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  • A cerimônia do casamento e os requisitos

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  • A cerimônia do casamento e os requisitos
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1957
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1957
w57 1/7 pp. 136-143

A cerimônia do casamento e os requisitos

1. Que costumes havia entre os israelitas quanto ao casamento?

OS LIVROS da Bíblia, escritos expressamente aos cristãos, e para eles, não mencionam nenhuma forma de cerimônia de casamento para eles. Mostram, sim, que, depois de terem sido feitos arranjos para o matrimônio, pelos pais e por meio dum intermediário ou agente matrimonial, havia um período de noivado de cerca de um ano, no caso de moças virgens. Depois, na noite do casamento, o noivo ia à casa da noiva e a levava para seu novo lar. Havia uma procissão em direção ao lar, encabeçada pelo casal no meio dum grupo alegre de celebrantes. De modo que o casamento se tornou do conhecimento geral e ficou registrado no conhecimento público, e, ao trazer ele a noiva para casa, havia uma festa de casamento, na qual participavam todos os convidados, arranjada pelos pais do noivo. Felizes eram os convidados ao jantar do casamento. A noiva, não deixava seu amado noivo esperar pela sua aparição. Ela esperava por ele, vestida de modo mais bonito, pronta para ser-lhe dada pelo pai ou pelo tutor dela. — Mat. 1:24; 22:1-11; 25:1-10; João 2:1-11; 3:29;Mar. 2:19; Isa. 61:10; 62:5; Apo. 19:7, 8; 21:2, 9-11.

2. Que fatos concernentes aos casamentos tornam-se aparentes do registro bíblico?

2 Deve ser lembrado que os primeiros cristãos eram judeus, ou israelitas, assim como o próprio Jesus. Era razoável, então, que estes cristãos judeus trouxessem consigo os costumes e arranjos matrimoniais do seu anterior sistema social judaico para o novo sistema cristão. Mas uma coisa não se deve deixar de notar, que, desde os dias de Abraão em diante, nenhum sacerdote, levita ou outro funcionário religioso estava presente para celebrar qualquer cerimônia de casamento. No entanto, o casamento, era válido e era reconhecido por Jeová Deus. Era também registrado nos arquivos da cidade ou da vila, e também os nascimentos resultantes do enlace eram registrados ali. Os dois registros genealógicos de Jesus foram sem dúvida copiados dos arquivos, de Belém, por Mateus e Lucas. Isso faz surgir a pergunta: Quem pode solenizar os matrimônios cristãos válidos? Será que o casamento civil, ou não religioso, é tão válido como o religioso, ou é o matrimônio um sacramento que é apenas válido quando realizado de modo religioso?

3. Que diz a Bíblia sôbre a maneira em que se realizou o casamento de Isaac?

3 Não, o casamento não é um sacramento que exige a presença e os ofícios dum clérigo religioso ou dum ministro cristão. Como profeta de Deus, Abraão era seu sacerdote aceito para uma grande casa, mas não há registro de que tivesse estado presente quando seu servo mais antigo trouxe Rebeca, da Mesopotâmia, para Isaac, no Negeb da Palestina. Isaac estava andando sozinho, meditando, e o servo lhe trouxe Rebeca e relatou a Isaac como foi que a obteve para ele. “Isaac trouxe a Rebecca para a tenda de Sarah, sua mãe, e tomou-a e ela lhe foi por mulher” Mas, tomá-la ele assim por esposa teve testemunhas públicas, a saber, o agente matrimonial de Abraão e “os homens que estavam com ele”, e a “ama” e as outras “moças” de Rebeca. (Gên. 24:2, 54, 59-61, 66, 67) Isaac não tirou uma licença de casamento, assim como também não é necessário tirá-la em alguns países de hoje. O pai de Isaac, Abraão, o dirigente da organização teocrática, tinha-o autorizado, e Jeová Deus, a quem se recorria em busca de orientação, dirigira todos os passos na realização do casamento. De modo que a licença de casamento não era necessária no seu caso. Mas, tomá-la êle por esposa, foi testemunhado por mais de quatro pessoas, e foi registrado nos arquivos da casa teocrática de Abraão, e, naturalmente, acha-se hoje registrado na Bíblia. Não foi realizada uma cerimônia religiosa, embora em tudo isso se buscasse e reconhecesse a vontade de Deus.

4. (a) O que não esboçou a lei quanto aos casamentos? (b) O casamento era que espécie de acontecimento e como se enfatizou sua natureza obrigatória?

4 Não há relato duma cerimônia religiosa no caso do filho de Isaac, Jacó, quando êle se casou com Léià e Raquel. (Gen. 29:18-30) Nem vemos que Jeová Deus, em todas as centenas de leis que êle deu ao seu povo escolhido de Israel, lhes ordenasse ou esboçasse uma cerimônia religiosa de casamento. O direito e o dever de solenizar os matrimônios não foi designado à família sacerdotal de Aarão, nem aos servos levitas do templo. O matrimônio, desde a ocasião do noivado até o enlace da noiva e do noivo na casa do pai a êle, era todo um arranjo particular da família, sem qualquer participação sacerdotal ou levita (fora da própria tribo de Levi). Era anunciado a toda a comunidade, era testemunhado devidamente e depois registrado no registro local; o que era a razão por que José tinha de ir com sua companheira belemita, Maria, à cidade natal dêles e ser registrado, nos dias do imperador romano César Augusto. — Luc. 2:1-6.

5. Nas bodas de Caná, que parte, apenas, desempenhou Jesus, e o que não fez ele quanto ao casamento entre seus seguidores?

5 Quando Jesus fêz seu primeiro milagre, em Caná, na província dá Galiléia, êle estava numa festa de casamento. Mas, não fôra convidado para ali, a fim de oficiar como ministro, pois não era da família sacerdotal de Aarão, nem da tribo de Levi, e não era reconhecido como ministro religioso. Fôra convidado, junto com sua mãe e seus discípulos, apenas como convidado, pois a cidade achava-se próxima do local onde antes trabalhara como carpinteiro. De modo que êle não santificou o matrimônio enquanto estava ali, mas proveu o melhor dos vinhos para o proveito adicional de todos os presentes. (João 2:1-11) Em todos os seus mandamentos aos seus doze apóstolos e aos evangelistas, nunca lhes disse, nem os comissionou, que solenizassem o matrimônio de alguém, mas, deixou a questão do matrimônio assim como era costume entre o povo de Jeová. Nunca fêz que o matrimônio se tornasse um sacramento, dentro dos poderes exclusivos e sob a sanção unicamente dos apóstolos ou dos ministros cristãos.

6. Qual é a atitude da Bíblia com respeito aos casamentos civis, exigidos por lei?

6 Então, é o casamento religioso estritamente necessário? Não. É o casamento civil autorizado pelo Livro de Deus, a Bíblia? Sim, e neste respeito os cristãos podem ‘dar a César o que é de César’. Na maioria dos países da cristandade, o casamento civil, efetuado por um funcionário designado pelo estado, ou é permitido, ou é absolutamente exigido. De modo que, de direito, não se prende nenhum estigma social ou religioso ao casamento civil, e o Deus Altíssimo reconhece o casamento civil do seu povo dedicado e o mantém obrigado por êle. Em alguns países, dentro e fora da cristandade, os governos reconhecem os casamentos realizados pelos sacerdotes católicos romanos e por ministros de outras religiões reconhecidas. Êstes ministros são licenciados para realizar casamentos em edifícios religiosos ou em certos lugares registrados. Junto com êstes, os ministros nomeados das testemunhas de Jeová estão autorizados ou licenciados para solenizar o casamento. Em todos êstes casos, o ministro oficiante de religião age como servo do estado na legalização do matrimônio. Por isso, tais matrimônios são válidos e têm o reconhecimento de Deus. Ao chegarem à sociedade do Novo Mundo pessoas que foram casadas em cerimônias religiosas por qualquer uma destas religiões autorizadas, as testemunhas de Jeová reconhecem o matrimônio de tais pessoas entrantes como válido e ainda tendo efeito. Onde as testemunhas de Jeová não tiverem seus próprios ministros autorizados para realizarem o casamento, podem ir conscienciosamente a qualquer uma das repartições governamentais designadas e fazer com que o funcionário do estado realize ali um casamento válido, divinamente reconhecido.

7. Como considera a Igreja Católica Romana os casamento civis, conforme mostrado por que evento recente?

7 Em países onde o govêrno autoriza, exige e reconhece apenas o casamento civil, a Igreja Católica Romana não considera o casamento civil como válido e ela requer que os católicos sejam depois casados por um sacerdote, num casamento religioso. Por exemplo, no ano passado, quando o príncipe católico de Mônaco se casou com a estrela do cinema, católica, de Hollywood, o Times de Nova Iorque (20 dê abril de 1956) relatou “O príncipe de 32 anos de idade e sua noiva de 26 anos, casados ontem numa cerimônia civil, no Palácio, foram unidos aos olhos da Igreja pelo Bispo de Mônaco, Monsenhor Gilles Barthe. Receberam a bênção do Papa Pio XII por intermédio do seu Núncio em Paris, Monsenhor Paolo Marella. . . .Ela foi a primeira a ir ao seu lugar perante o altar de mármore branco, o costume dando lugar ao direito do soberano de ser servido. O Príncipe juntou-se a ela poucos momentos depois.”

8. De que valor é a reunião religiosa realizada com a noiva e o noivo depois de se ter realizado o casamento civil?

8 Naturalmente, o casamento religioso católico romano, depois do casamento civil, não tem valor legal, nem o tem a cerimônia religiosa posterior de qualquer outro sistema religioso. Mas, onde for possível, ou onde pedido, as testemunhas de Jeová podem realizar uma reunião religiosa posterior com o noivo e a noiva. Esta reunião não é necessária e não é um casamento, e não deve ser considerada como acrescentando qualquer valor legal ao casamento civil já realizado. Ela é realizada para dar aos recém-casados admoestação e conselhos bíblicos, sadios e oportunos sobre as obrigações e as oportunidades do matrimônio, e para destacar o matrimônio de modo mais proeminente perante a congregação local, e para dar testemunho do arranjo matrimonial perante todas as pessoas de boa vontade presentes. Isto oferece também uma boa oportunidade e ocasião para se registrar o casamento na congregação e se arquivar a notificação dêle nos registros da congregação.

9. Quando a lei exige o registro em uma cidade distante, não conveniente aos recém-casados, o que se pode fazer a respeito disso?

9 O que é feito diante da congregação é feito “diante de Deus”, assim como no antigo Israel, aquilo que era feito diante dos juízes ou governantes era feito diante de Deus. (Êxo. 21:6; 22:8, 9, 28, NM; So)Mas, o que se faz no caso dum casamento africano entre cristãos, quando o casamento é realizado numa cidade ou vila, mas tem de ser registrado, junto ao governo, em outra cidade distante, à qual não é conveniente para os recém-casados irem na ocasião? No Salão do Reino das testemunhas de Jeová, pode preencher-se uma “Declaração de Casamento”. Esta não tem qualquer valor legal e não substitui o registro civil, mas tem reconhecimento entre o povo de Deus. Testifica perante a sociedade do Novo Mundo que os recém-unidos reconhecem que seu matrimônio está em vigor e é válido, e que o registrarão segundo a Lei Civil, assim que fôr oportuno. Esta “Declaração de Casamento” é então arquivada na congregação e no escritório da Sociedade Torre de Vigia, e os recém-casados podem entrar em relações maritais, até que se faça o registro civil deles. A Sociedade tem assim um registro do matrimônio durante o tempo em que o governo civil talvez não o tenha, e a Sociedade pode verificar, por meio dos seus servos, depois de deixar passar certo tempo, se o devido, registro civil foi feito e o casal tem cumprido a lei.

10. (a) O que devem fazer corretamente os que são casados pelos costumes tribais? (b) Que espécie de casamento se recomenda aos membros de tribos, que pertencem à Sociedade do Novo Mundo? Por quê?

10 No caso em que membros duma tribo se casaram segundo o costume tribal, antes de chegarem ao conhecimento da verdade do Reino e entrarem na sociedade do Novo Mundo, seu casamento ainda os obriga e é reconhecido. Um novo casamento não é necessário, mas é correto que o casamento tribal seja registrado na sociedade do Novo Mundo, assinando-se uma Declaração de Casamento, se não houve registro civil junto ao governo. Mas, em certo país, talvez haja benefício legal para o homem e sua família que tais membros duma tribo se casem de novo sob a lei civil do país. Para os solteiros, das tribos, que se tornam parte da sociedade do Novo Mundo, recomendamos o casamento civil, visto que traz consigo maiores vantagens e garante maior proteção da parte da lei, a qual faz provisões para a esposa e os filhos, depois da morte de seu marido. Certamente seria um passo para trás se os ex-pagãos se casassem segundo o costume pagão, e se, ligado a isso, houver ritos pagãos não-bíblicos, então significaria fazer um compromisso com êste mundo, uma negação da fé, e pode exigir a desassociação.

11, 12. (a) Por que não precisa ser repetido o casamento feito pelo preço de noiva, ao se chegar ao conhecimento de verdade? (b) Que ajuda podem as congregações dar quanto ao registro civil? (c) O que indicam a razão e as regras teocráticas quanto a dar presentes, fazer convites, realizar casamentos e recepções?

11 O casamento por dote ou preço de noiva, antes de a pessoa tornar-se cristão, não precisa ser suplementado por um dispendioso novo casamento. Chegar ao conhecimento da verdade e dedicar-se a Deus não anula ou nulifica tal casamento anterior pelo preço de noiva, nem declara ou torna fornicários as pessoas que foram casadas no estilo da tribo e que continuam em tal matrimônio. Para ajudar a aliviar as pessoas de grandes despesas com o casamento, os registros que a sociedade do Novo Mundo requer são feitos e guardados livres de despesas. Se alguma congregação desejar pagar ou ajudar a pagar o registro civil o casamento de qualquer dos seus membros, é esta uma coisa prática a fazer, por parte daqueles que voluntàriamente desejam ajudar a cobrir as despesas. Nenhum membro duma congregação tem qualquer obrigação de acumular presentes sôbre alguém, quer dizer, reunir e dar uma multidão de presentes à prospectiva noiva, para seu uso e proveito depois do casamento. Dar presentes é uma questão particular e participar nisso deve ficar ao critério de cada um, sem constrangimento.

12 Presentes e anúncios de casamento devem ser feitos em particular e não da tribuna do Salão do Reino ou por outro aviso no Salão do Reino. Quanto a mandar convites formais, impressos, para o casamento e a recepção posterior, deve exercer-se bom juízo. Alguns que não são bem conhecidos, ou que se conhece apenas ligeiramente, ou para os quais a distância faz que não seja prático aceitar o convite ao casamento e fazer algo a respeito, ressentem que se force sobre eles um convite ao casamento, por causa do sentimento de obrigação que isso lhes impõe. Cerimônias de casamento podem ser realizadas no Salão do Reino, em qualquer ocasião em que isso não interfere com as reuniões ou com outros arranjos de serviço. As recepções que seguem ao casamento não devem ser realizadas no Salão do Reino, convertendo-o num local de diversão.

13. Como deve a pessoa vestir-se para um casamento?

13 Vestir roupa cara não é necessário para o casamento civil. A coisa principal é andar vestido esmerada e apropriadamente, e, como cristão, estar espiritualmente bem revestido do amor, da humildade, da obediência e da fidelidade. A aliança de casamento pode não ser costumeira ou estar além das posses da pessoa. O estado de casado não é em toda parte simbolizado por uma aliança. Ela não é parte essencial duma cerimônia de casamento. Não traz descrédito sobre a pessoa se ela não der uma aliança de casamento. Mesmo nos lugares em que a aliança é reconhecida como indicando a mulher casada e avisando assim a todos os que tiverem desejos apaixonados, alguns talvez tenham objeção de consciência contra dar uma aliança na cerimônia, tendo em mente a origem pagã da aliança costumeira na cristandade. Em alguns lugares o estado de casada da mulher é indicado pelo estilo do vestido que ela usa ou à nova peça que ela acrescenta aos seus vestidos. Naqueles locais, isso é tão eficiente como a aliança no dedo, de fato é mais fácil de se notar. A aliança não significa nada se não houver laços reais ou se os laços maritais não forem respeitados. A mulher apaixonada não se deixará impedir pela aliança de cometer adultério. O uso de anéis, na cerimônia do casamento, deve, portanto, ficar ao critério de cada um, segundo a consciência e o costume local.

14. (a) Ao chegar à verdade, o que deve fazer o polígamo? (b) E, ao aceitar a verdade, o que deve fazer a mulher que está casada com um polígamo, onde isto é legal e costumeiro?

14 Para o cristão, a Palavra de Deus proíbe a poligamia, independente do que possa decidir um govêrno nacional ou tribal. O homem cristão não pode ser polígamo; a mulher cristã não pode ser poliandra. Se um polígamo deseja entrar na sociedade do Novo Mundo, dedicando-se a Deus por meio de Cristo, pode conservar apenas uma das esposas que talvez tenha adquirido pelo dote ou preço de noiva, ou lobola. Terá de despedir as outras e enviá-las de volta para suas casas, assim como o sacerdote Esdras e o governador judeu Neemias mandaram aos israelitas que violaram a lei de Deus contra o casamento com pagãos. (Esd. 10:1-44; Nee. 13:23-31) No caso de alguma mulher aceitar a verdade do Reino, estando ela casada com um polígamo, onde isto é legal ou costumeiro, o que deve ela fazer? Deve explicar-lhe os passos que decidiu dar e as obrigações, perante Deus, que isso trará para ela como cristã e testemunha Dêle. Daí precisa aceitar as conseqüências da sua atitude. Que o polígamo a devolva aos seus pais ou tutores e exija de volta o dote que deu por ela, e assim a liberte. A lei de Deus declara que suas relações com o polígamo são fornicação, não matrimônio. Se ela continuar nesta relação, fica impedida de ser batizada, embora possa assistir às reuniões e falar a verdade da Palavra de Deus a outros.

MATRIMÔNIOS CONSENSUAIS E CONSUETUDINÁRIOS

15, 16. (a) O que é o matrimônio consuetudinário e o que é o matrimônio consensual? (b) Que circunstâncias e atitudes mentais são responsáveis de muitos viverem em tal arranjo?

15 Isto nos leva ao assunto do matrimônio segundo o direito consuetudinário. Tal matrimônio é segundo a “lei comum” ou os costumes (não segundo a lei civil ou a canônica), um matrimônio sem uma cerimônia legal, quer civil, quer religiosa, mas um em que o homem e a mulher decidem entre si mesmos viver juntos como marido e mulher, tornando-o assim também um matrimônio consensual. Neste caso não se dá dote ou preço de noiva. Acontece muitas vezes, em países onde vigora a lei canônica duma igreja e não se reconhece legalmente o matrimônio consensual, que os dois, em tal arranjo consensual, gostariam de casar-se legalmente, mas o preço do casamento, exigido pelo clero que o tem como sacramento, não está ao alcance das posses do casal; eles são pobres. Os necessários passos legais, tais como a apresentação duma certidão de nascimento, que talvez não exista, são difíceis de se dar. Ou pode acontecer que o govêrno nacional, em circunstância nenhuma, permita o divórcio legal, ou que, divorciar-se do cônjuge mesmo em bases bíblicas, seja um assunto muito dispendioso e que leve muito tempo. De modo que a pessoa não divorciada, que deseja casar-se novamente, entra, particularmente, em relações com outra pessoa do sexo oposto, para viverem como marido e mulher. Este é um caso em que vivem juntos sem casamento. Muitas vezes, porém, o homem entra num matrimônio consensual porque deseja manter a mulher em posição inferior, dependente dele. Se ela desejar seu sustento num lar que êle provê, tem de apegar-se fielmente a êle em moral. Mas, embora êle queira que ela se apegue a êle, pode não querer mantê-la sempre. Se não estiver legalmente prêso a ela por casamento, pode em qualquer tempo que escolher sentir-se livre para abandonar seu cônjuge consensual e os filhos e começar outra vida igual com outra mulher. Portanto, as mulheres desejam um casamento legal para a proteção de si mesmas e dos seus filhos, mas o homem talvez recuse egoistamente legalizar tal união.

16 Uma das razões, no após-guerra, para muitos viverem juntos sem casamento é que a mulher recebe uma pensão do govêrno, como viúva de guerra ou por, outra razão, e ela a perderia se se casasse de novo. De modo que ela e o homem concordam em viver juntos sem casamento, para que ela continue a receber á pensão do govêrno, e os filhos ilegítimos desta união são ensinados a manter as aparências por chamarem o homem de “tio”, não de “pai”.

17. (a) Como se inicia muitas vezes o casamento consuetudinário, e por que é isso errado? (b) Qual é um dos resultados dos matrimônios consuetudináios e como são esses legalizados em alguns países?

17 O casamento consensual inicia-se muitas vêzes porque a moça deixa o homem ter relações com ela, sob a mera promessa de que se casará com ela. Daí, depois de ter começado a ter relações com ela, êle começa a viver com ela e nunca dá os passos legais. Mas, a promessa de casar-se não é base bíblica para se começar a ter relações. Mesmo aos noivos se proíbe biblicamente entrar em relações durante seu período de noivado. Matrimônios experimentais, não legalizados, mas apenas experiências para ver se o casal pode dar-se bem, não são direitos, pois a lei de Deus os declara francamente como fornicação, como imoralidade. Alguns estados reconhecem o casamento consuetudinário, de modo que é um casamento realmente válido, com obrigações legais; porém, muitos estados e países (mesmo países católicos) que não o reconhecem, não fazem nada a respeito dos matrimônios consensuais. Em resultado disso, é bem corrente na maioria dos países, e, em muitos lugares, a vizinhança o aceita como coisa costumeira. Assim nascem muitos filhos ilegítimos; num país, sabemos de até cinqüenta e cinco por cento dos filhos em tal situação, em outro, até oitenta por cento. Em alguns países, o casal em matrimônio consensual tem direito a um casamento legal, civil ou religioso, depois de terem vivido juntos por certo número mínimo de anos ou depois de ter nascido um filho. O tribunal pode declará-lo, então, automaticamente como matrimônio legal. Tal matrimônio “de fato” pode ser registrado junto ao governo, se um ou ambos os cônjuges consensuais fizerem um requerimento.

18. Que textos mostram que devemos testemunhar aos que vivem em matrimônio consuetudinário?

18 A sociedade do Novo Mundo não reconhece como completo o matrimônio consensual e o matrimônio consuetudinário. Isto não significa que não nos atrevemos a pregar a verdade às pessoas que vivem em tal matrimônio. Na fonte de Jacó, na cidade samaritana de Sicar, o próprio Jesus falou em particular com certa mulher samaritana que teve cinco maridos, e o homem com quem ela tinha então relações não era seu marido. Jesus pregou a salvação a essa mulher e até confessou que era o Messias ou Cristo prometido. (João 4:4-30) Se a verdade não pudesse ser pregada aos imorais, como poderia Paulo mencionar que os fornicários, os adúlteros e os sodomitas eram impróprios para o reino de Deus, e depois dizer aos fiéis cristãos: “Tais fostes alguns”? — 1 Cor. 6:9-11.

19. O que exige a sociedade do Novo Mundo dos seus membros com respeito ao matrimônio consuetudinário e ao matrimônio consensual?

19 Não se permite a ninguém, que vem à sociedade do Novo Mundo, que entre depois num matrimônio consensual ou num matrimônio consuetudinário. Quanto aos que já se encontram nêle, quando chegam ao conhecimento da mensagem do Reino, eles têm de legalizar seu matrimônio com uma apropriada cerimônia legal, antes de poderem ser batizados em água, em símbolo de se terem dedicado a Deus. Portanto, precisam reconhecer expressamente as obrigações legais do matrimônio, bem como colocar-se dentro da proteção e dos outros benefícios da lei, por fazerem que o matrimônio seja registrado e reconhecido legalmente. Precisam ter certidões de nascimento legais dos seus filhos e precisam reconhecer-se como pais deles. Depois, também, a sociedade do Novo Mundo faz e mantém registro deste casamento legal. Conforme está escrito: “Irmãos, permaneça cada um na condição em que foi chamado, associado com Deus.” (1 Cor. 7:24, NM) Não pode permanecer nela associado com Deus, se a condição fôr impura.

20. (a) Em que condições pode-se reconhecer o matrimônio consensual, e sob que obrigações coloca isto a mulher?(b) Em que circunstâncias deve a mulher recusar ter qualquer coisas que ver como seu ex-marido consensual?

20 Suponhamos que uma esposa consensual aceite a verdade e ela deseje legalizar e registrar seu matrimônio, mas o homem, por razões egoístas, recusa absolutamente deixar-se convencer disso pela mulher. A sociedade do Novo Mundo reconhecerá o matrimônio como “de fato”, sob a condição de que a mulher, sem outros recursos, prometa e assine uma declaração escrita de que ela será fiel a seu cônjuge consensual como seu marido e que legalizará o matrimônio assim que puder fazer o homem legalizá-lo. Assim, ela não poderá depois cancelar por si mesma este matrimônio “de fato”, separando-se do homem. Tal reconhecimento temporário do seu matrimônio “de fato” não traz para a mulher benefícios legais, mas resulta em benefícios espirituais para ela. Sua dedicação a Deus pode então ser considerada como aceita por ele, e pode ser batizada em água e tratada como membro da congregação, com direito aos privilégios da pregação da mensagem do Reino. Conforme o apóstolo Pedro aconselha às esposas, ela tentará trazer o homem à verdade e assim torná-lo ansioso de legalizar seu matrimônio de fato e registrá-lo. O registro do casamento é uma obrigação do casal para com a comunidade na qual vivem, declarando por lei a sua relação de marido e mulher, perante toda a comunidade e perante o governo sob o qual vivem. O homem que ama a sua esposa legalizará e registrará orgulhosamente seu casamento com ela. Se um marido consensual não quiser legalizar seu matrimônio, e se a mulher não estiver dependente dele, e se ela não quiser declarar-se perante a congregação de Deus como sua esposa moralmente obrigada, ela tem de dizer ao homem que se mantenha afastado e não deve ter nada mais que ver com ele. Ela tem de viver como solteira até que possa contrair um casamento legal. Em países e estados onde a lei reconhece matrimônios consuetudinários, este matrimônio pode ser dissolvido apenas por meio de passos legais por parte de um ou de ambos os cônjuges.

21, 22. (a) Que deve o homem que encontra a verdade enquanto está casado consensualmente com duas esposas? (b) Se uma ou ambas as mulheres aceitam a verdade, qual é a responsabilidade delas?

21 Em muitos países dominados pelo catolicismo, há homens que contraem dois ou mais matrimônios consensuais ao mesmo tempo. Tomemos o caso em que duas das suas mulheres aceitem a mensagem do reino de Deus, o homem talvez aceitando a mensagem, talvez não. Como pode a dedicação de qualquer um deles ou de todos ser considerada aceitável a Deus e como se pode realizar um batismo em água, em símbolo disso? Se o homem aceitar a verdade, ele tem de decidir qual das duas ou mais mulheres ele deseja por esposa, e tem de casar-se legalmente com ela, não tendo mais relações com qualquer das outras. Se ele não aceitar a verdade, então a decisão cabe às duas mulheres. Ambas não podem continuar a ter relações com o mesmo homem, apoiando a fornicação. Uma delas precisa fazer arranjos com o homem, para ser sua única mulher, e precisa fazê-lo legalizar seu matrimônio ou precisa declarar-se, perante a congregação, ligada a ele como sua esposa escolhida, até que seja possível a legalização. A outra mulher precisa reconhecer este arranjo e não ter mais relações com o homem. Se não, ambas as mulheres não devem ter mais nada que ver com o homem, especialmente se êle continuar a ter arranjos consensuais com outras mulheres. Não podem conceder privilégios conjugais a um homem polígamo.

22 Sôbre esta consideração dos problemas matrimoniais, e sôbre o ponto de vista bíblico respeito ao estado de solteiro, aparecem mais pontos nos artigos que seguem.

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