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  • O sol escurecerá

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  • O sol escurecerá
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1959
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1959
w59 1/2 pp. 77-80

O sol escurecerá

Certas profecias bíblicas falam do escurecimento do sol. Como devem ser entendidas, literalmente ou como forma de expressão?

A TERRA é o lar do homem. Contudo, sem o benefício do sol, o homem não poderia viver nela. O sol dá-nos luz, calor e energia. O carvão e o petróleo no subsolo, os ventos que movimentam os moinhos de vento e os rios que fornecem energia hidráulica são todos produtos do sol. Nosso alimento depende também do sol. A energia deste, acrescida à água e ao bióxido de carbono, é utilizada pelas plantas, as quais nos fornecem não somente alimento, mas também material de construção, combustívèl e — não devendo ser desprezado — beleza. O sol é realmente uma dádiva maravilhosa do Criador para o homem. Não é por isso de surpreender que o homem, ao se desviar da adoração pura, passou a adorar o sol; o deus-sol era, de fato, uma deidade destacada em muitas nações antigas.

Com o fim de tornar conhecida a sua supremacia, Jeová Deus interferiu em tempos passados na luz do sol. Assim é que a nona praga que veio sobre o antigo Egito foi uma escuridão que se podia apalpar. Os egípcios “não viram uns aos outros, e ninguém se levantou do seu lugar por tres dias”. Em prova de que não se tratava apenas duma anomalia da natureza havia o fato de que, ao mesmo tempo, “todos os filhos de Israel tinham luz nas suas habitações”. Também quando Jesus morreu, aconteceu que, a partir da sexta hora, ou do meio-dia, “escurecendo-se o sol, houve trevas sobre toda a terra até a hora nona”. Em cada um destes casos estava envolvida a luz do sol literal. — Êxo. 10:21, 23; Luc; 23:44, 45.

A Palavra de Deus não registra apenas que Deus fez que a luz do sol falhasse, mas ela prediz também que fará isso de novo. Neste respeito, Ezequiel profetizou que Jeová ’encobrirá o sol com uma nuvem Joel escreveu a respeito do tempo em que “o sol se converterá em trevas”. E Jesus, na sua grande profecia acerca do fim deste sistema de coisas, disse que “o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade”. — Eze. 32:7; Atos. 2:20; Mat. 24:29.

Referem-se estas profecias ao escurecimento literal do sol, como se deu no tempo de Moisés e de Jesus Cristo? Sim, dizem muitos religiosos devotos. Assim é que uma publicação inglesa dos Adventistas do Sétimo Dia, Leituras Bíblicas Para o Círculo do Lar, declara que tais textos se cumpriram no dia escuro de 19 de maio de 1780. Em apoio desta opinião cita, entre outras autoridades, o Dicionário de Webster, edição completa de 1833, que na página 1604 diz o seguinte sobre “O Dia Escuro”: “Em alguns lugares, as pessoas não podiam nem ler letras comuns de imprensa ao ar livre, durante várias horas seguidas. Os pássaros cantaram suas canções vesperais, desapareceram e ficaram silentes; as galinhas empoleiraram-se, o gado foi em busca dos estábulos; e nas casas se acendiam as velas. A escuridão começou aproximadamente às dez horas da manhã e continou até o meio da noite seguinte, mas com diferenças em intensidade e duração nos diversos lugares. ... As verdadeiras causas dêste fenômeno notável não são conhecidas.” Nem pode esta escuridão ser explicada por uma eclipse, conforme se indicou, pois a lua estava cheia na noite anterior, e, por isso, achava-se do lado oposto da terra na ocasião em que o sol se escureceu.

USOS SIMBÓLICOS DO SOL

Mas, segue-se daí necessariamente que, quando a Palavra de Deus declara que “o sol escurecerá”, ela se refere ao sol literal? Absolutamente não. Especialmente não quando notamos as muitas maneiras em que o sol é usado como símbolo. Neste respeito, Jeová Deus é chamado de sol, e isso de modo bem apropriado, visto que ele é a fonte principal de tôda a luz, vida e energia: “Deus Jehovah é sol e escudo.” Em harmonia com esta expressão ele é chamado de “Pai das luzes”. — Sal. 84:11; Tia. 1:17.

Também de Jesus Cristo fala-se apropriadamente como sendo um sol: “Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo curas nas suas asas.” Assim como o sol é a luz da terra, assim Jesus é espiritualmente “a luz do mundo”. — Mal. 4:2; João 8:12.

As Escrituras dizem adicionalmente que Deus tem uma hoste de criaturas espirituais, celestiais, ou anjos, constituindo uma organização da qual se fala como sendo uma mulher. É desta organização semelhante a uma mulher que se diz que está “vestida do sol”. Outrossim, assegura-se-nos que o domínio do reino de Deus será tão brilhante que, em comparação, o sol e a lua se sentirão envergonhados: “Então a lua se confundirá e o sol se envergonhará, porque Jehovah dos exércitos reinará no monte de Sião.” — Apo. 12:1; Isa. 24:23.

E, por fim, lemos também que os servos de Deus, enquanto ainda na terra, são descritos como luminares ou sóis, e como brilhando iguais ao sol: “Que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus sem defeito no meio duma geração má e perversa, no meio da qual apareceis como astros no mundo.” “Então [na ceifa] os justos brilharão como o sol no reino de seu Pai.” Os fatos mostram que os servos fiéis de Deus brilham hoje realmente como o sol, por publicarem em tôda a parte as boas novas do reino de Deus. — Fil. 2:15, 16; Mat. 13:43.

O sol não é somente usado como símbolo de luz espiritual, mas, em razão de seu grande calor, é também usado para representar perseguição. Neste sentido, Jesus, na sua ilustração do semeador, falou de sementes lançadas em solo rochoso, onde brotaram imediatamente, mas “tendo saído o sol, queimou-se; e porque não tinha raiz, secou-se”. Jesus disse em explicação: Êste “é quem ouve a palavra e logo a recebe com alegria; mas não tem em si raiz, antes é de pouca duração; e sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza”. — Mat. 13:6, 20, 21.

COMO E QUANDO O SOL ESCURECE

Em vista de todo o precedente, é necessário crer-se que as profecias a respeito do escurecimento do sol se referem ao sol literal como não dando a sua luz? Não, não é; nem parece razoável crer-se que êste escurecimento do sol se limita a apenas algumas horas em somente uma pequena parte da terra. Além disso, o contexto de alguns destes textos marca o escurecimento do sol como dando-se definitivamente em nossos dias, em vez de há dois séculos. Por exemplo, Jesus associou o escurecimento do sol com a sua volta, quando as nações estariam iradas, nação levantando-se contra nação e reino contra reino, quando haveria fomes, pestes e terremotos. Os fatos mostram que 1914 marcou o começo do cumprimento destas profecias. Também a profecia de Joel mostra que este escurecimento do sol precederia ao terrível dia de Jeová, como indicação de sua proximidade. Não é razoável concluir-se que este sinal se daria cerca de 170 anos ou mais antes do dia terrível de Jeová. — Mat. 23:7-12.

Segue-se, portanto, que devemos esperar que êste escurecimento do sol ocorra agora. E de que maneira se cumpre esta profecia? Nas grandes trevas espirituais que agora cobrem a terra. Assim como Isaías predisse: “Eis que as trevas cobrirão a terra, e a escuridão os povos.” Esta escuridão espiritual se deve ao fato de que os homens rejeitam a Jeová, a Grande Luz, e a Jesus Cristo, “a luz do mundo”, bem como a Palavra de Deus, que para o cristão é como uma lâmpada para seus pés e uma luz para a sua vereda. — Isa. 60:2; João 8:12; Sal. 119:105.

Mas, não prevaleceu tal escuridão espiritual durante os muitos séculos anteriores? perguntam talvez alguns. De fato, mas as trevas atuais são mais profundas e mais amplamente difundidas em muitos respeitos. Hoje estamos vivendo nos preditos “tempos críticos, difíceis de manejar”, quando mais do que nunca os homens são amantes dos prazeres mais do que de Deus; quando se acha amplamente difundida uma forma de devoção piedosa, porém há muito pouca manifestação de seu poder. Acerca destes tempos, Jesus perguntou: “Quando o Filho do homem vier, achará êle realmente esta fé na terra?” — 2 Tim. 3:1-5; Luc. 18:8, NM.

Um indício desta escuridão espiritual é o modo em que os clérigos professamente cristãos classificam a Bíblia entre os escritos de homens imperfeitos e colocam Jesus Cristo na categoria de instrutores fracos e falíveis, tais como Sócrates, Buda e Maomé. A respeito disso, Jesus disse: “Ninguém vem ao Pai senão por mim”, e Pedro disse a respeito dêle: “Não ha salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não há outro nome dado entre os homens, em que devamos ser salvos.” Mas, Niebuhr, um dos clérigos destacados dos Estados Unidos, diz que não é assim. Segundo êle, o judeu pode “achar a Deus mais facilmente nos termos de sua própria herança” ou religião do que pela conversão a Cristo. — João 14:6; Atos 4:12.

Quão profunda é esta escuridão espiritual pode ser visto de notícias tais como a publicada na revista Time de 27 de janeiro de 1958: “A Igreja Comunal de Glenview ... é uma fraternidade de pesquisadores que crêem como bem entendem e adoram como bem entendem.” Ela tem “dúzias de organizações bem ativas num reboliço diário de bailes, espetáculos, piqueniques”, etc. Há grupos de caça e de pesca, há grupos juvenis de “ases do volante” e acampamentos para todas as idades. “Num sermão recente, um ministro citou tristemente um novato como dizendo a outro: “Acho que terei de entrar nesta danada da igreja para chegar a conhecer gente!” Que esta igreja é um clube social mais do que uma instituição religiosa torna-se aparente da notícia adicional de que “a comunidade de Glenview está tão livre de teologia (i. e., Deus, Cristo, a Bíblia, que cada um entende como bem lhe parece). As mesas de comunhão são postas numa parte reservada da igreja, e os paroquianos vão e ser — vem-se à vontade.” Deveras, tudo isso está em notável contraste com a maneira em que se praticava a religião, digamos, há cinquenta anos. Embora as diversas religões ensinavam muitas coisas erradas em nome do cristianismo, contudo tinham pelo menos certa medida de respeito pela Bíblia como sendo a Palavra de Deus, e certa porção de temor de Deus.

Depois, há também a questão de contraste. A luz lançada sobre a Palavra de Deus, fiel à sua promessa, está brilhando cada vez mais clara: “A vereda dos justos é como uma luz resplandecente, que aumenta de brilho mais e mais até o dia perfeito.“ Mas, “o caminho dos perversos é como a escuridão: não sabem eles em que tropeçam”. Neste respeito também o profeta Isaías, depois de falar sobre as trevas que cobrem o mundo, passa a dizer: “Sobre ti, porém, nascerá Jehovah, sobre ti se verá a sua glória. As nações se encaminharão para a tua luz.” E Jesus predisse que ao mesmo tempo em que o sol se escurece, “estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, com o propósito de dar testemunho a todas as nações”, indicando um tempo de esclarecimento para alguns, apesar das trevas espirituais. De fato, isto foi prefigurado quando a escuridão envolvia os egípcios por três dias, pouco antes do Êxodo. Naquele tempo, conforme já notamos, havia luz nas habitações dos israelitas. — Pro. 4:18, 19; Isa. 60:2, 3; Mat. 24:14,NM.

A prova da condição espiritualmente escura do mundo e especialmente da cristandade pode ser vista em tôda a parte.

Torna-se claramente evidente na crescente imoralidade, delinquência e crime, e na adoração gananciosa do materialismo. Em resultado disso, vemos o cumprimento das palavras de Jesus: “Sôbre a terra angústia de nações, não conhecendo a saída, por causa do bramido do mar e da sua agitação, enquanto os homens desfalecem de mêdo e pela expectação das coisas que vêm sôbre a terra habitada.” — Luc. 21:25, 26, NM.

Visto que em quase cada referência feita ao sol escurecido menciona-se também a lua, pode-se bem fazer a pergunta: Há qualquer significado especial ligado ao fato de que também a lua escurecerá ou se ‘tornará em sangue’, conforme certa profecia a descreve? Em tempos passados, estudantes da Bíblia esforçaram-se a fazer uma distinção entre o escurecimento simbólico do sol e da lua; no entanto, parece tanto razoável como em harmonia com os fatos concluir-se que ambos se referem à mesma coisa. A lua não brilha sem o sol, pois a lua reflete apenas a luz do sol. E assim como o sol ilumina o dia, a lua ilumina a noite.

Portanto, o escurecimento tanto do sol como da lua enfatiza a escuridão espiritual completa e contínua que prevalece no tempo atual. E assim vemos que está acontecendo.

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