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  • Proferimentos sábios para os dias modernos
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1958
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1958
w58 15/7 pp. 425-432

Proferimentos Sábios Para Os Dias Modernos

“Adquire a sabedoria, e com tudo o que adquires, adquire entendimento.” — Pro. 4:7, NM.

1. Por que não é a vida em felicidade um desejo puramente egoísta? Como pode ser alcançada num mundo perfeito?

VIDA em felicidade — isso é o que todos nós desejamos, não é verdade? Talvez pareça como uma pergunta egoísta. No entanto, o homem foi feito originalmente para viver e para ser feliz na vida. De modo que a vida em felicidade é um desejo natural. Por provarmos ser dignos da vida eterna, vindicamos a Deus, o Dador da vida. Em harmonia com isso, Jeová Deus criou o primeiro homem perfeito e colocou-o num paraíso, no jardim do Éden, onde era possível que vivesse para sempre no perfeito gozo da vida. Visto que todos nós nos achávamos então nos lombos daquele homem original, e ainda havíamos de ser gerados por ele, era então também nossa a possibilidade de vida eterna em completa felicidade. Mas, perdemos a oportunidade de nascermos de pais perfeitos, num paraíso de felicidade. De que modo? Por causa da falta de sabedoria de nosso primeiro pai humano, Adão; e veja em que estado ficou toda a humanidade nestes chamados dias modernos! A família humana não é nada feliz, sua expectativa de vida ficou reduzida a muito menos do que a média de cem anos, e a própria existência de toda a família humana parece agora ameaçada pela temida explosão repentina da bomba humana numa terceira guerra mundial do estilo mais moderno. Felizmente, Jeová Deus, nosso Criador, reabriu a oportunidade para que os que amam a vida possam ganhar felicidade eterna num mundo perfeito. Mas, ganhá-la como? Pela sabedoria.

2. De que modo difere tal sabedoria vitalizadora da sabedoria dêste mundo?

2 Tal sabedoria vitalizadora difere muito da que este mundo tem. A sabedoria deste mundo levou-o a um estado lastimável, e não há possibilidade, pela sabedoria deste mundo, nem de sair dêste estado lastimável, nem de ganhar, por fim, a vida eterna em felicidade. A sabedoria dêste mundo vem de baixo, de homens egoístas e decaídos, que se estribam no seu próprio entendimento. Na medida em que procede dum domínio fora da humanidade, isto é, do invisível, ela procede dos demônios iníquos, dos diabos, e assim é demoníaca, diabólica. A sabedoria dêste mundo não sabe que “o deus dêste mundo” é Satanás, o Diabo, o grande adversário de Jeová e do homem. Nada mais pode explicar por que a raça humana tem chegado a tal estado degradado, egoísta, sem amor, incapaz de viver consigo mesma e incapaz de manter paz e harmonia entre os membros de sua própria família, mas andando num caminho que leva ao seu próprio suicídio numa guerra atômica por causa de diferenças políticas, religiosas, raciais e econômicas. Bem diferente dela, a sabedoria que conduz à vida eterna num mundo feliz e livre procede de cima. Na medida em que procede de fora do homem, ela vem de Jeová Deus, o grande Dador da vida, da paz e da felicidade.

3. Com que sabedoria, então, temos de ser sábios? Onde devemos obtê-la, conforme ilustrado pelo rei mais sábio dos tempos antigos?

3 Para vivermos, então, temos de ser sábios com uma sabedoria diferente da deste mundo. Não devemos ganhar tal sabedoria nem das instituições de ensino deste mundo, nem da chamada escola da experiência. Temos de obtê-la do único lugar onde existe, de Jeová Deus. O rei mais sábio dos tempos antigos dá-nos o seguinte conselho: “Jeová é quem dá sabedoria; da sua bôca procedem conhecimento e discernimento. E para os retos entesourará a sabedoria prática; êle é escudo para os que andam em integridade.” (Pro. 2:6, 7, NM) Foi desta mesma fonte que êle recebeu a sua própria sabedoria, de modo que sabia o que dizer a nós. Era jovem quando se tornou rei das doze tribos de Israel, no ano 1037 antes da Era Cristã. Quando Jeová Deus apareceu por meio dum sonho ao jovem Rei Salomão e lhe perguntou o que êle desejava, Salomão respondeu: “Dá-me pois agora sabedoria e conhecimento, para que possa sair e entrar perante êste povo: porque quem poderia julgar a êste teu tão grande povo?” Deus agradou-se dêste pedido e deu realmente a Salomão sabedoria e conhecimento extraordinários. (2 Crô. 1:7-12, Al; 1 Reis 5:12) O registro histórico diz-nos: “Era a sabedoria de Salomão maior do que a sabedoria de todos os do oriente e do que tôda a sabedoria dos egípcios.” — 1 Reis 4:30, Al.

4. Recorrer-se a alguma da sabedoria preservada de Salomão hoje em dia é semelhante a que atividade dos tempos antigos? A sabedoria de quem estaremos realmente estudando?

4 Em apoio disso, a história bíblica nos conta adicionalmente: “Disse três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco.” O livro bíblico conhecido como Provérbios originou-se apropriadamente da pena de Salomão. Inicia-se com as seguintes palavras: “Os provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel, a fim de se conhecer a sabedoria e a disciplina, para discernir os proferimentos de entendimento, para receber a disciplina que dá introspecção, justiça, e juízo, e retidão, para dar perspicácia aos inexperientes, conhecimento e faculdade de raciocínio ao jovem. A pessoa sábia ouvirá e absorverá mais instrução, e o homem de entendimento é quem adquire orientação perita, para entender um provérbio e um proferimento enigmático, as palavras de pessoas sábias e seus enigmas.” (Pro. 1:1-6, NM) Está escrito na história bíblica: “E vinham de todos os povos a ouvir a sabedoria de Salomão, e de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua sabedoria.” (1 Reis 4:32, 34, Al) Visto que todos os povos da terra, inclusive a rainha de Sabá, vieram de diversas distâncias para ouvir a sabedoria de Salomão, é sabedoria da nossa parte recorrermos hoje à sua sabedoria, que o poder de Deus preservou para nós no livro dos Provérbios. Visto que êste livro foi escrito sob inspiração divina e visto que a sabedoria de Salomão era realmente aquela que “Deus lhe tinha posto no coração”, então, ao estudarmos o livro dos Provérbios, estamos realmente estudando, não a sabedoria de Salomão, a sabedoria dum mero homem, mas a sabedoria de Jeová Deus.’(1 Reis 10:23, 24) Êstes provérbios englobam verdades eternas, e por isso são tão atuais agora como naquele tempo.

O SEGRÊDO DA SABEDORIA

5. Qual é o segrêdo da sabedoria que Salomão nos transmite? Por que é que a maior testemunha de Jeová na terra comparou Salomão a si mesma?

5 Salomão, rei de Jerusalém, fornece-nos nos seus provérbios o segrêdo da verdadeira sabedoria. É o seguinte: “O temor de Jehovah é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é o entendimento. Pois por mim se multiplicarão os teus dias, e se te aumentarão os anos da tua vida.” Também: “O temor de Jehovah é o princípio do conhecimento, mas os insensatos desprezam a sabedoria, e a instrucção.” (Pro. 9:10, 11; 1:7) Podemos ver destas palavras que Salomão encorajou o conhecimento e o temor de Jeová, e que ele era testemunha de Jeová; de fato, era a testemunha de Jeová mais notável nos seus dias. A maior testemunha que já esteve na terra comparou Salomão a si mesma. Esta foi Jesus Cristo, quem disse há dezenove séculos: “A rainha do sul [a rainha de Sabá] se levantará no juizo juntamente com esta geração, e a condenará, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está quem é maior do que Salomão.” (Mat. 12:42) Será interessante ver o que o Rei Salomão escreveu a respeito de Jesus Cristo, aquele que é mais sábio e maior do que Salomão.

6. Portanto, que necessitam em primeiro lugar todos os que buscam a vida? Neste respeito, o que fazem as testemunhas de Jeová atualmente, assim como Salomão fêz?

6 No entanto, já que o conhecimento vitalizador e a sabedoria têm seu princípio no conhecimento e no temor de Jeová, é acima de tudo necessário que todos os que buscam a vida temam a Jeová Deus. Antes de podermos temê-lo de modo inteligente, temos de conhecê-lo, não segundo os ensinos da cristandade, confusa em matéria de religião, mas segundo o que os Provérbios e o resto da Palavra escrita de Deus nos dizem a respeito dêle. E assim como o Rei Salomão testemunhou a respeito de Jeová Deus, assim também as testemunhas de Jeová dêstes dias modernos estão muito ativas em levar a todos os povos o conhecimento verdadeiro de Deus, pela página impressa e pela palavra da bôca, assim como o próprio Salomão predisse.

7. Em primeiro lugar, então, o que temos de conhecer? Por que isso?

7 Em primeiro lugar, temos de saber que Jeová Deus é o Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, e à base dêste conhecimento temos de ter fé, ou uma crença viva e impelente, de que êle existe. Por quê? Porque “sem fé é impossível obter o seu beneplácito, porquanto é necessário que o que se aproxima de Deus creia que êle é e que se torna o remunerador daqueles que o buscam fervorosamente”. (Heb. 11:6, NM) A criação visível, toda em volta de nós, e também as forças invisíveis com que ficamos familiarizados fazem toda a humanidade maravilhar-se, até mesmo os cientistas materialistas que não crêem na pessoa dum criador. Quanto mais estudam e aprendem, tanto mais se vêem obrigados a confessar que a criação demonstra conhecimento, sabedoria e entendimento que nunca poderão igualar. E por que não? Porque, conforme escreve o inspirado Salomão: “Jeová é quem fundou a terra em sabedoria. Em discernimento fixou solidamente os céus. As próprias águas empoladas se fenderam pelo seu conhecimento, e os céus nublados continuam a gotejar a chuva leve.” (Pro. 3:19, 20, NM) Visto que êle é a origem de toda a criação visível e invisível, houve um tempo, no passado eterno, em que Jeová Deus estava todo sozinho, pois êle é eterno.

8. Embora estivesse então sozinho, que conhecimento possuiu êle?

8 Embora estivesse sozinho, no espaço infindável, êle tinha conhecimento; tinha conhecimento de si mesmo e sabia que não havia ninguém mais no espaço ilimitado. Êle estava bem familiarizado com todos os poderes que possuía em si mesmo, pois era o Todo-poderoso, a quem nada é impossível. Sabia o tempo para iniciar a sua criação. Ao chegar êste tempo, começou a exercer sabedoria.

9. Como demonstrou Jeová sabedoria inigualável, desde o início da criação, e para fazer o que usou então Jeová seu único Filho? Por quê?

9 Desde o próprio início da criação, êle demonstrou sabedoria incomparável. Qual foi, então, a sua primeira criação? Um filho — seu primeiro filho, seu único filho direto. Êste não era terreno, como nós, porque a terra não existia então. Era espírito, assim como seu Pai celestial, e por isso podia ver e ouvir a seu Pai, e falar com êle, e estar na companhia de sua pessoa. Não sabemos que nome Jeová Deus deu naquele tempo ao seu Filho. Mas, Jeová Deus deu-lhe imensuravelmente mais sabedoria do que deu ao Rei Salomão; tanto mais assim que era como se Deus tivesse feito que esta coisa chamada sabedoria se tornasse uma criatura viva, corpórea. Tão perfeitamente mostrou êste Filho a sabedoria de seu Pai celestial, que era como se a própria sabedoria tivesse sido feita pessoa. O Filho refere-se até a si mesmo como sabedoria. Assim como se dá muitas vezes na terra, que um filho trabalhe com seu pai, assim Jeová Deus queria que seu Filho trabalhasse com ele. Sabia que não era bom que um Filho tão talentoso ficasse ocioso. Seria um desperdício dos talentos de seu Filho não usá-los no seu serviço. Êste Filho sábio não era preguiçoso. Estando ansioso de trabalhar, queria fazer o que seu Pai celestial, Criador e Dador de vida desejava que fizesse. Em harmonia com isso, Jeová Deus usou êste único Filho seu na criação de todas as outras coisas visíveis e invisíveis, animadas e inanimadas.

10. Sôbre que fala êste Filho celestial? Por que fala de si mesmo como sendo a sabedoria, embora no hebraico “sabedoria“ seja no gênero feminino?

10 Os Provérbios de Salomão, sob a inspiração de Deus, representam o Filho celestial de Deus como a sabedoria personificada, e por isso como que falando sôbre a obra criativa desde o seu começo. No idioma hebraico, naturalmente, a palavra “sabedoria” é do gênero feminino, mas, quando o Filho de Deus usou a palavra “sabedoria” como referindo-se a êle mesmo, isso não queria dizer que êle era feminino. Referia-se apenas a uma qualidade destacada que Deus lhe dera e êle a usava como seu nome para mostrar que esta qualidade de Deus estava ativa na obra da criação por intermédio dele. Por isso êle diz:

11. Que disse a sabedoria personificada com referência à criação, em Provérbios 8:12, 22-31?

11 “Eu, a sabedoria, tenho residido com a perspicácia e acho até o conhecimento das faculdades de raciocínio. Jeová é quem me produziu como princípio do seu caminho [Apocalipse 3:14], a primeira de suas consecuções de há muito. Fui instalada desde tempo indefinido, desde o início, desde os tempos anteriores à terra. Quando não havia águas empoladas, eu fui dada à luz como em dores de parto, quando não havia fontes cheias de água. Antes que se firmassem os montes, antes dos outeiros, fui dada à luz como em dores de parto, quando êle ainda não tinha feito a terra, e os espaços abertos, e a primeira parte das massas de pó do solo produtivo. Quando êle preparou os céus, eu estava lá; quando decretou um horizonte sôbre a face das águas empoladas, quando firmou as massas das nuvens acima, quando fêz que se fortalecessem as fontes das águas empoladas, quando deu ao mar o seu decreto, para que as próprias águas não passassem além da sua ordem, quando decretou os alicerces da terra, então vim a estar ao lado dêle como mestre trabalhador e eu vim a tornar-me aquilo de que êle gostava especialmente de dia em dia, alegrando-me perante êle todo o tempo, alegrando-me com o solo produtivo da sua terra, e as coisas de que eu gostava achavam-se com os filhos dos homens.” — Pro. 8:12, 22-31, NM.

12. Por que se pode dizer, então, que “Jeová é quem fundou a terra em sabedoria“? Como mostrou-se que as coisas de que a sabedoria gostava achavam-se com os filhos dos homens?

12 Num sentido bem especial, pois, podia-se dizer que “Jeová é quem fundou a terra em sabedoria”, pois êle usou a seu Filho sábio como “mestre trabalhador” ao lado dêle ao fazê-lo. Isto está de pleno acordo com o que João, o apóstolo cristão, relata mais tarde sôbre como tôda a criação veio à existência. (João 1:1-3) Êste Filho criado de Deus não sabia então que, muito depois de Jeová dizer-lhe: “Façamos o homem à nossa imagem”, êle mesmo se tornaria homem, para poder recuperar a humanidade das consequências terríveis da falta de sabedoria do primeiro homem, seu pecado contra o mandamento simples de Jeová Deus. Assim, num sentido bem especial, o Filho de Deus mostrou que, segundo suas palavras, “as coisas de que eu gostava achavam-se com os filhos dos homens”. Na terra, ele foi muito mais sábio do que o Rei Salomão, e êle disse a seus fiéis apóstolos que, quando tivessem de dar testemunho perante os governantes políticos desta terra: “Eu vos darei uma linguagem vigorosa e sabedoria a que todos os vossos oponentes juntos não poderão resistir ou que não poderão disputar.” (Luc. 21:15, NM) Um de seus apóstolos, chamado Paulo, apresenta a diferença entre a sabedoria deste mundo e a sabedoria de seus filósofos gregos por um lado, e a sabedoria de Deus por outro lado. Diz êle:

13. Como estabelece Paulo, em 1 Coríntios 1:20-30, a diferença entre a sabedoria do mundo e a de Deus?

13 “Não tornou Deus tola a sabedoria do mundo? Pois, desde que, na sabedoria cie Deus, o mundo por sua própria sabedoria não veio a conhecer a Deus, aprouve a Deus, pela tolice do que é pregado, salvar os que crêem. Pois, tanto os judeus pedem sinais, como os gregos procuram sabedoria; mas nós pregamos a Cristo pendurado na estaca, para os judeus motivo de queda, mas para as nações tolice; entretanto, para aqueles que são os chamados, tanto judeus como gregos, Cristo, o poder de Deus e a sabedoria de Deus. . . . a fim de que nenhuma carne se jacte à vista de Deus. Mas é devido a êle que estais em união com Cristo Jesus, que se tornou para nós sabedoria de Deus.” 1 Cor. 1:20-30, NM,

14. Por que é agora sábio que sigamos e copiemos a Cristo? Por que é mais sábio do que a política dêste mundo aceitá-lo como Rei?

14 É portanto sabedoria da nossa parte nestes dias modernos, tornar-nos discípulos de Cristo e copiar a Cristo. “Cuidadosamente encobertos nêle acham-se todos os tesouros de sabedoria e de conhecimento.” Por isso, o apóstolo Paulo passa a avisar-nos: “Cuidai: talvez haja algum homem que vos leve como prêsa sua, por meio de filosofia e de vão engano, segundo a tradição dos homens, segundo as coisas elementares do mundo e não segundo Cristo; porque é nêle que reside toda a plenitude da qualidade divina corporalmente.” (Col. 2:3, 8, 9, NM, margem) Ou, citando-se The Authentic New Testament (1955) de H. J. Schonfield: “Pois é nêle que habita corporalmente a imensidão da sabedoria divina.” Êle é a própria personificação da sabedoria de Deus. Aceitarmo-lo como aquêle provido por Deus para nossa salvação da morte que resultou da falta de sabedoria de Adão, conduz à vida. Êle diz, como sabedoria personificada: “Aquêle que me achar, certamente achará a vida, e obtém a boa vontade de Jeová. Mas aquêle que me perder, faz violência à sua alma; todos os que me odeiam intensamente são os que amam a morte.” (Pro. 8:35, 36, NM) É mais sábio para nós, do que a política dêste mundo, aceitarmos o glorificado Jesus Cristo por Rei ungido o Novo Mundo, de Jeová, pois êle é muito mais sábio do que o Rei Salomão. Até os anjos do céu dizem-lhe: “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e a riqueza e a sabedoria, e a força, e a honra, e a glória, e a benção.” (Apo. 5:11, 12) Êle tem todo o necessário para ser o Rei do Novo Mundo.

CONHECIMENTO, SABEDORIA E ENTENDIMENTO

15. Por que era desnecessário que Adão comesse da árvore proibida para obter conhecimento? O que perdeu êle pela desobediência?

15 Nos Provérbios, o Rei Salomão fala muito sôbre conhecimento, sabedoria e entendimento ou discernimento. Liga-os todos juntos. Vejamos por quê. Primeiro vem o conhecimento. Êste procede de Jeová Deus. No jardim do Éden, lar original da humanidade, Deus plantou entre as outras árvores “a árvore do conhecimento do bem e do mal”. Deus ordenou que o primeiro homem, Adão, não comesse desta árvore se quisesse evitar a morte. (Gên. 2:9, 15-17) O livro dos Provérbios, bem como todo o resto da Bíblia, mostra-nos de modo impressionante que o Todo-poderoso Deus Jeová era bem capaz de dar a Adão o conhecimento do bem e do mal, no próprio tempo devido de Deus, sem que Adão desobedecesse a Deus e comesse da árvore proibida do conhecimento do bem e do mal. Ao desobedecer a Deus, Adão desviou-se do temor do seu Criador e, assim, perdeu a oportunidade de ter conhecimento, pois, conforme diz Provérbios 1:7: “O temor de Jehovah é o princípio do conhecimento.”

16. Por que não deseja Deus que o homem caia na ignorância? E, concordemente, por que insta Salomão que escutemos o que êle tem para dizer?

16 Deus não fez o homem ignorante, nem deseja que o homem caia na ignorância, pois isso não resulta em nada de bom. “Assim também ficar a alma sem conhecimento não é bom, e o que se apressa com seus pés peca.” (Pro. 19:2, Al) O conhecimento deve fazer que nos refreemos de apressar-nos ignorantemente em certo caminho, pecando assim contra Deus. “Todo o perspicaz agirá com conhecimento, mas aquele que é estúpido espraiará a tolice.” (Pro. 13:16, NM) Sabendo os benefícios do conhecimento de Deus, o escritor inspirado dos Provérbios insta com todos os que a buscam que ouçam o que ele tem a dizer por meio deste livro da Bíblia: “Inclina o teu ouvido e ouve as palavras do sábio, e aplica o teu coração ao meu conhecimento.” — Pro. 22:17.

17. Quando exerceu Deus pela primeira vez a sabedoria? O que é a sabedoria, e, portanto, o que precisa e usa a sabedoria?

17 Jeová teve conhecimento durante toda a sua existência eterna, antes de êle ter criado seu Filho sábio. Ao começar a criar, êle pôs em operação êste conhecimento. Foi então que êle usou a sabedoria ou a demonstrou. A sabedoria é trabalhadora. É a faculdade de usar bem o conhecimento; é o exercício do conhecimento do modo correto, com bons resultados, e a execução dos propósitos da pessoa. Significa ação com esclarecimento. A sabedoria necessita do conhecimento: “Os sábios são os que entesouram o conhecimento, mas a bôca do tolo está prestes a arruinar-se.” A sabedoria usa o conhecimento: “A língua dos sábios faz o bem com o conhecimento, mas a boca dos estúpidos borbulha tolice. Os lábios dos sábios continuam difundindo conhecimento, mas o coração dos estúpidos não é assim.” — Pro. 10:14; 15:2, 7, NM.

18. Quando Deus, por meio da sabedoria, acabou de criar o primeiro homem e a primeira mulher, o que viu êle? Que nos é necessário em primeiro lugar para agirmos com a sabedoria de Deus?

18 Na criação de tôdas as outras coisas, Jeová Deus usou a sabedoria personificada no seu primeiro filho, e usou-a como mestre trabalhador. Quando Deus, por meio da sabedoria, acabara de criar o primeiro homem e a primeira mulher: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.” (Gên. 1:31) A sabedoria dá orientação perita à atividade da pessoa, e por causa de Sua sabedoria e capacidade, toda a atividade de Jeová Deus é perfeita. A sabedoria é assim mais do que mero conhecimento, mais do que possuir apenas informação na mente. Significa pôr a trabalhar a informação dum modo que traga honra e louvor à grande Fonte do conhecimento, Jeová Deus, e assim seja de proveito para suas criaturas. Para agirmos com a sabedoria de Deus, temos de agir com o conhecimento vindo dele. É por isso que é inescapável que recorramos à Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, e a estudemos para adquirir o seu conhecimento. Obter dela o conhecimento é necessário para ganharmos a vida. Disse a sabedoria personificada a seu Pai: “Isto significa vida eterna, que adquiram conhecimento de ti, o único Deus verdadeiro, e daquele que tu enviaste, Jesus Cristo.” (João 17:3, NM) Assim é que a pessoa pode ser sábia, e seus lábios e suas mãos podem difundir a outros o conhecimento vitalizador.

19. (a) O que é indispensavelmente necessário além do conhecimneto e da sabedoria? (b) Por que é o conhecimento necessário ao entendimento, mas o que é o próprio entendimento?

19 Em adição ao conhecimento e à sabedoria, também o entendimento é uma necessidade indispensável. Quer dizer, o entendimento de Deus é necessário para nós. Não podemos comparar o nosso próprio entendimento das coisas, dos eventos e dos arranjos com o dele: “Confia, de todo o teu coração, em Jehovah, e não te estribes no teu próprio entendimento. ’Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme a Jehovah, e aparta-te do mal.” (Pro. 3:5-7; 21:30) Para o reconhecermos em todos os nossos caminhos, temos de conhecê-lo, por adquirir conhecimento a respeito do que êle tem dito e feito. Êste encontramos na Bíblia. Sem o conhecimento dele, não podemos gozar dos benefícios do verdadeiro entendimento. “O temor de Jehovah é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é o entendimento.” Novamente somos informados: “Os homens maus não entendem o que é justo; mas os que buscam a Jehovah, entendem tudo.” (Pro. 9:10; 28:5) O entendimento, portanto, significa a capacidade da pessoa de ver algo nas suas partes relacionadas, separar as partes duma coisa e ver e saber a razão por que pertencem e agem juntas, observando tudo isso na sua relação com Deus. Significa discernimento, sempre tendo a Deus em mente. Assim, pois, é mais do que sabedoria, que é a capacidade e inclinação de usar o conhecimento para executar certo propósito com o melhor efeito.

20. Como mostrou Jeová entendimento na criação dos céus? Neste respeito, por que fêz êle o homem diferente da criação animal inferior?

20 Na criação dos céus maravilhosos que nos são visíveis, Jeová Deus usou e mostrou entendimento. Desde o princípio deles, êle conhecia e discernia todas as partes dos céus e a relação que estas partes tinham entre si e seu trabalho em conjunto, e o efeito que exerciam uma sôbre a outra. Que efeito teriam sobre as suas criaturas na terra era também importante que discernisse e previsse. Êle é ‘aquêle que com entendimento fêz os céus, . . . aquêle que sôbre as águas estendeu a terra, . . . aquêle que fêz os grandes luzeiros, . . . o sol para presidir ao dia, . . . a lua e as estrêlas para presidirem à noite’. (Sal. 136:5-9) “Ele fez a terra com o seu poder, estabeleceu o mundo com a sua sabedoria, e com o seu entendimento extendeu os céus.” (Jer. 10:12) Êle criou o homem diferente da criação animal inferior da terra, visto que êle deu ao homem a faculdade de entender e o desejo de entender. Para continuar a viver, o homem tinha de entender sua relação para com seu Criador.

21. Por que recorre a pessoa entendida à Palavra de Deus? Por que se mantém em contato íntimo com a sabedoria?

21 A fim de entendermos, temos de conhecer com visão clara aquilo que procuramos compreender na mente. “O coração entendido busca o conhecimento, mas a boca dos estúpidos aspira à tolice.” A busca de conhecimento feita pelo entendimento é recompensada: “O coração do entendido adquire o conhecimento, e o ouvido dos sábios procura achar conhecimento.” Porque o coração entendido vê a Fonte do verdadeiro conhecimento e reconhece a relação do homem para com Deus e que o homem depende de Deus em tôdas as coisas, tal coração se volta para a Palavra de Deus a fim de obter o conhecimento vital, e Deus dá a tal coração a compreensão do significado de sua Palavra: “Por se dar compreensão a uma pessoa sábia, ela obtém conhecimento.” (Pro. 15:14; 18:15; 21:11, NM) A pessoa de entendimento não somente anseia o conhecimento de tôdas as coisas que se relacionam com a Palavra e as obras de Deus, e o propósito atrás delas, porém mantém-se em contato íntimo com a sabedoria, para ter a capacidade e a inteligência de usar êsse conhecimento em harmonia com Deus. Êle mantém a sabedoria muito próxima diante de si. “A sabedoria está diante do entendido: mas os olhos do tolo estão na extremidade da terra.” (Pro. 17:24, Tr) Pelo pouco discernimento que a pessoa tola tem ou demonstra, é como se os seus olhos estivessem tão longe dêle como as extremidades da terra.

22. Como difere a pessoa tôla da que tem entendimento? Como voltou-se o Rei Salomão para a estupidez, apesar de sua sabedoria?

22 O tolo não fixa sua mente ou sua vista em Deus; o entendido o faz. Êle não é somente sábio em temer a Jeová; êle tem entendimento. Age de acordo com seu temor piedoso. Foi o próprio Deus quem disse: “Vê! o temor de Jeová — isto é sabedoria, e desviar-se do mal é entendimento.” (Jó 28:28, NM) A pessoa de entendimento não recusará a repreensão, escarnecendo depois: “Deves ferir o escarnecedor, para que o inexperiente se torne perspicaz; e deve haver repreensão do entendido, para que discirna o conhecimento.” (Pro. 19:25, NM) A mera repreensão, não um golpe violento, é o que basta para a pessoa de entendimento. Apesar de tôda a sua sabedoria, é possível que aja indiscreta ou erradamente. Por esta razão precisa talvez de tempos a tempos uma repreensão, para trazê-lo de volta ao entendimento. Empedernido na velhice, o Rei Salomão não deu ouvidos à mera repreensão. Apesar de tôda a sabedoria com que Deus o favoreceu, voltou-se para a estupidez. Por quê? Porque abandonou o entendimento. Como? Permitiu que sua visão e o vivo senso de sua relação para com Jeová Deus ficassem obtusos; tornou-se semelhante a um animal. “O homem terreno, embora em honra, mas que não entende, é deveras comparável aos animais que foram destruídos.” — Sal. 49:20, NM.

23. Portanto, Salomão perdeu o entendimetno quando fêz o quê? Como podemos avaliar a grande sabedoria da qual decaiu?

23 Salomão perdeu o entendimento quando abandonou sua relação com Jeová e se prendeu a outros deuses, os deuses das muitas esposas pagãs com que se casara. “Jehovah irou-se contra Salomão, por se ter o seu coração apartado de Jehovah, Deus de Israel, que duas vezes lhe tinha aparecido, e acerca disto lhe tinha ordenado que não seguisse a outros deuses. Elle, porém, não guardou o que Jehovah lhe ordenara.” (1 Reis 11:9, 10) Pode-se avaliar a grande sabedoria que Salomão perdeu, morrendo no desfavor de Deus, ao nos voltarmos para os escritos de Salomão, que êle compôs sob inspiração, como uma das testemunhas de Jeová.

24. Por que nunca devemos escarnecer das coisas de Deus? Por que tentaremos fazer que o conhecimento, a sabedoria e o entendimento sejam parte de nós mesmos?

24 Nunca escarneçamos das coisas de Deus. O conhecimento vitalizador do Deus verdadeiro nunca será obtido dêste modo. Aquêle que entende seus laços criativos com Deus e sua dependência total dêle achará fácil conhecê-lo. “O escarnecedor busca a sabedoria, e não há: mas o conhecimento é facil ao entendido.” (Pro. 14:6, Tr.) Vendo, assim, como o conhecimento, a sabedoria e o entendimento têm de ser mantidos juntos, e quão necessários todos os três são à vida e à conduta correta, tentaremos fazê-los parte inseparável de nós mesmos. Faremos dêles nossos parentes, membros de nossa família espiritual. “Dize à sabedoria: Tu és minha irmã, e chama ao entendimento a tua parenta.” — Pro. 7:4.

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