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  • Por que muitos duvidam da existência de Satanás

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  • Por que muitos duvidam da existência de Satanás
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1959
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1959
w59 15/1 pp. 57-59

Por que muitos duvidam da existência de Satanás

Nos livros modernos sobre religião há uma tendência definida, ou de desconsiderar completamente a Satanás, ou de lançar dúvida sôbre a sua existência como pessoa espiritual. Por quê?

DESDE Gênesis até Apocalipse, a Palavra de Deus afirma a personalidade de Satanás, o Diabo.

Embora seja chamado de Serpente, no relato de Gênesis, não precisamos especular sôbre quem é esta serpente, pois isto se torna claro de Apocalipse 12:7-9 (NM). Ali se nos diz que aquele “que engana a inteira terra habitada’ é “a serpente original, aquele que se chama Diabo e Satanás”. Sim, o Tentador no Éden não foi apenas um “impulso mau” implantado por Deus em Adão, conforme gostariam de fazer-nos crer certos eruditos judeus, os tannaim do segundo século E. C. Não foi outro senão o próprio Satanás, o Diabo.1

Novamente, em Jó, capítulos 1 e 2, mostra-se claramente que Satanás é uma pessoa espiritual, que se apresentou na presença de Deus, junto com outros filhos espirituais, e que travou uma conversa com Deus, desafiando-o quanto à integridade de Jó. Lemos também que êle acusou o sumo sacerdote Josué, nos dias de Zacarias. Paulo chama a Satanás de “deus dêste sistema de coisas”, que “tem cegado as mentes dos descrentes”. Pedro fala de Satanás como aquele que “anda redor como um leão que procurando devorar alguém. E Judas, discípulo e meio-irmão de Jesus, diz-nos que Satanás teve um argumento com Miguel sôbre o corpo de Moisés. Certamente, nenhum princípio impessoal do mal, conforme muitos afirmam que Satanás seja, poderia fazer tais coisas! — 2 Cor. 4:4; 1 Ped. 5:8; Jud. 9,NM.

O registro bíblico a respeito de Jesus estabelece de modo especial a personalidade de Satanás. Satanás ofereceu a Jesus, no deserto, todos os reinos do mundo, se Jesus ‘se prostrasse e lhe fizesse um ato de adoração’. Poderia um princípio abstrato reclamar para si todos os reinos do mundo e oferecê-los a Jesus? Poderia Jesus fazer um ato de adoração perante êste princípio? Poderíamos imaginar que o fiel, amoroso e obediente Filho de Deus ficasse tentado por pensamentos desleais originados na sua própria mente? — Mat. 4:9, NM.

Jesus testificou que êle viu “Satanás já caído do céu como relâmpago”. É claro que o princípio do mal não podia ter caído, pois existiu desde a criação como princípio do mal, embora inativo. Além disso, Jesus disse aos seus inimigos que eles eram de seu pai, o Diabo, que “era homicida quando principiou” como Satanás, e “mentiroso e o pai da mentira”. Quando acusado de lançar fora os demônios pelo poder de Satanás, Jesus não negou a existência de Satanás, mas disse: “Se Satanás expulsa a Satanás, êle tem ficado dividido contra si mesmo.” Sim, também todas estas referências não deixam dúvida quanto à existência, à personalidade de Satanás. — Luc. 10:18; João 8:44; Mat. 12:26, NM.

DUVIDANDO DA EXISTÊNCIA DE SATANÁS

Estranho como pareça, apesar de todo este testemunho inequívoco das Escrituras, muitos professos cristãos, bem como judeus, duvidam da existência de Satanás, o Diabo. Adotam a atitude de que ninguém jamais viu a Satanás, portanto, êle deve ser apenas fruto da imaginação. Ou que Satanás é apenas o princípio do mal, ou a personificação do mau impulso no homem.

Certo doutor de teologia, de Oxford, disse: “Pode haver outras influências espirituais além da esfera humana, influências tais como eram reconhecidas toscamente na crença antiga nos demônios e em Satanás. ... Não importa o que possamos pensar a respeito desta questão especulativa”, etc.2 E, segundo certa obra protestante, popular: “O assunto inteiro está envolto em mistério. ... Estas passagens [referentes a Satanás] deixam muita coisa sem explicação e é inútil qualquer conjetura neste respeito.”3

A respeito de um dos principais teólogos nos Estados Unidos, somos informados: “Mas, Niebuhr não aceita a doutrina bíblica a respeito do Diabo, quer como mito, quer como dogma, quer como princípio extrínseco do mal antecedente a qualquer ação humana’. Êle usa Satanás apenas como paradigma, como ilustração de como opera a vontade rebelde do homem.”4 E, citando-o diretamente: “A ideia de se atribuir personalidade ao mal pode talvez ser cientificamente absurda, mas baseia-se num êrro natural. Quando as forças cegas e impessoais da natureza criam vida no homem, dá-se-lhes a aparência de personalidade.”5

A RAZÃO DA DÚVIDA

Algumas pessoas duvidam da existência de Satanás porque êle é invisível aos olhos humanos, mas é isso sensato? Não, não é. A Bíblia, a razão e os fatos físicos mostram claramente que Deus existe, no entanto, nenhum homem o viu jamais, nem, de fato, o poderá ver jamais. (Êxo. 33:20;’ João 1:18) A Palavra de Deus fala-nos também de criaturas espirituais, das diversas espécies de anjos que fazem a vontade de Deus, todas elas sendo invisíveis aos olhos humanos. Visto que admitimos que existam personalidades ou entes espirituais justos, deveria ser difícil crer-se também na existência de pessoas espirituais iníquas, injustas?

Sem dúvida, o conceito errôneo, supersticioso e ridículo, que muitos têm ou tiveram a respeito de Satanás, explica em parte por que outros duvidam de sua existência. Na Idade do Obscurantismo, êle foi frequentamente representado como bode. Nos tempos modernos, êle é usualmente retratado como humano em vestes vermelhas bem apertadas, tendo chifres, um rabo, e um forcado na mão. O mero fato, porém, de que o ensino bíblico a respeito de Satanás tem sido desvirtuado, não é razão válida para se duvidar de sua existência. Nem argumenta contra a existência de Satanás o fato de que muitas religiões não-cristãs personalizam o princípio do mal.

Outros estão inclinados a duvidar da existência de Satanás porque não entendem a origem de Satanás, nem a razão por que Deus tolerou a Satanás por tanto tempo. Assim é que Beinhold Niebuhr declara adicionalmente: “A ideia, na mitologia hebraica, de que Satanás é tanto um rebelde contra Deus como está fundamentalmente debaixo de seu domínio, expressa o fato paradoxal de que, por um lado, o mal é algo mais do que a ausência de ordem, e, por outro lado, de que depende da ordem.”5

Que se pode dizer das várias razões para se duvidar da existência de Satanás? Não têm elas, de fato, a sua base na negação da Bíblia como sendo a Palavra de Deus? Se tivermos fé de que a Bíblia é inspirada, não aceitaremos as suas declarações claras como verdade, não importa se entendemos ou não todas as razões? Certamente! Então concordaremos com Jesus, que disse a respeito dela: “A tua palavra é a verdade“; e com Paulo, que escreveu: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para ensinar”; e também com Pedro, que disse que “os homens falaram da parte de Deus conforme eram impelidos por espírito santo”. — João 17:17; 2 Tim. 3:16; 2 Ped. 1:21, NM.

A PALAVRA DE DEUS FORNECE A RESPOSTA

Mas, a Palavra de Deus fornece-nos a razão da existência de Satanás. Ela responde satisfatoriamente a qualquer pergunta feita por alguém que busque sinceramente e sem preconceito a verdade a respeito de Satanás. Assegura-nos de que tôda a atividade de Deus é perfeita e que seus caminhos são justiça. (Deu. 32:4) Por isso êle não pode ter criado nenhuma pessoa espiritual iníqua. A Bíblia diz-nos também que Deus criou muitas criaturas espirituais justas, os anjos, entre os quais havia um que foi designado por Deus como querubim cobridor ou anjo de guarda para o primeiro casal humano. Êste criou a ambição de ser adorado como o próprio Deus e induziu assim Adão e Eva à desobediência. Êle fomentou a rebelião e assim desafiou a soberania universal de Jeová Deus. — Gên. 3:1-7; Eze. 28:12-16.

As Escrituras indicam além disso que Satanás jactou-se de que Deus não podia colocar na terra criaturas que Satanás não pudesse corromper, levantando assim a questão: Pode o homem manter a sua integridade? Por causa desta questão, Jeová Deus tem permitido que Satanás existisse e tem permitido que Adão e Eva vivessem por um tempo e tivessem filhos, antes de pagarem a penalidade pelo pecado com a morte. Jeová tinha plena confiança na sua capacidade de ter na terra criaturas humanas que pudessem manter a sua integridade apesar de tudo o que Satanás pudesse fazer, provando assim que Satanás é mentiroso. É por isso que Deus permitiu que Jó, Jesus e outros sofressem às mãos de Satanás. Uma vez que apreciamos o que está em jôgo, as questões da supremacia de Jeová e da integridade do homem, podemos ver razões boas e suficientes por que Deus permitiu que Satanás existisse até o tempo atual. — Jó, capítulos 1 e 2; Pro. 27:11; Heb. 5:8, 9.

Subentende-se nisso tudo que a existência de Satanás é no melhor dos casos apenas temporária, e isso é exatamente o que as Escrituras mostram: “Deus que dá paz em breve esmagará a Satanás.” Jesus Cristo vai “destruir aquêle que tem os meios de causar a morte, isto é, o Diabo”. Sim, Satanás será por fim lançado no lago de fogo, a segunda morte, símbolo de aniquilação. — Rom. 16:20; Heb. 2:14; Apo. 20:10, 14, NM.

Assim, as Escrituras, junto com a razão, esclarecem a origem de Satanás, por que Deus permitiu que existisse até hoje, e que os dias dêle estão contados. O homem não tem por isso base nenhuma para duvidar da existência de Satanás.

Portanto, atenda ao aviso: “Mantende vossos sentidos, vigiai. Vosso adversário, o Diabo, anda em redor com um leão que ruge, procurando devorar alguém. Mas, tomai a vossa posição contra êle, sólidos na fé.” — 1 Ped. 5:8, 9, NM.

OBRAS DE REFERÊNCIA

1 Judaism in the First Centuries of the Christian Era, de Geo. F. Moore.

2 Redemption and Revelation, de H. Wheeler Robinson, D. D.

3 555 Difficult Bible Questions Answered, do periódico The Christian Herald.

4 Reinhold Niebuhr — His Religious, Social and Political Thought, de Kegley e Bretall.

5 The Theology of Reinhold Niebuhr, de Hans Hofman.

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