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  • Em Que Situação Está Israel Perante Deus?

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  • Em Que Situação Está Israel Perante Deus?
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1958
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1958
w58 15/9 pp. 556-562

Em Que Situação Está Israel Perante Deus?

“E agora, se obedecerdes estritamente à minha voz e guardardes realmente meu pacto, então vos tornareis certamente a minha possessão especial dentre todos os outros povos, porque a terra toda me pertence. E vós mesmos vos tornareis para mim reino de sacerdotes e nação santa.” — Êxo. 19:5, 6, NM.

1. Porque eram um povo privilegiado as pessoas reunidas em volta do Monte Sinai?

AS PESSOAS reunidas ao sopé do Monte Sinai, certa manhã do ano 1513 A. C., em número de mais de dois milhões, eram um povo privilegiado. Não somente viram a presença de Deus manifestada visivelmente de maneira atemorizante, mas ouviram que elas, dentre todos os povos da terra, foram escolhidas por Deus para serem seu povo, uma possessão especial. Levariam seu nome, sustentariam a sua adoração na terra e seriam governadas pelas suas leis. Este povo, o povo de Israel, se tornaria assim uma nação santa. Tal privilégio seria seu desde que obedecessem a tôdas as ordens e instruções que o Deus Todo-poderoso, Jeová, lhes dava.

2-4. (a) À base de que provisão se tornaram os israelitas o povo de Deus, e como responderam a oferta de Deus? (b) O que se lhes deu em resultado disso?

2 O acôrdo ou pacto celebrado ali no Monte Sinai foi um pacto bilateral, visto que exigia algo de ambas as partes. Da parte de Deus, ele faria de tais pessoas seu povo e as abençoaria, desde que guardassem a parte que lhes cabia no acôrdo, e esta era ser-lhe obediente. Se falhassem em cumprir a sua parte, então ele não estaria obrigado a cumprir a parte dele.

3 Quando Moisés desceu do cume do Monte Sinai e informou o povo sôbre as ordens de Jeová, êles expressaram a sua disposição de fazer tudo o que exigia dêles. “Assim, veio Moisés e convocou os homens mais idosos do povo e expôs-lhes tôdas estas palavras que Jeová lhe ordenara. Depois disso, todo o povo respondeu unanimemente e disse: ‘Tudo o que Jeová tem falado estamos dispostos a fazer.’ Moisés voltou imediatamente comunicando as palavras do povo a Jeová.” — Êxo. 19:7, 8, NM.

4 Visto que concordaram em obedecer, Jeová passou a dar-lhes uma lei justa segundo a qual deviam portar-se. Tratava-se do famoso pacto da lei ou da lei mosaica.

5, 6. Como foi validado o pacto da lei?

5 Depois que o povo ouvira a Lei e concordara em fazer tudo o que exigia deles, Moisés assentou as palavras por escrito e aspergiu o documento escrito com o sangue de animais. (Êxo. 24:3-8) Este processo validou o pacto, isto é, pôs o pacto em vigor e o tornou legalmente obrigatório. “Pois, onde há um pacto, é necessário que seja fornecida a morte do pactuante humano. Pois um pacto é válido sôbre vítimas mortas, visto que não está em vigor em qualquer tempo enquanto o pactuante humano viver. Consequentemente, tampouco foi o pacto anterior inaugurado sem sangue. Pois, quando todo o mandamento segundo a Lei tinha sido falado por Moisés a todo o povo, êle tomou o sangue dos novilhos e dos bodes, com água, e lã púrpura, e hissôpo, e aspergiu o próprio livro e todo o povo, dizendo: ‘Êste é o sangue do pacto que Deus vos impôs como encargo.’” — Heb. 9:16-20, NM.

6 As vítimas animais tomavam o lugar de Moisés, o mediador dêste pacto. Dêste modo, o sangue delas substituiu o dêle na validação do pacto da lei, pondo-o em operação.

O NASCIMENTO DUMA NAÇÃO

7. Como fêz o pacto da Lei que os israelitas fossem um povo exclusivo?

7 Por meio dêste acôrdo ou pacto, os israelitas tornaram-se uma nação, tendo por seu Rei a Jeová Deus. Os mandamentos dêle constituíam seu código de leis. Isto os tornou um povo exclusivo, inteiramente diferente de tôdas as outras nações. Nenhuma outra nação na terra gozava de tal relação íntima com o Criador da raça humana. “Eis que eu faço uma aliança. Diante de todo o teu povo farei prodígios, quais não têm sido feitos em toda a terra, nem em nação alguma; todo este povo, no meio do qual estás, verá a obra de Jehovah, porque coisa terrível é o que faço contigo.” — Êxo. 34:10.

8, 9. Quais eram algumas das coisas maravilhosas que Deus fêz para eles? Como provou isso que eram seu povo escolhido?

8 Durante os anos que seguiram esta assembleia memorial no Monte Sinai, Jeová Deus fêz muitos milagres a favor dêste povo. Não somente não se gastaram seus sapatos e sua roupa durante seus quarenta anos de peregrinação pelo deserto, mas se lhes forneceu milagrosamente alimento em forma de maná. (Deu. 29:5; Sal. 78:24) Quando se viam confrontados por exércitos de nações inimigas, Deus lutou por êles, dando-lhes a vitória. Conduziu-os para uma terra desejável e a deu a êles como seu território. Manteve contato com êles por meio de profetas e deu-lhes conhecimento de eventos futuros. Estas e muitas outras coisas maravilhosas foram feitas a favor dêles.

9 Durante centenas de anos êle reconheceu os israelitas como sendo seu povo escolhido. Nenhum outro povo gozava durante este tempo de tal distinção exclusiva. Perante nenhum dêles realizaram-se os prodígios que se realizaram diante da nação de Israel, nem ouviram as coisas que esta nação ouviu. “Ouviu qualquer outro povo a voz de Deus falar do meio do fogo, do modo como vós mesmos a ouviste, continuando vivo? Ou veio Deus tentar tirar uma nação para si mesmo do meio de outra nação, com provas, com sinais e com maravilhas, e com guerra, e com mão forte, e com braço estendido, e com grande espanto, semelhante a tudo o que Jeová, vosso Deus, tem feito para vós, no Egito, diante dos vossos olhos?” “De todas as famílias da terra só a vós vos tenho conhecido.” — Deu. 4:33, 34, NM; Amós 3:2.

A VOLTA DE ISRAEL

10. Que concluem muitas pessoas na cristandade por causa do favor à nação de Israel?

10 Em vista desta história de favor divino, muitas pessoas na cristandade crêem que Deus apoia a atual volta dos judeus à Palestina. Crêem que o estabelecimento do Estado de Israel, em 14 de maio de 1948, foi a obra de Deus. Crêem, também, que, nos últimos dias, os judeus voltariam à sua pátria em descrença de Cristo e que depois seriam convertidos pelo aparecimento dêle. Na Bíblia não se encontra nenhum apoio para esta opinião. O próprio Jesus disse que os judeus não receberiam nenhum sinal, exceto o de Jonas, que ficou numa condição tumular por partes de três dias. Eles já tiveram seu sinal quando Jesus foi enterrado e foi depois ressuscitado no terceiro dia. Visto que êste foi o único sinal que lhes havia de ser dado, e não conseguiu convertê-los, como é que se pode dizer que receberão outro sinal que fará o que êste primeiro não fez?

11. Acham as profecias sôbre a volta dos judeus seu cumprimento na volta hodierna à Palestina? Explique.

11 Há, no entanto, muitas profecias que falam duma volta dos judeus à sua pátria, mas estas profecias não têm seu cumprimento no moderno Estado de Israel. Cumpriram-se há mais de quinhentos anos antes de Cristo, quando um restante dos judeus voltou da Babilônia para ocupar novamente o lugar desolado de Jerusalém. Isto se deu em 537 A. C., setenta anos depois de Jerusalém ter sido feita um montão de escombros pelos poderosos exércitos babilônios.

12, 13. Por que foi desolada a Terra Prometida?

12 Deve-se mencionar que a terra dêles não teria sido desolada por invasores pagãos, se tivessem cumprido a parte dêles do acôrdo feito no Monte Sinai. Não cumpriram a sua promessa de fazer tudo o que Jeová falara. Violaram vez após vez as leis divinas que os governavam. Mas, embora fôssem frequentemente punidos por serem entregues aos seus inimigos, fracassaram em manter pura e imaculada a sua adoração.

13 O desastre que os lançou na desolação de Jerusalém e de Judá por setenta anos, da parte dos babilônios, fôra predito há muito pelo profeta Jeremias, quem dissera: “Jehovah vos tem enviado a vós todos os seus servos, os prophetas, levantando-se e enviando-os; porém vós não tendes escutado, nem inclinado os vossos ouvidos, dizendo-vos Jehovah: Retirai-vos, cada um do seu mau caminho, e da maldade dos seus feitos, e habitai na terra que Jehovah vos deu a vós e a vossos pais desde os tempos antigos e para sempre; não vades após outros deuses, para os servirdes, e para os adorardes, nem me provoqueis à ira com as obras das vossas mãos; e não vos farei mal algum. Porém não me escutastes, assim provocando-me à ira com as obras das vossas mãos, para o vosso mal. Eis que enviarei e tomarei todas as famílias do Norte, diz Jehovah, como também enviarei o meu servo Nebuchadnezzar, rei de Babylonia, e os trarei contra esta terra, e contra os seus habitantes, e contra todas estas nações em redor; eu os destruirei de todo, e farei que sejam objeto de espanto, de assobios, e de perpetuas desolações. Toda esta terra virá a ser uma desolação e um espanto; estas nações servirão o rei de Babylonia setenta anos.” – Jer. 25:4-7, 9, 11.

14. Quais são as diferenças entre o retorno de Babilônia e o retorno hodierno?

14 Ao terminar êste período de desolação, um restante de judeu voltou a sua pátria para reedificá-la. Visto que Deus mantivera o país livre de habitantes humanos e de animais domesticados, voltaram para um território desabitado. Mas, isto não se deu no caso da deslocação hodierna de judeus para a Palestina. Nem há qualquer paralelo no seu motivo para o retôrno. O restante procedente de Babilônia não voltou em descrença, antes, voltou em fé. Estava devotado à adoração de Jeová e desejava restabelecê-la na sua pátria desolada. Isso não se dá, porém, com os atuais repatriados. Estes não vão à Palestina para renovar ali a adoração imaculada de Jeová ou reedificar seu templo.

15. Por que não se pode reconstruir o templo e não se podem cumprir os deveres sacerdotais da Lei?

15 Mesmo que quisessem reedificar o templo no seu lugar divinamente designado, não poderiam fazê-lo, porque uma mesquita muçulmana ocupa o lugar. Falta-lhes também um sacerdócio autêntico. A destruição dos registros genealógicos no ano 70 E. C. torna impossível que os judeus hodiernos restabeleçam o sacerdócio aarônico, a fim de cumprir os deveres sacerdotais exigidos pela lei mosaica.

16, 17. Para quem olha a república de Israel em busca de reconhecimento e de ajuda? De que maneira é isso contrário as instruções divinas?

16 A república de Israel recebeu a sua existência das potências dêste mundo e tem procurado o reconhecimento destas potências. Tornou-se parte do sistema mundano de coisas. Isto é contrário às instruções que Deus deu aos seus antepassados. Êle lhes disse que não buscassem a ajuda do Egito, que é símbolo do mundo. “Ai dos que descem ao Egyto em busca de socorro, e se estribam em cavalos; ai dos que confiam em carros, por serem muitos em cavaleiros, por serem fortes; porém não olham para o Santo de Israel, nem buscam a Jehovah!” – Isa. 31:1.

17 Em vez de confiar em carros e em cavaleiros, o moderno Estado de Israel confia em tanques, em aviões a jato, em colunas motorizadas e em coisas semelhantes. Desconsidera o propósito de Deus de governar esta terra pelo seu próprio govêrno e pelo Rei que êle escolheu. Assim como aquêle Rei foi rejeitado por Israel em prol de César, no primeiro século, assim é rejeitado por Israel neste século vinte. É, portanto, um êrro pensar-se que a volta atual de judeus à Palestina tenha o apoio de Deus.

REJEITANDO O ISRAEL CARNAL

18, 19. Por que rejeitou Deus a nação de Israel?

18 Quando a nação de Israel não aceitou a oportunidade final que Deus lhe deu para ganhar a sua aprovação e para se tornar reino de sacerdotes, êle a rejeitou. Os israelitas não podiam mais reivindicar certo favor como povo escolhido de Deus. Falharam em cumprir o acôrdo nacional feito no Monte Sinai. Falharam em manter imaculada a adoração de Deus, mas permitiram que as tradições humanas e as filosofias humanas a corrompessem. Não aceitaram Aquêle que Deus prometera enviar, mas rejeitaram-no em favor de César e provocaram a sua morte violenta. Por estas razões foram eliminados de ser a nação santa de Deus. Sua casa material de adoração foi abandonada por Deus, assim como Jesus disse:

19 “Jerusalém, Jerusalém! que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes! Eis que a vossa casa vos ficará deserta.” – Mat. 23:37, 38, ARA.

20. Qual é uma das provas visíveis do abandono de Israel por parte de Deus?

20 A prova de ela ficar deserta veio com a destruição de Jerusalém em 70 E.C., tempo em que o templo foi destruído pela última vez. A adoração de Jeová não podia mais ser realizada no lugar que êle escolhera e da maneira especificada no pacto da lei. Adriano, imperador romano, dedicou em 136 E. C. um templo a Júpiter Capitolino no local do templo, e depois, em 691 E. C., ‘Abd-Al-Malik construiu naquele lugar uma mesquita muçulmana. Esta mesquita, o Zimbório da Rocha, ergue-se ainda ali.

O ISRAEL ESPIRITUAL

21, 22. (a) Por que colocou Deus seu favor sôbre uma nova nação? De que se compõe a nação? (b) Porque não podem os judeus indicar o parentesco carnal com Abraão como prova de que são a semente de Abraão?

21 Deus tem dado seu favor a uma nova nação, composta, não de israelitas carnais, mas de israelitas espirituais. Estes manifestam a fé que Abraão teve e que o Israel carnal não demonstra. São os verdadeiros “filhos de Abrãao” e êles têm mais direito às promessas feitas a Abraão do que os homens que se referem aos laços carnais com aquêle patriarca. “Porém, não é como se a palavra de Deus tivesse falhado. Pois nem todos os que descendem de Israel são realmente ‘Israel’. Nem são êles todos filhos por serem a semente de Abraão, mas: ‘O que será chamado de “tua semente” há de vir por meio de Isaac.’ Isto é, os filhos na carne não são realmente os filhos de Deus, mas os filhos pela promessa são contados como a semente.” (Rom. 9:6-8, NM) Isto significa que os judeus naturais não podem indicar as relações carnais com Abraão em prova de que são a semente de Abraão. Lembre-se que Ismael era filho de Abraão segundo a carne, contudo foi rejeitado. Assim, requer-se mais do que laços carnais e circuncisão carnal. Tem de haver fé e uma circuncisão do coração.

22 Moisés esclareceu este fato quando disse: “Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração, e não mais sejais de cerviz dura.” (Deu. 10:16) O apóstolo Paulo comentou este mesmo ponto: “Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que a é exteriormente na carne. Mas é judeu aquele que o é interiormente, e sua circuncisão é a do coração, pelo espírito e não por um código escrito.” — Rom. 2:28, 29, NM.

23. Por que são judeus no verdadeiro sentido da palavra os membros da nova nação?

23 A nova nação que leva o nome de Jeová tem esta espécie de circuncisão. Seu povo são judeus no verdadeiro sentido da palavra, porque trazem louvor a Deus pela sua fé e obediência. Acham-se em contraste direto com o Israel carnal, que adotou o proceder de desobediência e de obstinação, desde o tempo que partiu do Monte Sinai.

24. Como se mostrou favor especial ao Israel carnal depois de 29 E.C, e por quanto tempo?

24 Deus começou em 29 E.C. a escolher homens para esta nova nação. Hoje em dia, apenas um restante desta nação vive ainda na terra. Durante sete anos depois de Cristo iniciar o ministério cristão, o convite para tornar-se membro desta nação de israelitas espirituais foi estendido exclusivamente aos judeus carnais. Em respeito de seu nome invocado sobre os judeus naturais e de suas promessas feitas aos antepassados dêles, Deus deu-lhes a primeira oportunidade para se tornarem filhos espirituais de Abraão. — Deu. 7:6-8.

25. Como foi posta à prova a fé do Israel Carnal?

25 Visto que se lhes estendeu o convite por meio de Cristo, sua fé foi posta sob prova. Se tivessem tido fé nas promessas de Deus dadas por meio de Moisés e dos profetas, teriam aceito a Cristo pelo que era. Teriam-no reconhecido como o grande profeta que Deus disse que viria, ao prometer a Moisés: “Dentre os seus irmãos lhes suscitarei um propheta semehante a ti; porei na sua boca as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar” (Deu. 18:18) Cristo disse-lhes claramente: “Pois se tivesseis crido a Moysés, me teríeis crido a mim; porque ele escreveu de mim.” (João 5:46) Mas a nação judaica não exerceu a fé necessária.

26. O que traz justificação?

26 Achando-se justos aos seus próprios olhos, pensavam que podiam merecer o favor e as bênçãos de Deus por meio de obras da lei. Sua justiça própria cegou-os para o fato de que Abraão recebera a aprovação de Deus por causa de sua fé. É a fé que traz justificação aos olhos de Deus, não obras da lei. “É evidente que pela lei ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé. Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa.” (Gál. 3:11, 19, ARA) Mas, quando a Semente prometida se apresentou, a nação não queria recebê-lo, apesar das maravilhas que fazia diante dos seus olhos e das palavras de sabedoria que falava.

27. (a) Falharam todos no Israel carnal em mostrar fé? (b) Em que sentido é diferente o novo pacto, e que efeito teve a sua inauguração sôbre o pacto da lei?

27 Um restante da nação, porém, exerceu fé. Foram os primeiros a se tornarem israelitas espirituais e a serem introduzidos num novo pacto ou acôrdo com Jeová Deus. Este era um pacto que substituía aquele feito no Monte Sinai, dado aos israelitas como guia até que viesse a Semente prometida. Jeremias predisse este novo pacto e disse que seria um pacto diferente. Em vez de ser escrito em tábuas de pedra, seria escrito nos corações. – Jer. 31:31-33.

28. Que experimentou o restante judaico?

28 O restante da nação judaica, que exerceu fé, foi incluído neste novo pacto. Passaram pela circuncisão do coração. O desejo de seu coração era obedecer a Deus em tudo o que se exigia dêles. Tinham um motivo íntimo de fazer o que era correto aos seus olhos. Em vista do conhecimento acurado que obtiveram da Palavra escrita de Deus e tendo êste desejo de fazer a vontade de Deus, não precisavam de nenhuma lei de muitos mandamentos negativos para dizer-lhes o que não deviam fazer. Assim, quando o novo pacto foi inaugurado em Pentecostes do ano 33 E.C., o antigo pacto da lei, dado no Monte Sinai, não era mais obrigatório para êles. Tinha sido abolido. Cristo trouxera-o ao fim por cumprir sua finalidade.

29. Como foi validado o novo pacto, e por que é êle superior ao pacto da Lei?

29 Assim como se deu com o antigo pacto, assim se dá com o novo pacto: necessitava-se dum sacrifício para validá-lo. Foi validado com algo melhor do que sangue de animais, porém. Êle foi validado com sangue vital perfeito de Cristo. Isto tornou o novo pacto superior ao antigo pacto. Êle é também superior por ter um sacerdócio melhor, um mediador perfeito e promessas melhores. “Mas agora Jesus tem obtido um serviço público mais excelente, de modo que é também o mediador de um pacto correspondentemente melhor, o qual tem sido estabelecido legalmente sobre promessas melhores.” – Heb. 8:6, NM.

30, 31. Quem é a verdadeira semente de Abraão? Por que podiam ser comparados à areia nas praias do mar?

30 Estas pessoas introduzidas neste pacto são agora o verdadeiro Israel de Deus, a verdadeira semente de Abraão. A promessa dada a Abraão, registrada em Gênesis 22:17, 18, aplica-se a êles e não aos descendentes carnais de Abraão, os quais, como nação, não têm ouvido a Deus, nem têm mostrado a fé e a obediência daquele patriarca. A promessa prediz como êles se associariam com a principal Semente de Abraão, Cristo Jesus, como família real.

31 Visto que não era a vontade de Deus tornar conhecido, nos dias de Abraão, o número das pessoas que formariam o Israel espiritual, êle deixou êste número indefinido. Não foi revelado. Êle disse: “Certamente multiplicarei a tua semente como as estrêlas dos céus e como os grãos de areia que há na praia do mar.”(NM) Assim como as estrêlas e a areia são incontáveis, assim o Israel espiritual era incontável, porque Deus não revelara ainda seu número.

32. Onde se indica na Bíblia o número do Israel espiritual?

32 Foi somente depois de êste novo pacto ter sido inaugurado que êste segredo foi revelado. O número acha-se registrado para nós em Apocalipse 14:1. Os israelitas espirituais são descritos como estando com a Semente principal, Cristo Jesus, no Monte Sião celestial. “Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil que tinham escrito o nome dele e o nome de seu Pai sobre as suas testas.” Assim, o Israel espiritual é formado só por 144.000 membros sob o Sumo Sacerdote, Cristo Jesus. Somente êstes são introduzidos no novo pacto e formam uma nova nação, levando o nome de Jeová.

33. Significa a rejeição da casa de adoração judaica, nacional, que judeus individuais não podem obter o favor de Deus? Por quê?

33 O favor de Deus descansa agora sôbre esta nova nação e não sôbre o Israel natural. Mas, a rejeição da casa de adoração judaica, nacional, não significa que judeus individuais não possam obter o favor de Deus. A rejeição daquela nação não significava a rejeição de cada pessoa nela, pois um restante da nação exerceu fé e foi introduzido no novo pacto. (Rom. 9:27) Assim como êste restante obteve o favor de Deus por exercer fé nêle e em seu Filho, assim também podem judeus individuais obtê-lo hoje pelos mesmos meios. Têm de reconhecer que Deus substituiu o antigo pacto da lei por um pacto novo e melhor. Têm de reconhecer seu melhor sacrifício, a humanidade de Cristo, e como o pecado herdado de Adão é purificado permanentemente por meio de seu sangue. Têm de reconhecer a Cristo como Rei nomeado de Deus, e têm de reconhecer o Israel espiritual como o verdadeiro Israel de Deus. Em outras palavras, os judeus individuais podem obter o favor de Deus da mesma maneira que os não-judeus.

34. Que conclusões devemos tirar quanto ao Israel Carnal?

34 Em vista do que consideramos, torna-se evidente que o Israel carnal não está em situação favorável perante Deus. Em vez de ser a sua nação santa, foi lançada fora, abandonada por êle, por causa da sua obstinação, da sua desobediência e da sua rejeição dos atos de benevolência dêle. O Israel que está em boa situação perante êle é o Israel espiritual. Visto que os escolhidos para comporem o Israel espiritual têm mostrado a fé e a obediência de Abraão, são os verdadeiros filhos de Abraão. Portanto, não é o Israel carnal, mas sim todo o Israel espiritual que será salvo. Êstes são os que recebem a bênção se serem possessão especial de Deus, reino de sacerdotes e nação santa.

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