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  • “Confesse seus pecados“
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1958
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1958
w58 1/6 pp. 325-328

“Confesse seus Pecados“

JOÃO, o apóstolo inspirado, disse: “Se confessarmos os nossos pecados, [Deus] é fiel e justo para nos perdoar os nossos pecados, e nos purificar de toda a iniquidade.” (1 João 1:9, So) Confessa seus pecados? Faz isso do modo que Deus estabeleceu, do modo como êle instrui na sua Palavra? Milhões de pessoas, em todo o mundo, entram no confessionário e fazem as suas confissões a um sacerdote. Outros milhões não o fazem. A preferência pessoal, o costume tradicional e as opiniões dos homens não devem ser os fatores que determinem o que faremos. É a Bíblia que orienta o cristão na vereda aprovada por Deus. “Lampada para os meus pés é a tua palavra, e luz para a minha vereda.” — Sal. 119:105.

A Catholic Encyclopedia explica a confissão do seguinte modo: “A confissão não é feita no segrêdo do coração do penitente, nem a um leigo como amigo e advogado, nem a um representante da autoridade humana, mas a um sacerdote, devidamente ordenado, com a necessária jurisdição e com o ’poder das chaves’, i. e., o poder de perdoar pecados, que Cristo concedeu à Sua Igreja.” Em resposta aos que argumentam que somente Deus pode perdoar pecados, esta mesma enciclopédia cita S. Paciano, bispo de Barcelona, como dizendo: “Isto (perdoar pecado), dizeis, só Deus pode fazer. É certo: mas o que Êle faz por intermédio dos Seus sacerdotes é feito de Seu próprio poder.” E Sto. Agostinho estabelece energicamente o alcance dessa autoridade de perdoar, dizendo: “Não ouçamos os que negam que a Igreja de Deus tenha o poder de perdoar todos os pecados — Tomo XI, páginas 619-621.

Recorre-se também à Bíblia como autoridade para a prática da confissão entre a população católica. Não disse Jesus a Pedro: “E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares sobre a terra, será ligado também nos céus; e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus”? (Mat. 16:19, No) E a nota marginal da versão católica Douay acrescenta: “O desatar dos laços das punições temporais devido a pecados é chamado de indulgência; o poder disso sendo aqui concedido.” Assegura-se-nos que, por meio dêste proceder, tanto a culpa do pecado, como a punição eterna do pecado mortal, são remidas. Invocam-se também as palavras de Jesus a seus discípulos, em João 20:23: “Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos.” (8o) E para que ninguém desperceba o ponto enfatizado pela igreja, a nota marginal da Edição Murphy da versão católica Douay declara: “Note-se aqui a comissão, carimbada pelo selo grande do céu, em virtude da qual os pastores da igreja de Cristo absolvem os pecadores arrependidos ao fazerem suas confissões.” Que Cristo podia perdoar pecados é inconfundivelmente mostrado nas Escrituras. (Mar. 2:7-11) Mostra a evidência precedente que os sacerdotes têm um poder similar para “absolver os pecadores arrependidos ao fazerem suas confissões”?

Há pelo menos três fatores de que depende a força dos argumentos apresentados na Catholic Encyclopedia e nas notas marginais das Bíblias católicas. Podem todos os pecados ser perdoados? Há punição temporal após a morte para a alma do que peca? São os sacerdotes católicos os sacerdotes de Deus?

Quando Sto. Agostinho disse que não devíamos escutar os que negam que a igreja tenha o poder de “perdoar todos os pecados”, êle falou precipitadamente, aconselhando-nos a não ouvirmos a Cristo. Pois Cristo Jesus disse, em Mateus 12:31, 32, conforme citado da versão do Padre A. Negromonte: “Portanto vos digo: Todo pecado e blasfêmia será perdoado aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito-Santo não lhes será perdoada. . . . não lhe será perdoada nem neste mundo nem no outro.” Nem todos os pecados são perdoáveis.

Embora seja verdade que a pessoa possa sofrer tanto mental como fisicamente durante a vida, por causa dos pecados cometidos, êste sofrimento cessa na morte. “Ali os ímpios cessam de tumultos, e ali repousam os cansados de forças.” (Jó 3:17, So) Mas, não continua a alma viva? “A alma que pecar, essa morrerá.” (Eze. 18:4, So) Consequentemente, ao homem, a alma, aplicam-se êstes textos adicionais: “Porque os que estão vivos sabem que hão de morrer, porém os mortos não sabem mais nada.” (Ecl. 9:5, So) “Sairá o seu espírito, e tornará à sua terra; n’aquele dia perecerão todos os pensamentos d’eles.” (Sal. 145:4, Fi [146:4]) Sim, há castigo para os iníquos. “Irão êstes para o castigo eterno.” Mas êste castigo, comparado a ser lançado num lago de fogo, é a morte: isso é, “a segunda morte”. — Mat. 25:46; Apo. 21:8, ARA; Dy.

No próprio confessionário, o proceder não é de acordo com o conselho de Cristo, e, consequentemente, não é realizado por homens que mostram pela obediência que são sacerdotes de Deus. Quando a penitente entra no confessionário, ela diz: “Padre, dai-me a vossa bênção, que pequei.” Ela foi instruída a começar assim. A quem fala ela? Pergunte a qualquer católico e êle lhe assegurará que fala, naturalmente, ao sacerdote. No entanto, Jesus mostrou que essa prática está errada. Êle disse: “A ninguém chameis vosso pai sobre a terra, porque um só é o vosso Pai, que está nos céus.” (Mat. 23:9, So) Os que desconsideram êste conselho não agem em seu nome.

Onde se originou, então, esta prática da confissão auricular (“no ouvido”)? Alexander Hislop mostra que na antiga Babilônia e na Grécia exigiam-se confissões secretas de todos os que eram admitidos aos Mistérios, fazendo-se perguntas sobre moral, comparáveis às feitas atualmente no confessionário. O pretexto era que a confissão era necessária para expurgar a consciência de culpa, a fim de evitar a ira dos deuses. O fato é que isso deu grande poder ao sacerdócio pagão sôbre as vidas dos que vinham a êles e dos quais se exigia que revelassem seus pensamentos mais íntimos. A doutrina da penitência foi novamente confirmada na Igreja Católica Romana pelo Concílio de Trento, em 1551, e tem servido novamente para dar ao clero tremendo poder sôbre as vidas dos homens.

A obrigatoriedade da confissão auricular criou uma armadilha moral para os padres que se achavam sob o voto do celibato. Homens jovens, tendo sufocado o desejo de casamento, dado por Deus, viam-se então obrigados a inquirir minuciosamente da moral das penitentes femininas que vinham confessar-se. Não havia a devida vazão para suas emoções, permitida pelo matrimônio, no entanto, as intimidades das relações sexuais impunham-se-lhes constantemente na consciência. É de admirar-se que a igreja tinha de criar uma legislação, restringindo o uso impróprio do confessionário? A sedução sacerdotal era tão amplamente difundida na Espanha, que o Papa Pio IV chamou a Inquisição para tratar do assunto. Quando ameaçadas de punição, se deixassem de relatar tais atos, tantas mulheres, somente em Sevilha, apresentaram queixas contra os clérigos, que o assunto tinha de ser abandonado.

Mas, que se pode dizer de João 20:22, 23, citado anteriormente? Não autoriza isso a confissão? Não; nem mesmo a menciona. Se o texto se referisse à confissão auricular, e se o perdão dos pecados dependesse dela, não é estranho que não lemos nem uma única palavra sobre a confissão auricular desde Mateus 1:1 até Apocalipse 22:21?

Nem seria correto concluir-se de Mateus 16:19 que os ministros cristãos façam decisões sobre o perdão de pecados, que o céu é então obrigado a ratificar. Êste texto está falando das chaves (ou, os meios para abrir ou desvelar o conhecimento) do reino dos céus e da oportunidade de entrar nêle. Pedro usou a primeira destas chaves para desvendar êste conhecimento aos judeus em Pentecostes. Três anos e meio depois disso, êle foi orientado, por decisão divina, a revelar o conhecimento desta oportunidade ao gentio Cornélio e sua família. — Atos, capítulos 2, 10.

O pronome “te” no texto grego, em Mateus 16:19, é singular, referindo-se a Pedro, e as chaves foram usadas exclusivamente por êle. A Tradução do Novo Mundo verte-o corretamente, em harmonia com o texto grego e de acordo com o princípio bíblico da supremacia de Deus, dizendo: “Tudo o que ligares na terra, terá sido ligado nos céus, e tudo o que soltares na terra, terá sido solto nos céus.”

Mateus 18:18 contém uma declaração similar, mas com o verbo na segunda pessoa do plural. Aqui, os versículos precedentes mostram que o assunto sob discussão envolve a decisão por parte dos homens mais idosos na congregação sobre reter na congregação ou expulsar dela certa pessoa que pecou contra seu irmão. Mas também aqui o assunto já fora decidido no céu. De que modo?

Os superintendentes cristãos são nomeados pelo espírito santo de Deus, visto que são designados como tais pela organização sobre que opera o espírito de Deus, em harmonia com os requisitos inspirados para superintendentes, encontrados na Bíblia, e em vista do fato de que suas vidas dão evidência dos frutos do espírito de Deus. (Atos 20:28) É êste mesmo espírito santo que torna possível o perdão dos pecados. (João:22, 23) O superintendente cristão, cheio de espírito, sabe quais as decisões que foram feitas no céu sobre o assunto de perdão, porque estas decisões estão registradas na Bíblia, e êle sabe que êstes princípios justos continuam a aplicar-se e a governar hoje os casos de proceder errado. (Mat. 18:15-17; Luc. 24:27; Gál. 6:1) Consequentemente, requer-se dêle que aplique os princípios bíblicos ao caso em questão, e qualquer que seja a decisão que faça em harmonia, com esta Palavra escrita, quanto às pessoas envolvidas, é a decisão já feita no céu.

Isto é segundo o conselho encontrado em Tiago 5:14-16 (NM): “Há alguém doente entre vós? Que chame os homens mais idosos da congregação, e êstes orem sôbre êle, friccionando-o com óleo no nome de Jeová. E a oração de fé sarará o indisposto, e Jeová o levantará. Também, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Portanto, confessai abertamente vossos pecados um ao outro e orai um pelo outro, para que possais ser curados.” Isto, de modo nenhum, descreve a confissão auricular católica. É conselho sábio para cristãos que ficam espiritualmente doentes, para que procurem a ajuda de homens maduros na congregação, confessando abertamente seus pecados. Êsses homens mais idosos não estão autorizados a perguntar minuciosamente sobre cada aspecto da vida particular da pessoa.

A pessoa errante ficou tão doente espiritualmente, que acha que suas orações não têm mais efeito. O superintendente maduro, portanto, tendo aplicado fielmente o óleo calmante da Palavra de Deus e fortalecido com êle ao que busca ajuda, fornece-lhe ajuda expressando por êle seu pedido de perdão a Deus. O que vale é o perdão Dêle. “Eu te confessei o meu pecado, e não ocultei a minha culpa. Eu disse: “Confessarei ao Senhor a minha iniquidade’, e tu perdoaste a malícia do meu pecado.” (Sal. 31:5, So [32:5]) O superintendente não presume assumir o papel de Deus, nem ser mediador entre Deus e os homens. Antes, como irmão cristão amoroso, dirige-se a Deus em oração, junto com o espiritualmente doente, fazendo isso por meio do Mediador Cristo Jesus, destacando fielmente a provisão amorosa de perdão feita por Jeová. É Jeová quem restaura o verdadeiramente arrependido.

Confessa seus pecados? Devia fazê-lo, mas do modo que a Bíblia instrui.

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