis 20:35-42) Êste filho dos profetas fica registrado na história bíblica, não como mentiroso, mas como estrategista, e, para sua vindicação, sua profecia contra Acab se cumpriu.

29, 30. (a) Como trouxe o Rei Acab sôbre si mesmo pronunciamento adicional da sentença de morte, com particularidades adicionais? Como o levaram à sua morte as mentiras e envolveram a Jeová? (b) Por meio de que visão demonstrou Micaías que os profetas de Acab eram mentirosos?

29 O Rei Acab voltou para casa julgado digno de morte, segundo a sua própria sentença. Mais tarde ele se apoderou da vinha de Nabot, depois do homicídio deste homem por falsas testemunhas às ordens da Rainha Jezabel. Isto resultou em mais um pronunciamento da sentença de morte contra Acab, da parte de Jeová. Além disso, os cães desprezados lamberiam seu sangue real, a rainha dele seria devorada pelos cães, e toda a sua família cairia para ser devorada por cães e por aves, como se fossem carniça. (1 Reis 21:20-24) Veio o tempo para Acab ser executado, e, as mentiras desempenharam um papel importante na marcha fúnebre e até envolviam a Deus. Como? Acab fez que o Rei Josafat, de Judá, se aliasse a êle numa guerra contra Ramot de Galaad, então ocupada pelos sírios. A fim de espreitar o futuro, o Rei Acab consultou religiosamente seus falsos profetas, cêrca de quatrocentos deles. Estes profetizaram favoravelmente, dizendo: “Sobe, e Jeová a entregará na mão do rei.” Assim envolveram a Jeová na sua mentira. A pedido do Rei Josafat, para que se chamasse um profeta reconhecido de Jeová, o Rei Acab mandou trazer o odiado Micaías. Quando Micaías imitou sarcasticamente os profetas mentirosos de Acab, este impôs a Micaías o juramento de dizer a verdade. Micaías fez isso, prevendo que os exércitos de Acab seriam dispersos como ovelhas sem pastor. Então, para expor os mentirosos, Micaías acrescentou:

30 “Ouve a palavra de Jeová: Vejo certamente a Jeová sentado no seu trono e todo o exército dos céus em pé junto dele, à sua direita e à sua esquerda. E Jeová passou a dizer: ’Quem burlará a Acab, para que suba e caia em Ramot de Galaad? E um começou a dizer isto, enquanto outro dizia aquilo. Finalmente, saiu um espírito e postou-se diante de Jeová e disse: ’Eu mesmo o burlarei.’ A isso, Jeová lhe disse: ‘Por que meios?’ A isso, êle disse: ’Irei e me tornarei certamente um espírito enganoso na bôca de todos os seus profetas.’ Assim [Jeová] disse: “Tu o burlarás, e, ainda mais, sairás vencedor. Sai e faze dêste modo.“ E agora, eis que Jeová tem pôsto um espírito enganador na bôca de todos estes teus profetas, mas o próprio Jeová tem falado calamidade a respeito de ti.”

31. Como se mostrou que Zedequias era falso e que Jeová tinha falado por Micaías?

31 Por causa disso, o falso profeta Zedequias bateu Micaías na face, com a observação de que ele, e não Micaías, tinha o espírito de Jeová e que o espírito de Jeová havia falado veridicamente por meio dele, mas que o espírito mentiroso havia passado para Micaías. Para manter corretos os registros da corte, Micaías disse que Zedequias veria algum dia se era verdade. Quando o Rei Acab mandou Micaías à prisão, numa dieta de pão e água, até a sua volta em vitória, Micaías disse: “Se é que voltares em paz, Jeová não tem falado comigo.” (1 Reis 22:1-28, NM) A morte de Acab na batalha, apesar do seu disfarce, em Ramot de Galaad, seguida de os cães lamberem seu sangue no carro dele, prova que Jeová, e não um espírito enganoso, havia falado por meio de Micaías.

32. Por que se ofereceu uma das criaturas espirituais de Jeová para enganar o Rei Acab? Tornou-se êle responsável pela mentira dos profetas de Acab?

32 Mas, como foi que uma das criaturas espirituais de Jeová se tornara espírito mentiroso ou enganoso, e como podia “o Deus da verdade autorizá-lo a tornar-se “um espírito enganoso na bôca de todos os . . . profetas [de Acab]”? Do seguinte modo: Acab queria ser encorajado pelos profetas mentirosos num plano de ação suicida. Mostrou isso quando encarcerou Micaías por dizer a desagradável verdade. Acab queria ouvir mentiras, paras sua própria morte; portanto, Jeová concordava em que Acab ouvisse mentiras, porque Acab estava sentenciado à morte e o tempo da sua execução estava próximo. Jeová não interferiu por usar o seu espírito sôbre os profetas de Acab, para fazê-los dizer a verdade, como no caso em que um dos anjos tornou a maldição do profeta Balaão em benção para Israel. Uma das criaturas espirituais de Jeová viu a necessidade de prevalecer a mentira, para induzir Acab à sua própria execução, por fazer que os mentirosos excedessem em número a Micaías, que dizia a verdade. Uma criatura espiritual da parte de Jeová Deus tem o poder de fazer uma criatura falar, mesmo um animal mudo como a jumenta de Balaão. De modo que ofereceu usar seu poder sôbre os profetas de Acab para falarem, simplesmente falarem, deixando-os falar dos seus próprios corações aquilo que desejavam falar para agradar àquele que os sustentava, seu rei. Deste modo, a criatura espiritual, ou anjo, era responsável, não pelas mentiras deles, mas apenas pelo seu falar.

33. Por que autorizou Jeová a criatura espiritual a enganar Acab? Como exonerou-se êle das mentiras?

33 Jeová concordou em que o anjo fizesse isso; porque queria mostrar que é desastroso confiar em profetas mentirosos, e também porque era tempo para se executar sua sentença de morte em Acab. Sabia que Acab desejava ser burlado com a mentira, especialmente quando os mentirosos eram tantos. Jeová disse, portanto, à criatura espiritual que a operação do seu poder sôbre os profetas de Acab abriria o caminho para eles preferirem a mentira mortífera, e que ela venceria o aviso fiel do profeta de Jeová, Micaías. Isto aconteceu e Acab derramou seu sangue como criminoso executado, para os cães o lamberem, e Jeová, o Deus da verdade, estava vindicado das mentiras. - 1 Reis 22:29-38; 2 Crô. 18:1-34.

34. Por que não precisamos recorrer ao passado remoto para vermos em operação esta maneira de operação divina? Por que estão os povos prestes a perecer em números horripilantes?

34 Precisamos voltar ao passado remoto para vermos em funcionamento esta maneira de operação divina? Não! Vemos atualmente Jeová agir segundo a mesma regra de ação, neste século vinte, para cumprir a sua própria profecia de aviso. Sua profecia, escrita pelo apóstolo Paulo, reza: “A vinda do iníquo, pela atividade de Satanás, será com todo o poder e com pretensos sinais e maravilhas, e com todo o engano iníquo para os que hão de perecer, porque recusaram amar a verdade e assim ser salvos. Portanto, Deus manda-lhes uma forte ilusão, para fazê-los crer no que é falso, para que sejam condenados todos os que não crêem na verdade, mas que tem prazer na injustiça.” (2 Tes. 2:9-12, NR) Os povos deste mundo se confrontam agora com o Armagedon e estão prestes a perecer ali em números horripilantes. Por quê? Porque a verdade não está disponível a eles? Não; pois as testemunhas de Jeová estão pregando as boas novas do seu reino triunfante em tôda a terra habitada, em testemunho a tôdas as nações. Conforme provaram os anos desta proclamação do Reino por parte das testemunhas de Jeová em mais e mais países, é realmente porque o povo recusa amar a verdade e ser salvo da destruição no Armagedon. Preferem ilusão iníqua que acompanha a atividade de Satanás, desde que ele foi expulso do céu, e preferem a ilusão, porque “têm prazer na injustiça”.

35. Por que não é Jeová a fonte da “forte ilusão“ ou da “operação do erro?

35 A tradução da Bíblia, que citamos, diz: “Deus manda-lhes uma forte ilusão, para fazê-los crer no que é falso.” Devemos entender, então, que Deus origina a forte ilusão para fazê-los crer na falsidade? Não; ele não é a fonte de qualquer mentira. Referindo-se à sua profecia e ao seu pacto, sua Palavra diz: “Deus não é homem para que diga mentiras, nem filho da humanidade para que sinta lástima. Ele mesmo o disse e não o fará ele, e falou ele e não o cumprirá?” “A Eminência de Israel não enganará.” (Núm. 23:19 e 1 Sam. 15:29,NM) De modo que Jeová não é a fonte da “forte ilusão”, nem da “operação do êrro”.

36. Como então, envia-lhes Jeová esta sem se tornar responsável por êles perecerem?

36 Como a “manda” então a êles? Por não a impedir mas por permitir que chegue a eles, assim como fez no caso do Rei Acab. Nas Escrituras, o verbo hebraico significando “mandar” é muitas vezes traduzido “deixar”, como no caso quando Jeová disse a Faraó: “Manda embora meu povo” (NM; Young, em inglês); ou: “Deixa ir o meu povo.” (VB, Al; So; Ft; Tr; em Êxo 5:1; 7:16, 8:1, 20; 9:1, 13; 10:3) Portanto, a Tradução do Novo Mundo vindica a Jeová Deus ao traduzir 2 Tessalonicenses 2:11: “De modo que é por isso que Deus permite que lhes vá a operação do erro, para que cheguem a crer na mentira.” Deus não os faz crer na mentira, nem tampouco origina a mentira, mas permite que vá até eles porque preferem o erro em operação. De modo que os deixa usar seu próprio livre arbítrio e se tornar responsáveis pela destruição de si próprios no Armagedon. Mas, primeiro, em misericórdia, lhes dá pleno aviso pelas suas testemunhas. O aviso é entendido por aqueles que aceitam o amor da verdade a fim de ser salvos. - NM.

NÃO “MENTINDO CONTRA A VERDADE”

37. Por que estava Jesus em harmonia com o espírito de Jeová ao instruir seus discípulos a ser cautelosos como serpentes entre lôbos?

37 Em vista dos exemplos bíblicos dados acima, Jesus estava em harmonia com o espírito de Jeová Deus ao instruir seus apóstolos quando os enviou como ovelhas no meio de lôbos: “ Mostrai-vos cautelosos como serpentes, contudo inocentes como pombas.” Visto que os lôbos não-cristãos declaram guerra às ovelhas e preferem tornar-se “na realidade combatentes contra Deus”, é correto que as “ovelhas” inofensivas usem de estratégia de guerra contra os lôbos, nos interesses da obra de Deus. Ninguém, contra quem se usa esta estratégia, é injustamente prejudicado por causa dela, enquanto que as “ovelhas” e os interesses que merecem ser protegidos ficam resguardados. Deus não nos obriga a mostrarmos a estupidez de ovelhas, favorecendo os planos de nossos inimigos combatentes. Devemos enfrentar a semente da Serpente, a “raça de víboras” com a cautela de serpentes. Ao prevermos o perigo, devemos proteger-nos contra os lôbos que atacam o rebanho de Jeová. “Entrarão no meio de vós lôbos opressivos que não tratarão o rebanho com ternura, . . . Portanto, ficai despertos”, diz Paulo. (Atos 20:28-31, NM) “O homem prudente vê o mal e esconde-se.” - Pro. 22:3.

38. Se os adversários lupinos tiram conclusões errôneas de nossas manobras, por que são as ovelhas ainda inocentes e inofensivas?

38 É correto encobrir nossos arranjos para a obra que Deus nos ordena de fazer. Se os adversários lupinos tiram conclusões errôneas de nossas manobras para os lograr, não lhes foi causado dano pelas ovelhas inofensivas, inocentes nos seus motivos como pombas. A ação não procede do ódio dum mentiroso. “O que encobre o ódio é homem de lábios mentirosos: e quanto àquele que profere má fama, esse é um tolo. A língua de mentira tem ódio aos que ela mesma tem afligido.”- Pro. 10:18; 26:28, Tr.

39. Que casos são descritos brevemente e por que não se pode dizer que sejam os dum mentiroso e enganador?

39 Não podemos condenar como mentirosa e enganadora a testemunha de Jeová que estava prestes a cruzar a fronteira de volta à Alemanha nazista e que tomou consigo literatura, arriscando a sua própria liberdade. Ela pôs a literatura no carrinho do bebê, aos pés dêste, e a cobriu com fraldas sujas. Quando o oficial nazista inspecionou o carrinho, meteu a mão dentro e tocou com ela nas fraldas molhadas e sujas, êle retirou rapidamente a mão em desgosto. Deixou-a passar a fronteira, e com ela entrou a literatura para alimentar muitas das ovelhas oprimidas, tratadas com brutalidade sob o regime nazista. Depois, houve a testemunha que trabalhava de casa em casa com um cêsto de literatura. Os inimigos deram parte dela à polícia como mulher com blusa de certa côr. Assim, atrás duma esquina, ela tirou uma blusa de outra côr e fêz a troca, daí voltou pela mesma rua e passou pelo policial que estava na sua pista, escapando sem ser identificada. Houve, também, o irmão que foi sentenciado às pedreiras, das quais, tanto quanto se sabia, ninguém tinha voltado vivo. Sendo êle músico, foi poupado do trabalho homicida na pedreira, mas, êle não pensava apenas na sua própria vida. Ao risco do seu próprio privilégio como músico dos oficiais do campo, êle contrabandeava porções de alimento a seus irmãos subalimentados, sentenciados ao trabalho estafante na pedreira, e os pode manter vivos. Ao chegar finalmente a libertação, não somente êle, mas também os que alimentara, contrário aos regulamentos nazistas, emergiram com êle daquele lugar de condenação.

40. Por que não é o lôgro dos opressores das ovelhas violação de se dar a César o que é de Cesar?

40 Até êste dia, a história das testemunhas de Jeová se renova sempre com casos semelhantes em que logram os lôbos por exercerem a devida cautela em face do perigo, enquanto se empenham numa obra boa e amorosa, segundo a vontade e ordem de Deus. Tal lôgro dos opressores das ovelhas não é deixar de ’dar, pois, a César o que é de Cêsar’; é um modo corajoso e sensato de dar primeiro “a Deus o que é de Deus”. (Mat. 22:21) Se o inimigo lupino força os do povo de Jeová a se ocultar, como Davi, que se viu impelido por Saulo à caverna de Odolão e a outras cavernas, então, a sua adoração oculta não é obra de engano e mentira, só porque não é feita abertamente, sob os olhos cobiçosos dos lôbos. (2 Sam. 23:13; 1 Sam. 22:1; 24:3-10; 1 Reis 18:4, 13) A hipocrisia e o engano estão com os lôbos que fazem abertamente um “covil de salteadores” da casa de Deus. – Mar. 11:15-17.

41. Entre quem não se deve exercer tal cautela semelhante as serpentes? Como mostra isso Paulo?

41 Cautela semelhante à da serpente deve ser exercida somente enquanto as ovelhas estão entre os lôbos, ou em contato com êles. Jesus não a aconselhou entre a congregação do povo de Jeová, pois todo este é constituído de ovelhas. Portanto, a regra se aplica tanto ao Israel espiritual da atualidade, como se aplicava ao Israel natural da antiguidade: “Não furtareis; nem enganareis, nem mentireis uns aos outros. Não jurareis falso pelo meu nome, de sorte que profaneis o nome de vosso Deus: eu sou Jehovah.” (Lev. 19:11, 12) Nestes dias, desde 1919 E. C., quando Jeová restaurou o restante do Israel espiritual e seus companheiros dedicados à sua adoração pura, Suas instruções proféticas são: “Estas são as coisas que fareis: falai a verdade, cada um com o seu próximo; julgai nas vossas portas juizo de verdade e de paz; nenhum de vós intente no seu coração o mal contra o seu próximo; e não ameis o juramento falso; porque todas estas são coisas que aborreço, diz Jehovah.“ (Zac. 8:3, 16, 17) O próprio apóstolo Paulo aplica estas palavras aos cristãos santificados, o “Israel de Deus”. - Efé. 4:25; Gál. 6:16.

42. Precisamos nós de simulação perante nossos irmãos, para encobrir nossa conduta correta? Como mostrou Paulo se precisamos ou não?

42 Não havendo necessidade de usarmos de astúcia ou estratégia para com nossos irmãos semelhantes a ovelhas, para os despistar, não precisamos de simulação para encobrir nossa conduta correta. Pedro(Cefas)usou uma vez de simulação para com os irmãos em Antioquia, Síria. Em particular, êle vivia igual a qualquer cristão não-judeu, mas em público agiu como cristão “segundo a prática judaica”, de mêdo de ser criticado pelos visitantes cristãos de Jerusalém. O apóstolo Paulo o repreendeu por não agir veridicamente, mas por agir externamente em apoio de doutrina e prática erradas. - Gál. 2:11-14, NM.

43. Contra quem não nos atrevemos a mentir? E, como se mostrou isso no caso de Ananias e de Safira?

43 Não temos nada de errado para encobrir dos inimigos lupinos, mas, se houver algo de errado, não o podemos encobrir de Jeová. Não nos atrevemos a mentir a êle. Ananias e sua esposa, Safira, tentaram mentir a Deus, para se darem uma aparência de total generosidade perante os apóstolos e o resto da congregação de Jerusalém. Pedro perguntou a Ananias: “Para que fim te tem Satanás encorajado, para que trapaceasses o espírito santo . . . ?. . . Trapaceaste, não a homens, mas a Deus.” O espírito santo em Pedro aguçou a sua percepção para ver que Ananias estava tentando mentir a Deus, e o espírito matou imediatamente a Ananias. Depois de êle ter caído morto e ter sido levado, entrou sua espôsa, e ela pôs à prova o espírito em Pedro por tentar manter as aparências. Pedro perguntou: “Por que combinastes entre vós dois pôr à prova o espírito de Jeová?” Ela caiu instantaneamente morta. - Atos 5:1-10, NM.

44. Como tentou Acão encenar uma mentira? Como foi exposta a tentativa do Rei Saul de mentir a Deus?

44 De modo similar, por ocasião da queda de Jericó, Acão tentou encenar uma mentira perante seus irmãos israelitas e provar o poder de percepção do espírito de Deus. Contrário às ordens estritas de Deus, êle se apoderou de parte do despôjo proibido da cidade amaldiçoada de Jericó e o ênterrou dêbaixo da sua tenda. A obra enganosa não escapou da atenção de Jeová, e seu espírito causou a exposição de Acão como perturbador ganancioso de Israel. Ele e a sua família foram apedrejados até morrerem na devida punição. (Jos. 7:1, 10-26) Mais tarde, o Rei Saul tentou mentir a Deus e ao seu espírito no profeta Samuel. Antes de Saul relatá-lo a Samuel, Jeová informou a êste da desobediência de Saul em não devotar à destruição tudo que pertencia aos amalequitas. Saul tentou dar um aspecto religioso ao seu ato de manter vivo o melhor do despôjo e ao próprio Rei Agag, mas, Samuel expôs a hipocrisia rebelde e presunçosa, dizendo: “O obedecer é melhor do que o sacrifício, e o atender do que a gordura de carneiros.” (1 Sam. 15:22) Mentir a Deus nunca é bem sucedido.

45. Como poderíamos mentir contra a Palavra de Deus e apresentá-lo como mentiroso? Que resultado traria isso para nós?

45 Não nos atrevemos a mentir contra a Palavra de Deus, acrescentando-lhe algo ou tirando-lhe algo, lendo nela coisas que ela não diz e negando, passando por alto ou modificando o que ela realmente diz. “Toda a palavra de Deus é provada, . . . Nada acrescente às suas palavras, para que ele não te repreenda, e tu sejas achado mentiroso.” (Pro. 30:5, 6) Não podemos dizer falsidades em seu nome, pois isto apresentaria Deus como mentiroso. “Seja Deus achado verdadeiro, embora todo homem seja achado mentiroso.” (Rom. 3:4, NM) Nos dias de Jeremias, os falsos profetas profetizaram mentiras em nome de Jeová e mentiram contra seu propósito, predizendo em seu nome aquilo que ele não predisse. Jeová era, portanto, contra êles. Executou sentença contra êles na destruição de Jerusalém em 607 A. C. (Jer. 23:25; 27:15) Os atuais mentirosos religiosos, do mesmo modo que aquêles, não poderão escapar duma sentença igual, mas encontrarão um fim igual no Armagedon.

46. Por que não devemos jurar falsamente em nome de Jeová? Como demonstramos que não amamos o juramento falso?

46 Nunca jureis falsamente em nome de Jeová. Jeová declara que, no seu templo, êle será “uma testemunha veloz contra . . . os perjuros”. (Mal. 3:5) Nunca façais um juramento em seu nome, dizendo depois mentiras como testemunha juramentada. Raab de Jericó não se achava sob um juramento em nome de Jeová para contar os fatos aos oficiais do rei, portanto, não era perjura, nem testemunha falsa. “A testemunha fiel não mentirá, mas a testemunha falsa profere mentiras.” (Pro. 14:5) A testemunha fiel não ama o juramento falso. De modo que diz a verdade quando está sob juramento. Se falar, dirá a verdade. Ao ponto que decida falar, declarará a verdade. Se, por razões de consciência, recusar dizer tudo, estará disposta a sofrer as consequências, se fôr julgada como merecendo alguma penalidade. Recusa dizer tudo, não para escapar da punição, mas, enfrentando a punição por “razões de consciência. Até Jesus ficou calado diante de Pilatos, recusando responder, embora soubesse dos poderes de Pilatos. - João 19:8-11.

47. Que significa fazer um juramento e depois não cumpri-lo? Como ilustrou Semei, que certa vez amaldiçoara Davi, as consequências disto?

47 Nunca façais um juramento para fazer certa coisa, mostrando-vos depois falsos por não fazerdes o que jurastes fazer. Isto significa mostrar-se falso para com o “juramento de Jeová”. Significa jurar falso ao fazer aliança. (Osé. 10:4; NA; NR) Semei, que amaldiçoou o fugitivo Rei Davi, jurou em nome de Jeová a Salomão de não se afastar de Jerusalém pelo resto dos seus dias. Quando se mostrou falso ao seu juramento, deixando Jerusalém para recapturar dois escravos fugitivos, o Rei Salomão lhe disse na sua volta: “Por que, então, não guardaste o juramento de Jeová e o mandamento que te impus solenemente?” Por se mostrar falso ao juramento de Jeová, Semei morreu, recaindo seu sangue sôbre sua própria cabeça. (1 Reis 2:36-46, NM) Também Zedequias, o último rei de Jerusalém da linhagem de Davi, agiu de modo mentiroso para com o juramento de Jeová.

48. Como agiu o Rei Zedequias de modo mentiroso em face do juramento de Jeová? Como sentiu êle o ódio de Jeová contra os juramentos falsos e contra os perjuros?

48 Êste juramento em nome de Jeová, o Rei Zedequias fizera perante o Rei Nabucodonosor de Babilônia, para garantir que estaria obedientemente sujeito ao seu senhor babilônio. Depois de observar por oito anos êste pacto, êle olhou para o Egito em busca de ajuda e se rebelou contra Nabucodonosor, desprezando assim o “juramento de Jeová” e dando a entender que nada podia ser garantido pelo nome de Jeová. “Portanto assim diz o Senhor Jehovah: Pela minha vida, certamente farei recair sobre a cabeça dele o meu juramento que desprezou.” (Eze. 17:3, 16-21; 2 Crô. 36:13) Zedequias sentiu como Jeová odiava os juramentos falsos e os perjuros, quando a cidade caiu, seus filhos foram mortos diante dos seus olhos, seus próprios olhos foram cegados e ele foi levado cativo para morrer em Babilônia.

49. De que modo são a nação de Israel, bem como Semei e Zedequias exemplos de aviso para nós? A que duas ordens de Deus e do Rei juramos obedecer?

49 A nação de Israel (exceto um restante fiel) foi um exemplo em grande escala da violação do “juramento de Jeová”, entrando em pacto com ele por um juramento do Rei para nós, e falhando rebeldemente no cumprimento do pacto. (Dan. 9:11; Eze. 16:59; Deu. 29:12-14) A nação de Israel, Semei e Zedequias são exemplos de aviso para nós, a fim de não tratarmos desdenhosamente nosso próprio “juramento a Jeová” de nos termos dedicado a ele por meio de Cristo e depois falharmos em cumprir fielmente esta dedicação, em plena obediência à sua vontade. Sua ordem para nós é: “Vós sois as minhas testemunhas, diz Jehovah.” (Isa. 43:10, 12) Seu Rei, Jesus Cristo, reina desde 1914 E. C., e a ordem é: “Estas boas novas do reino serão pregadas em tôda a terra habitada, com o propósito de dar testemunho a tôdas as nações.” (Mat. 24:14, NM ) Em nome de Jeová, estamos sob juramento de obedecer a estes mandamentos. A palavra do sábio inspirado para nós é: “Observa o mandamento do rei, e isto por causa do juramento a Deus.” (Ecl. 8:2) Isto faremos com determinação.

50. Portanto, o que faremos com relação aos lôbos e com relação a Deus e suas ovelhas?

50 Na execução das instruções de nosso Rei, de pregar no campo, seguiremos seu conselho de ser “cautelosos como serpentes, contudo inocentes como pombas” entre os lôbos. Seremos fiéis ao propósito de Deus, proclamando-o e trabalhando em harmonia com ele. Seremos fiéis à sua Palavra, publicando-a na sua pureza e não pregando falsidades em seu nome. Seremos fiéis ao seu espírito, nunca o pondo à prova com conduta falsa e hipócrita na sua organização, mas, deixando que seu espírito nos mova ao proceder veraz perante tôdas as suas ovelhas. Falaremos a verdade a estas, para sua edificação e proteção, nunca as entregando por traição às garras dos lôbos. Como ovelhas entre lôbos, continuaremos a pregar sob os cuidados de nosso Pastor, até que todos os lôbos sejam destruídos e todas as ovelhas postas a salvo nos pastos verdejantes e às margens das águas tranquilas do Seu novo mundo.

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