Evite Têndencias de Rebeldia
“Chamei, mas vós continuais a recusar, . . . vós continuais a negligenciar todo o meu conselho, e não aceitastes a minha repreensão.” — Pro. 1:24, 25, NM.
1, 2. Qual foi o primeiro tipo de pecado? O que pode ter sido responsável por ele e como culmina?
A REBELIÃO foi o primeiro ato de pecado, no céu e na terra. Resultou numa sentença adversa para os que adotaram o proceder rebelde. Agora, visto que o primeiro rebelde opõe a sua resistência final a Jeová e aos Seus servos leais, usando meios diversos e sutis, cabe a todos investigarem cuidadosamente os pensamentos, os motivos, a conduta e toda forma de comportamento, para estarem alertas.
2 Ao estarmos alertas quanto aos nossos pensamentos, devemos reconhecer que os juízos ou conclusões do homem são apenas corretos se estiverem em harmonia com os de Jeová pela sua Palavra. Quando divergem de qualquer modo, de serem guiados pelos pensamentos de criaturas. Esta é uma forma de rebelião. Ela talvez seja de início apenas pequena, mas, quando for continuamente contaminada por pensamentos e decisões desobedientes de homens, pode levar à condição mencionada por Tiago: “Mas, cada um é tentado por ser atraído e engodado pelo seu próprio desejo. Então o desejo, quando se torna fértil, dá à luz o pecado; por sua vez, o pecado, sendo consumado, gera a morte.” — Tia. 1:14, 15, NM.
3. Que determina a conduta do povo, e como pode ela ser mudada?
3 Quando observamos as ações dos do velho mundo vemos que seus pensamentos e sua conduta são modelados segundo o “deus deste mundo”, o rebelde original, que se tornou Satanás. Assim como as tendências e características dos filhos são afetadas pelos seus pais, assim toda a humanidade é afetada pelos pais rebeldes originais e o proceder pecaminoso deles no jardim do Éden, e o pecado de rebelião é hoje forte nos homens. Torna-se assim necessário que todos se voltem para a provisão paternal feita por Jeová Deus para o homem, a saber, seu Filho Jesus Cristo. (João 3:16) Não é o caso de as pessoas passarem então por um novo nascimento físico, mas esta aceitação do Filho se dá pela transformação da mente e por se adquirir uma “nova personalidade que, por meio de conhecimento acurado, se renova segundo a imagem daquele que a criou”. — Col. 3:10, NM.
4, 5. (a) Em que se baseava o exemplo perfeito de Jesus? (b) Por que é tão importante a completa sujeição à vontade do Pai?
4 Cristo Jesus adotou o proceder perfeito, estando inteiramente livre de quaisquer traços de rebeldia, sendo assim o modelo perfeito. Ele não fazia decisões por sua própria conta. “Eu não posso fazer coisa alguma de minha própria iniciativa; como ouço, assim julgo, e o juízo que pronuncio é justo, porque não procuro fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.” Desci do céu para fazer, não a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.” “Eu faço sempre as coisas que lhe agradam.” Nisso há um belo exemplo de devoção completa e exclusiva ao Pai — devoção completamente livre de tendências rebeldes. Isto é deveras uma demonstração incomparável de completa sujeição. Assim como ele seguiu explicitamente ao seu Pai, assim convidou outros para o seguirem: “Se observardes meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu observei os mandamentos do Pai e permaneço no seu amor.” Esta declaração foi naturalmente feita aos que saíram do mundo e se puseram do lado do Mestre; conforme ele mesmo testificou: “Não são parte do mundo, assim como eu não sou parte do mundo.” — João 5:30; 6:38; 8:29; 15:10; 17:16, NM.
5 Das suas próprias palavras torna-se evidente que a completa concordância com ele e seu Pai é mandatória para alguém ser reconhecido como filho. A divergência é portanto desagradável, constitui rebelião contra o que é correto. Portanto, as decisões governando ações, feitos e motivos tem de ser bem cuidados para se evitar a rebelião.
6. O que resulta quando uma criatura se permite liberdades pessoais com a Palavra de Jeová?
6 O Pai estabeleceu instruções justas; e visto que são perfeitas e severas, nem os anjos, nem os homens podem tomar liberdades com elas. Uma proeminente criatura celestial adotou pessoalmente um proceder traidor ou insubordinado, no jardim do Éden, e induziu então outros a segui-la. Os que são de natureza rebelde procuram quase sempre fazer que outros concordam com eles nisso; e assim buscam seguidores para seu próprios proceder rebelde. O proceder rebelde, neste caso, levou à sua expulsão. A desassociação e excomunhão resultaram mais tarde para os “anjos que não guardaram sua posição original”, mas se estribaram no seu próprio entendimento. O primeiro casal humano, Adão e Eva, foi exilado de seu paradísico lar e lugar de habitação que Jeová lhe dera, por causa de seu desejo egoísta e cobiçoso, preferindo êles dar ouvidos à Serpente e renunciar assim a palavra veraz de Deus. Visto que Jeová não muda, sem dúvida, Adão e Eva estavam bem a par do conselho de Jeová, tal como este: “Confia, de todo o teu coração, em Jehovah, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas”, conforme foi mais tarde registrado em Provérbios 3:5, 6. — Jud.6, NM.
7. Embora o pecado resultasse para ambos, qual era a diferença entre o pecado de Eva e a violação de Adão?
7 O proceder de rebelião de Eva deu-se em razão dum lôgro, conforme notamos do relato de Gênesis: “Consequentemente, a mulher viu que o fruto da árvore era bom para alimento e que era uma delícia para os olhos, sim, a árvore dava prazer em ver. De modo que ela começou a tomar do seu fruto e a comê-lo. Depois ela deu também um pouco a seu marido, ao estar junto dela, e ele começou a comê-lo.” O proceder de rebelião de Adão foi deliberado e sem remorso, e resultou na sentença adversa de Jeová contra ele e também contra sua esposa. — Gên. 3:6, 17-19.
ABANDONANDO A JEOVÁ
8, 9. Que erro rebelde cometeram os israelitas?
8 Embora os israelitas tivessem este registro histórico do que aconteceu no princípio no jardim do Éden, e, subsequentemente, no tempo do Dilúvio, bem como o poderio de Jeová demonstrado a favor dos israelitas, quando ele os libertou da mão opressiva dos egípcios, eles adotaram um proceder de confiar em si mesmos, abandonando a posição favorecida que Jeová lhes dera entre as nações. Além de possuírem a palavra escrita de Deus para orientá-los, tiveram o testemunho direto dos seus antepassados sôbre a demonstração notável da fôrça e do amor de Jeová expressos a seu favor. Jeová foi ainda além disso em prover proteção para seu povo, quando lhes deu uma lei por meio de Moisés. Não lhes deu somente os Dez Mandamentos, escrevendo-os diretamente com o seu próprio dedo, porém muitas outras leis sôbre assuntos menores, para resguardar a sua conduta e cada ação deles.
9 Quando entraram na terra que Jeová lhes dera, foram avisados especialmente, por ele contra as práticas idolatras dos habitantes pagãos. Deu-lhes a ordem de derrubarem todos os lugares da adoração de Baal, para que não ficassem enlaçados. Sua falta, em não executar isso, foi uma desobediência direta. Onde diminuía a aderência estrita à Palavra de Jeová, muitos israelitas voltavam suas atenções para esta adoração falsa que se lhes mandara destruir, e a sua rebelião os conduziu assim à escravidão da adoração falsa. Certa vez foi necessário que Joás desafiasse o poder do deus falso, Baal, por dizer aos israelitas: “Sereis vós os que farão uma defesa legal a favor de Baal, para ver se vós mesmos o podeis salvar? Todo aquele que fizer uma defesa legal a favor dele deve ser morto.”(Juí. 6:31, NM) Fazer ele este desafio mostra que alguns adotaram esta prática idólatra e se esforçaram a apoiar e a defender esta religião estrangeira, em desafio à ordem de Jeová de destruir todos os vestígios dela.
10. Que comparação havia entre a posição dos israelitas perante Jeová quando eram obedientes e quando eram rebeldes?
10 Além disso, os israelitas foram avisados de não erguerem para si uma imagem esculpida de pedra ou de madeira, no seu país, e de não se inclinarem diante dela, visto que isso seria praticar uma adoração similar àquela das nações pagãs em volta deles. Note a propriedade da instrução dada no capítulo vinte e seis de Levítico: “Se continuardes a andar nos meus estatutos e a guardar meus mandamentos, e se os cumprirdes, então eu vos darei certamente as vossas chuvas abundantes no tempo devido, e a terra dará realmente seus produtos e a árvore do campo dará seus frutos. E a vossa debulha durará certamente até a vossa vindima.” (Lev. 26:3-5, NM) Neste mesmo capítulo ele continua mostrando como supriria tôdas as suas necessidades e até lhes ajudaria e estar com eles ao expulsarem do país os estrangeiros. No entanto, nos versículos 14-16 mostra-se a penalidade que seria invocada se deixassem de obedecer: “Se não me ouvirdes nem cumprirdes todos estes mandamentos, e se rejeitardes os meus estatutos . . . ao ponto de violardes meu pacto, então eu, da minha parte, farei a vós o seguinte, e, em punição, trarei certamente sôbre vós o terror súbito.” Esta linguagem é bastante clara; contudo, vemos que os israelitas desconsideraram estes decretos. Este foi um proceder de rebelião. Pode realmente ter começado em escala pequena, mas, ao persistirem nele, conduziu à completa desobediência e resultou no desfavor de Jeová. Isto deve servir de lição para obedecermos, para não nos rebelarmos.
11. (a) Que penalidade foi imposta aos violadores? (b) Que obrigação tinham os em autoridade?
11 Quando havia rebelião contra os acôrdos do pacto, da parte dum homem ou duma mulher em Israel, tomava-se definitivamente certa ação disciplinar. Davam-se instruções aos que se achavam em posições de responsabilidade na nação, para cuidarem que os violadores fôssem removidos e apedrejados, porque mereciam a morte (ser desassociados) por terem profanado a Palavra de Deus. De fato, se falhassem aqueles a quem se confiara a responsabilidade de manter as atividades da nação puras e livres de rebelião, eles também receberiam uma sentença adversa da parte de Jeová; porque demonstrava que confiavam nas suas próprias ideias, e disso resultava não cumprirem os requisitos de Deus. Tinham a maior responsabilidade. Isto está ilustrado em Deuteronômio 17:2-7: “Se for achado no meio de ti, numa das tuas cidades que Jehovah teu Deus te está dando, homem, ou mulher, que fizer o que é mau à vista de Jehovah teu Deus, transgredindo a sua aliança, e tiver ido e servido a outros deuses, e os tiver adorado, a eles, ou ao sol, ou à lua, ou a qualquer astro do exército do céu, o que não ordenei; se isso te for denunciado, e depois de o teres ouvido, indagares bem, e achares que o fato é verdadeiro, que realmente tal abominação se cometeu em Israel: farás conduzir às tuas portas, esse homem ou essa mulher, que cometeram esta maldade, sim o homem ou a mulher; e os apedrejarás, até que morram. . . . Assim exterminarás o mal do meio de ti.” Cabia aos responsáveis cuidar que se removesse toda espécie de atos rebeldes praticados pelos que abandonaram a Jeová. Era claro que Jeová detestava a rebelião e que exigia que seu povo fôsse mantido livre desta impureza.
12. Como podem algumas pessoas arrazoar sobre um proceder errado, só porque não estão sendo observados no seu proceder de transgressão?
12 Associar-se livremente com os das nações pagãs marcou o ciclo do abandono de Jeová, que exigia a completa separação de tais nações. Não obstante, desta associação resultou a contaminação, e não demorou muito tempo que muitos da nação de Israel começaram a ter a mesma atitude de coração que os pagãos. Por isso disseram: “Deus nunca vê o que fazemos!” (Jer. 12:4, Mo) Pensavam, aparentemente, que suas práticas perversas e sua rebelião aberta não eram observadas por Deus, e achavam que podiam escapar impunes; mas a visão de Deus nunca ficou obscurecida. Êle tornou claro êste fato por dizer: “São desapontados nas suas colheitas, pela ira ardente do Eterno.” (Jer. 12:13, Mo) Deveras, quando expostos, colheram espinhos. Não era possível que resultasse fertilidade de sua rebelião deliberada — somente espinhos. Obras repugnantes não produzem colheita abundante. Assim também hoje, as pessoas da mesma mentalidade ficam desapontadas quando se exerce a ira de Deus contra elas, por meio de sua organização, e elas são lançadas fora; ou, mesmo quando seus maus atos secretos não chegam ao conhecimento da organização visível de Jeová, para que se tome a devida ação disciplinar, Jeová ainda está a par disso e tais pessoas ficam logo doentes espiritualmente, por que não têm mais o favor de Jeová, nem a sua bênção, nem o seu espírito. Jeová não tolera os que não observam lei. A ação tomada contra uma atitude insubordinada é hoje a mesma que nos dias da nação de Israel, e o rebelde é lançado fora do favor de Jeová por não aderir aos seus princípios estritos e justos. Seus servos fiéis, por outro lado, estão dedicados à completa lealdade.
13, 14. (a) Que resulta quando alguém confia na sua opinião pessoal? (b) Que penalidades invoca Jeová?
13 O pecado de abandonar a Jeová é pecado de rebelião e se deve à confiança posta na própria pessoa e no juízo de outra criatura humana. Jeremias disse algo neste sentido: “Maldição sôbre aquele que confia no homem, e que se estriba em mera ajuda humana, desviando seus pensamentos do Eterno!” Se abandonar a Jeová, o servo de Deus achar-se-á na situação descrita nas seguintes palavras: “Dois males fez o meu povo: deixaram-me a mim, fonte de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas.” Quando não se bebem as verdades espirituais, padece-se de sêde espiritual, e a continuação disso levaria finalmente à morte. Além disso, Deus perguntou ao antigo Israel: “Como pois te perdoarei? teus filhos me abandonaram a mim, e juraram por aqueles que não são deuses; quando eu os tinha fartado, cometeram adultério, e nas casas das meretrizes ajuntaram-se em tropas; . . . duma nação como esta não se há de vingar a minha alma?” — Jer. 17:5, Mo; 2:13; 5; 5-9.
14 Os que se voltavam para instruções ou conselhos diferentes daqueles que Jeová deu, viram-se repreendidos por ele diretamente. Em Deuteronômio 28:20 acha-se registrado: “Jehovah mandará sobre ti maldição, derrota e repreensão em todas as coisas em que puseres a tua mão, até que sejas destruído, e até que pereças repentinamente, por causa da maldade das tuas obras, nas quais me abandonaste.” Que condição inteiramente vã e calamitosa para os que pelo seu proceder rebelde abandonaram a lei de Jeová!
15. Descreva a natureza rebelde evidenciada nos seguidores de Jesus.
15 Embora se apresentasse muita evidência quanto ao laço de não se atender explicitamente a Palavra de Jeová, depois de se estar numa relação pactuada com ele, não terminou ali, naquele tempo, o assunto de o abandonarem. Até mesmo nos dias de Jesus, pouco antes de ele ser preso, Jesus reconheceu que alguns discípulos seus, sob pressão, murmurariam, e êle declarou: “Entre vós há alguns que não creem.” Quando a pessoa deixa de crer na Palavra de Jeová, significa que, por se estribar na sua própria sabedoria ou na opinião de outras criaturas, sua atenção tem sido desviada do proceder de sabedoria. Isto significa rebelião. Sob tais circunstâncias, Jesus perguntou a seus discípulos: “Quereis vós também retirar-vos?” A resposta correta foi dada por Pedro: Senhor, para que havemos nós de ir? tu tens palavras de vida eterna; e nós temos crido e conhecemos que tu és o Santo de Deus.” Os que perseveraram neste proceder de murmurar abandonaram o Mestre naquele tempo. A murmuração continuada resultará hoje em que Jeová abandone o murmurador. — João 6:64, 67-69.
16. Mostre que rebeldia adicional ocorreria na Igreja pouco tempo depois.
16 O apóstolo Paulo avisa então que haveria posteriormente maior apostasia do caminho de Deus, declarando êle: “Eu sei que depois da minha partida entrarão no meio de vós lôbos opressivos que não tratarão o rebanho com ternura, e dentre vós mesmos se levantarão homens e falarão coisas deturpadas para atrair após si os discípulos.” Isto mostra que mais pessoas confiariam no seu próprio entendimento e se rebelariam, induzindo um número ainda maior a fazer a mesma coisa. Além disso, Jesus avisou que nos últimos dias em que nos achamos agora, haveria uma apostasia similar, especialmente no tempo de sua segunda presença invisível. Ele ilustrou isso por falar duma classe de ‘virgens néscias’, que não teriam um suprimento adequado de óleo nas suas lâmpadas para o período da escuridão que prevaleceria. Foram admoestadas a confiarem na Palavra de Jeová e a permitirem que ela seja a diretriz orientadora nas suas vidas, mas as suas lâmpadas não tinham bastante suprimento e por isso não tinham luz espiritual para orientá-las. Este foi o resultado de confiarem no seu próprio juízo no assunto de coisas espirituais, e grande número caiu ao longo do caminho. — Atos 20:29, 30, NM; Mat. 25:1-13.
17. Contra que tipo de erro tem de guardar-se o cristão hoje em dia?
17 Estejamos, portanto, alertas e vigilantes, para que não caiamos no laço de tirarmos as nossas próprias conclusões e de nos desviarmos para um proceder de rebeldia. Para se poderem guardar contra tal proceder ímpio, páginas e mais páginas da Bíblia contêm informação registrada para a orientação dos que desejam a justiça e dos que desejam seguir um proceder fiel. Jeová não permite que o juízo do homem desvie sua organização na terra, mas êle exige a completa conformidade do homem ao seu juízo divino. A devoção exclusiva a êle é uma obrigação para os que ofereceram voluntariamente sua sujeição e a dedicação de sua vida a êle. — Jos. 24:19, 20.
REBELIÃO NA CRISTANDADE
18. (a) De que maneira rebelou-se a cristandade nominal contra as regras e os princípios de Jeová? (b) Que doutrinas contrárias, que desonram a Jeová, defenderam eles?
18 Os grupos religiosos da cristandade rebelaram-se contra a aceitação do domínio de Jeová, exercido por meio de seu oficial executivo, Cristo Jesus, neste tempo atual. Rejeitaram não somente a evidência apresentada pelos que defendem o governo de Deus, exercido por meio de seu Filho, mas perseguem os verdadeiros servos de Deus. Embora a Palavra de Deus declare que o cristão deve manter-se separado do mundo, êles se associam com os elementos políticos e comerciais do mundo e são parte integrante e aliada dêle. (Tia 4:4; 2 Cor. 6:17) Deus exige dos cristãos abstinência da culpa de sangue; no entanto, a cristandade participa, livremente neste pecado por se coalizar com as nações guerreiras. A cristandade rebelou-se contra os princípios justos de Jeová ao ponto de tolerar o adultério no seu domínio. Isto ela sanciona pela sua recusa de expulsar os que cometem adultério e outras violações. (1 Cor. 6:9, 10) Rebelaram-se contra a supremacia de Jeová Deus por apoiar e defender a doutrina da trindade, a qual diz que Jeová e Jesus são coiguais e coexistentes. (João 14:28; Apo. 3:14) A rebelião se manifesta em rejeitarem a verdade bíblica de que a alma morre, e na sua aceitação da doutrina falsa e pagã da imortalidade inerente da alma. (Eze. 18:4; Ecl. 9:5, 10; 1 Cor. 15:53) Formam parte do mundo exatamente assim como os israelitas que adoravam a Baal, e podem ser comparados aos escribas e fariseus dos dias de Jesus. — Mat. 23:
9, 13, 15.
19. Que discernimento tem de exercer o cristão?
19 Quão evidente é, pois, que o verdadeiro cristão tem de manter-se completamente separado das influências políticas, eclesiásticas, comerciais e materialistas deste sistema de coisas. Voltar a tal proceder como o agora adotado pelo mundo significaria certamente confiar nas próprias conclusões mentais e significaria desviar-se do conselho sadio da Palavra de Deus. Há apenas um guia seguro para orientar a pessoa num proceder certo, e este é a Palavra de Jeová, a Bíblia Sagrada.
EVITE AS TENDÊNCIAS MATERIALISTAS
20. Que exemplos temos para mostrar a correta motivação cristã?
20 O motivo cristão tem de ser puro e singelo em ação. Ele não pode olhar nem para a direita, nem para a esquerda, este é o modelo provido por Cristo Jesus, quem disse: ‘Deleito-me em fazer a tua vontade, ó meu Deus!’ Nenhum outro proceder apresentado a êle, tal como a tentação materialista da parte do grande rebelde, Satanás, de lhe dar todos os reinos do mundo, teve qualquer efeito sôbre êle. Paulo tinha a mesma mentalidade inflexível quando declarou que não podia demovê-lo do proceder exclusivo de completa servidão a Jeová. (Fil. 3:7-14) Nenhum outro interêsse podia vencer o apóstolo Paulo, e isso incluía o interêsse próprio, ou as coisas materiais que tornam a vida mais fácil.
21. De que modo avisa o sermão do monte os cristãos contra a avaliação imprópria das coisas importantes na vida?
21 Este conselho contra o materialismo é bem apoiado no sermão do monte em que Jesus aconselha: Deixai de estar ansiosos pelas vossas almas, quanto a que haveis de comer ou que haveis de beber, ou pelos vossos corpos, quanto a que haveis de vestir. Não significa a alma [ou: vida] mais do que comida e o corpo mais do que roupa?” (Mat. 6:25, NM, margem) Jesus previu que algumas pessoas se preocupariam muito com as coisas desta vida; de fato, preocupar-se-iam a tal ponto, que permitiriam que estas coisas materiais e o amor por elas interferissem em elas se empenharem no ministério do Reino. Quando nosso modo de pensar é dirigido e continuamente fixo em tais desejos carnais, significa que confiamos em nós mesmos e nos estribamos em nosso juízo pessoal. Jeová Deus conhece as necessidades materiais de seu Povo e cuida que suas necessidades sejam supridas. Demonstramos, por meio de nosso proceder, se realmente cremos nisso ou não. Nossos desejos podem exceder em muito nossas necessidades, e podem fazer que muitos façam esforço excessivo ou fiquem ansiosos demais quanto às suas necessidades. Jesus acautela contra isso nas seguintes palavras: “Assim não andeis ansiosos, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? ” (Mat. 6:31) O povo dêste velho mundo passa por estas ansiedades, por causa de seu desejo insaciável de lares confortáveis, de automóveis luxuosos, dum belo ambiente e dos muitos confortos da vida. “Pois todas estas são as coisas que as nações buscam ansiosamente.” Estas coisas não são necessárias para um ministério bem sucedido. O conselho fidedigno, apresentado na Palavra de Deus, é: “Prossegui, pois, buscando primeiro o reino e a Sua justiça, e tôdas essas outras coisas vos serão acrescentadas. Portanto, jamais estejais ansiosos quanto ao dia seguinte, porque o dia seguinte terá suas próprias ansiedades.” — Mat. 6:32-34, NM.
22. Que benefícios resultam para a pessoa que edifica sobre a rocha figurativa?
22 O cristão que modela a sua vida completamente segundo a Palavra de Jeová será comparado a um homem discreto que edifica a sua casa sobre a rocha. As tempestades, as enchentes e os ventos podem então lançar-se contra ela, mas não poderão movê-la de seu firme alicerce. No entanto, quando a pessoa se estriba no seu próprio entendimento e se desvia do conselho sábio de Jeová, neste respeito, fixando seus pensamentos e sua atenção a seguir a prática comum às nações, isto é, ajuntar grandes riquezas, então ela começa deliberadamente a mudar-se de sua casa de alicerce sólido para uma casa construída sôbre o alicerce arenoso do materialismo. Seu proceder é o de rebelião contra o melhor conhecimento, visto que foi cabalmente aconselhado sobre a tolice de tal proceder. O alicerce fraco é a sua própria opinião pessoal de buscar primeiro a riqueza das nação e de pôr os interêsses do Reino em segundo lugar. — Mat. 7:24-27.
23. Que objetivos enlaçam a muitos?
23 Os que são cristãos ficam às vêzes tão envolvidos nos seus próprios planos e na dependência das coisas de valor materialista, que perdem de vista a coisa mais importante, isto é, viver em harmonia com seus votos de dedicação a Deus, e assim gastam energias para ganhar riquezas. Êste proceder tolo foi predito por Salomão: “Vi outra coisa fútil debaixo do sol um homem solitário, sem parentes, sem filho ou irmão, no entanto continua a labutar para ganhar dinheiro; não pode saciar-se com aquilo que ganha, e êle . . . labuta e nega-se o prazer. Isto também é vaidade, um negócio triste.” Tal homem, buscando o dinheiro e os prazeres dêste mundo, rebela-se em pouco tempo contra o serviço de Deus e desvia-se do prazer dêste serviço. O apóstolo Paulo aconselhou: “Dá ordens aos que são ricos no presente sistema de coisas, que não sejam arrogantes e que depositem sua esperança, não nas riquezas incertas, mas em Deus.” Quando alguém deposita sua confiança na riqueza material, significa que confia nela para obter salvação. O dinheiro é uma força e uma defesa, mas não leva à vida eterna aquêle que o busca. Antes, o grande lucro está na piedade junto com o contentamento. O fiel Moisés aconselhou: Não suceda que, “se aumentar a tua prata e o teu ouro, e ser abundante tudo quanto tens, se eleve o teu coração, e te esqueças de Jehovah . . . que . . . te alimentou com maná”. Por isso é melhor confiar no braço firme de Jeová, em vez de no apoio fraco provido pela riqueza; ou mesmo na força de príncipes. — Ecl. 4:7, 8, Mo. 1 Tim. 6:17, NM; Deu. 8,:13, 14, 16; Sal. 118:9; 146:3.
24. (a) Constitui pecado a posse de riqueza? (b) Mostre como o amor do dinheiro pode constituir rebelião.
24 Os que possuem riquezas sabem que não é a posse delas o que é mau, mas que o amor delas ou confiar nelas como salvação é o que traz resultados maus. Quanto aos que não têm riquezas, mas desejam-nas, é o seu constante desejo delas e sua busca delas que traz resultados maus; porque significa usar o tempo e a energia dedicados ao serviço de Jeová para obtê-las, e êste é um proceder que pode trazer somente desapontamento para aquêle que as busca obter, porque mesmo no melhor dos casos seu poder sustentador é de pouca duração. Quão completamente tolo é abandonar as riquezas do serviço de Jeová em busca dêste pouquinho de segurança passageira. “A vida ocupada dum homem é realmente apenas uma ilusão, constituindo um afã inútil, ajuntando êle riqueza e não sabendo quem há de ficar com o que acumulou.” (Sal. 39:6, Mo) É fantástico como o amor do dinheiro invade a mente dum homem e torna-se um tumor maligno. Substitui prontamente o amor a Deus e torna-se um desejo insaciável. Contudo, não traz prazer duradouro, nem mesmo para os que o obtêm, conforme mostra Eclesiastes 5:10-12 (Mo): “Quem ama o dinheiro nunca se saciará de seu dinheiro, e quem ama a riqueza nunca ganhará muito com êle (isto também é vaidade!) Quanto mais o homem ganha, tantos mais há para gastá-lo — ao passo que o dono só pode olhar. . . . a saciedade dos ricos impede-lhes que durmam.” A falácia das coisas materiais é também mostrada em Provérbios 11:4 (Mo): “De nada adianta a riqueza no dia da ira de Deus: somente a bondade salva o homem da morte.” Frequentemente, quando alguém começa a ter bom êxito nos negócios ou nas coisas materiais, pode acontecer que diga: ‘Bem, gastarei o meu tempo assim por mais um pouco, e depois terei o bastante para cuidar de mim mesmo e poder entrar no ministério de tempo integral.“ Daí êle tem ainda mais êxito e tais pensamentos se repetem outra vez. Deve-se ter muito cuidado, para que a pessoa não seja vencida, conforme Jesus ilustrou no caso do homem rico que foi tão bem sucedido. Depois de algum tempo, êle declarou: ‘Não tenho onde pôr as minhas safras’. Em vez de estar satisfeito com o que tinha, êle declarou: “Farei isto; derrubarei os meus celeiros e os construirei maiores, e aí guardarei toda a colheita e os meus bens; e direi à minha alma: Minha alma, tens muitos bens em depósito para largos anos; descança, come, bebe, regala-te.” Esta é a maneira natural de pensar quando alguém confia nas próprias ideias. Mas, note as consequências desastrosas que se podem esperar, pela resposta dada a alguém que raciocinava dêste modo: “Deus disse-lhe: Insensato, esta noite te exigirão a tua alma . . . Assim é aquele que entesoura para si, e não é rico para com Deus.” O apóstolo Paulo testificou também a respeito da falácia de se depender do proceder exemplificado pelo mundo, dizendo: “Não mais continueis a andar assim como andam também as nações na inutilidade de suas mentes, enquanto estão mentalmente em escuridão e alienados da vida que pertence a Deus, por causa da ignorância que há nêles, por causa da insensibilidade dos seus corações.” As pessoas do mundo estão naturalmente em escuridão mental e, portanto, alienadas de Jeová. Portanto, seguir o exemplo dado pelo mundo é um proceder sem proveito, e seria um proceder de rebeldia contra a instrução sábia de Jeová. Os cristãos devem evitar tal proceder e não ser enganados pelos pensamentos e pelos exemplos dos outros. — Luc. 12:16-21; Efé. 4:17, 18, NM.
MURMURAR
25, 26. (a) Como mostraram os israelitas um espírito rebelde? (b) Como avisou Paulo contra a murmuração? Que murmurações devemos evitar hoje em dia, e por quê?
25 Os israelitas tiveram muitas bênçãos durante suas viagens do Egito para a Terra Prometida, realizando-se muitos milagres a favor dêles; contudo murmuraram contra Jeová. Neste estado mental, não demorou muito que perdessem de vista os benefícios que recebiam da mão amorosa de Jeová. Perderam a confiança em Jeová e começaram então a estribar-se no seu próprio entendimento, e em resultado disso, murmuraram contra Êle, porque não tinham bastantes dos bens dêste mundo. Embora fossem bem alimentados, exigiram mais e melhor alimento; exigiram carne, e nas suas murmurações mencionaram que teria sido melhor se tivessem permanecido em escravidão no Egito. Esta foi uma atitude inteiramente rebelde contra Jeová, da sua parte. Isto pode ser um bom exemplo para os cristãos atuais, para que não caiam na categoria da rebelião por murmurarem contra Jeová ou mesmo contra sua organização neste tempo. Paulo admoestou sobre o que aconteceria aos murmuradores, e êle aconselhou os cristãos definitivamente para evitarem isto, dizendo: “Nem murmureis, como alguns deles murmuraram, e pereceram pelo destruidor.” (1 Cor. 10:10) Isto foi dado como exemplo, para que os cristãos que hoje vivem possam evitar tal proceder trágico. Se alguém não estiver a par e não estiver em guarda contra tal atitude mental, estará em pouco tempo infeliz com a maneira de Jeová dirigir sua organização, de ele nomear os diversos servos para cargos de responsabilidade, em ele quer que sirvam.
26 A murmuração da parte de alguém que professa ser um servo fiel e dedicado, pode significar o comêço duma atitude rebelde e faria que aquêle que se entrega a tal forma de rebelião seja finalmente disciplinado, se este proceder continuar. Jeová desagradou-se com o espírito rebelde da parte de seu povo nos tempos passados, e êle tornou conhecido o que êle acha sôbre êste assunto, para que os que persistirem hoje em tal proceder possam saber com certeza que vêm sob o seu desfavor. Não se toleraria uma campanha de murmuração contra Jeová ou qualquer parte de sua organização. Os que teriam a superintendência nas congregações teriam a obrigação de tomar ação contra os que semeiam discórdia pela sua murmuração e pelo seu proceder de rebelião.
27. Que atitude rebelde se revela em Tiago 3:14-17?
27 Com o proceder de rebelião vem usualmente junto o espírito de rivalidade e de ciúme. Este espírito de competição e de inveja é contrário ao espírito de amor que prevalece na organização de Jeová; e a pessoa faria de seu irmão um inimigo se adotasse tal proceder. Em Tiago 3:14-17 (NM) dá-se o seguinte conselho neste respeito: “Mas, se tendes ciúme amargo e contenda em vossos corações, não vos jacteis, nem estejais mentindo contra a verdade. Esta não é a sabedoria que vem de cima, mas é a terrena, animalística, demoníaca. Pois onde há ciúme e contenda, ali há também desordem e toda coisa vil.” Daí, note o contraste: “A sabedoria de cima é primeiramente casta, depois pacífica, razoável, pronta a obedecer, cheia de misericórdia e de bons frutos, não fazendo distinções parciais, nem é hipócrita.” O ciúme e a rivalidade são indicações de doença espiritual e podem, como outras formas de rebelião, conduzir à perda de vida.
TEIMOSIA E OBSTINAÇÃO
28. De que são evidência a teimosia e a obstinação?
28 A teimosia e a obstinação não são qualidades cristãs e não são praticadas na organização de Jeová. Os verdadeiros servos de Jeová agem em completa harmonia com a sua Palavra divina. São encorajados para continuarem neste caminho, e para se esforçarem continuamente a melhorar em conduta madura própria dum cristão. Quando alguém demonstra obstinação e teimosia, é evidente que a Palavra de Deus não ocupa suficientemente os seus pensamentos. Jeová deu sôbre isso um conselho firme em 2 Reis 17:14, 15 (NM): “Eles não atendiam, mas continuavam a endurecer a cerviz como a cerviz de seus antepassados que não exerceram fé . . . êles continuavam a rejeitar seus regulamentos e seu pacto . . . sim, em imitação das nações que estavam em volta deles.” Em Jeremias 7:24 (NA), Jeová falou ainda mais sobre isso: “Mas êles não ouviram, nem inclinaram seu ouvido, mas andaram nos seus próprios conselhos e na obstinação de seu coração mau, e foram para trás e não para diante.”
29. O que faz a pessoa realmente quando recusa o conselho de Deus?
29 Quando alguém recusa o conselho de Deus ou se desvia da repreensão, quer seja dada pela Palavra de Jeová, quer pela sua organização, êle rejeita o conselho do Deus Todo-poderoso. “Voltei para trás com a minha repreensão. . . . mas vós continuais a recusar, . . . e vós continuais a negligenciar todo o meu conselho, e não aceitastes a minha repreensão.” — Pro. 1:23-25, NM.
30. Que punição aplicou Jeová aos filhos obstinados?
30 No caso de filhos, êles mostram frequentemente obstinação. É a responsabilidade dos pais orientar corretamente o filho neste respeito, para impedir que esta tendência aumente e se torne parte da natureza do filho, ao passo que ele cresce. Isto pode ser muito bem a causa de ele receber mais tarde, na vida, o desfavor de Jeová, se não se aplicar a devida disciplina e orientação quando esta tendência começa a manifestar-se. Quando os pais não puderem lidar com a situação, eles podem pedir a ajuda dum irmão maduro ou dos membros da comissão de serviço da congregação. Dá-se a Palavra de Jeová sobre este assunto em Deuteronômio 21:18-21: “Se um homem tiver um filho contumaz e rebelde, que não obedecer à voz de seu pai nem à voz de sua mãe, e ainda que o castiguem, não lhes der ouvidos; pegarão nele seu pai e sua mãe, e o levarão aos anciãos da cidade e à porta do seu lugar; e dirão aos anciãos da cidade: Este nosso filho é contumaz e rebelde, não obedece à nossa voz; é glutão e bêbado. Então todos os homens da cidade o apedrejarão, até que morra. Assim exterminarão o mal do meio de ti; e todo o Israel ouvirá, e temerá.” O servo juvenil de Deus pode saber hoje com certeza que virá sob o desfavor de seu Deus, Jeová, se adotar um proceder de obstinação e de teimosia. Estas qualidades se manifestam apenas no mundo que pertence a Satanás; e se um dos filhos de Jeová, jovem ou idoso, demonstrar estas qualidades e persistir nelas, isso resulta em que tal pessoa seja cortada da organização limpa e pura de Jeová.
A SUPOSTA LIBERDADE
31. Por que se rebelam muitos contra o código de justiça de Jeová?
31 Muitas pessoas, fora da organização de Jeová, exercem hoje o que chamam de “completa liberdade” de pensamento e de ação. Adotam uma filosofia que lhes permite satisfazer qualquer capricho seu. Visto que não querem ser de nenhum modo restritos, recusam aceitar a Palavra pura de Deus para sua orientação e continuam no seu proceder de suposta liberdade. Este é um proceder rebelde e faz que os que o praticam sejam apenas dignos de destruição na batalha do Armagedon. Muitas de tais pessoas adotam esta atitude porque vêem o conflito entre o erro da religião nominal e a filosofia dos líderes religiosos, e acham que tem a mesma capacidade de escolher e estabelecer seu próprio código de ética.
32. Por que é popular a filosofia dos “livres-pensadores“ e por que é sedutiva? Que recairá sobre os que se deixam vencer por esta filosofia?
32 Este tipo de filosofia permite então a pessoa fazer o que bem entende e quando bem entende, sem qualquer violação de seus desejos. Suas normas e sua moral podem ser segundo seu bel-prazer. Com tais conjeturas, tão populares no mundo, os que não se acham obrigados pelas normas morais retas e meritórias de Deus, são em pouco tempo seduzidos e induzidos a um proceder inferior e errático, associando-se até com outros de ideias similares, para partilharem sua carnalidade sensual e meretrícia. Se não houvesse a Palavra pura e a organização de Jeová para guiá-los, os cristãos poderiam tornar-se também vítimas dêste falso raciocínio e cair na armadilha que enlaçou o mundo dos “livres-pensadores”.
33. Em contraste com isso, de que se apercebem os cristãos? Como se resguardam eles?
33 Jeová não abandonou seu povo para ser vitimado e desencaminhado. O mundo dos livres-pensadores talvez se permita cair no proceder imoral que segue êste tipo de raciocínio. Mas os servos de Jeová estão bem a par de que os adúlteros e os fornicários não podem alcançar o Reino, e estão sempre cônscios dêste conselho e ele é uma fôrça orientadora nas suas vidas, mantendo-os inteiramente limpos e puros para o serviço de Jeová. Apercebem-se das fôrças poderosas que estão em operação dentro do corpo humano, as quais, quando não são devidamente controladas, podem levar a um proceder de degradação. Homens e mulheres jovens, na organização de Jeová, estão, portanto, sempre alertas para se manterem puros e acima da conduta imoral, para que não fiquem depravados pelos seus próprios apetites egoístas. Não terem suas emoções sob contrôle significaria exercerem sua própria vontade, ou a vontade da carne, em vez de exercerem a vontade de Jeová, e isso seria uma rebelião direta contra o conselho sábio de Jeová. Jeová não permite a inclusão de tais práticas na sua organização, embora a cristandade em volta dela as admita.
34. (a) Qual deve ser a atitude dos pais cujos filhos sucumbiram a atos imorais? (b) Como podem os pais tornar-se partícipes na prática errada?
34 Quando os pais ficam sabendo das faltas de seus filhos neste respeito, se caíram vítimas da relação imoral com alguém do sexo oposto, êles hesitam às vêzes em relatar isso aos responsáveis na organização, os quais têm a obrigação de manter a organização livre de tais práticas. Os pais tornam-se assim partícipes do proceder ímpio, porque a pessoa envolvida é sua própria carne e sangue. Esta relação íntima não devia exercer influência sôbre a justiça, e tais pessoas deviam ser indicadas aos responsáveis na congregação, quer seja alguém tão íntimo como o próprio filho, quer seja outra pessoa na congregação cristã. Se alguém na organização estiver familiarizado com a situação e não a relatar, êle se torna partícipe direto dela, e assim êle participa também no proceder de rebelião. O mau procedimento não tem parte ou lugar na organização pura de Jeová, e o servo fiel não fechará os olhos a êle por permanecer calado e não o relatar aos que têm a autoridade de agir no assunto. Se alguém falhar neste dever cristão, êle confia nas suas próprias ideias e é teimoso, o que é um proceder que leva à rebelião contra a organização pura de Jeová.
35. Como demonstra o cristão grande falta de madureza quando se casa com uma pessoa não dedicada?
35 O cristão dedicado reconhece que se tem de manter inteiramente separado do mundo. Isto inclui manter-se separado do mundo mesmo na questão de selecionar um cônjuge. Assim como Jeová não permitia aos israelitas entrar em relações matrimoniais com as mulheres pagãs daquele tempo, assim também hoje em dia, os cristãos vão diretamente contra o conselho de Jeová ao selecionarem um cônjuge que não estiver dedicado ao serviço de Jeová. O jugo de tal laço tornar-se-ia pesado e insuportável por não ter a bênção de Jeová. (2 Cor. 6:14) Se alguns forem diretamente contra a ordem e o conselho de Jeová, neste respeito, não demonstra isso que confiam no seu próprio juízo e que são teimosos, e que têm a tendência de ser rebeldes? Seria grande falta de madureza da parte de alguém fazer isso, e aquêle que adota tal proceder não estaria qualificado para representar a organização pura de Jeová na capacidade de superintendente na congregação.